Capítulo 65 - Mudanças

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Ao ouvir meu celular tocar eu tremo, pois podem ser os perseguidores que descobriram o meu número ou alguém do meu grupo de hackers me dando más notícias. Pego meu celular e ao ver quem é, dou um suspiro de alívio e atendo.

Jake: Oi, Lilly. Como estão as coisas?

Lilly: Recém saí da casa da Hannah. Ela ainda está em estado de choque. Ela está tentando assimilar todas as coisas.

Jake: É compreensível. E ela está bem? Com exceção dessa questão?

Lilly: Aparentemente sim. Será que eu poderia ir ali no seu esconderijo para a gente conversar melhor?

Jake: Pode, é claro, só que você terá que ter muito cuidado para vir aqui.

Lilly: Por que? O que houve?

Jake: Os perseguidores retornaram para Duskwood e hoje eles acessaram as câmeras de segurança dos estabelecimentos e provavelmente viram (seu nome) e eu na padaria.

Lilly: Mas que droga! Conversamos melhor quando eu chegar ali.

Jake: É claro. Até mais, Lilly.

Encerro a ligação e volto a fazer o almoço.

Tudo o que eu mais queria era poder viver sem medo e sem precisar fugir. Eu sei que (seu nome) não se importa com essas coisas, mas eu queria poder dar a ela a possibilidade de termos um lugar fixo para morarmos, um lugar para podermos chamar de nosso lar, sem precisarmos estar o tempo todo nos mudando de lugar para não sermos pegos. Eu só queria uma vida normal e dar isso para (seu nome) também. A verdade é que, para ser sincero, eu não sei por quanto tempo nós iremos conseguir viver dessa maneira, pois isso tudo é muito estressante e desgastante. Mas nós não podemos desistir... Temos que lutarmos até que tenhamos forças.

Finalizo o almoço e vou para o meu quarto chamar (seu nome). Quando eu entro, vejo que ela está deitada na cama com fones de ouvido. Eu chego mais perto e ouço ela cantarolar baixinho e eu sorrio. Nesse momento, ela abre os olhos e percebo que ela leva um pequeno susto ao me ver. Então ela pausa a música e tira os fones.

Jake: Estava relaxando?

S/N: Estava sim. Música sempre renovam minhas forças. 

Eu sorrio para e ela retribui.

Jake: O almoço já está pronto.

S/N: Eu não estou com muita fome...

Jake: Mas você precisa se alimentar.

S/N: O que foi que você cozinhou?

Jake: Strogonoff.

Vejo um sorriso se formar no rosto dela.

S/N: Eu amo strogonoff.

Jake: Vem cá.

Eu estendo minha mão para (seu nome). Então ela pega ela e nós vamos até a cozinha e começamos almoçar.

                                                                            ***

S/N

Depois de almoçarmos, resolvo lavar a louça e Jake me ajuda, secando-a e guardando-a. Em seguida, nós ficamos algum tempo conversando e arrumando algumas coisas, até que Lilly chega. Jake vai abrir a porta e ela o cumprimenta e depois vem até mim para também me cumprimentar.

Lilly: Como estão as coisas? A situação do governo está perigosa mesmo?

Jake: Está sim. (Seu nome) e eu até já arrumamos nossas malas para caso precisarmos fugir imediatamente.

Lilly: Será que as coisas nunca vão melhorar para vocês terem um pouco de paz?

S/N: Eu não sei... É complicado... E como a Hannah está?

Lilly: Ainda um pouco em estado de choque. Mas acima de tudo, ela está com muita vergonha. Ela disse que nunca mais vai ter coragem de olhar para a cara de vocês.

S/N: Se eu estivesse no lugar dela, eu iria cavar um buraco e me enterraria nele.

Eu olho para Lilly e percebo que sua expressão é estranha. Então ela vai correndo em direção ao banheiro. Eu vou até a porta e ouço que ela está vomitando.

Jake: Mas o que está acontecendo aqui? De manhã foi você, agora a Lilly?

Ouço Jake falar atrás de mim. Então eu me viro para ele.

S/N: Será que é uma virose?

Vejo a expressão séria e preocupada no rosto do Jake.

Jake: Ou então...

Nesse instante, Lilly abre a porta do banheiro.

Lilly: (Seu nome), venha comigo!

S/N: Para onde?

Lilly: Por favor, só venha.

S/N: Eu nem posso me expor na rua com essa situação do governo.

Lilly: Você não precisa sair do carro.

Ela pega na minha mão e me puxa em direção a porta. Então eu me viro para o Jake enquanto sou puxada pela Lilly.

S/N: Qualquer coisa me liga.

Ela apenas consente com a cabeça e Lilly e eu saímos do esconderijo do Jake e entramos no carro e Lilly dá a partida.

S/N: O que aconteceu? Para onde estamos indo?

Lilly: Essa foi a terceira vez que eu vomitei hoje. Eu nem consegui almoçar devido a tanto enjoo.

S/N: Ai, meu Deus... Você acha que você está...

Lilly: É isso que vamos descobrir. Estamos indo para a farmácia.

Eu fico por alguns instantes em silêncio, então eu falo:

S/N: Sabe, Lilly, hoje de manhã eu também vomitei. 

Ela me olha de relance.

Lilly: O que? Ai, céus, eu vou comprar um teste para você também.

Quando chegamos em uma farmácia, Lilly sai do carro rapidamente e eu fico esperando no mesmo.

Não demora muito para que ela volte com dois testes de gravidez em sua mão.

Lilly: Estamos mais perto do esconderijo do Jake do que da minha casa, você se importa se formos fazer o teste lá?

S/N: Não. É claro que não.

Lilly: Ótimo.

Ela dá a partida do carro e nós ficamos a maior parte do tempo em silêncio, apenas perdidas em nossos pensamentos. Eu percebi que Lilly está nervosa com essa possibilidade. Já eu estou realmente preocupada. Em meio a toda essa situação do governo, eu não consigo nem imaginar o quanto uma gravidez prejudicaria e dificultaria tudo agora.

Não demora muito para chegarmos no esconderijo do Jake e para fazermos nossos testes.

Ao fazê-los, eu me encontro com a Lilly.

Lilly: E então?

Eu suspiro aliviada mostrando o meu teste para a Lilly.

S/N: Deu negativo. E o seu?

Ela apenas me olha séria e mostra o teste. Vejo que sua mão está tremendo segurando o mesmo.

S/N: Ok... Ele definitivamente não está igual ao meu.

Amor ImpossívelWhere stories live. Discover now