Capítulo 37 - Tchau, floresta

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S/N

Estou com a arma apontada em direção de onde vem o barulho dos passos e a iluminação das lanternas. É só eles se aproximarem mais que eu vou atirar em seja lá quem forem essas pessoas, pois o Jake e eu não vamos ser pegos de jeito nenhum, nem que para evitar isso seja preciso eu matar alguém. 

Fico atenta e observando cada passo, até que então eu ouço vozes masculinas... Eu não reconheço aquelas vozes e não consigo compreender o que estão falando, pois estão conversando em um tom baixo... Quando eles se aproximam mais de nós, eu consigo entender a seguinte fala:

(???): Tenho certeza que eles se esconderam nessa floresta. Vamos embora e amanhã voltamos com toda a patrulha. Eles não vão conseguir ir muito longe e se esconder por muito tempo. 

Após eu ouvir isso, não demora muito para que as lanternas e os passos de afastem de nós. Nesse instante, ouço Jake dar um suspiro de alívio e nós começamos a conversar em um sussurro:

S/N: Essa foi por pouco. 

Jake: Você realmente ia atirar?

S/N: Se fosse preciso... 

Jake: Você não é uma assassina, (seu nome). 

S/N: Mas posso me tornar uma se alguém mexer comigo ou com você. 

Jake: Não fale isso nem brincando...

Nesse instante, eu coloco o revólver em minha cintura e o Jake volta a me abraçar e eu deito a cabeça no ombro dele. 

S/N: Eram policiais, não eram? 

Jake: Pelo pouco que consegui ouvir, posso garantir que sim. 

S/N: Eles devem ter desconfiado que estamos na floresta, já que larguei a viatura na entrada da floresta. Que droga, era para nós estarmos em um hotel agora, bem longe daqui. 

Jake: Assim que amanhecer, a gente dá o fora daqui. Eles já fizeram uma ronda, eles não vão voltar mais essa noite. 

S/N: Assim espero. Eu só quero pegar as identidades e sair de Duskwood. 

Jake: Você ainda não me contou como conseguiu esses documentos e como você fez para me tirar do presídio... 

Nisso, eu conto para o Jake com detalhes tudo o que eu fiz e como tudo aconteceu. 

Jake: Você realmente deu um choque no R. Smith?

S/N: E a Lilly jogou ele num beco só de cueca. 

Dou uma risada baixa e Jake questiona:

Jake: Então essas roupas, o revólver, o distintivo, as algemas, são tudo dele?

S/N: Sim, mas nem me lembre que estou usando as roupas dele que me dá nojo. 

Jake: Tudo o que você fez... Você é muito louca, sabia? 

S/N: Lilly falou isso diversas vezes, todos os dias... E por falar nela, ela me ajudou em tudo. Ainda está ajudando, na verdade. 

Jake: Isso tudo é inacreditável...

S/N: É, eu sei... Mas valeu a pena, porque agora eu posso fazer isso... 

Me viro para o Jake e vou vários selinhos nele e ele sorrindo retribui cada um deles. 

S/N: Será que vai demorar para amanhecer?

Jake: Acho que não muito... Mas volta a dormir, (seu nome), quando o dia clarear, eu te acordo.

S/N: Eu não vou dormir sabendo que tem policiais nessa floresta nos caçando...

Jake: Eles não vão mais voltar... Pelo menos não essa noite... 

Nesse momento, Jake me envolve em seus braços e começa a fazer carinho em meus cabelos e algum tempo depois, eu adormeço.

                                                                      ***

Acordo com um raio de sol atingindo os meus olhos, então, ainda sonolenta, olho para o Jake e vejo que ele está me olhando sorrindo. 

S/N: Você estava me olhando dormir?

Jake: Estava admirando o seu lindo rosto enquanto você dormia nos meus braços e eu só pensava o quão sortudo eu sou por te ter na minha vida. 

Eu sorrio e dou um selinho demorado no Jake. 

Nesse instante, ouço meu celular tocar e ao pegá-lo, vejo que é a Lilly. Prontamente eu atendo.

S/N: Oi, Lilly 

Lilly: Boas notícias. Os policiais já foram. 

S/N: Isso significa que você virá nos buscar agora?

Lilly: Isso mesmo.

S/N: Ok, nós só vamos ir para uma das saídas da floresta e então eu te envio a localização. 

Lilly: Combinado. Até logo, (seu nome). 

Coloco meu celular no bolso e me levanto. Nisso, eu seguro as mãos do Jake e numa tentativa fracassada, começo a puxá-lo para que ele se levante. 

S/N: Vem, Jake... Lilly está vindo. Nós vamos sair daqui. 

Eu sorrio e Jake se levanta sorrindo, então ele me puxa pela cintura e me beija.

Instantes depois, quando a gente finaliza o beijo, eu sorrio e pego meu celular. 

S/N: Eu preciso tirar uma self nossa com essas roupas para que a gente se lembre com detalhes desse dia. 

Jake: Eu não gosto de tirar fotos. 

S/N: Pois agora você vai ter que começar a gostar. 

Eu estendo o meu braço e tiro uma self nossa, então o Jake se afasta de mim e eu olho para a foto. 

S/N: Nossa, olha minha cara, não gostei. Volta aqui Jake, vamos tirar outra. E vê se você dá um sorrisinho dessa vez. 

Vejo Jake me lançar um olhar de protesto e percebo que ele ia falar algo, mas então ele desiste e acaba cedendo ao meu pedido e eu tiro outra foto. 

S/N: Nossa, essa ficou bem melhor. Podemos ir agora. 

Jake sorri balançando a cabeça negativamente e pega na minha mão, entrelaçando nossos dedos e nós começamos a caminhar. 

Jake: Você sabe que não poderá mostrar essa foto para ninguém, nem postar em nenhuma rede social, não é?

S/N: É. Na verdade eu sei que terei que desativar todas minhas redes sociais agora que a polícia está também na minha cola... Entretanto... Eu vou criar um perfil fake para bisbilhotar a vida das pessoas.

Ao me ouvir falar isso, Jake me olha e fala:

Jake: Você sabia que criar um perfil fake é ilegal? 

S/N: Olha só, o foragido falando da procurada pela polícia. 

Jake ri do que eu acabei de falar e eu também acabo dando risada, então nós continuamos caminhando por mais algum tempo, até que nos aproximamos das ruas da cidade, então eu envio a nossa localização para a Lilly. 

Não demora muito até que nós avistamos o carro dela parando próximo de nós. Desse modo, quando ela me manda uma mensagem dizendo que a rua está deserta, nos vamos até o carro dela e entramos no mesmo.

Amor ImpossívelWhere stories live. Discover now