FUGITIVOS DO INFERNO 02 -Triâ...

By _BrendaGuedes

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ATENÇÃO: Esse é o livro 2 da duologia "Fugitivos Do Inferno", o livro 1 se chama "O Ciclo Da Era" e você pode... More

AVISO aos fugitivos
PERSONAGENS do inferno
Epígrafe dos liberados
Não leia o Prólogo
I. Viúva negra
II. Não confio em demônios
III. A terra e o inferno viverão em paz
V. Vermelho Como Sangue
VI. A História Não é Bonita
VII. Eroica
VIII. Espírito Santo
IX. Eu Sempre Vou Voltar Pra Você
X. Excadescere
XI. A Parte Mais Sombria
XII - O Estripador
XIII. A Marca De Caim
XIV. Eu Não Vejo a Hora de Morrer
(releia daqui) XV. O Que é Real?
XVI. Diabinho Amigo
XVII. Estrelas do Triângulo
XVIII. O gosto de um final feliz deixa a dor de Lúcifer muito mais terrível
XVIV. Não vou deixar você morrer
XX. Guerra de gigantes
XXI. Todos temos nossos demônios
XXII. A Morte
XXIII. Ele não merece o pavor que sentirá
XXIV. Alguns de nós somos mais irmãos que outros
XXV - O CAOS
XXVI. Isaac não vai voltar
XXVII. E tudo acabará para todo o sempre.
XXVIII. Nada controla a fúria de Héstia.
XXVIV. CORVOS BRANCOS
XXX. A Marca de Caim & o Fogo de Lilith
XXXI. Se ela é o mais perto da perfeição que chegou, qual foi o mais perto caos?
XXXII. Preciso que ele esteja vivo para me odiar
XXXIII. Eu sou uma usina nuclear
XXXIV. Teifeach
XXXV - O primeiro passo
XXXVI - O que há além do destino
XXXVII - Você só precisava pedir
XXXVIII - A confiança dos desesperados

IV. A única regra do inferno

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By _BrendaGuedes

Música indicada: Not About Angels (Birdy)


C/D


Não consegue ficar longe dela. Não quer ficar longe dela. Lorenzo só quer olhar em direção à dona de cabelos loiros em sua versão humana e tão familiar, aquela que preenchia o buraco em sua vida que não lembrava ter, mas sentia. E ela é tão bonita. Todos os traços o deixam encantados, e Lorenzo se pergunta como conseguiu esquecer essa visão. Fica triste em pensar sobre isso, porque é como se tivessem tirado dele a parte mais doce do bolo, deixando-o com uma massa seca e intragável, enquanto ele deveria ter acesso à cobertura enfeitada e insubstituível.

— Cento e quatro anos — sussurra ele, sentado sobre o muro ao lado dela enquanto o sol atinge seu rosto e seus olhos não se movem da imagem da garota, idêntica à que conheceu em 2031. Os olhos antes amarelos voltaram ao seu castanho e o cabelo branco e enorme retornou ao seu loiro na altura das costas. — É como se tivesse estado lá com você. — Confessa. — No inferno — explica. — Mesmo sabendo que não estive.

— Você esteve lá por muito tempo antes disso — sua voz é música.

Calma e compassada, essa Eloísa é bem diferente daquela que encerrou o ciclo anos atrás. É como se saber de muitas verdades desse a ela uma dose extra paciência para pensar em suas palavras. Continua:

— Nossas memórias foram compartilhadas quando te entreguei sua energia — encara a testa dele por poucos instantes, não há rastro do poder dele, está camuflado em seu corpo humano. Alisa a perna de Lorenzo, coberta por uma calça preta e olha sua própria mão. — Compartilhei nossas energias ao longo do tempo que fiquei lá, mas já sabe disso — levanta seu rosto sem pressa, olha-o nos olhos negros como carvão, sorri. — A partir de agora não vamos mais compartilhar tudo o que sabemos a não ser que eu toque sua pedra — encosta a mão na testa dele, Lorenzo fecha os olhos ao ter a visão de mais cedo, quando desmaiou com suas asas abertas e ela ajudou-o a se recompor. — Ou você a minha — retira sua mão e ele abre os olhos. Eloísa pega a mão direita do homem e a leva até o espaço entre suas clavículas, onde também não rastro de seu poder, mas sem notar passa a ela a visão de segundos atrás, a encarando de forma gentil.

— Eu notei isso também — sussurra, coça a garganta, um pouco envergonhado, mas não entende bem as razões.

Sente como se a conhecesse, a quer por perto, mas ao mesmo tempo ainda tem a impressão de que está apaixonado por uma completa estranha. Não nega o que sente, mas quanto mais pensa, pior fica. Muitos pensamentos o invadem, Lorenzo tem dificuldade de separar o real do imaginado, o que de fato viveu ou foi ela.

— Vivi séculos fugindo dos demônios, com medo de voltar para o inferno — comenta ao afastar sua mão da pele quente de Eloísa. Suas palavras saem de forma chateada e tensa. Está olhando para o lado oposto ao dela, para o local destruído, queimado, torturado e sem vida. — Ainda me lembro do pavor que sentia e tenho essas memórias erradas voltando na minha cabeça. Sei a verdade, El — de repente a olha, o semblante da mulher não muda. — Mas ainda tremo só de pensar.

— Entendo — sussurra ela, impossibilidade de manter o sorriso. Já previa que isso iria acontecer. — Demorei anos para lembrar de todos os cantos do inferno e mais alguns para amá-lo. Mas, Enzo — põe a mão sobre a dele. — É o lugar mais incrível do universo. É a nossa casa — conclui em um sussurro, orgulhosa. Não existe nenhum outro sentimento que poderia preencher seu coração de forma mais genuína.

Lorenzo coloca a outra mão sobre a deles e aperta, grato por suas palavras. Olha para frente, onde só existe um interminável deserto graças às erosões do solo e dos demônios, que invadiram a terra depois do ciclo, e destruíram quase tudo por uma vingança cega. Estão a quase cinco metros chão, em um dos muros inúteis feitos pelos humanos na tentativa de afastá-los, mas que havia sido parcialmente derrubado. Subiram em apenas um pulo, ele acha que pode se acostumar com esses dons. O homem toma um longo suspiro e a encara.

— As almas de Teodora permanecem perdidas — repete uma memória que sabe não ser sua — por isso precisamos encontrá-las e sacrificá-las — conclui Enzo o que sabe, mas nunca lhe havia sido dito. — Não tem mesmo como só incrustar a energia dela em sua testa como fez comigo? Assim, ela se lembra de tudo — a garota balança a cabeça negativamente.

Eloísa queria ter uma resposta certa para dar a ele. Aquela que sanaria todas as suas dúvidas e o ajudaria a não ter tanto medo. Sabe que Lorenzo está desconfortável, consegue ver em seus olhos, mas essa solução simples não existe.

— Você já sabe que não — suspira, olha para o céu interminável e perfeitamente azul. Pensa em todo poder guardado além daquelas nuvens. Uma força suficiente para garantir o equilíbrio, ou destruí-lo para sempre. — Primeiro, porque as almas precisam de um sacrifício para serem reunidas em um só local, e isso só aconteceria da forma fácil se ela fizesse parte do ciclo, mas Teodora não faz — explica, o olha.

Está tentando manter a calma ao tocar no único assunto que a deixa perturbada. Falar sobre a mulher de cabelos vermelhos a desnorteia, mesmo sabendo que precisa se acostumar, já que toda a ordem de tudo depende de conseguirem tal feito.

— Segundo — engole em seco. Os olhos de Lorenzo nem piscam. — Porque não sabemos onde a energia dela está. Esse é outro problema dos grandes — assume.

— Ela já se sacrificou uma vez — Lorenzo fecha os olhos e permanecesse em silêncio por alguns minutos. — Não acho que faria de novo. Ela se arrependeu, sei disso. Não acho que posso julgá-la. Quando a Teo apareceu no seu corpo... Estava diferente. Você se lembra disso? — A mulher assenti, seu rosto torna-se sério e enigmático. — Não queria o fim ciclo. Não lembro com clareza, mas sinto que não queria. Ela tentou nos parar — ele fala mais sozinho do que com a pessoa ao seu lado.

— Quando encontrarmos sua energia e todas as almas estiverem em um só corpo, podemos invocar sua natureza celestial e Teodora volta para casa conosco — Eloísa diz, com mais certeza do que realmente possui. — Vai sim — tenta se convencer.

Ela encara o nada. Sente-se assim quando pensa sobre a missão. Um pouco vazia, hipócrita e falsa. Esses sentimentos trazem um lado ruim de si, um passado que lembrou enquanto esteve no inferno, mas que deseja esquecer. Seu coração acelera, Eloísa tem medo. Não tem certeza de qual será a reação de Lorenzo quando se lembrar desse passado, e ele vai. Quando isso acontecer, tudo vai mudar.

Eloísa afasta suas mãos, seu corpo treme.

— Não sabe o que acontece depois, se ela aceitar no fim — Lorenzo insiste no toque, sente que a mulher à sua frente está tensa. — O que tem depois?

— Amor — diz a desanimada, e força um sorriso.

Lorenzo ergue sua mão e beija seus dedos humanos, tão sensíveis e que não fazem referência ao ser poderoso que os possui. Olha para seu rosto ansioso, é estranho pensar naquela de longos cabelos brancos e olhos amarelos incríveis, essa parece mais a garota que encontrou em Hender muitos anos atrás. Com medo. Ele reconhece.

— No que está pensando? — Quer saber ele, disfarçando a preocupação, mas sentido a energia dela pesada demais.

— As memórias são complementares, só Teodora sabe o que acontece depois — explica, ele ergue as sobrancelhas. Eloísa respira fundo, desvia o olhar para as mãos deles, presas uma na outra. — São milhões de anos, Lorenzo. Por mais que eu queira ter esperanças, há maiores chances de não conseguirmos fazer isso. O agora é muito curto.

Ele abaixa suas mãos, umedece os lábios de sorri. A garota é incapaz de controlar as duas mãos, que se largam da dele e vão em direção ao rosto do homem, como se quisesse ter certeza de que sua visão é real e não algo fruto de sua imaginação.

— Eu posso até não ter acesso às memórias dela por sua energia, mas conheço Teodora, ela foi minha melhor amiga por mais de dois séculos — argumenta, dá a Eloísa um sorriso esperançoso, mantem as mãos no rosto dele. — Vamos trazê-la de volta — responde. — Essa é a parte que você fala que pode dar errado, eu sei.

— Eu não ia dizer isso — sussurra ela, suspira com profundidade, ele coloca as mãos sobre as dela em seu rosto e as alisa com cuidado.

— Eu nunca desistiria dela, El. Nunca.

E ele não precisaria dizer isso para que a mulher à sua frente soubesse dessa verdade. É justamente por isso que ela tem medo de quando ele souber. Afasta-se devagar, tenta disfarçar seus sentimentos confusos.

Lorenzo passa o braço esquerdo por cima dos de Eloísa e a aperta, sentindo a energia que automaticamente é transmitida entre eles. Respira fundo, fecha os olhos, encosta a cabeça junto à dela, e diz:

— Consigo me acostumar com isso — Lorenzo está sorrindo, El se ajeita em seu ombro. — A gente pode se acostumar com isso?

— É, definitivamente, melhor que me queimar — debocha, agora sorri também, mas ele não vê. Ela fecha os olhos. — Cento e quarenta e quatro alma, Lorenzo, esse é o número total de ramificações dela. Muitos terão o mesmo rosto, precisa estar preparado, será difícil. São muitas e realmente pensam que irão queimar no inferno.

— Cento e quarenta em quatro almas — repete. — Terras infinitas e estrelas infernais — seu tom é descrente e sarcástico. Ri sozinho. — E eu achando que o mais louco era ter visto a morte em 1979. Também tínhamos ramificações, não é? O que acontece com elas? — Afasta-se e a encara.

— Não necessariamente acontece — sussurra. — Somos como velas, vamos acendendo outras velas semelhantes a nós. Assim, ao mesmo tempo que as almas são o mesmo que a gente, porque somos a fonte, elas são diferentes. Individuais. Sem o ciclo, elas vão se apagando e voltando até nós, mas com ele essas almas ficam presa — engole em seco. — Pensam que estão no inferno também. No inferno ruim — não tira os olhos dele. — Caso encarremos os ciclos, elas podem obter paz.

— Quer dizer que estão todos mortos desde que encerramos o ciclo? — Quer saber o homem, sentindo-se levemente incomodado.

Ela demora mais que o normal para responder, o que o deixa ansioso. Engole em seco, afasta-se um pouco para olhá-la.

— Na teoria geral, sim — diz ela, não esperando que realmente entenda e muito menos conseguindo convencê-lo de suas palavras. — Eu sei, com seu conceito de tempo humano é difícil de entender. Tem coisas que são demais para te contar agora, Lorenzo, mas com o tempo você vai ir pegando o jeito — dessa vez, ela o convence, porque está olhando diretamente dentro dos olhos dele e não há como mentir para Lorenzo dessa maneira.

O coração dele é um misto e nervosismo e paixão. É estranho, não lembra muito de tudo que passaram, mas o sentimento que tem quando a olha é a coisa mais palpável que carrega. Ele então a beija, sem pressa, sentindo sua respiração e todo o prazer recíproco que não sabia sentir tanta falta até então. Não se afasta dela por alguns segundos, essa ideia o deixa triste, mas ela faz isso. É como se tudo ficasse frio de repente.

— Então, no meu conceito humano, vamos viajar no tempo? — Tensiona as sobrancelhas, mas sorri. — Podemos fazer isso?

— Sabe que podemos, assim como também tem o conhecimento de que o tempo não é linear, mesmo que não o entenda. — Lorenzo solta um risada abafada de nervosismo. — Em teoria não viajaremos no tempo e sim entre momentos presentes de terras diferentes — Eloísa ergue as sobrancelhas, com sua explicação audaciosa.

— Só queria ter certeza, não sei mais o que é verdade ou minha imaginação. Isso me assusta um pouco, parece que sou louco — suspira, o sorriso se desfaz. — Às vezes tenho certeza de que nada disso é real. Podemos só chamar de tempo mesmo?

Eloísa sorri e balança a cabeça negativamente.

— Quando você mata alguém no passado em uma visão linear do tempo, essa pessoa não existe no futuro, mas não é assim que acontece — argumenta. — Como não é uma linha reta, as pessoas que morrem em um presente que os humanos chamam de passado não deixam de existir em um presente que chamam de futuro. Tudo bem, aceito essa cara de perdido, mas vai entender quando começarmos a agir — suspira. — Ainda mais porque são muitos presentes em paralelo. Quase infinitos. A cada segundo, o ser humano viaja de uma terra para outra sem notar. Entra em realidade paralelas num piscar de olhos. É bonito, se prestar bastante atenção.

— Estamos viajando entre as terras agora mesmo? Desde que começamos essa conversa já existiu um passado, não é? — Tensiona as sobrancelhas. — Certo... Não somos humanos — ri de si mesmo. — Existe um momento presente exatamente igual que fica de repetindo?

— Acho que vai demorar um pouco para que entenda essa parte. Nós somos seres completos, então só viajamos entre as terras quando queremos. A cada segundo, os seres humanos passam de uma terra para outra, experimentam diversas realidades paralelas sem nem notar de acordo com a vibração que gera e precisa. A queda do muro de Berlim e a colonização dos inglesa nos Estados Unidos estão acontecendo exatamente no mesmo momento, em terras distintas, agora. Mas, nós causamos um desbalanço nessa lógica. No inferno o tempo não existe de fato, apesar de eu te falar que passei cento e quatro anos lá, só sei por que te acompanhei por cinquenta e dois anos, mas esse conceito não existe. É só pra facilitar as coisas.

— Eu acho que preciso tomar uma água — fala Enzo com a boca seca e o coração acelerado, mas quando pensa em descer, ela segura sua mão. — Você não terminou de falar — deduz, e desiste de ir embora.

— Seres completos geram doze almas e essas se dividem em doze também. Cada das cento e quarenta em quatro vivem passando por terras infinitas que os humanos acreditam ser o tempo — engole em seco, torce para que ele entenda. — Todos os humanos se originam de mônodas, nós, que vivemos no inferno e para as quais eles retornam em sua morte. Mas, com esse ciclo, não conseguem retornar e assim se prendem em um estado de consciência que chamam de inferno. Um falso inferno. Daí surgiram suas memórias erradas de lá. As mônodas incompletas, que se quebraram, são o que chamam de anjos e as completas, como demônios — explica, Lorenzo mantem a boca aberta em surpresa e desiste completamente de descer.

— Demônios e anjos são a mesma coisa? — Grita, com os olhos arregalados. — Eloísa... — Ela nada responde, apenas o assiste absorver o que acaba de dizer. — Como esse ciclo começou? — Exige saber, controlando o tom de voz. — Se somos todos mônodas, por que só nós dois reencarnarmos e fechamos o ciclo era após era? — Olha na mesma direção que ela, observando os demônios voando logo abaixo deles. — El? — Chama a atenção dela e a garota o encara.

— Porque um de nós quebrou a única regra do inferno — revela. — Temos que receber nossas almas de volta, independente do ser humano que foi na terra. Não é uma opção, devemos ver nossas facetas imperfeitas e aceitarmos elas de volta em casa — conta, umedece seus lábios. — Para não aceitar algumas de suas almas, uma mônoda se partiu em três, algo que nunca foi visto. Ela não se expandiu em novos humanos, quebrou seu corpo espiritual — a tonalidade de sua voz muda, ele nota. Não é mais calmo, senão o completo contrário. — Mas, sua energia é a de elo. Ela era responsável pelas almas gêmeas, Enzo. Ao se partir, sua energia veio à terra e todas as almas gêmeas se perderam e estão destinadas a nunca mais conseguirem permanecer juntas.

Fecha os olhos, toma mais ar, depois os abre, quase não consegue controlar sua energia e o amarelo intenso reaparece. Ele ia falar algo, mas a garota o impede.

— Almas gêmeas são o equilíbrio entre as terras e o inferno. Estão separadas, por mais próximas que estejam. — A mágoa é perceptível, assim como o peso em seu coração, porque sabe que também se refere a ela e Lorenzo. — Nunca podem ficar juntas de fato sem esse elo. Tudo fica na beira do caos.

— Se tivesse sido eu ou você, nós nos lembraríamos. — Ele sussurra, Eloísa assente. — Teodora é uma mônoda quebrada — deduz.

— Você só lembra de uns trinta porcento, demorei anos até ter tudo. Mas que bom que entendeu isso. Teodora se dividiu — reafirma, com a voz entalada na garganta. — Precisamos trazer ela de volta — sussurra. — Ou todas as mônodas serão apenas pedaços quebrados e incompletos no fim. E o inferno e as terras refletirão esse sofrimento cada vez mais, até que não exista mais nenhum deles.

— Somos as outras duas partes dela? — Quer saber. — Quando Teodora se dividiu, gerou a gente, por isso estamos no ciclo? El, vamos deixar de existir quando tudo acabar?

— Onde estão as outras duas partes da mônoda é outro problema — fecha os olhos novamente, tentando não matar suas esperanças. — Enzo, nós somos almas gêmeas, as originais. Damos origem a todas as outras e, quando completamos o ciclo, garantimos que nenhuma delas fiquem juntas. Perpetuamos a decisão de Teodora de se quebrar sem termos a melhor chance de escolher. Sem ela... Tudo será pó em breve.


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