Monster -2Shin

By loveISsadistic

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Shin Ryujin, uma agente de missões especiais, foi escolhida para ser enviada a um lugar completamente diferen... More

Capítítulo 1
capítítulo 2
capítítulo 3
capítítulo 4
capítítulo 5
capítítulo 6
capítítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
capítítulo 17
capítulo 18
capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
capítulo 24

capítulo 19

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By loveISsadistic

Era quinta-feira e estávamos no pátio, todas em seus lugares, prontas para o plano.

O plano que eu havia contado mais cedo para Yeji, Jisu, Eunji e Jennie, e as mesmas contaram para Chaeryeong, Sihyeon, Serim e Jisoo. Sim, eu meti mais quatro pessoas em um esquema completamente fora do normal. Eu contei para Yuna também, já que ela era a peça chave de tudo.

Olhei para a garota que estava do meu lado e segurei sua mão, levando-a para sentar perto da porta. Dei uma ultima olhada por todo o pátio e suspirei, trincando o maxilar e soprando todo o ar para fora em seguida. Continuei a contagem em minha mente. Dez segundos. Olhei para Yuna e apertei ainda mais sua mão, vendo-a sorrir fraco para mim. Cinco segundos. Ela sussurrou que ia dar tudo certo e eu assenti, voltando a olhar para o chão em minha frente. Dois. Um. Fechei os olhos e tudo passou como um clarão.

-Ok, qual o plano? – Yeji perguntou –

-Bom... Eu estava falando com Jennie que é bem provável que haja uma outra saída desse lugar.

-Que? – Eunji pareceu sem acreditar – Ryujin você está cogitando fugir mesmo? – dei de ombros –

-É, acho que estou. – sorri –

-Achei que era brincadeira. – a loira falou e olhou para Jisu, que deu de ombros –

-Eu não duvido de nada dessas ai. – falou –

-Ei! – Yeji repreendeu –

-Ryujin, fale logo o plano, por favor. – Jennie interrompeu-as e eu assenti –

-Ok, eu estava pensando em amanhã no pátio nós nos espalharmos, sem chamar atenção logo de início, e após eu dar algum sinal, vocês começarem com a maior confusão possível enquanto eu e Yuna saímos e vamos até ao tal dormitório.

-Você disse que era trancado. – Jennie falou –

-Isso eu consigo resolver. – respondi rapidamente, já com o pensamento do que fazer – Quando Moonbyul for levar Yuna e eu até o pátio, ela vai pegar o cartão dela.

-Ok... – Yeji resmungou – E como vamos fazer para chamar a atenção dos guardas? Da última vez que aconteceu uma briga, eles só chegaram quando Jisoo já estava quase sendo morta.

-Isso não vai acontecer novamente. Eu acho que não. – falei – Pode ser só coisa da minha cabeça, mas acho que eles estavam apenas querendo ver o quão longe Yuna iria. Tanto que no momento que Chaeryeong separou a briga, os guardas apareceram.

-Ou não. – Eunji falou – Pode ser só coisa da sua cabeça e tudo dar errado. – dei de ombros –

-Temos cinquenta por cento de chances. Ou podemos ser mais agressivos e destruir as janelas, para chamar mais atenção. Mas ai só teremos essa chance.

-Como assim? – Jennie perguntou –

-Bom…

Então, eu escutei um estrondo e voltei à realidade, relembrando o que tinha que fazer agora. Olhei para Yuna, que engoliu seco. A parede estava sendo destruída pelo fogo, enquanto Sihyeon jogava mesas e cadeiras rapidamente contra a mesma.

Já tinham passado alguns segundos.

-Venham nos pegar, babacas! – Sihyeon gritou, e, logo após isso, vários guardas entraram no pátio, correndo em direção a eles –

Olhei para Chaeryeong, que não fez nada. Sihyeon e Jisoo continuavam a resistir contra os guardas, o que fez mais deles aparecer depois de alguns segundos. E então Chaeryeong assentiu.

Levantei rapidamente e, ainda segurando a mão de Yuna, sai do pátio junto a garota.

Andei com ela rapidamente pelo corredor. No inicio do mesmo eu parei, deixando-a para trás e olhando para os dois lados. Conseguindo ver que não tinha ninguém ali.

-Vamos. – peguei sua mão novamente e guiei-a até a porta trancada, tirando o cartão do bolso e colocando-o no sensor –

-Você sabe que eu poderia quebrar essa porta em alguns segundos, não sabe? – assenti –

-Sei. Mas não podemos fazer alarde. – a luz verde se acendeu e eu sorri – Isso!

Entrei no dormitório, vendo que era realmente um dormitório, sendo que bem pequeno. Yuna entrou e fechou a porta, dando uma olhada geral.

-Bela saída. – falou e eu bufei –

Olhei bem pelo quarto, vendo três portas por ele. Uma era o banheiro, ok. Agora...

-O que são essas portas? – apontei, indo em direção a uma delas e Yuna deu de ombros –

Ela tinha o mesmo sistema da porta do dormitório: um sensor. Passei o cartão de Shawn e a luz vermelha piscou.

-Merda. – resmunguei, olhando para trás e vendo Yuna abrir a porta da direita e virar-se para mim, falando:

-Tem um corredor aqui. – franzi o cenho. Ok, aquilo era estranho. Voltei a olhar para minha porta e suspirei, saindo dali e indo até Yuna –

-Vamos...

Andei pelo corredor e vi algumas portas por ele. Abri a primeira à direita, vendo um tipo de enfermaria, com utensílios para cirurgias e coisas do tipo. Duas camas, uma em cada lado do quarto e um armário cheio de remédios, lugar de onde provavelmente vinham os remédios que eu pegava lá fora.

-Não tem nada aqui. – Yuna falou –

-Parece a enfermaria lá de fora. – falei – Só que deve ser para casos mais graves. – ela assentiu –

Saímos e fomos até a segunda porta da direita, vendo um laboratório de remédios, com várias prateleiras cheias deles. Cada uma com um número de um à dezesseis. Ok. Aquilo era bem mais estranho do que eu estava imaginando. Olhei para Yuna, que tinha o cenho franzido. Ela andou até uma das mesas e demorou um pouco até pegar um frasco, lendo o que dizia nele.

-Zero zero zero sete. – falou baixo – Memória. – olhou para mim e eu franzi o cenho –

-Que? – ela negou algumas vezes e suspirou –

-Também não entendi. – sussurrou e colocou o frasco na mesa novamente enquanto mordia o lábio – Mas... Vamos. Não podemos perder tempo.

Assenti e sai dali, indo até a porta do outro lado do corredor, abrindo a mesma e vi um tipo de escritório de ultima geração, podemos dizer assim. Tinha algumas armas brancas e algumas armas de fogo, coisa que eu peguei rapidamente: Uma pistola e carga para a mesma. Olhei para Yuna e ela observava algo no computador, o que me fez ir em direção a mesma.

-O que foi? – perguntei e ela negou algumas vezes –

-Eu não sei. – olhei para a tela e ali pedia uma senha –

-Senha? – ela olhou para mim –

-Você tem alguma ideia do que pode ser? – neguei algumas vezes –

Yuna tentou algumas coisas antes do computador travar por alguns segundos.

-Droga. – bufou, vendo o computador destravar – Eu não sei o que pode ser. Deve ser algo importante.

-Deixe-me tentar algo... – falei depois de um estalo que veio em minha cabeça –

Tentei Yuna. Senha incorreta. Tentei Shin yuna. Senha incorreta.

-droga... – resmunguei, antes de tentar uma ultima vez:

0007

O computador abriu.

Yuna arregalou os olhos, olhando para mim.

-O que você fez? Magia? – sorri –

-Dedução.

A página que estava aberta era a de Jisoo. Lugar onde continha várias informações sobre a garota. Dei uma olhada por cima e logo pulei. Queria ver a de Yuna.

Chegando à pagina 0007, ali continuei.

Yuna parecia hipnotizada por aquelas letras enquanto lia. Eu voltei minha atenção à elas e o que eu vi foi... Devastante.

Usada para testes da vacina 07AK34M, acabando por ser a única cobaia viva com sete anos de idade.

Status família:

Pai – MORTO

Irmã – MORTA

Mãe - VIVA

Olhei para a garota e ela parecia não entender aquilo.

-Como assim? – percebi seu lábio inferior tremer um pouco – Eu... Eu a matei.

-Yuna... – toquei em suas costas –

-Meu Deus... – ela escondeu o rosto com uma das mãos e senti-a soluçar –

Escutei um barulho vindo do lado de fora e a garota logo subiu seu rosto, olhando para mim.

-Merda. – falei – Vamos.

Ela assentiu e levantou-se, segurei sua mão e então corremos para fora da sala, sendo surpreendidas por guardas apontando armas para nós, não pensei duas vezes antes de levantar a pistola.

Yuna estava atrás de mim, ainda dentro da sala. Escutei-a chamar meu nome, mas nem sequer olhei, apenas sussurrei:

-Fique calma.

-Ora só... – escutei uma voz feminina conhecida e logo percebi quem era – Shin Ryujin.

A supervisora. Ela passou entre os guardas, pedindo para que eles abaixassem as armas.

-Eu te subestimei, garota. – falou, batendo palmas – Parabéns.     Mas, também, sendo filha de quem é, não me impressiona tanto.

-Cala a boca! – falei alto, apontando a arma para ela – O que é isso?! Que merda é essa? – ela sorriu –

-Calma. Irei explicar tudo em detalhes. – levantou as mãos em sinal de rendição e eu franzi o cenho – Quero primeiro que abaixe a arma.

-Nem fodendo. – ela suspirou –

-Yuna pode aparecer? – perguntou e eu neguei –

-Não vou permitir que vocês tentem fazer mal a Yuna. – trinquei o maxilar – Vocês vão ter que me matar se quiserem isso. – a mulher sorriu –

-Não queremos sua morte, Senhorita Shin. Você viva me interessa mais que morta. Tenho que admitir que usar suas amiguinhas de isca foi um ótimo plano. Não sabia que você era tão sangue frio de deixá-los para trás desse jeito.

-Não vou deixá-los! – falei –

-Não? Diga-me se você não estava tentando fugir com Yuna enquanto eles lutavam bravamente?

Fechei os olhos negando, enquanto lembrava.

-Temos bem mais chances de sermos notados destruindo a parede, sendo que, só teremos uma chance de escapar. E, para isso acontecer, só podem ir poucas pessoas.

-Você e Yuna, no caso. – Yeji falou e eu dei de ombros –

-Eu iria fazer o possível para quando escapasse, voltaria para buscar vocês. E vocês sabem muito bem disso. Temos uma chance bem maior desse jeito. – Yeji suspirou –

-Sim, temos. – Jennie falou – Eu acredito que Ryujin consegue.

-Acho que todas acreditamos em Ryujin, né. – Eunji falou sorrindo –

-Eu acredito mais na Yuna do que nela. – Yeji falou e eu revirei os olhos – Estou brincando. Acredito nas duas.

-Sim, a Ryujin vai conseguir. – Jisu falou – Além de ser bem mais discreto, temos bem mais chances de sair desse jeito. – assenti –

-Isso ai, Ryujin. – Yeji falou sorrindo e eu retribui o gesto –

-Cale a boca! – falei alto, apontando a arma para ela – O que quer?! Diga! – gritei –

-Ah, Ryujin... Tão inocente. – eu já estava realmente muito estressada ali – Podemos conversar como pessoas civilizadas se você voltar sem resistir. E nada vai acontecer com Yuna, isso eu posso prometer. – neguei –

-Não. – falei – Pare de falar merda. Eu sei que isso não vai acontecer. – suspirou –

-Você não me dá escolhas. – falou – Guardas...

E então, no mesmo momento, todos aqueles homens vieram para cima de mim, eu consegui contar uns seis ou sete. Descarreguei a arma atirando em todos eles, só que nada aconteceu. Coletes.

-Merda! - joguei a arma no chão e continuei na frente de Yuna. Eu não sairia dali por nada –

Fechei os olhos com força quando vi os homens se aproximarem, mas não senti nada.

-Calma. – escutei Yuna falar atrás de mim – Mantenha a calma.

Abri os olhos e percebi que eles tinham sido jogados contra a parede.  Engoli seco e olhei para a supervisora, que estava em estado de choque. Aquela era a hora. Agarrei o braço de Yuna e sai correndo dali. Passei pelo dormitório novamente, abrindo a porta de saída com o cartão e não vendo ninguém pelos corredores. Corri. Corri como se minha vida dependesse daquilo. E dependia. Não só a minha, como a de Yuna.

Corri até o salão principal, parando bruscamente no mesmo, vendo vários homens com roupas de segurança e armas nas mãos. Neguei com a cabeça, virando-me para trás, vendo Yuna me olhando sem esperanças e atrás delas mais homens. Neguei. Neguei várias vezes.

-Não... – abracei a menina – Eu não vou deixar que a machuquem. – resmunguei, beijando sua cabeça –

O que eu poderia fazer para protegê-la? Isso mesmo, nada. Eu havia falhado. Pateticamente.

Olhei para frente, vendo a mulher vindo até nós com um guarda ao seu lado e minha cabeça poderia explodir naquele momento ao ver Shawn ali, ao seu lado.

-Merda... – resmunguei e senti as mãos de Yuna apertarem meu moletom branco –

-Mantenha a calma... – ela sussurrou abafadamente –

-Desistam. – a mulher falou –

-Eu não consigo manter a calma. – falei para Yuna –

-Como? Você mesma disse para eu manter a calma. – falou –

-Estou esperando sua resposta, Ryujin. – ela chegava mais perto -

-Eu... – eu já estava chorando naquele momento, enquanto Yuna tinha um sorriso sereno nos lábios – Eu falhei com você... – ela negou –

-Não Ryujin. Não falhou em nada. – a garota passou os dedos por minhas bochechas –

-Eu...

-E então? – escutei a voz da supervisora e fechei os olhos novamente. Aquilo não poderia estar acontecendo –

E então nesse meio tempo, Yuna se separou de mim, o que me fez abrir os olhos e ver ela jogando Shawn e vários outros longe, deixando apenas a mulher ali de pé. Vi Yuna quebrar o pescoço de vários homens, fazendo com que eles caíssem no chão instantaneamente. A mulher continuava ali, parada, com um sorriso no rosto.

-Olhe só. Minha experiência foi mais que bem sucedida, não é? – franzi o cenho – Fico feliz em vê-la forte tão forte, Barbie.

Barbie?

Yuna parou na hora, fazendo com que todos os guardas caíssem no chão.

-Do que me chamou? – a garota perguntou baixo e a mulher sorriu de canto –

-Seu apelido, minha querida. Não é esse? – Yuna negou várias vezes –

-N-Não... Eu não tenho apelidos. Você nem me conhece. – a mulher riu –

-Ah, querida. Eu te conheço. – engoli seco – Como não iria conhecer, se foi eu quem te coloquei no mundo? – trinquei o maxilar –

Aquela... Era a mãe de Yuna? Não podia ser. Ela não faria isso com a própria filha.

-O... Que? – Yuna soltou em um fio de voz – Não...

-Sim, Yuna. Eu sou sua Mãe. Shin hyuna.

Eu não estava acreditando. Yuna estava estética, não movia um músculo.

-Yuna... – resmunguei –

-É mentira... – sussurrou – Ela está morta! Eu a matei! Assim como matei meu pai e minha irmã! – a mulher riu –

-Não, minha querida. Você não os matou. – falou sorrindo – Eu fiz isso. Programamos para sua memória acreditar em algo que nunca aconteceu, assim como programamos para esquecer de todo seu procedimento de adaptação com a vacina que te deu esse dom.

-Você é um monstro. – falei para Hyuna – Você... Destruiu a sua família e a vida da sua filha! Para que?!

-Para fins de estudo, minha querida nora. Posso te chamar assim, não é? – eu não sabia o que dizer. Aquilo era inacreditável – Estava esperando a hora de acontecer algo mais entre vocês duas. Já tem minha aprovação, ok?

-Eu... – Yuna resmungou, olhando para o chão. Seus olhos estavam cobertos por lágrimas que nem sequer escorriam. Apenas estavam ali, mortas – Você é...

Levei uma das mãos até o rosto, cobrindo-o. Não era possível.

E então, senti um choque correr por todo o meu corpo, o que me fez cair. Escutei o baque ao meu lado de Yuna caindo e consegui ver tudo enquanto eu era agredida com socos e chutes. Yuna me olhando enquanto chorava e era algemada.

Gritei seu nome várias vezes enquanto os guardas a levantaram. Tudo em minha volta agora estava no mudo. Sinuhe estava falando algo, mas eu não ouvi nada. Nem gritos. Nada. Eu apenas olhava para Yuna enquanto gritava. E ela não tirava os olhos de mim.

“Não me deixe” gritei.

Ela sorriu em meio ao choro e sussurrou:

“Obrigada”

Essa foi a última coisa que vi antes da escuridão tomar conta da minha visão.

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