Capítulo XV

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Sei que demorei para atualizar, mas eu estava viajando de férias com meu marido e não tive tempo. Voltamos à programação normal.

...

Após o ocorrido com a fuga dos porcos e a discussão com o irmão de Augustus, Maeve não havia descido para jantar naquela noite, o que chamou a atenção de todos. O jantar ocorreu em meio a uma certa tensão e silêncio e todos os olhares se voltavam para o primogênito da família Wright, que não havia sequer feito menção de comentar nada a respeito do que se passara. Para ele era difícil ficar no meio de uma batalha entre o irmão e a esposa, mas sabia que devia ser firme com Maeve, afinal se ela havia errado, a única coisa que ele queria e esperava dela era que reconhecesse o erro e se esforçasse para que não voltasse a acontecer. Não acha que havia sido duro demais com ela, mas em pouco tempo de casamento já havia percebido que com Maeve as coisas eram mais difíceis do que imaginou que seria.

Ao final da refeição, Augustus se preparava para se retirar da mesa, quando é abordado pela mãe, que se aproxima de maneira cautelosa.

ㅡ Está tudo bem, meu filho? ㅡ Indaga, de fato preocupada.

Seu primogênito respira fundo, para logo em seguida encará-la.

ㅡ Vai ficar, mãe. ㅡ A verdade é que apesar de dizer isso, Augustus se sentia frustrado. Queria que esse casamento fosse melhor do que seu primeiro, gostaria de levar as coisas de forma leve e resolver as coisas com diálogo, mas parecia que tudo estava desandando desde o início, o que lhe preocupa.

ㅡ Maeve não desceu para jantar, o que está acontecendo? ㅡ A matriarca da família continua.

ㅡ Apenas uma discussão boba entre nós, irei resolver com ela, não se preocupe. ㅡ Deixa um beijo em sua testa. ㅡ  Agora vou me deitar, foi um dia cansativo.

A mais velha suspira e assente.

ㅡ Tudo bem, meu filho, tenha uma boa noite. ㅡ Lhe devolve o beijo, como fazia com todos os filhos desde que eram pequenos.

ㅡ Boa noite, mãe.

O rapaz se recolhe para seu quarto e logo que adentra o cômodo é surpreendido com a visão de sua esposa já deitada na cama, trajada em seu pijama, com seu tapa olho, adereço que sempre usava para dormir.

ㅡ Esta acordada? ㅡ Ele lhe faz uma pergunta retórica, pois sabia que ela não estava dormindo, afinal sua respiração nada calma lhe entregava aquilo.

Augustus começa a se despir, enquanto espera por uma resposta dela, que não vem.

ㅡ Eu estou falando com você, Maeve, poderia responder? ㅡ Tira suas botas e novamente recebe nada além de silêncio. ㅡ Bom, se não quer falar, tudo bem, mas você vai me ouvir. ㅡ Sua voz soa em tom firme quando ele se aproxima da cama e senta-se ao lado dela. ㅡ Quando eu me casei com você, esperava ter me casado com uma mulher adulta, com responsabilidades, que sabe reconhecer seus erros sem culpar os outros, mas hoje percebi que me enganei, você parece uma criança mimada, Maeve!

A jovem continua na mesma posição, sem mover um músculo sequer, o que o deixa mais sem paciência.

— Por que está agindo desta forma?

Dessa vez a jovem ri sem humor, tira seu tapa olho e o encara de modo sério.

— Você ainda pergunta? Vocês me culpam por algo que eu não fiz, seu irmão fala comigo daquela forma e você nada diz e você ainda me repreendeu por rebater ao que ele falou, sinceramente, Augustus, não se faça de sonso.

— Olha como fala, me respeita, Maeve, você deve me respeitar.

Ela novamente ri.

— Ah é? E por quê?

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