Capítulo 11 - Olhares atentos

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No dia seguinte eu estou caminhando pela praça juntamente com a Lilly enquanto eu conto para ela com detalhes sobre como foi e o que aconteceu na noite passada no Bar Aurora. Nós sentamos em um banco e Lilly me olha incrédula. 

Lilly: O Phil realmente queria que você fosse até o apartamento dele?

S/N: Sim. E ele não parava de me dar bebidas. Eu já não sabia como me livrar dele, por isso te pedi para você me ligar. 

Lilly: Aposto que a Jessy fez de propósito sair para deixar vocês dois sozinhos. 

S/N: Tenho certeza que sim. Mesmo eu falando para ela que tenho sentimentos pelo Jake, ela insistiu para eu conversar com o Phil, então eu entrei no jogo para ver se eu descobria algo, só que quando eu percebi, a situação já estava indo longe de mais. Phil realmente é um safado.

Lilly: Pelo menos esse encontro trouxe algo bom, pois com base no que você me contou, o Phil te falou coisas bem interessantes...

S/N: Sim. O Richy agora me pareceu suspeito pelas coisas que o Phil me contou. Ao mesmo tempo, o Phil também é suspeito e pode estar querendo colocar a culpa no Richy. 

Lilly: E agora?

S/N: Tenho certeza que o encontro dessa noite com o Dan e o de amanhã com o Richy vão me trazer novas informações. 

Lilly: Espero que sim. 

Nesse instante, eu olho para frente e vejo um homem no outro lado da rua sentado em um banco me olhando e mexendo no celular. Eu fico observando por alguns instantes e noto que ele novamente me olha e volta a mexer no celular. Tenho certeza que já vi ele antes, mas não estou lembrando onde... Eu fico pensando por alguns instantes até que, de repente, minha mente clareia. 

S/N: Ei, Lilly. Quero que você olhe discretamente para aquele homem ruivo, de camisa preta que está sentado no outro lado da rua mexendo no celular e me diga se você conhece ele.

Nisso, Lilly, disfarçando, olha discretamente para ele. 

Lilly: Não. Nunca vi. 

S/N: Tem certeza?

Lilly: Tenho. Por que?

S/N: Ontem, no Aurora, eu percebi que tinha um homem que ficava o tempo todo me olhando e mexendo no celular. É esse mesmo homem que está ali. Ele não para de me olhar.

Lilly: Você tem certeza?

S/N: Absoluta. Vamos sair daqui. Eu não estou gostando disso.

Lilly e eu levantamos e começamos a caminhar, nos afastando do homem. Quando eu olho para trás, vejo que ele está conversando com alguém pelo celular, então eu paro e fico observando ele. Logo em seguida vejo que ele entra em um carro e sai. 

Lilly: Ele foi embora. Acho que é só coincidência.

S/N: Acho que sim... Acredito que se ele estivesse me seguindo, ele não teria ido embora agora que começamos a caminhar.

Lilly: É. Acredito que você está certa. Mas mesmo assim, vamos ficar atentas. Se você ver ele mais uma vez, me avisa e chama a polícia imediatamente. 

S/N: Sim, vou fazer isso. De qualquer maneira, agora vamos para casa, pois eu tenho que me arrumar para sair com o Dan.

                                                                   ***

Acabei de tomar banho e de vestir uma saia preta e uma blusa um pouco decotada. Agora estou me olhando no espelho para ver como a roupa ficou e eu percebo que recebi algumas mensagens. Eu olho e vejo que é do Phil. 

Phil: Olá, fofa. Adorei sua presença no meu Bar ontem.

Phil: Não se esqueça que você está me devendo uma visitinha no meu apartamento. Só você e eu, baby ;)

Phil: Estou ansioso para descobrir o sabor do seu beijo. 

Phil: É só você me mandar uma mensagem que nós combinamos o dia e o horário. Você não vai se arrepender, gatinha :)

Eu jogo o meu celular na cama. Crê em Deus pai. Eu não vou nem responder essas mensagens e vou rezar para que o Jake não leia elas também. De qualquer forma, ainda bem que está evidente nessas mensagens que não aconteceu nada entre o Phil e eu. 

Volto na frente do espelho e começo a me maquiar, então eu ouço a Lilly bater na porta. 

S/N: Pode entrar. 

Vejo ela entrar no quarto através do espelho. 

Lilly: Você quer que eu vá te buscar para não precisar voltar com o Dan?

S/N: Só se as coisas saírem do controle. A princípio, acredito que não vai ser um problema voltar com ele, até porque ele me prometeu que não vai beber.

Lilly: Manterei meu celular por perto, qualquer coisa, me manda uma mensagem. 

S/N: É claro, obrigada. Mas eu nem sei o que o Dan quer comigo nesse encontro. Entretanto, se ele realmente quiser flertar comigo, eu sei o que fazer. Ele é convencido, se acha o bom e o melhor em tudo. Tenho certeza que caras assim adoram um desafio, então é só eu me fazer de difícil. E isso é até mais fácil para mim, pois é só eu agir normalmente, já que é certo que não vai rolar nada entre a gente. 

Percebo que Lilly começa a rir. 

Lilly: Queria saber o que o Jake diria se soubesse que você está iludindo os caras assim.

Eu sorrio enquanto termino de me maquiar e arrumo o meu cabelo. 

S/N: Sabe, Lilly, eu sinto tanto a falta dele... Eu queria tanto abraça-lo e beija-lo novamente...

Nesse instante, ouço o som de uma notificação no meu celular. Vejo que é o Dan. 

S/N: Ele chegou.

Lilly: Boa sorte e qualquer coisa, me ligue ou mande uma mensagem. 

S/N: Obrigada, cunhadinha.

Saio da casa da Lilly e vou até o carro do Dan que está parado na frente de casa. Ao entrar, percebo Dan me olhar de cima a baixo. 

Dan: Ao invés de carro, eu deveria ter vindo te buscar de cavalo, porque você é uma verdadeira princesa. 

Eu apenas começo a rir imaginando o que essa noite me aguarda na companhia do Dan.

Amor ImpossívelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora