OS CONJURADORES - O FIM DA MA...

By LWMuller

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Algumas promessas não podem ser cumpridas. E Com certeza Henry não poderia mais cumprir as dele. Agora Gabrie... More

Prólogo - Paris
Níptas - Capitulo II
Herói - Capitulo III
Amor Verdadeiro - Capitulo IV- Parte I
O Desejo Consumido - Capitulo IV- Parte II +18
Valentine's Day - Capitulo V
Depois - Capitulo VI
Mordida Mortal - Capitulo VII
Por Um Fio - Capitulo VIII
Ligados - Capitulo IX
Obstáculos - Capítulo X
The Evil - Capitulo XI
Assuntos Inacabados - Capitulo XII
Estranhos - Capitulo XIII
Despedida - Capitulo XIV
Destino - Capitulo XV
O Começo do Fim - Capitulo XVI
Um Pequeno Adeus - Capitulo XVII
Batalha - Capitulo XVIII
Interligados - Capitulo XIX (Penúltimo)
A Ultima Maldição - Capitulo XX
Talvez - Epílogo
Despedida e Agradecimentos

O Outro Gabriel - Capitulo I

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By LWMuller

Gabriel foi até a porta, depois de ouvir a campainha tocar.

— Como chegou até aqui? – perguntou Gabriel.

— Orientado pela sua carta. – falou Thomas.

— Como assim carta? – perguntou Gabriel.

Thomas abriu a mochila e retirou uma carta de dentro dela, onde tudo parecia que tinha sido o Gabriel que tinha escrito, até a assinatura dele era a mesma. Gabriel analisou tudo com bastante cuidado, sabia que não tinha sido ele que tinha escrito a carta. Porém, eram as letras dele, tudo exatamente dele.

— Deve ter algo de errado acontecendo! – falou Gabriel.

— Porque? – perguntou Thomas.

— Porque em momento algum eu escrevi uma carta para você.

— Então alguém me enganou.

— Mas já que você está aqui. – falou Gabriel – Me conta como está o pessoal.

Thomas terminou de entrar completamente e sentou-se no sofá, olhou ao redor e viu que Gabriel parecia ter ficado bem instalado na nova casa, estava quase completando um ano que ele tinha se mudado. Um ano de histórias, um ano de muita coisa acontecendo na vida dele. Tanta coisa que muitas vezes o que ele sempre tinha desejado era o Thomas ao lado dele, o melhor amigo que sempre esteve ali, com ele.

Depois de um tempo, Thomas começou a narrar uma história sobre todos os ex-colegas de Gabriel da antiga cidade. A maioria tinha ido embora, tentar terminar o ensino médio em outra escola que fosse mais a cara de cada um.

Gabriel não estava interessado em saber da vida de todo os colegas de escola, mas sim apenas de mais três, Andrea, Felipe e Mariana.

Foi então que depois Thomas começou a deixar tudo bem claro. O Felipe tinha ficado na cidade, porem deu um avanço nos estudos através de um programa educacional e já tinha concluído o ensino médio, estava apenas esperando ser chamado para a faculdade. Tinha se inscrito em uma e tudo indicava que ele iria conseguir entrar mais cedo do que todos imaginavam.

A Andrea também continuava na cidade, na mesma escola e na mesma sala que o Thomas, alguns meses atrás ela tinha dito que sofreu um ataque voltando para casa. Ela não soube explicar muito bem o que, mas o que deixou tudo muito mais estranho era o fato de o Felipe ter a mesma marca no braço que ela ficou depois do ataque. Ele não soube, ou não quis explicar na época, e todos resolveram deixar a história no baú, pois não tinha acontecido nada de grave com nenhum deles e todos estavam salvos, com exceção de uma.

A Mariana, o Thomas disse que depois que o Gabriel foi embora, ela começou a mudar pouco a pouco, as vezes não ia para a escola, ou tinha vezes que chegava muito atrasada e com as botas sujas de lama, e sempre dizia a mesma coisa, que tinha dormido demais, e quando faltava dizia que estava doente. Ela andava cada vez mais distante dos amigos, cada vez mais reservada, e cada vez mais mudada, não era mais a mesma. As vezes demostrava estar triste e depressiva, o que todos começaram a desconfiar que ela estivesse sentindo mais falta do Gabriel do que qualquer outra pessoa da escola. Os dois sempre tinham sido mais próximos, o Thomas e a Mariana eram os melhores amigos de Gabriel, e isso quase todos sabiam, Felipe e Andrea não ligavam para isso, pois sabiam que mesmo assim o Gabriel gostava deles da mesma forma, põem ele era mais ligado aos outros dois.

Pra completar, a Mariana tinha sumido durante umas semanas atrás, ninguém sabia para onde ela tinha ido, e quando as pessoas, colegas e amigos iam perguntar para os pais dela, diziam que ela tinha pegado uma doença altamente transmissível e que não era muito aconselhável as pessoas se aproximarem dela. E Thomas completou dizendo que uma semana atrás a família dela sumiu, como se tivessem ido embora sem deixar nenhum rastro.

— Mas como? – perguntou Gabriel.

— Eu fui um dia perguntar se ela já estava melhor, a casa estava completamente vazia, sem ninguém, sem moveis e sem nada.

— Isso é muito estranho.

— Tão estranho que algumas pessoas começaram a comentar que talvez ela não tivesse resistido a doença e a família resolveu ir embora sem contar nada para ninguém.

— Eu não creio que eles fossem fazer isso, eu realmente acho que algo a mais está envolvido nisso. – falou Gabriel.

— Bom, eu não preciso falar sobre mim, na verdade estou aqui. Só perguntar.

— Teremos tempo para isso. – falou Gabriel. – Lembra uma vez quando eu estava dormindo na sua casa e você disse ter visto algo me observando e depois saindo do quarto?

— Obvio que lembro. Aquilo ficou na minha mente por noites e noites.

— Então, confesso que na época não acreditei...

— Como não? Você disse que sim. – falou Thomas fazendo bico.

— Só pra você não fica chateado, pensei que tinha sido apenas um sonho seu.

— E o que fez você acreditar depois de tanto tempo?

Foi então que Gabriel começou a contar a versão dos últimos meses dele. Contar que assim que chegou na cidade os seus pesadelos voltaram com força total, e que havia um garoto na escola dele, um garoto misterioso e ao mesmo tempo hipnotizante. Contou como o garoto agia com infantilidade para negar o sentimento que estava crescendo dentro dele. A forma com que ele presenciou o próprio pesadelo dele virando realidade e ele quase morrer na floresta, se não fosse pelo Henry puxar ele no exato momento, na hora certa.

Como tudo tinha sido tão estranho para ele no momento em que o Henry se declarou para ele dentro da barraca do acampamento e a forma que ele fugiu como uma criança que tem medo do escuro. E que naquela noite ele ficou aliviado por saber que o garoto não o odiava, apenas o amava.

Depois do beijo roubado no vestiário a forma com que tudo foi desenrolando, a forma com que o amor entre os dois foi crescendo cada vez mais. Contou sobre a maldição, e que existiam anjos e Nefelins ao lado dele para protegê-lo e salvá-lo do sacrifício. Mas essa não foi a parte mais difícil de se acreditar, mas sim a parte onde Gabriel conta para ele que ele tinha se suicidado e quase morrido.

Mas ele foi rápido suficiente para contar que horas depois tinha acordado na área da praia de uma ilha que ele achou que estava deserta, que alguém tinha dito o quanto ele era saboroso, e que ele nunca descobriu quem tinha sido essa pessoa. E que o guia dele durante aquela noite foi nada menos que um macaquinho que a quem ele deu o nome de Boris. Ele encontrou uma aldeia onde ele conheceu um de seus melhores amigos atualmente, o Mike, e que descobriu que a aldeia é na verdade o lugar de origem da sua mão. Contou da forma que ele tinha chegado lá sem memória e da forma que recuperou. Contou tudo, a ida do Henry atrás dele, a descoberta que o Ryan o tinha salvado da morte, a descoberta que a irmã do Henry estava viva, e que todos depois de alguns meses saíram da aldeia de volta para a cidade.

— Nossa. Vejo que seus últimos meses foram bem mais agitados que os meus. – Thomas falou e depois fez cara de culpado – Deus do céu! – falou ele assustado.

— O que foi? – perguntou Gabriel.

— Você tem um namorado. – falou ele escondendo o rosto.

— Hum. – Gabriel murmurou.

— Onde está esse Henry? Quero conhecer o motivo de você estar vivo ainda.

Gabriel levantou do sofá escondendo uma lagrima que rolou involuntariamente.

— Ele está morto. – falou ele tentando ser o mais duro possível.

— O que?

— Isso mesmo. – falou Gabriel voltando a sentar-se no sofá.

— Mas...

— Há duas semanas atrás houve um incêndio na escola onde a gente estudava e ele acabou por não resistir a fumaça e se foi.

— Eu sinto muito. – falou Thomas vendo que Gabriel estava a chorar.

Thomas sentou-se ao lado de Gabriel e puxou a cabeça dele para o colo.

— Tudo vai melhorar uma hora. A dor só vai te tornar mais forte do que você já é.

— Ele era meu pequeno bruxinho, tão frágil, porem tão forte e determinado, foi ele que diversas vezes me mostrou por que vale a pena lutar por alguém que realmente amamos, mas agora ele se foi e eu não pude fazer anda para ajudar, o meu Henry.

Ficaram os dois ali conversando até que Paula entrou pela porta.

— Thomas. – falou ela sorridente.

Thomas levantou do sofá a abraçou fortemente a Paula.

— Que saudades Tia. – falou ele.

— Que saudades ouvir você me chamando de tia. – falou ela – Quando você chegou?

— Tem no máximo umas duas horas.

— Sinta-se em casa.

A noite tinha chegado, Mike e Sabrina estava já em casa novamente, Mike tinha conhecido o Thomas e tinha visto que ele era uma pessoa boa e que estava ali também para ajudar. Foi colocada uma nova cama no quarto do Mike, para o Thomas, pois era um quarto onde cabia mais uma cama de solteiro e pelo o que parecia o Thomas iria passar um tempinho com eles.

Gabriele estava dormindo.

— Amor? – falou Henry.

Gabriel abriu os olhos lentamente.

— Ai, que susto. – falou Gabriel – Assim você me mata do coração.

— Para de graça. – falou Henry – Você gosta quando eu chego de repente.

— Você sempre mostrando que me conhece melhor do que ninguém.

Os dois começaram a se beijar na cama, com o mesmo fervor e paixão que sempre tiveram. Henry sempre o abraçando e mordendo o pescoço de Gabriel.

— Sabe que eu te amo, não é? – perguntou Henry.

— Sim, eu sei, mas do que qualquer pessoa na terra. – respondeu Gabriel.

Henry começou a tirar a camisa de Gabriel, e em seguida a calça.

— Que fome é essa, amor? – perguntou Gabriel.

— Apenas saudades ué.

— Mas não tem nem três noites que fizemos isso. – falou Gabriel envergonhado.

— Pra mim não tem hora, nem minuto certo. – falou Henry.

Depois de todas as roupas tiradas, Henry abraçou Gabriel e o deitou na cama, Henry sentou-se nas pernas dele como sempre, e quando estava pronto pra começar, Gabriel ouviu o barulho de uma lâmina, e quando viu a espada que o tinha escolhido estava atravessada em Henry. Gabriel viu Henry o olhar com medo e de dor, sangue começou a sair da boca dele e a espada foi retirada, sangue jorrou pelo lençol inteiro e sobre Gabriel também. Henry caiu ao lado de Gabriel na cama.

— Não. – falou Gabriel baixinho – Isso não.

Quando ele olhou para o local de onde a espada tinha saído, ele pode ver, alguém com a espada na mão. E com um olhar de satisfeito. E era nada mais nada menos que ele, o próprio Gabriel.

— NÃO!

Tinha sido um pesadelo que fez Gabriel acordar com um grito, mas o que mais o assustou foi ver que tinha alguém parado em frente à janela dele, mas devido ao escuro do quarto Gabriel não conseguia ver quem era.

— Quem é você? – perguntou Gabriel.

— Eu? Eu sou você! – falou a pessoa.

Gabriel estremeceu, era a voz dele, irreconhecível. Era a voz dele.

— MIKE, MÃE, PAI. – Gabriel gritou.

— Você precisa confiar nas pessoas certas Gabriel, ou terá que matar aquele que você mais ama. – O Outro Gabriel falou da janela.

Foi então que a luz foi acessa por alguém que adentrou ao quarto devido ao grito de Gabriel, e foi então que ele pode ver nitidamente o outro Gabriel olhando para ele, com os seus mesmo olhos verdes, com a mesma roupa que ele tinha ido dormir, porem repleta de sangue. O Gabriel da janela olhou para a pessoa que adentrou o quarto e desapareceu em forma de fumaça, como uma nuvem branca se dissipando.

— Confie na pessoa certa.

Foi isso que Gabriel ouviu depois que a fumaça desapareceu.

Paula estava perplexa olhando para a janela, Gabriel não conseguia nem ao menos se mexer na cama, estava assustado demais, a voz não saia, nenhum musculo se mexia. Paula subiu desesperada na cama e pegou o filho nos braços.

— Calma, fica bem. Tudo vai ficar bem.

— Mãe. – pronunciou Gabriel – O que foi isso?

— Queria poder dizer que era um pesadelo, mas não é.

Mike entrou no quarto, e olhou para o estado de Gabriel, tremulo, assustado e com os olhos vidrados na janela.

— O que aconteceu? – perguntou Mike – Você me assustou!

— Eu... me vi, na janela. – gaguejou Gabriel – Ensanguentado. Era eu. Mas como?

Mike deu um salto da cama e foi até a janela, olhou para a rua e não conseguiu ver nada. Fechou a janela o mais rápido que pode.

— Tem certeza? – perguntou Mike.

— Sim. Ele viu. – Paula que respondeu. – Era ele, exatamente com a roupa que ele estava usando hoje à noite antes de dormir.

— Mas como isso é possível? – falou Mike.

— Não sei, mas meu filho não tá ficando louco, eu também vi, e sumiu numa espécie de nuvem branca.

— Estou com medo. – falou Gabriel. – Ele disse que era eu. Que era para eu confiar nas pessoas certas se não...

— Se não...? – perguntou Paula.

— Se não eu mesmo terei que matar uma das pessoas que eu mais amo. E antes disso eu tive um sonho comigo usando a minha espada no Henry. – falou Gabriel.

— Mas o Henry está... você sabe. – falou Paula.

Mike ficou inquieto.

— Você precisa dormir. – falou Paula.

— Não vou conseguir ficar sozinho.

— Eu fico com ele. – falou Mike.

Paula deixou Gabriel deitar na cama e depois saiu lentamente do quarto e fechou a porta. Mike deitou-se do lado de Gabriel. Então Gabriel virou-se de costas para ele e puxou os braços de Mike.

— Me abraça. – pediu ele.

— É claro. – respondeu Mike.

Mike o abraçou e Gabriel o puxou cada vez mais para perto dele, como uma criança com medo do bicho-papão, e que queria porque queria se esconder em um colo. Era assim que Gabriel estava. 

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