Meu Recomeçar

By Bekasilva2

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O que significa realmente a palavra amor? Acho que ninguém sabe explicar com convicção. Uns dizem que é um se... More

Prólogo
Cap.01
Cap.02
Cap.03
Cap.04
Cap.05
Cap.06
Personagens
Cap.07
Cap.08
Cap.09
Cap.10
Cap.11
Cap.12
Cap.13
Cap.14
Cap.15
Cap.16
Cap.17
Cap.18
Cap.19
Cap.20
Cap.21
Cap.22
Cap.23
Cap.24
Cap.25
Cap.26
Cap.27
Cap.28
Cap. 29 - Bônus
Cap. 30
Cap.31
Cap.32
Cap.33
Cap.34
Cap. 35
Cap.36
Cap.37
Cap.38
Cap.39
Cap.40
Cap.41
Cap.42
Cap.43
Cap.44
Cap.45
Cap. 46
Cap.47
Cap.48
Cap.49
Cap.50
Cap.51
Cap.52
Cap.53
Cap.54 - Bônus
Cap.55
Cap.56
Cap.57
Cap.58
Cap.59
Cap.60
Cap.61
Cap.63
Cap.64
Cap.65
Cap.66
Cap.67
Cap.68 - penúltimo capítulo.
Cap.69 - último capítulo
Epílogo
PUBLICADO!!
CONTINUAÇÃO???

Cap.62

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By Bekasilva2

Pov's Mirella

Um mês depois...

Eu estava ofegante, mal comecei a correr e já estava suada e cansada.

Deve ser a ansiedade, não consigo fazer nada quando estou ansiosa.

Assim que chego no hall do prédio aperto diversas vezes no botão do elevador que se quebrasse eu não me surpreenderia. Assim que o mesmo chega ainda tive que esperar todas as pessoas saírem para eu poder entrar, quase atropelava uma garota de moletas.

Parece que quando a gente tá com pressa tudo fica mais lento, os andares no elevador pareciam não subir.

Ô ódio.

Assim que chega eu corro para o apê, como a porta estava aberta eu já entro correndo.

Mirella: Sebastian! - grito seu nome da porta e o vejo tomar um susto.

O mesmo estava sentado no chão, com o notbook no colo e seu celular ao lado tocando uma música baixa aleatória. Ele havia tomado um susto com meu grito e arregalou os olhos por baixo dos  óculos.

Mirella: Cadê, cadê.  - corro até ele me jogando ao seu lado e encarando seu notbook  - Ai meu Deus.

Percebo que o mesmo estava em chamada de vídeo, dou um sorriso sem graça.

Sebastian: Hum, David nos falamos depois. - o homem do outro lado da tela assente segurando o riso.

A ligação é finalizada e o Sebastian vira o rosto para mim segurando o riso.

Mirella: Me desculpa, era importante? - aponto.

Sebastian: Ele era um novo investidor que eu estava tentando a meses conseguir.  - arregalo os olhos batendo em minha testa.

Mirella: Me desculpa mesmo Bast, sério, por favor, não tem como ligar para ele de novo? - me desespero.

Ouço sua risada alta e fico sem entender.

Sebastian: Tô brincando, ele é um dos meus funcionários, me ligou rapidamente para me mostrar uma papelada que havia chegado, eu já ia desligar antes de tu chegar. - suspiro aliviada e dou um tapa no mesmo.

Mirella: Não brinque com isso, já acordei ansiosa demais hoje. - me encosto na parede.

Sebastian: Vai ver a nota do Enem hoje? - assinto.

Mirella: Por isso que eu vim, né?  Tô sem net em casa, se não nem viria ver sua cara. - ele me olha com indignação.

Sebastiam: Nossa, isso magoou. - faz drama.

Mirella: Sabe que tô brincando. - respiro fundo. - Tô estressada esses dias, nem o Vicente e a Mia tão me aguentando. Ainda tive que passar na farmácia por quê do nada, do nada! Apareceu um monte de espinha em mim, não só na droga no meu rosto e sim no meu corpo todo. Deve ser a droga da minha menstruação chegando, inferno. - bufo.

Essa semana minha cara e costas encheram de espinha, sério, tá horrível. O meu rosto eu consegui cobrir com base, mas de resto...não vou poder ir a praia por um bom tempo.

Volto meu olhar para o Sebastian que me olhava com uma cara de "ok, né, vou falar nada".

Mirella: Desculpe de novo, você não precisa ouvir meus problemas, provavelmente tô sendo vaidosa por causa das espinhas e... - sou interrompida quando ele segura meu rosto e me puxa para um selinho demorado que aliviou bastante minha tensão.

Suspiro assim que ele se afasta.

Sebastian: Vamos ver sua nota agora? - observo seus olhos azuis e assinto. - Ótimo, qual o site...

Mirella: Espera. - seguro sua mão antes que ele digite. - Tô com medo.

Sebastian: De não ter passado? - assinto com a cabeça. - Relaxa, sei que se saiu bem tendo eu como professor. - estreito os olhos e ele rir. - Agora me fala o site.

Respiro fundo e dou as instruções, entramos no site e colocamos meus dados pessoais, demora um pouco para carregar, provavelmente tem muita gente entrando ao mesmo tempo.

O Sebastian segura minha mão me apoiando e eu apoio a cabeça em seu ombro na espera.

Assim que minha nota carrega eu arranco o notbook do seu colo colocando no meu, fico passando as abas com os olhos arregalados.

Mirella: Ai caralho! - abro um sorriso enorme.

Sebastian: Passou? E aí? 750 pontos significa o quê? - pergunta.

Mirella: Significa que eu fui mais que bem nessa merda! - falo alto. - Eu só precisava de 450 pontos, véi...eu nunca tirei essa média no colégio. - começo a rir de felicidade. - Eu passei!

Sebastian: Parabéns meu amor. - meu sorriso se alarga ainda mais.

Mirella: Obrigada Sebastian, mesmo me odiando você me ajudou a estudar. - coloco o computador no chão e o abraço, ele me aperta no corpo.

Sebastian: Eu não te odiava tanto na época. - rir.

Mirella: Odiava sim, quer dizer, eu pelo menos... - deixo no ar me levantando e ele me olha com indignação.

Sebastian: Como pode odiar um ser como eu. - eu ri. - Eu acho isso... - seu celular toca o interrompendo, ele pega o mesmo olhando entediado para tela. - Só um minuto.

Assinto.

Mirella: Vou ver se tem algo doce para eu comer na geladeira. - falo e ele confirma falando com alguém do outro lado da linha.

Caminho até a geladeira em busca de algum doce, acho uma barra de chocolate pela metade e a pego me sentando no balcão.

Espero o Sebastian terminar a ligação enquanto comia a barra e mexia no celular. Vejo umas mensagens do grupo "Vip's", abro a mesma.

Grupo "Vip's"

[11:30]Vic:
"Bom dia amiguinhos como vai?" - lida.

[11:31]Mia:
"Tô ótima bixa, e tu?" - lida.

[11:32]Vic:
"Tô aqui, avandonada por vcs" - lida.
"Bora sair hj? Pfvrrrr" - lida.

[11:35]Mia:
"Eu topo" - lida.

[11:42]Mirella:
"Oi gente, nn sei se vai dar para eu ir, tô na casa do boy"  - lida.

[11:42]Vic:
"Nos trocando por macho? Tem nem vergonha na cara" - lida.
"Gostava mais de vc quando tu odiava o galego aí" - lida.

Sebastian: Mirella. - tiro o olhar do celular e me viro para ele.

Mirella: Oi, Iai. - sorrio quando ele se aproxima ficando entre minhas pernas.

Sebastian: Péssimas notícias. - meu sorriso murcha enquanto ele alisava minha coxa. - Vou ter que ir pro trabalho.

Mirella: Em um domingo? - reclamo e ele assente.

Sebastian: Teve uns problemas, vou ter que resolver. - ele tira meu cabelo do ombro jogando para trás.

Mirella: Beleza. - pego meu celular de novo. - Vou sair com meus amigos então.

Começo a digitar no grupo que está confirmado para sair também, enquanto eu lia as mensagens do Vicente comemorando, senti a barba do Sebastian roçar em meu pescoço me fazendo arrepiar.

Sebastian: Vão sair pra onde? - pergunta e eu sinto seu hálito quente em minha pele.

Mirella: Não sei. - suspiro. - Talvez pra alguma festa. - dou de ombros.

Grupo "Vip's"

[11:59]Vic:
" A gente se encontra no calçadão da praia vuh, nn demorem...marca 10 que ai" - lida.

Sebastian: Juízo, viu. - ele segura meu rosto me fazendo encarar seus olhos azuis tão perto dos meus.

Mirella: É meu segundo nome. - salto do balcão.

Sebastian: Qualquer coisa me liga. - fala e eu assinto.

Mirella: Vou te esperar para descermos juntos.

Sebastian: Não precisa, ainda tenho que me arrumar. - me dá um selinho demorado.

Mirella: Me expulsando, de boas, eu supero. - faço drama e ele rir.

Sebastian: Te ligo assim que acabar.

Mirella: Belê, tô vazando. - aceno.

Depois de nos desperdimos eu saio do seu apê e corro para a praia saltitante.

Meu sorriso não saia do rosto, finalmente minha vida está dando certo, mesmo sem a presença da minha avó que daria uma grande diferença deixando tudo perfeito.

Caralho, eu passei no Enem! Esse foi o auge da minha vida. Já me imagino abrindo um restaurante (sim, eu já sonho longe), fazendo pratos de minha autoria, fazendo eventos grandes e claro, contratando pessoas da comunidade para me ajudar no restaurante, claro que eu vou dar oportunidades para tirar algumas pessoas da vida do crime e até ajudar mães de família a sustentar a casa.

Senhor, faça acontecer por favor!

Chego no calçadão e percebo que a Mia e o Vicente ainda não chegaram então aproveito para andar um pouco, a décadas que eu não tomo um solzinho, daqui a pouco vou está na cor do Sebastian.

Quando passava de junto a praia, vejo a silhueta de alguém conhecido perto de um quiosque, me aproximando mais pude ver o Rafael encostado no mesmo, ele estava com um boné escondendo bastante o rosto, porém eu o reconheceria até se ele tivesse vestido de dragqueen.

Respiro fundo e resolvo ir até lá batendo os pés tão forte na areia que a maioria sujou a minha roupa.

Dane -se.

Mirella: Rafael! - o chamo alto.

Ele odeia que falem o nome dele alto em público, ainda mais fora do morro.

O mesmo levanta a cabeça com uma expressão irritada e eu faço cara de deboche quando ele percebe que sou eu, me aproximo cruzando os braços e paro a centímetros do mesmo.

Rafael: Porra Mirella, fala meu nome baixo merda. - reviro os olhos.

Mirella: Tu é um desgraçado filho da mãe. - empurro seu ombro mas o mesmo quase não se mexe. - O que deu em tu para estragar minha vida?

Rafael: Tu tá falando do negócio lá da gringa? - levanto uma sobrancelha como se fosse óbvio. - Já faz quase dois meses pô, esquece isso, num já falei que vacilei?

Mirella: Falou pra quem? Porque pra mim que não foi.

Ele respira fundo olhando para os lados e depois ajeita o boné colocando a aba para trás.

Rafael: Não tinha como eu falar contigo, prometi a uma pessoa que me afastaria.

Mirella: Que pessoa?

Rafael: A Tina. - fico surpresa.

Mirella: A Tina? Ela tá aqui no Rio? - ele assente.

Rafael: Ela me mandou umas idéias, tô ligado que errei, mais tinha meus motivos. - dou uma risada sarcástica.

Mirella: Motivos?

Rafael: É.

Mirella: Para ferrar com a pessoa que te amava? - sinto uma lágrima escorrer de meus olhos e a limpo rapidanente.

Mas que merda, eu nunca fui de chorar.

Rafael: Tá chorando? Que merda.

Mirella: Pra você ver, como é ruim se decepcionar com a pessoa que mais confiava. - coloco os braços em volta do corpo como se eu tivesse me abraçando.

Vejo que o mesmo ficou desconfortável, eu via seu olhar arrependido, o mesmo abaixou a cabeça, aposto que ele sabe que qualquer coisa que fale não voltaria a intimidade que tínhamos antes.

Vicente: Mirella!

Ouço me chamarem, me viro para o calçadão vendo o Vicente e a Mia acenando para mim, faço um sinal para que eles esperassem.

Mirella: Eu vou indo. - me volto novamente para o Rafael. - Só queria que tu soubesse que estou me mudando. - ele me encara. - esse mês passei procurando uma casa para eu morar, achei uma não tão longe do morro, mas longe o suficiente de você.

Rafael: Mirella, não tem necessidade disso...

Mirella: Tem sim. - fico séria.

Rafael: Foi mal pô, bora ficar de boas.

Mirella: Talvez um dia, mas por hora, não se aproxime de mim, tá? - ele me encara por uns segundos com um olhar triste mas logo assente voltando o boné para a posição inicial.

Rafael: Já é.  - faz o sinal dos malocas. - Te cuida. - se vira para o balcão do quiosque pegando o celular.

Não sei porque, mas doeu o olhar pela última vez, me senti perdendo novamente a minha avó.

O Rafael era como um irmão para mim.

[...]

Vicente: Eu resolvi virar hétero.

Paro de beber o meu milkshake e o encaro.

Mirella: Hétero? - ele assente. - Você? - começo a rir

Vicente: Tá rindo do quê? - pigarreia  e engrossa a voz. - Eu não pareço um hétero top?

Mia: Parece, super. - me olha de relance e depois come uma batata.

Estávamos nesse momento no shopping, esperando o tempo passar até que desse o horário de irmos para uma festa em que o Vicente conseguiu convites.

Vicente: É sério meninas, cansei de ser gay.

Mirella: Porque?

Vicente: Por quê a parte ruim de ser gay é gostar de homem, e homens não prestam, sério.

Isso eu concordo.

Vicente: Então, ou eu viro hétero, ou eu entro na abstinência.

Mirella: Tu não vai conseguir nenhum dos dois.

Vicente: Nossa, amo o apoio que vocês me dão. - faz uma careta.

Mirella: Amigo, se todas as mulheres pudessem escolher, seríamos lésbicas, mas infelizmente gostamos de homens também.  - falo. - Né Mia?

Mia: Pois é, eu super pegava a Mirella. - aponta para mim.

Mirella: E eu super te pegava amiga. - lanço um beijo para ela.

Vicente: Só que aí entra o Sebastian e o Ethan para interromper esse romance. - rimos. - E no meu caso, o traste do Michel. - joga uma batata frita de volta na bandeja.

Mirella: Ele ainda não se assumiu? - nega. - A amigo, parte pra outra, sério. Vamos arrumar alguém pra você hoje na festa. - o empurro com o ombro.

Vicente: Só se for mulher, porque eu virei hétero, esqueceu?

Mia: Tá, e a Camila Cabello ama de verdade o Shawn Mendes. - revira os olhos.

Mirella: Ei, eu shippo eles dois!

Mia: Iludido é pior que doido.

Então nesse momento começa uma batalha de "shippers" que acabou com a gente sendo expulso da praça de alimentação por causa da gritaria.

Se a gente não for expulso de algum lugar, nem somos nós.

Enfim...fomos todos para a casa do Vicente se arrumar, claro que antes passamos no CDA para pegarmos umas roupas.

Passamos horas se arrumando, eu vesti apenas um short jeans curto que ficou super apertado em mim, sério, quase não fechou o zíper, porém pelo resultado o mesmo ficou justinho e valorizou minha bunda. Coloquei um sutiã branco rendado e joguei um sobretudo por cima o deixando a mostra, calcei meu allstar branco e deixei meus cachos bem volumosos.

Parecia que eu ia para os bailes do CDA, tava com saudade do meu look bailão.

Vicente: Acho que os dois hambúrguers que tu comeu te deu uns três quilos a mais, hein. - me analisa.

Mirella: Te ferrar Vicente. - me olho no espelho. - Isso é pura gostosura.

Vicente: E gordura trans. - ri. - Tô brincando, tu tá gata. - bate em minha bunda. - Eu pegava.

Mirella: Tu se respeite que tu é gay. - aponto séria.

Vicente: Tira a roupa pra tu ver quem é gay. - assim que fala faz uma careta. - Nossa, que frase escrota, como os caras podem falar isso para uma mulher.

Mirella: Homens...ai meu deus, gente! - lembro. - Esqueci de falar para vocês, vou entrar pra faculdade.

Mia: Não creio, sério? - assinto. - Eita pêga, vou amar fazer o trote contigo.

Mirella: Que trote? O que é isso? - fico sem entender.

Eles se entreolham e depois gargalham.

Vicente: Verás, querida caloura de... - espera eu continuar.

Mirella: Gastronomia.

Vicente: Gastronomia. - segura em meus ombros. - Espero que vá para a mesma faculdade que a nossa. - me olha maldoso e eu estranho. - Partiu festa! - grita me dando um susto.

Que povo maluco.

Saímos de sua casa e ficamos esperando enquanto ele convencia ao seu pai para poder pegar o carro. Depois de longo tempos ele volta balançando a chave entre os dedos e abre a porta do carro para a gente.

Fomos até a festa ouvindo aos funks que tocava.

♥️

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você é meu clichê favorito, aquele que eu não me importaria de ler todos os dias.