Fleur havia abandonado Bill após o ataque de Greyback e então ele focou-se na guerra iminente que se aproximava. A Ordem precisava de novos membros, então, Dumbledore havia pessoalmente chamado uma ex-aluna de Hogwarts que após terminar os estudos...
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No dia seguinte, era o evento de Condecoração de Andrômeda. Havia sido estabelecido que Bill e Charlie iriam com ela, para não levantar suspeitas sobre a ligação dela com a Ordem, levando em consideração que os três haviam frequentado Hogwarts simultaneamente.
Andrômeda vestiu uma calça preta de alfaiataria e um cropped branco de mangas compridas. Calçou um par de botas e colocou brincos de pérolas nas orelhas. Arrumou seu cabelo e fez uma maquiagem leve com a ajuda de Estel, antes de pegar a sua varinha e sair do quarto.
-E aí? - ela cumprimentou Bill e Charlie assim que desceu as escadas.
-Quem te olha assim nem imagina que parece que saiu diretamente de uma gangue de motoqueiros - Charlie comentou enquanto Bill estava atônito.
-Engraçadinho você, ein? - ela resmungou - Vamos?
-Vamos - Charlie respondeu e cutucou Bill, e os três saíram do Largo.
Aparataram para o Ministério da Magia e depois entraram na cabine telefônica, descendo até o saguão do local.
-Onde é a cerimônia? - Bill perguntou.
-No Gabinete - Andrômeda suspirou contrariada - Preparem os olhos.
-Por que? - Charlie perguntou, mas logo teve sua resposta. Dezenas de flashes dispararam na direção dos três assim que se aproximaram da área destinada aos gabinetes - Meu Merlin.
-Eu avisei - Andrômeda sussurrou antes de forçar um sorriso e acenar, entrando no gabinete - Vou lá, tem Comensais do lado esquerdo.
-Ficaremos de olho neles - Bill garantiu e ela assentiu, se afastando.
Todo o caos começou quando a medalha dourada com a fita roxa foi colocada no pescoço de Andrômeda. Uma maldição da morte voou em direção a ela e teria a acertado em cheio, se ela não tivesse tido o instinto de se abaixar.
Ela respondeu com um feitiço estuporante e se levantou, vendo o caos que o gabinete estava. Ela não conseguia enxergar Bill e Charlie na multidão.
Bellatrix Lestrange apareceu em seu campo de visão, e lançou um feitiço contra ela. Andrômeda se defendeu com um escudo e respondeu a altura, e Bellatrix foi lançada pra longe por estar distraída.
Ela correu em meio a multidão, esquivando-se de feitiços. O primeiro que achou foi Bill, e entrelaçou seus dedos com os dele, o arrastando consigo. Logo localizaram Charlie, e ela agarrou seu braço e aparatou, aparecendo no seu apartamento.
-Você consegue aparatar no Ministério? - foi a primeira coisa que Charlie perguntou.
-Tanta coisa pra dizer e você me pergunta isso? - Andrômeda retrucou, tirando a medalha do pescoço e colocando sobre a mesa de centro, antes de passar as mãos pelo cabelo - Eu vou ter que falar que eu não queria ir? - ela se jogou ao lado de Bill, que teve que segurar o seu lobo para que não avançasse sobre Andrômeda, a prendesse em seus braços e não a deixasse mais sair dali até ter certeza de que ela estava segura.
-Como eles entraram? - Bill perguntou ignorando o lobo dentro de si - Achei que depois da Batalha do Departamento de Mistérios tivessem reforçado a segurança.
-Cada departamento ficou responsável por suas próprias proteções - Andrômeda respondeu - Se o departamento está infestado de Comensais, como o de Regulamentação, a entrada é fácil.
-E o que você tem em mente? - Charlie perguntou, quase vendo as engrenagens da mente de Andrômeda.
-Eu vou pegar a minha profecia e estudá-la - Andrômeda respondeu - A do Harry fez sentido, a minha também tem que fazer. Existe um motivo pra só o dono da profecia conseguir pegá-la.
-Você quer voltar pra lá? - Bill se levantou, ficando de frente pra ela - Não sei se você reparou, mas uma maldição da morte voou especificamente na direção da sua cabeça.
-Ah, eu percebi, Weasley - ela retrucou ácida - Mas eu não entro em uma coisa pra ficar na retaguarda. Então se for ficar dando uma de irmão mais velho, saia da minha frente. Eu não preciso de ninguém cuidando de mim. Me virei sozinha por 20 anos! - passou por ele, pegando um sobretudo que estava pendurado no mancebo e foi em direção a porta.
-Espera, onde você vai? - Charlie interviu, sabendo que aquela briga dos dois não daria bons resultados.
-Buscar minha profecia - ela respondeu, terminando de vestir o sobretudo.
-Agora? - Charlie perguntou exasperada.
-Agora - ela abriu a porta - Se eu voltar em um caixão, não chorem no meu funeral - bateu a porta atrás dela.
-Ela é impossível - Bill rosnou irritado, passando a mão pelo cabelo.
-É irmão - Charlie suspirou, olhando pra porta - O que me resta é te desejar boa sorte.
