Monster -2Shin

By loveISsadistic

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Shin Ryujin, uma agente de missões especiais, foi escolhida para ser enviada a um lugar completamente diferen... More

Capítítulo 1
capítítulo 2
capítítulo 3
capítítulo 5
capítítulo 6
capítítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
capítítulo 17
capítulo 18
capítulo 19
capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
capítulo 24

capítítulo 4

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By loveISsadistic

**

- O que? - escutei Yuna falar - Por que você tá me olhando com essa cara? - ela perguntou, sorrindo de canto.

-Não sei. - falei - Não posso olhar? - ela franziu o cenho, chegando mais perto.

- Não. - empurrou meu ombro, fazendo-me deitar no chão. Olhei para a sala toda e não consegui ver nada, não havia nada. Apenas eu e Yuna ali.

-O que você tá fazendo? - perguntei - Ela estava em cima de mim, segurando meus braços. Ela chegou mais perto, encostando sua boca na minha, Eu soltei um gemido baixo e a vi morder o lábio, o que me deixou em uma situação ainda pior.

-Nada. - falou perto da minha orelha - Não estou fazendo nada. Está gostando? - perguntou e eu assenti -Eu estava ficando louca.

Escutei alguém chamar meu nome e abri meus olhos novamente. Yuna já não estava lá e eu olhei para os lados. A sala, que estava completamente branca, começou a escurecer. Continuei deitada e fechei os olhos, escutando meu nome novamente, e de novo, e de novo.

Abri os olhos novamente e vi Yeji. Eu respirava pesadamente e percebi estar suada.

-Opa querida, bom dia. - falou - Não escutou a sirene tocar não? - respirei fundo algumas vezes antes de balançar a cabeça negativamente - Tava tendo um pesadelo? - perguntou.

-Não sei como posso classificar isso. - falei, levando a mão até minha testa - Que horas são? - perguntei.

-Nove. Achei que você iria acordar sozinha e fui tomar café. - falou e eu levantei.

-Misericórdia. Vou arranjar alguma coisa e tomar um banho rápido. - falei - Depois... - parei um pouco para pensar.

-Depois você vai trabalhar, não é, querida? Esqueceu foi? - neguei.

-Não... Não. - acenei para Yeji, saindo do quarto.

Peguei duas torradas no refeitório, vendo que só tinham duas garotas terminando de tomar café. Peguei um copo de leite e bebi rápido, comendo uma das torradas em três mordidas. Aproveitei e peguei o café da manhã de Yuna, indo até o quarto e deixando lá, enquanto eu iria tomar um banho rápido.

Vi todos já se arrumando para ir para a cela de seus respectivos pacientes enquanto eu corria para o banheiro. Tomei um banho rápido e vi minha pulseira tocar enquanto eu me trocava. Coloquei minhas roupas em dois minutos e sai correndo para o quarto, esbarrando em alguém no corredor, olhando para quem eu havia esbarrado, engolido seco.

-Bom dia, senhorita Shin. - ela falou e eu assenti.

Era aquela mulher - que eu não sabia o nome - que nos recepcionou no primeiro dia. Hoje ela usava um blazer vermelho e uma blusa salmão, com um rabo de cavalo.

-Bom dia. - respondi com um sorriso amarelo.

-O que você está fazendo aqui fora? Achei que o sinal já havia tocado. - assenti.

-Sim, desculpe-me. Houve um imprevisto e acabei me atrasando. Mas estou indo para a sala agora. - ela sorriu -

-Ah, certo. Tudo bem. - falou tocando em meu ombro - Espero que isso não se repita.

Assenti, vendo-a sair dali e sai correndo até o quarto, deixando minhas coisas lá em cima da cama mesmo e pegando o café da manha de Yuna. Peguei meu celular e corri até o corredor, cheguei ao mesmo chamando atenção dos guardas, que ficaram me encarando até eu entrar na cela, entrei rapidamente e fechei a porta. Quando olhei para o chão, Yuna estava lá deitada, com as pernas na parede.

-Bom dia. - falei um pouco ofegante.

Yuna apenas olhou para mim e eu me lembrei do sonho que tive.

Que tipo de pessoa sonha essas coisas com uma pessoa que te ignora? Só Shin Ryujin mesmo.

Senti minhas bochechas esquentarem sob o olhar de Yuna , que se levantou, vindo até mim e pegando a comida da minha mão. Ela parou um pouco, vendo que minha mão ainda estava enfaixada. Ela olhou para minha cara e eu dei de ombros.

-Sou muito violenta às vezes. - falei e ela mexeu a boca de um lado para o outro, virando as costas e indo até sua cama em seguida.

Sentei-me no chão, pegando o celular e começando a mexer no mesmo, fui olhar a hora e o que acabou chamando minha atenção foi o dia: sexta-feira. Amanhã eu voltaria para casa. Olhei para Yuna, que tomava seu café calmamente.

-Hoje é sexta. - falei - Não aparecerei aqui nem amanhã nem domingo. - ela não parou de comer, parecia nem ter ouvido, mas sei que tinha, então não repeti.

Fiquei jogando por uma hora, que pareceu uma eternidade. Pela primeira vez naquele lugar o tempo passou como uma tartaruga. Yuna já havia terminado de comer e agora tinha os dedos batucando nas pernas, alguma melodia que não dava para se escutar. Estávamos com tédio. As duas. Se ela fosse uma pessoa sociável, poderíamos brincar de alguma coisa, mas não era isso que acontecia no recinto. Yuna estava ignorando minha presença ali. Às vezes ela agia como se eu nem estivesse na sala, para ser sincera.

O bom era que eu já estava me acostumando com aquilo. Falar sozinha, ser ignorada. Já estava virando rotina. O que não poderia acontecer era aquele tipo de sonho. Afastei o pensamento e escutei a pulseira tocar. Yuna olhou para mim e eu olhei para ela, levantando-me em seguida.

-Hora de ir. - resmunguei para eu mesma, já que ela nunca me respondia.

Abri a porta e sai, fechando a mesma em seguida e andando devagar pelo corredor até o quarto. Minha cama, que eu deixei bagunçada, estava arrumada. As roupas que eu tinha deixado lá estavam dentro da minha mala, dobradas. Franzi o cenho e achei aquilo estranho, logo percebi que outras garotas também entravam no quarto e então ignorei aquele acontecido, apenas deitando na cama e pegando o caderno de desenho debaixo dela e colocando debaixo do travesseiro. Peguei um outro livro em minha bolsa - um diferente do que Yuna havia lido - e comecei a lê-lo. Consegui ler umas quinze paginas sem que minha mente fosse para outro lugar. Logo peguei o caderno novamente e procurei o desenho que havia feito de Yuna, iria encontrar, rasgar e jogar fora.

-Opa, o que é isso? - escutei a voz de Yeji e dobrei o desenho, marcando a página que eu estava lendo do livro

-Precisava de um marcador. - falei, tentando disfarçar.

-Você gosta de ler, não é? Que garota culta. Eu não sou assim não. - falou e eu ri.

-Percebi que você não é. - ela cerrou os olhos.

-Eu sou muito inteligente, só não curto muito a parte da leitura. - falou - Estou indo almoçar. Você vem? - assenti.

-Vou sim. - falei, levantando-me e deixado o livro em cima do travesseiro.

**

-Boa tarde, ignorada. - Eunji falou quando me sentei à mesa. Ri

-Boa. Quero dizer...

-Senta que lá vem história. - Yeji resmungou - Não aguento mais ouvir você falar sobre a Yuna . É toda hora isso. E ainda diz que não tá apaixonada. - revirei os olhos.

-Eu não ia falar sobre ela. - falei, emburrada, começando a comer - E não estou apaixonada.

-Então sobre o que ia ser? - Jisu perguntou.

-Levei uma reclamação hoje. - falei - Por me atrasar.

-De quem? - agora foi a vez de Eunji perguntar.

-Daquela mulher que eu não sei o nome. Aquela que nos recepcionou quando chegamos.

-Ah... A estranha. Ela não falou o nome. Ninguém sabe. - Yeji falou - Eu chamo ela de cabelo em chamas. - comecei a rir.

-Você é ótima. - Falei e Yeji fez uma cara de convencida.

-Mas ela é tem o cabelo em chamas mesmo. - Jisu falou -

-Vocês também já exageram... - falei.

Continuamos em conversas nada a ver por um bom tempo. As outras garotas já haviam ido se arrumar e nós continuávamos conversando, até nossas pulseiras tocarem.

-Opa. - Eunji falou - Tá na hora. - levantamos na mesma hora, indo deixar nossos pratos e pegar a comida de nossos pacientes.

Peguei a comida de Yuna e fui até o quarto, deixando-a em cima da minha cama e pegando minha escova de dente. Eles foram comigo até o banheiro e depois voltamos ao quarto. Eles pegaram as coisas e saíram, já eu fiquei lá por um tempo, pegando os remédios. Além dos remédios e da comida, peguei o livro que estava em cima do meu travesseiro. E então fui em direção a cela de Yuna.

Ao chegar à mesma, acenei para um segurança que estava ali fora e entrei, não encontrando ninguém no quarto. Fechei a porta e escutei o barulho do chuveiro. Suspirei, colocando a comida e os remédios na cama de Yuna e o copo d'água no chão ali perto. Sentei no chão perto da porta e fiquei olhando para a capa do livro, sem abrir o mesmo. Logo escutei o chuveiro ser desligado e alguns barulhos. Alguns minutos depois, Yuna aparece na porta, secando o cabelo com uma toalha, apenas de top e short. Os dois cinzas. Fiquei olhando para ela enquanto ela me encarava.

-Boa tarde. - falei e ela jogou a tolha em algum lugar dentro do banheiro.

Yuna saiu do banheiro e foi em direção à sua cama, olhando para a comida e olhando para mim em seguida. Pegou os remédios e a água e tomou os dois, pegando o pote em cima de sua cama e colocando-o no chão, deitando na mesma em seguida.

Passei um bom tempo apenas observando-a. Vendo se ela realmente iria negar a comida, e pelo o que percebi, ela iria. Fiquei quase uma hora esperando alguma reação da garota e nada aconteceu, então resolvi perguntar:

-Não vai comer? - perguntei e ela olhou para mim.

-Não estou com fome. - falou baixo e eu suspirei.

-Você vai acabar passando mal se não comer. Esse remédio é forte. - ela continuou olhando para mim, piscava lentamente e respirava de um jeito calmo.

-Não vou passar mal. - falou - Eu sou especial. - franzi o cenho. Yuna estava falando comigo e eu tinha que manter aquela conversa. Sendo que ela não queria manter a conversa. Eu estava em uma situação muito complicada.

-E seus órgãos digestores são diferentes por causa disso? - perguntei e ela olhou para o teto - Que legal

-Não são diferentes. - ela resmungou, mas eu escutei.

-Então por que você não come? - ela respirou fundo, me olhando de novo.

-Eu já falei.

-Ok, você não está com fome. - coloquei o livro de lado - Ou você está e só não quer comer essa comida? - perguntei e ela deu de ombros.

-Eu só como essa comida. Qual outra eu poderia querer? - resmungou novamente e eu levantei, indo pra mais perto da cama e me sentando.

-Não sei. Talvez uma pizza. Uma lasanha. - Yuna me olhava - Um crepe... Que tal um hambúrguer? - ela fechou os olhos e eu escutei sua barriga roncar - Não tá com fome... Sei.

-Você fica me fazendo imaginar essas... Coisas. - falou, franzindo o cenho.

-Não to fazendo você imaginar nada. - falei séria, mas querendo sorrir.

Eu estava muito feliz diante daquela situação. Yuna estava falando comigo. Não só uma ou duas palavras, e sim respondendo. Frases.

-Eu queria um hambúrguer. - falei - Um daqueles bem gordurosos. Com bacon, ovo, bem muito queijo... - fechei os olhos, imaginando - Talvez eu coma um desse esse fim de semana. - olhei para Yuna e ela tinha os olhos cerrados.

-Eu não devia ter falado com você. - virou a cara e eu ri, pela primeira vez na frente daquela garota, eu dei uma gargalhada.

-Por quê? - perguntei, ainda rindo.

-Você fica me fazendo inveja. - falou com a voz abafada.

-Achei que você fosse especial e não sentisse fome. - falei, dando de ombros.

-Eu sinto fome. - falou - Eu estou com fome.

-Então por que não come. - perguntei e ela se sentou na cama.

-Você não entende. - falou.

Peguei o pote que eu havia trazido e abri o mesmo, vendo um almoço bem apetitoso, pra ser sincera. Tinha salada, arroz e carne.

-Não entendo mesmo. Isso parece estar gostoso. - falei.

-Então come você. - retrucou -

Quando eu ia responder, minha pulseira apitou. Ela nem se virou para ver dessa vez.

-Eu até comeria, mas tenho que ir. Volto mais tarde. - fui até a porta, vendo o livro no chão e indo pegá-lo.

-Ei... - escutei Yuna resmungar baixinho - Pode deixar ai? - olhei para o livro e para a menina, que continuava de costas.

-Claro. - falei, pegando o livro e levando-o até a cama - Aqui. - coloquei do seu lado - Até mais tarde. Espero que você coma.

Fui em direção à porta e abri a mesma, saindo do quarto e depois fechando-a. Andei rapidamente até sair do corredor, indo até o quarto e vendo Yeji lá, arrumando alguma coisa. Sai correndo e pulei em suas costas, dando um susto na mesma, comecei a rir.

-Sai, Ryujin! - ela reclamou, e eu continuei rindo.

-Ela falou comigo! - falei e Yeji me jogou na cama - Ela falou comigo Yeji! - falei rindo.

-Meu Deus, enlouqueceu de vez. - falou, levando a mão até as têmporas - O que eu fiz pra merecer isso? - ela não aguentou e começou a rir também - O que ela falou? - perguntou depois de um tempo.

-Gente! - Jisu falou alto entrando no quarto, chamando a atenção de todas - Tenho um aviso!

-Depois te falo. - cochichei para Yeji, que assentiu.

-Sim, aqui diz que, depois do jantar, iremos fazer uma ultima visita para nossos pacientes antes de irmos embora. Um ônibus virá nos buscar. - falou - O ônibus vai chegar às... - Jisu lia alto e todas prestavam atenção - Às dez horas em ponto. Devemos ficar no salão principal, prontos, nesse horário. Só isso. - dobrou o papel - Obrigada pela atenção.

-Até parece alguém decente. - Yeji falou enquanto Jisu se aproximava e eu ri enquanto via a garota revirar os olhos - Você não sabe. Ryujin deixou de ser ignorada. - Jisu levantou as sobrancelhas.

-Sério Ryujin? - assenti - Isso é ótimo, bom, de certo modo... Como foi? - dei de ombros.

-Falamos sobre comida. - falei sorrindo, lembrando da cena.

-Gorda. - Yeji falou - Tanta coisa pra você falar e vai falar sobre comida, Ryujin? Se você queria beijar a boca dela, perdeu qualquer chance. - franzi o cenho.

-Quê? Não, Deus me livre. Não quero me envolver. - neguei com a cabeça - Não desse jeito. Além de ela ser menor de idade.

Yeji tinha a maior cara de tédio do mundo enquanto Jisu assentia.

-Isso mesmo. Faz certo, Ryujin. - Jisu sorriu e Yeji olhou para ela indignada - Pois, além de tudo isso, ainda tem as coisas que Yeji falou, sobre ela ter matado as pessoas. - assenti devagar - Não pode se meter com alguém assim.

-Gente, vocês são muito cafonas. - Yeji falou, virando as costas e saindo - Tchau, não quero mais saber dessa conversa.

Eu e Jisu nos olhamos e começamos a rir, indo atrás de Yeji até o refeitório.

**

Minhas coisas já estavam prontas. Deixei-as em cima da cama e olhei para o lado, vendo todas as meninas se arrumando também. Já havíamos jantado e agora iríamos novamente para as celas, pela ultima vez no dia. E, depois disso, só voltaríamos na noite de domingo. Eu estava muito aliviada, afinal não agüentava mais aquele lugar de uma só cor. Era horrível.

Mesmo na minha casa não tendo ninguém e sendo meio solitário, era bem melhor do que esse lugar. Era sufocante ficar aqui, sabendo que eu estava sendo vigiada vinte e quatro horas por dia. Quando eu saísse, com certeza chamaria alguma amiga para dar uma volta.

Peguei o remédio e a comida de Yuna e sai do quarto, andando em passos lentos até o corredor onde ficava sua cela. Chegando lá, olhei para o segurança que estava ali e acenei. Ele sorriu e acenou. Ele era um garoto, podemos dizer assim. Bem mais novo que os outros. Me virei para a porta e abri a mesma, vendo Yuna deitada lendo.

-Boa noite. - falei fechando a porta, ela não respondeu.

Suspirei. Tinha sido bom demais para ser verdade aquela tarde. Levei a comida até ela e coloquei do seu lado, assim como o remédio. Ela fechou o livro e sentou-se na cama, abrindo o pote que tinha o sanduiche dentro.

-Não é um hambúrguer. - falei e ela olhou para mim com uma cara horrível. Queria rir, mas não o fiz. Apenas retribui o olhar.

-Eu percebi. - ela resmungou, dando uma mordida no sanduiche.

-Você almoçou? - perguntei, afinal, precisava saber de tudo. Ela deu de ombros, assentindo.

Percebi que, mesmo tendo falado comigo, Yuna ainda me evitava de algum jeito. Ela não falava alto, nem muito. Apenas o necessário. Além de se reservar ao máximo. Eu não sabia de nenhuma informação dela. Só que ela queria um hambúrguer. Mas quem não quer?

Percebi que Yuna tinha terminado de comer e agora estava pegando o remédio e colocando em sua boca, engolindo-o com um gole d'água.

Levantei-me, chamando a atenção de Yuna, que me olhou, fazendo um calafrio involuntário passar por minha espinha. A velha sensação de desconforto. Não sabia o que era aquilo, só não gostava.

-Tenho que ir. Meu ônibus vai sair daqui a pouco. - falei, indo até a porta.

-Ei. - escutei Yuna me chamar e me virei para ela novamente.

-Sim?

-Que horas você volta? - perguntou e eu dei de ombros, me segurando para tentar parecer indiferente.

-Provavelmente virei aqui domingo à noite. - falei - Não sei que horas. Depende do ônibus... - ela torceu a boca, assentindo.

-Certo. - falou, deitando e virando-se.

Não apaguei a luz dessa vez. Fechei a porta e suspirei, olhando para o lado e vendo que Yeji estava me esperando.

-Suspirando apaixonada. - Yeji falou e eu revirei os olhos.

-Yeji, eu já falei. Não. - ela bufou, andando em direção à saída do corredor.

-Você é tão sem graça. - andei atrás dela, saindo dali.

**

Peguei minhas malas em cima da cama e olhei para Yeji, que também já estava pronta. Fomos até o salão principal e já estavam quase todos lá. Um homem chegou, junto com o resto deles e contou todos.

-Certo... Dezesseis. - falou - Vamos. - começou a andar até uma porta que tinha.

Destrancou a mesma e abriu, consegui ver que estava escuro do lado de fora. Andamos em fila até a saída. Já do lado de fora, consegui ver um ônibus escuro e bem pouca iluminação. Olhei para trás, vendo como o lugar era por fora. Pelo o que vi, parecia uma caixa branca. Com apenas aquela porta.

Fui empurrada por alguém por ter parado no meio do caminho, o que me fez tirar a atenção do lugar e ir para o ônibus.

Em frente ao ônibus havia dois seguranças com um aparelho em mãos. Eles fizeram todos esticarem o braço em que a pulseira estava e apertaram o aparelho em cima da mesma. Quando chegou minha vez nem esperei eles pedirem, apenas estiquei o braço, vendo eles encostarem o aparelho que eu não sabia o que era em cima da pulseira, fazendo-a cair. Assenti, olhando para o ônibus.

Entrando no mesmo, sentei em um lugar ao lado de Yeji. Peguei a janela e tentei abrir a mesma, vendo que estava emperrada.

-Merda... - resmunguei, colocando a cabeça na poltrona e suspirando.

Fechei os olhos e, depois de alguns minutos, escutei o motor do ônibus. Eu estava, finalmente, livre daquele lugar. Nem que fosse por dois dias. Abri os olhos, observei o céu e o mesmo estava nublado. Provavelmente iria começar a chover logo. Olhei para Yeji e a mesma tinha fones conectados no celular e os olhos fechados. Resolvi fazer o mesmo e, depois de alguns minutos, cai no sono.

Mesmo fora dele, acabei sonhando com aquele lugar.

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