Capítulo III

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— Devagar, acaso quer me matar sufocada? — A voz de Maeve Gibbons soa em tom claramente insatisfeito ao sentir a força que sua criada usara para apertar o corset com corte em forma de coração ao redor do seu corpo. 

— Desculpe-me, senhorita. — A subordinada responde em tom temeroso.

— Tenha mais cuidado! — Maeve sinaliza por fim, ao passo que encara seu próprio reflexo através do espelho e percebe que a medida que a criada faz seu trabalho, sua cintura se afina e seus seios ganham um certo volume.

— Sim, senhorita Gibbons. — A criada diz com tom submisso e volta a fazer a tarefa a qual lhe foi designada.

Para a tão aguardada noite do baile de abertura do evento das caçadas de dote, Maeve Gibbons optou por um vestido de cor clara, de preferência um tom de rosa claro que passa a mensagem de romantismo, ternura, ingenuidade e está culturalmente associada ao universo feminino, além de trazer um ar de suavidade, pureza, delicadeza e contrastar perfeitamente bem com sua pele cor de oliva. A bela veste possui um decote mínimo, revelando os ombros e metade dos seus braços, que foram cobertos por um longo par de luvas brancas. Seus cabelos estão perfeitamente arrumados, assim como seus cachos e sua pele ganhou um leve tom de cor, nada extravagante, já que já possuía uma beleza natural. Seus pés receberam um belo par de novos sapatos do mesmo tom do vestido e que chegaram recentemente de Paris especialmente para aquela ocasião.

— Achei que usaria o vestido branco ou o tom champanhe, mamãe disse que essas cores são interessantes para uma moça que está na idade de se casar usar. — A voz de Grace chama a atenção de sua irmã, que a olha por cima dos ombros.

— Acontece, irmãzinha, que não tenho pretensão alguma de me casar. — Resmunga, enquanto caminha pelo espaço do seu quarto.

— Você está linda, Maeve, queria ter a oportunidade de ir ao baile também. — Grace diz com seu típico ar sonhador. Não era novidade para ninguém que a jovem não se aguentava de ansiedade para que chegasse sua vez.

— Tem sorte, irmã, sorte por não estar sendo exposta a esse tipo de situação. — Maeve reclama, enquanto pega seu perfume favorito em sua penteadeira e borrifa um pouco no pescoço e atrás da orelha.

Por fim ela pega seu leque feito de marfim e na outra mão leva o seu cartão de dança. 

— Vai ficar tudo bem, Maeve, tenho certeza que com sua beleza e finésse rapidamente atrairá pretendentes. — Grace afirma, recebendo um sorriso da mais velha.

— Pois eu torço que eu não atraia ninguém, não há um só homem neste reino capaz de me despertar a atenção. — diz em tom firme, enquanto se encara novamente no espelho e escuta uma sonora risada de sua irmã.

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