O Senhor das Águias e os Pris...

By rsferreira89

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Esta historia será a continuação do livro : O Senhor das Águias e as Pedras da Perdição. Ela está em fase de... More

Mapa de Aldiroön
PRÓLOGO
CAPÍTULO I: O REI DE ZATÜRON
CAPÍTULO II: OS CONSELHEIROS REAIS
CAPÍTULO III: UMA VISITA EM TIÄN
CAPÍTULO IV : A CIDADE DOS LOBOS
CAPÍTULO VI :O SACRIFÍCIO AOS DEUSES
CAPÍTULO VII :SOBRE O BRILHO DO LUAR
CAPÍTULO VIII :EM TERRAS DISTANTES
CAPÍTULO IX: NO QUARTO DA RAINHA
CAPÍTULO X :AO ENCONTRO DE NARCISSE
CAPÍTULO XI :UM ENCONTRO NA MADRUGADA
CAPÍTULO XII:UMA TAÇA DE VINHO
CAPÍTULO XIII: DESCENDO ATÉ A MASMORRA
CAPÍTULO XIX : O REI SOBRE A COLINA
CAPÍTULO XV : RETORNANDO AO SALÃO
CAPÍTULO XVI :O CHÁ DE ERVAS AMARGAS
CAPÍTULO XVII :BOA VIAGEM, LORDE HARMYS

CAPÍTULO V : A REUNIÃO DO CONSELHO

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By rsferreira89


Zatüron.

— O único que está faltando para completar o conselho é o lorde Dorys! — exclamou Castherloy enquanto bebia o vinho em uma taça de prata.

Pedro estava sentado em sua cadeira, aguardando a presença de Dorys. Ele sabia que ele iria atrasar, já que um de seus mensageiros havia mencionado que o lorde estaria resolvendo alguns assuntos relacionados a coroa.

Enquanto isso, Pedro bebia o vinho juntamente com os outros lordes que estavam impacientes com a ausência de Dorys. Havia um homem ao seu lado que estava repleto de adornos. Anéis de rubis em seus dedos e um colar de prata, com pequenas figuras desenhadas com perfeição. O desenho era de um cisne com as asas abertas. Era o brasão de sua casa.

— Agradeço pela sua presença, Lorde Mansur. — sussurrou Pedro. — Sei que está enfrentando sérios problemas em sua casa, principalmente depois da morte de sua esposa.

Mansur era um homem velho, embora a sua idade não se igualava a sua aparência. Um homem de cabelos grisalhos e olhos cinzentos, elegante e esbelto como uma faca de prata. Trajava botas negras de cano alto, um gibão de veludo em tons de prata e carmesim e um cinto largo com fivela de prata.

— Tenho filhos rebeldes, isso não tem como negar. Já a minha esposa, eu estou conseguindo superar... logo arrumarei outra. — disse ele, tomando um gole de vinho. — Uma boa safra. Espero que tenhamos vinho desta qualidade no festival da colheita.

— Não sou de guardar os melhores vinhos para mim. — sorriu o rei para todos os lordes que estavam em volta da mesa. — Gosto de compartilhar com os meus amigos.

A porta do salão se abriu. Pode-se ouvir o estalar de suas dobradiças. Lorde Dorys acabara de entrar como um furacão em chamas. Ele pedia desculpas aos lordes pelo imprevisto atraso que havia sucedido.

— Podemos então começar a reunião do conselho para os preparativos do festival da colheita. — disse Pedro se levantando de sua cadeira.

— Queira me perdoar Vossa Graça, mas antes de começar, recebi essa mensagem de um corvo agora a tarde. — disse Lorde Dorys retirando o papel de seu bolso. — Acredito que tenha vindo da casa Moöncairn.

— Os elfos? O que eles querem com Vossa Graça? — perguntou Castherloy. Ele era o responsável das construções reais. Um homem de quarenta e quatro anos, cabelos ruivos aloirados caindo sobre os olhos, nariz achatado e bochechas pendentes. Trajava veludo negro e um colar de ouro como adorno.

— O nosso rei sempre teve contato com os elfos! — afirmou Felipe enquanto bebia sua cerveja caramelada.

Pedro pegou o bilhete e reparou o brasão da casa Moöncairn. Era o desenho de uma Harpa desenhado entre a cera. Ele abriu rapidamente e começou a ler em silêncio.

— O rei dos elfos está me alertando sobre os objetos que pertenciam a Cesarem. Ele quer guardar todos em um lugar seguro para que os sete fidalgos não venham a usá-lo.

— Uma ideia sabia! — exclamou Lorde Dorys enquanto servia vinho em sua taça. — Se todos os objetos estiverem protegidos, Cesarem nunca mais irá retornar.

— Disse também que mandou uma mensagem para o rei dos anões, já que ele está com a grande estrela da noite. — afirmou Pedro enquanto retornava para o assento.

— Uma preciosidade nas mãos dos anões! — exclamou Lorde Mansur enquanto apreciava o vinho.

— Tomara que Alamuc venha colaborar com o pedido de Mirgän! — exclamou Felipe.

— Os anões são seres de cabeça dura. Irão pensar que os elfos estão querendo a sua joia mais preciosa. — afirmou Lorde Barnard, interagindo-se no assunto.

— Espero que não! — afirmou Pedro. — Vivemos muitas coisas juntos na época em que capturamos as pedras da perdição.

— Desculpe Vossa Graça! Mas os anões não ligam para amizades verdadeiras. — disse Lorde Barnard. — Já se passaram três anos depois da destruição das pedras, quando é que um dos anões estiveram aqui em vosso reino?

— Apenas na minha coroação! — afirmou Pedro melancólico.

Pedro refletiu sobre a pergunta que acabara de ouvir. Ele nunca mais reviu os anões depois daquela aventura.

— Vossa Graça? Podemos falar agora sobre a festival da colheita? — perguntou Lorde Mansur, apertando fortemente o braço do rei.

— Claro! — afirmou Pedro. — O que vocês planejam para este dia?

— Estávamos pensando em organizar um grande torneio. — disse Lorde Perez. Ele estava vestindo veludo azul-escuro, com meia dúzia de flores douradas bordadas no gibão.

— Pensamos também de ter o mesmo torneio para honrar o dia de seu nome, que acontecerá uma semana depois. — afirmou Lorde Barnard.

— Quanto ficará tudo isso? — perguntou Felipe.

— Bem...com os cantores, as criadas, os carpinteiros, os cozinheiros, os malabaristas, os bobos e o prêmio do torneio...receio que iremos gastar uns duzentos mil .

Pedro ficou assustado ao ouvir os números.

— É muito caro! A coroa não poderá gastar com coisas supérfluas. — afirmou Felipe, após se levantar de sua cadeira. — Afinal, temos muitos bobos disponíveis e criadas com fartura.

— Quando é que a guarda real passou a decidir sobre as financias deste reino? — perguntou Lorde Perez em um tom sarcástico. — Não se esqueça que haverá diversos nobres neste festival. Até mesmo reis de outras denominações.

— Não podemos esquecer de que a casa Gollys... os Daargers... e os Leineckers, poderão aparecer nesta festividade! — exclamou Lorde Dorys.

— Nem nos nossos sonhos eles irão aparecer! — afirmou Felipe severamente. — Conheço a teimosia daqueles homens.

— Narcisse talvez não venha aparecer, mas Lorde Marcus e Lorde Estevão, com certeza aparecerão. Eles gostam de uma boa farra. — disse Pedro, enquanto bebia o vinho.

— É um gasto muito grande! — sussurrou Felipe. — Com esse dinheiro, Vossa Graça poderia investir em homens de guerra... em soldados que estariam dispostos a entregar a suas vidas para salvar a coroa.

— Não podemos fazer um festival de qualquer jeito! — exclamou Perez. — Serão necessários certos gastos para conquistarmos a confiança desses lordes que se afastaram do reino.

— Nenhuma festa pomposa irá fazer com que eles voltem a se unir a este reinado! — afirmou Felipe em tom azedo. — Não se esqueça senhores, de que eles não suportam a presença de um "plebeu bastardo" sentado no trono.

Felipe saiu da sala com a ira em seus olhos. Muitos não concordaram com a atitude do lorde comandante da guarda real.

Pedro não interviu, apenas deixou que ele saísse da sala de cabeça erguida.

— Sendo o chefe da casa da moeda, o senhor acredita que conseguiremos bancar essas festividades sem prejudicar os plebeus? — perguntou Pedro olhando diretamente para Lorde Perez.

— A coroa está completamente estabilizada...o senhor não precisa se preocupar. — disse Lorde Perez. — Os impostos estão sendo pagos e cobrados conforme as leis que nos rege.

— Bom...se o conselho não apresentar nenhuma objeção, irei liberar as moedas necessárias para os preparativos deste festival.

Todos ficaram calados. Pareciam estátuas vivas que não paravam de se encarar.

— Lorde Perez, tome as devidas providencias para o acontecimento deste festival...há algo mais que este conselho queira falar?

— Desculpe Vossa Graça, precisamos falar sobre os sete fidalgos! — exclamou Lorde Dorys, enquanto endireitava as pontas de seus cabelos negros. — Há boatos de que eles estão em Rafën.

— Esses boatos são verdadeiros? — perguntou Castherloy.

— Tenho confiança naqueles que me contaram! Meus informantes são ágeis como as serpentes e discretos como o vento.

— Lorde Dorys tem informantes em toda Aldiroön. É bastante preocupante para os nobres desse reino. — expressou Lorde Mansur com um certo tom de ironia.

— Será preocupante para os nobres que traírem Vossa Graça... mas para aqueles que andam corretamente, meus informantes não irão denunciar. — disse ele friamente.

Todos estavam quietos, até o momento em que eles puderam ouvir alguém batendo na porta. Pedro se levantou e permitiu que a porta se abrisse. Era uma das damas de companhia da rainha que estava completamente assustada. Ela usava um longo vestido vermelho com rendas douradas em seu busto. Seus cabelos loiros estavam presos por uma faixa de cetim. Sua cor se igualava a ouro derretido.

— Vossa Graça, perdoe-me por atrapalhar a reunião deste conselho! — exclamou Lola, com sua respiração ofegante. — Mas a rainha deseja vê-lo! Ela não está se sentindo muito bem. Infelizmente ela está sangrando muito e está prestes a perder a criança.

Pedro encerrou a reunião do conselho e correu em direção ao seu quarto.


Todos os domingos terá capítulos inéditos deste livro...

Espero por vocês!!

R.S.Ferreira

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