Monster -2Shin

By loveISsadistic

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Shin Ryujin, uma agente de missões especiais, foi escolhida para ser enviada a um lugar completamente diferen... More

Capítítulo 1
capítítulo 2
capítítulo 3
capítítulo 4
capítítulo 5
capítítulo 6
capítítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
capítítulo 17
capítulo 18
capítulo 19
capítulo 20
Capítulo 22
Capítulo 23
capítulo 24

Capítulo 21

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By loveISsadistic

Andei com cuidado pelo corredor, rezando para que não houvesse nenhum guarda por ali.

E realmente não havia.

Estava vazio.

A única coisa que eu ouvia era a sirene bagunçando meu juízo, o que não era bom.

Continuei andando, completamente perdida naquele lugar. Com certeza era perto de onde o dormitório dos guardas ficava, talvez fosse a porta que estava trancada no dia que vi com Yuna. Trinquei o maxilar lembrando que eu estava completamente indefesa se algo acontecesse.

Cheguei em uma encruzilhada no meio do corredor. Olhei para todos os lados e percebi uma movimentação à direita. Guardas. Arregalei os olhos e encostei-me na parede, rezando para que eles não me percebessem ali. Os homens passaram correndo para a esquerda e nem sequer olharam para trás. Engoli seco.

-Vamos! – escutei o grito de longe –

Soltei o ar e voltei a olhar para a direita, continuando o caminho por ela. Fui encostando minha mão direita na parede, tentando fazer o menor barulho possível. Passei por duas portas fechadas. Na terceira, quando eu estava achando que não havia mais ninguém por ali, fui puxada para dentro de algo que parecia ser um quarto de limpeza. Acabei dando uma cotovelada por puro reflexo com toda minha força no rosto da pessoa, que gemeu de dor e depois segurou meu braço, me deixando imóvel.

-Ai... – resmungou e percebi que era Moonbyul –

-O que você está fazendo?! – falei baixo e ela soltou meus braços, levando uma das mãos até o nariz, que parecia estar sangrando – Moonbyul, me desculpe. Se você quer me levar novamente para aquele quarto eu vou resistir. – ela negou –

-Não vou fazer isso. – falou – Vou deixar você fugir. – cerrei os olhos – Você acha que eu deixei a porta do quarto aberta por quê? – dei de ombros –

-Falta de profissionalismo. – ela sorriu –

-Falei que queria te ajudar. – pegou alguma coisa no bolso com a mão direita e com a esquerda, segurou minha mão – Aqui. – me entregou uma Glock e eu engoli seco – Sei que você sabe usar. – colocou a mão no bolso da frente dessa vez, tirando três carregadores e me entregando também –

-Porque está fazendo isso? – perguntei e ela sorriu, limpando o nariz –

-Depois te explico. – olhou no relógio de pulso – Olha, em uma hora preciso que você esteja fora desse lugar. Ok? Saia pela saída principal. É o caminho mais fácil nesse momento. – franzi o cenho –

-O que?! – ele assentiu –

-Sim. Agora preciso que me dê outro murro. – Neguei algumas vezes –

-Não.

-Vai logo! – fiquei sem entender, mas eu o fiz, dando um murro com força no olho de Moonbyul, que acabou indo para trás e caindo no chão –

-Ai meu Deus! Desculpa... – ela negou, balançando a mão para que eu saísse –

-Não tem problema! Vá atrás de Yuna. Ela está no setor três, provavelmente. – falou e eu assenti, abrindo a porta –

-Moonbyul... – lembrei antes de sair – Onde estão minhas amigas? – perguntei – Estão bem? – ela assentiu –

-Sim. Depois falamos sobre isso. Não se preocupe! – disse rapidamente - Daqui à uma hora, se apresse! –assenti -

Saí da sala olhando para os lados, vendo o corredor ainda vazio.

-Setor três... – resmunguei, tentando olhar uma placa de indicações de longe, vendo “Setores 1,2,3 e 4” escrito na mesma. Era para a direção onde os guardas tinham ido. Neguei com a cabeça e corri pelo vasto corredor, sempre olhando por cima do ombro, para não ser surpreendida por ninguém –

Mais à frente, tinha uma divisão de corredor. Direita e esquerda novamente. Olhei para a placa e vi que o setor três estava para a esquerda. E, sem receio algum, fui por aquela direção. Escutei barulhos de tiros de longe e engoli seco, correndo ainda mais e sentindo meu abdômen doer. Eu não poderia estar fazendo aquela força. Aquele lugar era enorme. O corredor parecia nunca acabar.

Chegando perto do fim, escutei mais barulhos e então vi um homem correndo em direção contrária a minha. Um guarda. Arregalei os olhos e mirei a arma em sua direção. Até atirei duas vezes, mas ele morreu antes disso. Caiu no chão como uma pedra depois de seu pescoço girar em praticamente 360 graus. Parei no mesmo momento. Silêncio.

Yuna com certeza estava mais à frente. Suspirei, andando devagar até o fim do corredor, parando ali e olhando para a garota ajoelhada no meio da sala.

Em meio a, no mínimo, trinta cadáveres.

Ela tinha a cabeça baixa e estava com a roupa coberta de sangue, assim como as paredes brancas do local. Aquilo que eu achava que era perturbante antes, se tornou completamente insano.

Andei lentamente até a garota, desviando dos corpos, vendo todas aquelas pessoas mortas e pensando apenas em algo do tipo: bem feito.

Assim que a pilha de corpos acabou, andei mais rápido em direção a Yuna, parando em sua frente.

-Yuna... – falei em um fio de voz. A garota não respondeu. Parecia estar em transe. –

Agachei em sua frente e segurei seu rosto, que ainda olhava para baixo. Olhando bem, a garota chorava, por meio de gotas de sangue que não eram dela.

-amor. – falei baixo e ela piscou algumas vezes, olhando para mim e franzindo o cenho –

-Ryujin? – perguntou com uma voz quase inaudível. Seu queixo tremeu e ela pareceu ter ainda mais lágrimas caindo por seu rosto – Você... – tocou em meu rosto com as duas mãos – Você está viva...

-Sim. – sussurrei sorrindo fraco – Você também.

A garota sorriu em meio ao choro e me abraçou com força. Eu me senti tão confortável ali, em seus braços, que se pudesse, ficaria ali para sempre. Mas esse não era o caso.

-Temos que sair daqui. – falei baixo, mexendo em seu cabelo. Senti-a assentir e então a garota se separou de mim –

-Sim. Vamos. – ajudei-a a se levantar devagar –

Ela olhou em volta, provavelmente percebendo o estrago que tinha feito e depois olhou para mim com uma cara de tristeza. Neguei algumas vezes e peguei sua mão, guiando-a até sair dali. Eu andava rapidamente e não soltava Yuna de jeito nenhum. Até ela parar no meio do corredor.

-Ryujin... – começou, o que me fez virar para vê-la –

-Sim? – ela olhou para baixo, o que me fez olhar também. Ela estava machucada. Sangrando. Olhei para seu rosto e ela mordeu o lábio devagar – Está doendo? – perguntei e ela assentiu –

-Sim... – resmungou colocando a mão por cima do sangramento. Era quase no mesmo lugar onde eu tinha a cicatriz da cirurgia, sendo que um pouco mais para a direita –

Rasguei um pedaço da manga da minha blusa e coloquei por cima, fazendo-a pressionar.

-Não solte isso, ok? – ela assentiu – Consegue andar? – assentiu novamente e eu concordei em silencio, andando rapidamente com ela pelo corredor –

Passamos pelos lugares por onde eu corri sozinha antes, e fomos surpreendidas por guardas. Muitos. Engoli seco. Yuna estava atrás de mim, ainda pressionando o ferimento. Ela olhou para mim como quem dissesse: “Vamos em frente!” e eu levantei a arma.

-Eu não faria isso se fosse você. – ouvi o guarda falar de longe, apontando algo como uma submetralhadora para nós –

Mirei em sua testa e sorri, falando:

-Que pena. –e então atirei –

Rapidamente, em um piscar de olhos, o homem estava no chão, em outro piscar, todos apontaram as armas para nós e, no último piscar, todos estavam mortos.

Escutei Yuna tossir atrás de mim e olhei para ela, que parecia bem mais fraca, provavelmente por ter usado muito os poderes. Afinal, ela havia matado mais de cinquenta pessoas em menos de uma hora.

A menina cambaleou um pouco, mas, antes dela cair no chão, segurei seus ombros com força.

-Parece que não dá pra você continuar andando. – falei baixo e ela abaixou a cabeça – Vamos, suba nas minhas costas. Precisamos sair daqui. – ela assentiu –

Abaixei um pouco e esperei Yuna subir em minhas costas. Ela passou as pernas em volta de minha cintura e uma das mãos em meu ombro enquanto a outra ficava pressionando o ferimento. Continuei andando rapidamente com Yuna nas costas. Ela era leve, então não era muito difícil carregá-la daquele jeito. Senti sua respiração leve em meu pescoço e sorri, pois eu iria tirá-la daquele lugar.

Depois de quase dez minutos caminhando rapidamente, consegui chegar à porta que levava ao dormitório. Estava aberta. Franzi o cenho, passando por ela e vendo o lugar com as luzes apagadas e sem ninguém. Continuei andando até a porta que levava ao corredor principal. Abri a mesma e olhei para fora, sem ver ninguém ali. O que era completamente estranho.

Yuna apertou meu ombro e senti sua respiração falhar um pouco.

-Ryujin... – resmungou – Cuidado. – assenti, olhando para o “Corredor do medo” vazio e continuando a andar –

Ao chegar ao salão principal, descobri o porquê do silêncio. Dezenas de guardas fortemente armados estavam lá. Yuna respirou fundo, assim como eu. Dei uma olhada rápida no local, vendo Jennie, Yeji, Jisu e Eunji presas em cadeiras do lado direito do salão, todas bem machucadas. Jennie foi a primeira a levantar a cabeça e olhar para mim. Ela sorriu tristemente, parecia estar dizendo que aquilo não daria certo. Eu neguei com a cabeça e voltei a olhar para os guardas.

-Ora, ora... – escutei aquela voz tão conhecida vindo do meio deles – Parece que vocês estão tentando fugir novamente. Muita audácia de sua parte querer tirar minha filha de mim, senhorita Shin. – trinquei o maxilar –

 -Ok. – um dos guardas falou – Tudo isso foi muito engraçado. Agora vocês podem voltar aos seus devidos lugares, o que acham? – olhei para as meninas sentadas novamente e vi Yeji negando com a cabeça –

-Isso não vai acontecer. Me desculpe. – falei alto – Eu não vou permitir que aconteça.

-Garota, você não sabe com quem está se metendo. – escutei outra voz masculina, provavelmente outro guarda –

-Ryujin, por favor... – Hyuna falou, aproximando-se devagar – Vamos negociar isso, tá bom? – sorriu de canto e eu cerrei os olhos, tendo uma rápida visão de todo o local e vendo Moonbyul ao meio de todos os homens. Ela tinha uma arma em mãos e não tirava os olhos de mim – Digamos que todas vocês ficarão bem. Eu poderia até mandá-las de volta para casa. O que acha? – franzi o cenho –

-O que? – perguntei baixo –

-Sim, você, suas amigas... Jennie. – olhei para Jennie sentada e vi-a respirar fundo. Seu rosto estava completamente machucado, com hematomas e arranhões enormes. Yeji, Eunji e Jisu não estavam diferentes – Elas ficarão bem. – falou – Você só terá que deixar Yuna.

-Não. – falei rapidamente, rindo – Não vai rolar. – Yuna tocou em meu ombro, falando no meu ouvido para eu aceitar ou algo assim –

Olhei para as meninas e elas estavam todas de cabeças baixas. Eu gostaria de saber onde estavam Jisoo, Chaeryeong e as outras. Mas aquilo era o de menos no momento. Vários homens estavam apontando armas para minha direção agora. A qualquer minuto eu poderia ser completamente dilacerada.

-Vamos, Ryujin. – Yuna sussurrou – Você precisa sair daqui... – sua voz estava bem falha, provavelmente por causa da fraqueza que sentia pelo ferimento –

-Eu não vou fazer isso, Yuna. – falei baixo, sem tirar os olhos dos homens. Eu iria ter que arranjar um jeito de conseguir tirar todas dali. Tentei olhar para todos os métodos possíveis e cheguei à conclusão que: não havia jeito – Não vou.

-Suas amigas... – continuou – Elas precisam de você.

-E então, senhorita Shin? – escutei a voz da mulher que se denominava mãe de Yuna e prendi a respiração por alguns segundos, sentindo a garota se movimentar em minhas costas -

Yuna soltou-se do meu corpo, caindo no chão em pé, mas cambaleando um pouco.

-Ela vai fazer. – Yuna falou alto e eu arregalei os olhos, olhando para Jennie, que parecia estar chorando –

-Yuna... – comecei e ela negou com a cabeça, se aproximando de mim e tocando em meu rosto – Eu não vou fazer isso. – sussurrei e ela sorriu –

-Não. Eu que vou. – neguei várias vezes, sentindo seus lábios gelados encostarem-se aos meus – Eu te amo, Ryujin.

-Não... – falei segurando suas mãos – Você não vai. Eu não... Eu não posso deixar. – eu já estava chorando. Muito. Soluçava sem parar enquanto Yuna apenas sorria –

-Você me fez voltar à vida. – falou baixo – Me ensinou que temos um motivo pra viver. – deu de ombros – O meu é você. – abaixei a cabeça, chorando ainda mais – Eu ainda vou te encontrar, Ryujin. – ela tossiu um pouco – Pode ter certeza e guardar minhas palavras aqui. – tocou em meu coração e logo depois passou por mim. Como o vento –

Seus cabelos passaram por meu braço e eu não consegui virar para vê-la. Yuna estava indo embora e eu não poderia fazer nada para impedi-la.

Olhei para trás por cima do ombro, observando a garota se afastar lentamente, com as mãos por cima do ferimento e cambaleando devagar. E eu simplesmente não conseguia sair do lugar. Nem se eu tentasse. Ela estava usando seus poderes em mim.

E então, com um piscar de olhos, um clarão tomou conta de todo o salão, fazendo-me cair no chão e fechar os olhos com força. Escutei alguém gritar:

-Agora!

Com esse aviso, o inferno começou.

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