-Soo! – Jennie veio correndo até a outra garota, a mesma que não tirava os olhos de Yuna –
-Olha só, Nini. Yuna parece que arranjou uma namorada. – falou e deu uma risada no final da frase – Que errado... – continuou –
-Soo, deixe as garotas em paz. – Jennie falou, tocando no ombro da garota de cabelos negros –
Yuna suspirou e levantou-se, tocando em meu braço.
-Vamos sair daqui? – perguntou baixo e eu olhei para a outra dupla do outro lado da mesa. Assenti devagar –
-Certo... – resmunguei e levantei também, olhando ao redor e vendo que poucas pessoas olhavam para nós. “Ainda bem” pensei e comecei a seguir Yuna –
-Está fugindo? – Jisoo gritou e riu em seguida – Uma graça... – Jennie provavelmente falou algo, mas não consegui escutar –
Yuna continuou andando devagar, ignorando completamente a outra. Agora mais pessoas olhavam. Olhei para Yeji e ela estava ao lado de Chaeryeong sentada um pouco longe. Olhei para todos ao redor do grande pátio e senti Yuna segurar meu braço e me olhar um pouco... Assustada? Logo senti meu corpo voar rapidamente para trás e só consegui escutar Jennie gritar “Não Jisoo!” antes de acontecer. Meu corpo foi contra uma parede e uma onda de fogo foi em direção à Yuna.
Respirei fundo algumas vezes antes de processar o que estava acontecendo. Vi Jisoo criar chamas com suas próprias mãos a alguns metros de Yuna, apontando-as todas para a garota. Todos agora olhavam para aquilo, estáticos. Eu estava estática.
Yuna estava com o braço em frente ao fogo, cobrindo seu rosto. Seu outro braço mais abaixo, contra seu peito. Ela estava contendo. Olhei para os lados, procurando algum guarda. Nada. Eles já deveriam estar ali fazendo Jisoo parar ou algo desse tipo.
A silhueta de Yuna estava cada vez mais perto do fogo. Eu já estava ficando completamente desesperada. Tentei ir a sua direção, mas constatei que meu corpo estava preso como um imã a parede.
-Isso, Yuna! Lute contra mim! – escutei a voz de Jisoo gritar – Mostre por que você é um monstro!
Em um estalo, a onda de fogo foi toda para o teto e se dissipou. Yuna estava mais próxima de Jisoo, a mesma que tinha os braços torcidos. Yuna fez um movimento com a mão, apontando-a para o chão e assim aconteceu com Jisoo. Seu corpo colidiu contra o chão e um barulho enorme foi feito. Os dois braços da garota continuavam para trás enquanto Yuna se aproximava.
Olhei para Yeji e ela levantou-se junto a Chaeryeong. Yuna estava em pé ao lado do corpo caído no chão, com uma das mãos aberta e apontada para Jisoo, que dava risadas altas.
-O que? – ela perguntou alto – Não vai me mostrar do que é capaz?
Yuna falou algo muito baixo, tanto que não escutei. Jisoo deu uma risada e então um grito de dor. Olhei para seus braços e um deles estava quebrado. Então olhei para minha pulseira rapidamente, vendo sua cor mudar para um laranja claro. Engoli seco e percebi que Yuna iria quebrar o outro braço da garota, mas foi interrompida por Chaeryeong. Que apareceu do nada ao lado da menina, tocando em seu braço. Logo Yuna estava ao meu lado e senti meu corpo se soltar da parede em um impulso, o que me fez respirar fundo.
Então, os guardas entraram no local, indo diretamente na direção de Jisoo, que gritava de dor enquanto segurava o próprio braço. Jennie estava ao seu lado no chão, dizendo-a para ter calma, provavelmente. Olhei para Yuna e a mesma olhava para Jisoo no chão e piscou algumas vezes antes de olhar para mim. Chaeryeong estava ao seu lado, ainda olhando para a movimentação que aquilo tinha causado. Se não fosse ela, com certeza Yuna iria fazer um estrago muito maior.
Olhei para Yuna de cima a baixo, vendo um de seus braços bem vermelho. Ela olhou para o local aonde eu olhava e tocou no mesmo, fazendo uma careta. Ela tinha se queimado.
-Você se machucou. – falei baixo, vendo-a descer a manga da blusa pelo braço. Chaeryeong olhou para mim e eu assenti para ela. sorriu fraco e saiu dali indo em direção à Yeji – Está doendo muito? – perguntei e Yuna negou com a cabeça –
-Não. – respondeu, olhando para Jisoo sendo levada para fora do pátio, olhei novamente para minha pulseira e sua cor voltava lentamente para o verde –
-Certo... – um dos guardas falou alto, no meio do local, chamando a atenção de todos nós – Vocês voltarão para as celas agora. Acabou a brincadeira por hoje! – suspirei. Não tinha passado nem quarenta minutos desde que entramos –
Escutei Yuna bufar e voltei a olhar para ela. A garota encostou-se na parede e resmungou alguma coisa.
-Não foi culpa sua, ok? – falei e ela suspirou assentindo –
-Sim. Eu sei.
**
Já estava na parte da noite e nós estávamos todas no dormitório, menos Jennie. Sentamos no chão e agora conversávamos. Yeji estava ao meu lado, fazendo carinho em meu ombro. Eu não estava triste. Eu estava preocupada. Principalmente sobre o que eles iriam fazer em relação à Yuna. Mesmo ela não tendo sido a culpada pela confusão acontecer, ela quebrou o braço de Jisoo, e aquilo era bem grave.
-Mas gente... Aquela Jisoo é meio maluca. – Jisu falou – E eu pensando que era a Yuna. – suspirei e Yeji continuou fazendo carinho em meu braço –
-Sim. – Yeji concordou –
- Eu só não entendi o que aconteceu. Foi tudo muito rápido. – outra garota falou –
-Foi incrível, para ser sincera. –uma morena falou e eu sorri de canto –
-Ela é incrível. – resmunguei e ninguém escutou –
-Naquela hora... O que aconteceu com o fogo? – Eunji perguntou – Ele foi para cima do nada.
Elas continuaram a conversar e criar teorias enquanto eu fui para outra órbita. Eu poderia muito bem dizer o que realmente aconteceu ali, mas achei melhor deixar aquilo só para mim. Yuna desviou o fogo para cima para não machucar ninguém. Por isso ela se machucou. Ela me empurrou para longe, pois sabia o que estava para acontecer. Yuna me protegeu. Suspirei e apertei a mão e Yeji, fechando os olhos e perguntando para mim mesma:
Será que ela receberia alguma punição por aquilo?
Levantei-me chamando a atenção de todas e fui até minha cama, deitando na mesma. Resolvi não divagar muito sobre o assunto, mas era impossível. Fiquei daquele jeito até pegar no sono por completo.
**
-Bom dia. – falei para as garotas quando cheguei à mesa –
-Bom dia! – Yeji falou indo para o lado para eu sentar – Tudo bem? – assenti –
Coloquei meu cabelo úmido para trás e olhei por toda a mesa, não vendo Jennie.
-Jennie ainda não voltou? – perguntei e Eunji assentiu –
-Ela voltou para dizer que ficaria com Jisoo por um tempo. – concordei –
-E... Ela está bem? – perguntei e Eunji deu de ombros –
-Jennie disse que estava se recuperando. – Jisu respondeu –
Continuei comendo em silencio depois disso, assim como as outras meninas.
Depois do café, peguei a refeição de Yuna e rapidamente me dirigi ao seu quarto.
Abri a porta do cômodo e a garota ainda estava dormindo, sendo que a luz do local estava acesa. Fechei o quarto e fui até Yuna, que dormia de barriga pra cima. A garota usava uma regata e uma calça de moletom. Sentei-me na ponta da cama e olhei para seu braço. A queimadura agora estava bem mais a mostra do que ontem. Mordi o lábio com um pouco de aflição, ainda olhado para seu braço. Quando olhei para seu rosto novamente, ela já tinha os olhos abertos e me observava. Não falei nada, apenas suspirei.
-Bom dia. – falou com a voz rouca enquanto coçava os olhos em seguida. Uma visão bem fofa para alegrar meu dia –
-Bom dia. – respondi – Está doendo? – apontei para seu braço e a garota negou com a cabeça –
-Não, apenas ardendo um pouco. – falou sentando-se – Nada que me atrapalhe. – levantou da cama e foi em direção ao banheiro enquanto eu continuava sentada ali –
Yuna não demorou mais de dez minutos e logo apareceu na porta do banheiro. Vi que ela tinha lavado a queimadura e o rosto.
-Trouxe o que te pedi? – falou e eu franzi o cenho – As músicas. – levantei as sobrancelhas, me lembrando –
-Ah! – bati na minha testa – Esqueci completamente! Eu estava muito desligada hoje quando acordei, desculpe. – ela sorriu de canto – Mais tarde eu trago, com certeza! – ela assentiu –
-Ok. – respondeu sentando-se ao meu lado –
Ficamos em um silêncio um tanto quanto desconfortável. Mas poderia ser bem pior. Eu estava feliz por que Yuna estava ao meu lado e bem, tirando seu braço. Olhei para ela e a garota brincava com os dedos.
-O que acha que vai acontecer? – perguntou com a voz baixa –
-Eu não sei. – falei sincera – Eu estou preocupada sobre isso. Não quero que se machuque. – ela olhou para mim e sorriu de canto –
-Acho bonita a forma como se preocupa com as pessoas. – falou e eu franzi o cenho – Retiro o que disse sobre você antes. – sorri –
-Obrigada. – falei sincera com um sorriso enorme no rosto. Ela sorriu fraco e olhou para suas mãos em seguida –
-Hoje é sexta... – comentou e me fez lembrar que hoje eu voltaria para casa –
-Sim. Passou muito rápido. – Yuna trincou o maxilar e assentiu –
-É. – falou e eu lembrei que estava com seu café da manhã em mãos, então o entreguei à menina –
-Aqui. – falei – Bom apetite. – sorri e ela deu de ombros, pegando o pote –
-Obrigada. – respondeu, abrindo a marmita e pegando a maçã e dando uma mordida - Sim, não falei ainda, mas achei seu corte de cabelo bonito. – sorri de canto, sentindo meu rosto esquentar um pouco –
Quantos anos eu tinha pra estar corando por causa de um comentário? Que idiota.
-Obrigada. – respondi –
-Nada. – falou mordendo a maçã –
Então ficamos assim até o horário acabar.
**
Terminei de arrumar minhas malas assim que a sirene tocou, avisando ser hora do almoço. Jisu veio até mim e Yeji, que ainda terminava de arrumar suas coisas.
-Vamos meninas? – perguntou tocando em nossos ombros, virei-me logo assentindo -
-Espera, tô terminando de arrumar aqui. – Yeji falou colocando um casaco dentro da mala – Já já estou indo.
-Certo então. Vamos Jisu? – Jisu assentiu e nós fomos em direção à saída –
Continuamos andando até um certo ponto, encontrando Jennie no meio do caminho. A garota andava em direção ao dormitório enquanto mexia no celular.
-Jennie! – Jisu falou chamando a atenção da garota, que levantou o olhar e sorriu fraco –
-Oi... – falou um pouco desanimada –
-Como Jisoo está? – perguntei preocupada, afinal eu sentia que tinha uma pequena parte de culpa naquilo. Jennie deu de ombros –
-É, bem. Ela já está em recuperação. – falou – Está com o braço engessado.
-Então quebrou mesmo... – Jisu comentou – Que pesado... – Jennie assentiu –
-Bom, pelo menos a Yuna não quebrou o outro braço. – riu e eu dei de ombros – Não fique preocupada Ryujin. A culpa foi toda e completamente da Soo. Só estou brava por que ela não me escutou. Além de tudo é cabeça dura... – levou a mão até a têmpora - Só espero que não descontem isso em Yuna. – assenti –
-Eu também espero. – falei – Não que esteja feliz pelo o que aconteceu com Jisoo, mas a culpa não foi de Yuna. – cruzei os braços e Jennie sorriu –
-Sim. Eu sei. – falou e tocou em meu ombro – Não se preocupe com isso, Ryujin. – piscou e continuou andando até o dormitório –
Suspirei e olhei para Jisu, que me observava com um sorriso de canto.
-Preocupada? – perguntou –
-Me diz se você também não estaria se fosse com o garoto. – deu de ombros – Por favor.
-É. Ficaria. – falou enquanto entrava no refeitório – É incrível o quanto nos apegamos a eles em só algumas semanas. – comentou e eu assenti – Sinto como se agora fosse uma coisa indispensável. – sorri –
-É, eu também.
***
Peguei os remédios de Yuna e meu celular junto aos fones. Eu estava bem animada, para ser sincera. Coloquei o aparelho e os remédios em meu bolso e ajeitei seu almoço em minhas mãos. Agora eu estava pronta. Andei em passos rápidos até o corredor do medo, como sempre, antes de todas as outras. Eu era bem apressada, ainda mais adicionando com o fato de eu gostar de Yuna. Eu queria vê-la e aquilo estava se tornando como uma rotina que eu gostava de cumprir.
Com minha pulseira, abri a porta do quarto de Yuna e entrei no mesmo, vendo-a brincar com os lençóis da cama assim que entrei. Não deixei de sorrir.
-Boa tarde. – disse enquanto fechava a porta –
-Boa. – respondeu jogando os lençóis para cima e logo eles estavam dobrados em seu lado, como mágica – Trouxe? – perguntou e sorri abertamente com sua animação para aquilo. Assenti e Yuna sorriu também –
Fui até sua cama e entreguei-lhe os remédios e o almoço. Ela comeu rapidamente e logo tomou as pílulas, em seguida indo ao banheiro e jogando os restos no lixo e escovando os dentes. Tudo isso não demorou mais de quarenta minutos.
Quando terminou, correu para cama e se jogou na mesma, olhando para mim e batendo ao seu lado indicando para que eu sentasse. Assim o fiz, sem pensar duas vezes.
Tirei o celular do bolso e com ele, os fones. Entreguei um para a garota ao meu lado e fiquei com um, colocando-o no ouvido. Eu estava com uma grande responsabilidade em mãos. Iria mostrar músicas para Yuna depois de ela ter passado anos sem ouvir nenhuma.
-Está pronta? – perguntei e ela assentiu, olhando para o meu celular e depois olhando para mim –
-Sim.
Então apertei o play no aleatório. depois de algum tempo. Olhei para Yuna e ela tinha os olhos fechados enquanto sorria. Suas mãos brincavam com o lençol e seus pés se mexiam conforme a música. Sorri e mordi o lábio vendo sua felicidade explicita ali naquele momento.
-Isso é muito bom. – comentou, ainda de olhos fechados –
-Sim, é. – respondi sem tirar os olhos daquela imagem. Era simplesmente lindo –
Ficamos até o fim das duas horas ali, sentadas, ouvindo músicas e conversando. Yuna mostrava a felicidade em seus olhos. Comentava cada música que passava: desde a voz da cantora até um simples instrumento que aparecia no final. Era lindo e eu não conseguia parar de sorrir. Yuna era apaixonante, o jeito que ela falava e seu sorriso após cada frase. Era incrível e modesto. Eu sentia vontade de beijá-la em cada um daqueles sorrisos.
Pensei em sobre as pessoas comentarem sobre ela ser um monstro. E eu estava certa desde o começo: aquela garota não era um monstro. Quero dizer, se fosse, eu estaria apaixonada por um monstro agora.
Um lindo monstro, diga-se de passagem.
***
-Já está quase na hora de ir. De novo. – Yeji falou enquanto tomava um gole d’água – Tá passando tão rápido. Parece que foi ontem quando chegamos aqui.
-É. – concordei e logo as outras meninas começaram a falar também, dizendo o quanto estava sendo legal e experimental aquilo estava sendo –
E, realmente, era muito experimental. Eu já tinha trabalhado com todo tipo de gente, até pensava que não era mais possível aparecerem mais tipos e olhem só: me enganei. Pessoas especiais. Com poderes especiais. E eu estava apaixonada por uma dessas pessoas. É, bem experimental.
Como é sempre bom trabalhar e aprender, eu estava adorando todas aquelas coisas. Tirando as partes perigosas de acabar sendo queimada por ai, eu estava adorando de verdade.
Terminei meu jantar e rapidamente peguei a marmita e o remédio de Yuna, para não perder tempo algum. Logo me dirigi à sua cela, entrando na mesma e vendo a garota deitada assoviando alguma coisa.
-Esqueci de te mostrar uma música. – falei e eu mesma me surpreendi. Não esperava soltar aquilo. A garota olhou para mim –
-Estou completamente a ouvidos. – respondeu enquanto sentava-se na cama –
Entreguei seu remédio e seu jantar e logo ela engoliu a pílula, deixando o jantar de lado enquanto eu lhe entregava um fone. Sentei ao seu lado como mais cedo e coloquei I love you (2ne1) para tocar.
Eu não sei o que tinha dado em mim naquele momento. Por puro impulso fiz aquilo, assim como o beijo. Fiquei olhando para minhas mãos enquanto cantarolava a música baixo. Suspirei algumas vezes.
Talvez eu só queira ser sua.
Cantarolei.
Eu estava ficando maluca.
Em alguns minutos atrás, eu nem pensava em nada disso e agora eu estava praticamente me declarando.
Senti o olhar de Yuna queimar sobre mim, mas não me atrevi a olhá-la. Não naquele momento. Dessa vez, era a garota que me olhava, não o contrário.
Eu te amo
Olhei para Yuna pelo canto de olho e ela realmente me encarava.
Eu não pensava em colocar segundas intenções nenhumas ao mostrar aquela música à Yuna, mas, vendo se certo ponto era isso o que estava acontecendo ali. Eu tinha pensando mais cedo “Ah, esqueci de mostrar essa música. Eu gosto dela e talvez Yuna também vá gostar” sendo que agora era algo completamente com uma mensagem por trás.
Respirei fundo assim que a música terminou, levantando-me da cama em um pulo.
-Eu... Já vou. O ônibus já deve estar esperando. – comentei um pouco nervosa e Yuna continuou me olhando sentada na cama – B-Boa noite. Não se esqueça de jantar. – gaguejei um pouco e me virei, indo em direção à porta –
Escutei o barulho dos pés de Yuna colidir o chão atrás de mim enquanto eu tentava abrir a porta. Tentava, pois ela parecia estar emperrada. Ótima hora para isso, porta. Os passos de Yuna se aproximaram até chegarem a um ponto de parar, ai então eu escutei sua voz bem calma atrás de mim:
-Ryujin. – chamou e virei-me com os calcanhares, ficando assim de frente a ela –
A garota me olhava como se visse tudo. Como se estive tudo escrito em meus olhos. Eu te amo, eles diziam. Lendo isso, Yuna tocou em meu rosto e se aproximou lentamente e encostando seus lábios nos meus.
E então, depois de alguns segundos processando aquilo, eu tive a conclusão de que:
ela estava me beijando.