⚜Capítulo LI⚜

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P.O.V Katrina

Tia Keelin e tia Caroline: AAAAAAAAAHHHHHH. - Tapei os ouvidos com o grito das duas.

Todos imediatamente chegaram na sala preocupados, enquanto eu estou me sentindo uma surda.

Freya: O que houve?! - Correu até a esposa preocupada.

Klaus: Tudo bem love? - Perguntou chegando perto da loira.

Tia Keelin: Não acredito que vai fazer isso! - Disse quase chorando, ignorando sua esposa.

- Deixa eu terminar de explicar. - Pedi tentando acalmá-las.

Tia Caroline: Explicar o que criança? - Disse no mesmo estado que a outra.

- Eu não vou sair da cidade e sumir no mundo, tia. - Esclareci antes que elas tivessem outro surto.

Hope: O quê? Como assim? Alguém me explica o que tá acontecendo? - Pediu desesperada.

Tia Caroline: Eu digo o que tá acontecendo. Sua irmã tá querendo abandonar a gente e ir para o mundo. - Disse chorando e fazendo drama.

Revirei os olhos e bati a não na testa. Clarke, Pene, Sebastian e Kol começaram a rir do drama das minhas tias.

- Eu não vou sair da cidade! Eu só estou mudando de casa! - Expliquei, quase ficando doida, e aquelas pestes ainda estavam rindo.

Tia Keelin: Viu, tá abandonando a gente. Nem tem mais paciência com a gente. - Falou chorando junto com minha tia.

Sabia que aquilo era uma forma de brincar para amenizar a tristeza. MAS EU NÃO SEI MAIS SE É TEATRO OU É VERDADE! EU TÔ FICANDO DOIDA!

Comecei bater minha testa no meu braço que estava apoiado na parede. Eu devo tá pagando meus pecados, só pode.

Sebastian: E OS PRÊMIOS DE TIAS MAIS DRAMÁTICAS VÃO PARA... - Fez suspense e Clarke começou  bater na parede fingindo que era tambor.

Pene: CAROLINE E KEELIN! MEUS PARABÉNS! - Meus amigos e eu começamos a bater palmas.

Minhas tias nos olhavam com tédio, mesmo que seus ainda estivessem brilhando pelas lágrimas.

- Agora que as senhorita já terminaram o teatro, posso terminar de explicar? - Perguntei debochada.

Acredito que se olhar matasse eu estaria dilacerada neste momento, porque o olhar delas é cortante.

- Eu não vou sair de Nova Orleans, eu não vou largar ninguém. Eu somente vou sair daqui, do complexo, para ir morar na minha casa, que não é tão longe daqui. - Expliquei novamente, mais calma.

Jackson: Pera aí, você vai se mudar daqui do complexo? - Assenti. - TÁ FICANDO LOUCA?!!! - Dei um pulo de susto.

Marcel: VOCÊ VAI SE MUDAR?! - Fiz uma careta.

- De novo não. - Choraminguei, enquanto meus amigos e companheiro se acabavam em risos no chão.

Jackson: Você não entende que não é uma boa ideia se mudar e se afastar?! - Suspirei dramaticamente.

‐ Eu sei me defender Lobo, sabe disso. - Respondi.

Marcel: Mas e a Dahlia? - Lembra.

- Eu consigo dar uum jeito na velha. - Disse com um sorriso convencido.

Freya: Não, não pode. - Diz debochada. - A Dahlia tem poder para acabar com qualquer um que entre no caminho dela. - Suspira. - Um chefe de um vilarejo ameaçou nos caçar. Ela decidiu usá-los como exemplo, ela queimou todo o vilarejo, com apenas um gesto de mão. ‐ Explica, logo eu reviro os olhos, soltando uma risada debochada.

- Ela pode ter a magia dela e a sua a mais de mil anos, mas ela não é uma tri-híbrida que mata sem dó. - Meus amigos me olham divertidos quando falo que sou apenas uma tri-híbrida. - E eu sempre gostei de um desafio. - Sorrio de lado com uma piscadela, logo saindo do cômodo antes que alguém me fizesse mais alguma pergunta.

Entrei no meu quarto vendo que o mesmo estava cheio de coisas. Tinha minhas malas com minhas roupas, algumas caixas que tinham porta fotos que estavam no meu quarto e no do meu pai.

Também guardei álbuns de fotos, exceto um álbum que estava junto com uma câmera de filmagem, que estavam muito bem guardados e eu não fazia ideia de onde estavam.

Peguei meu material de pintura e de costura, minhas obras e roupas feitas por mim, guardei tudo cuidadosamente e estou esperando caminhão que eu comprei, chegar.

Dando apenas mais uma olhada, sai do meu quarto e desci as escadas, me certificando que não iria topar com ninguém. Andei até o porão, que estava sempre muito bem limpo, e entrei no mesmo.

Logo de cara, me deparei com o caixão que nunca tinha saído de lá, sendo iluminado pelas diversas velas que estavam penduradas por candelabros. No chão, perto das paredes, haviam flores que eu deixava em jarros com terra, para que não morressem.

Me aproximei do caixão e abri sua tampa cuidadosamente. O corpo do meu pai estava em um bom estado, não estava se decompondo ou nada do tipo. Ele está exatamente do jeito que estava a um ano atrás, quando o vi nesse caixão pela primeira vez.

- Seria mais fácil se você tivesse aqui. ‐ Comecei, uma longa conversa duradoura que "tínhamos" todo domingo. - Lembra quando você disse que, um dia, eu iria me afastar um pouco de você para construir minha própria vida, e eu disse que nunca me afastaria? - Perguntei, como se ele realmente fosse responder. - Pois é, não vou me afastar. Já dei o primeiro passo e você vai continuar comigo. - Digo olhando para o seu rosto.

Comecei a falar sobre tudo o que tinha ocorrido nesta semana, o silêncio sendo encoberto apenas pela minha voz era esmagador. Na minha mente, ele estava escutando tudo, mas o que eu escutava era apenas o silêncio. 

Quando eu digo que não superei a morte dele, realmente é sério, eu acho que a ficha nunca caiu. Ou ela caiu e eu nunca percebi ou estando desviar essa realidade.

- Eu queria te levar para a casa do lago, mas você ficaria em uma casa vazia. - Falei. - Ela continua do mesmo jeito de antes, mas não é tão divertida aos domingos como era antes. Ninguém foi pra lá, não confiei esse segredo a ninguém, e pretendo não fazer. - Levei minha mão até a minha boca, deixei um beijo nela e encostei na testa do meu pai. - Não vou mais dormir aqui. Mas você não vai ficar aqui para sempre, somente uns dois meses. Planejei ir para o Texas, mas não vou te deixar aqui sozinho. - Digo pensativa. - Principalmente porque eu não posso ficar longe de você mais do que já estou.  Até o próximo domingo. - Digo saindo dali, ansiosa para os próximos dois meses acabarem.

Darling ⚜Kol Mikaelson⚜Where stories live. Discover now