O filho perfeito

By RobertaDragneel

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Dinesh Yamir é o filho de um grande empresário, por isso as expectativas sobre o seu futuro são altas. Então... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Especial [+18]
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27 (Parte I)
Capítulo 27 (Parte II)
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35 (Parte I)
Capítulo 35 (Parte II)
Bônus: "A Carta"
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38 (Parte I)
Capítulo 38 (Parte II)
Capítulo 39
Capítulo 40
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 8

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By RobertaDragneel

"Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro." - Leonardo da Vinci


Nashville, Estados Unidos da América.

O Kiran possuía brilho no olhar após ganhar a sua faixa laranja no Jiu Jitsu. Com o tempo, teve destaque na academia da cidade e os alunos alimentavam uma genuína admiração pelo garoto. Por outro lado, Dinesh estava se esforçando ao chegar no segundo ano de Gastronomia – metade do curso – sendo o melhor aluno da turma. Conforme os meses passavam, a situação da empresa melhorava ao ponto de receber propostas de outros países, como China e Canadá.

Mahara ainda tentava aprender a cozinhar, mesmo podendo desistir dessa ideia já que o Dinesh sempre preparava as refeições.

— Quando a Shanti virá? — comenta Mahara descascando uma cebola, fazendo careta.

— Próxima semana, eu mal vejo a hora!

— O amor é tão lindo.

Ele sorria bobo, voltando a preparar o temperos. Então, uma risada ecoa pela sala chegando ao ouvido dos dois adultos presentes na cozinha.

— O Kiran fica realmente feliz quando cuida da Maya.

— Verdade, Dinesh. Ele a ama demais.

O rapaz abria um sutil sorriso, erguendo o olhar em direção ao Kiran que pegava a pequena Maya de oito meses nos braços. A bebê apertava o rosto do irmão, sorrindo de forma desajeitada enquanto o irmão do meio dava leves pulinhos com ela no colo. O Dinesh sentia-se bem vendo o Kiran melhor do que antes, podendo suspirar mais aliviado ao presenciar uma evolução. Além de que sempre sonhava com o momento onde teria a sua própria família.

Como se lesse seus pensamentos, Mahara comenta:

— Você será um ótimo pai.

— A senhora acha?

— Tenho certeza. Quando o Raj não está presente, você tem cuidado da gente. — dizia aproximando-se dele com um sorriso terno. — Eu me orgulho tanto de você, Dinesh.

— Obrigado, mamadi.

Ele a abraçava carinhosamente, repousando o queixo sobre o topo da cabeça da mãe. Dinesh havia crescido demais, alcançando seus 1,93 cm. Porém, ainda tinha um coração bondoso e um lado sensível o qual não escondia da sua família.

No curso de Gastronomia, ele fez dois amigos: Laurence e Michael. O trio de rapazes saíam quase todos os finais de semana para aproveitar em festas ou apenas para passear pela cidade. O Yamir sempre avisava à namorada das suas saídas e Shanti aceitava normalmente, pois confiava em seu namorado. De fato, a fidelidade é um ponto marcante nele porque, mesmo recebendo cantadas frequentes de mulheres, nunca deu ênfase para nenhuma. Ele cortava as investidas o mais rápido possível para não criar esperanças por parte da outra pessoa, além de que só tinha olhos para a sua namorada.

No trabalho, Dinesh ganhou destaque no setor de contabilidade e os seus colegas gostavam da sua presença agradável. Por onde passava, o jovem cumprimentava todos e sempre contava alguma piada no horário de intervalo. O seu principal papel, além de ajudar diretamente a empresa, é fazer todos no ambiente de trabalho se sentirem confortáveis o suficiente para terem um bom rendimento diário. Mesmo trabalhando na empresa do pai, ele não usava nenhum benefício ou sequer citou o nível de parentesco. Na verdade, os seus colegas descobriram por um boato externo o qual vazou meses após a contratação dele. Ainda assim, Dinesh pediu para que todos o tratassem como um funcionário comum.

Em seus momentos sozinho, vagava pela cidade com uma caixa de cigarros no bolso. O seu péssimo hábito de fumar acabou se intensificando com a ausência de Shanti, mas ela o fez prometer lidar com o vício quando estivessem juntos novamente. Enquanto isso, aproveitava para divagar sua mente em pensamentos distantes a cada tragada no cigarro.

Certo dia, voltando para casa no meio da madrugada, encontrou o seu irmão sentado no degrau da entrada. Então, o rapaz jogou o cigarro na lixeira ao lado e se aproximou.

— Está tudo bem, Kiran?

Bhaya? O que faz a essa hora?

— Apenas dando uma volta, mas esse não é o assunto em questão. Você está bem?

— Estou sim, é que... Eu tive um pesadelo...

— Pesadelo? — questiona sentando-se ao lado dele. — Que pesadelo?

— Eu sonhei sobre aqueles dias com o Aseem, onde ele falava que eu não deveria ter existido. No final, acabei acreditando em suas palavras e, misteriosamente, me vi morrendo no sonho...

— Entendo... Que horrível.

— Você acha que ele estava certo? — Kiran pergunta virando o rosto em direção ao irmão. — Sobre que eu não devia existir...

— Claro que não! Aquele velho tinha um parafuso à menos, não ligue para o que ele te disse naquela época. Você está nesse mundo com um propósito, então não deveria alimentar esses pensamentos.

— Mas, ele...

— Sem "mas", não quero ouvir lamentações. Kiran, você é uma pessoa forte e nenhum comentário idiota de um velho louco mudará a sua essência. E como eu te disse, há um propósito para você nesse mundo.

— E qual é?

— Eu não sei. Cabe à você descobrir sozinho. — dizia dando nos ombros, olhando o horizonte. — Mas tenho um palpite.

— Diga-me.

— Você veio para trazer alegria e esperança na vida das pessoas.

— O que? Mas eu não sei como fazer isso!

— Não me questione, ora!

Dinesh puxava a bochecha do irmão, vendo-o fazer careta.

— P-Para...

— Quando eu era uma pessoa violenta, não conseguia ver um motivo para melhorar. — comenta soltando a bochecha dele. — Mas você sempre vinha correndo em minha direção e sorrindo, como se eu fosse alguém importante em sua vida. Isso me fez repensar em meus erros e desejar ser um herói para você.

— Você é Dinesh, sempre será.

O rapaz abria um leve sorriso focando os seus olhos negros na Lua.

— Fico feliz, bhai.

— Bem, se você diz que eu trago alegria para as pessoas, irei acreditar mas estou curioso agora. Qual o seu propósito no mundo, Dinesh? Você já o encontrou?

A pergunta ecoou na mente dele, fazendo-o lembrar de tudo o que viveu em sua infância e adolescência. Mesmo tendo vinte e dois anos, ainda havia muito o que descobrir sobre si mesmo. Afinal, a última conversa do rapaz com o Aseem Yamir continuava a atormentá-lo. Então, sempre se questionava se a sua essência era ser uma pessoa ruim ou se tornar o orgulho da família.

— Quem sabe... Proteger vocês, talvez.

— Ora, mas temos o baldi. E você deveria ter um propósito somente seu, algo que não envolvia ninguém.

Apesar de ser jovem, o Kiran sabia quais palavras dizer para confortar alguém. Dinesh abria um leve sorriso com o conselho do irmão mais novo, levantando-se e abrindo a porta.

— Então, eu ainda estou em busca do meu propósito como você. Agora, vamos entrar porque não quero uma bronca da mamadi.

— É mesmo, eu também não!

Os dois irmão compartilhavam preocupações parecidas, mesmo com situações distintas. Por isso, um apoiava o outro em seus objetivos. Quando Kiran contou sobre o seu sonho de ser professor de história, Dinesh foi o primeiro a apoiá-lo e até mesmo discutiu com Raj, porque esse não aceitou bem a ideia. Contudo, no final, o pai acabou cedendo para ver os seus filhos felizes. O tempo também fez com que Raj pensasse mais em sua família, além de priorizar o presente ao invés de se preocupar com o futuro.

No dia em que Shanti os visitou para passar uma semana com a família, ela foi recebida por um forte abraço do seu namorado. Mahara observava a cena com um sorriso bobo, pois gostava de como o filho se tornava extremamente amoroso com a presença dela.

Então, após o almoço, os dois namorados vão para o quarto.

— Como foi a viagem?

— Foi bem. Nossa, pensei que já viria me atacar com beijos. — brinca Shanti sentando-se na cama. — O que houve com o meu namorado? Será que ele foi abduzido por ET's?

Ele solta uma risada sarcástica.

— Engraçadinha. Eu só quero te mimar, porque sei que foi uma viagem longa. — dizia sentando-se atrás da jovem e iniciando uma massagem em seus ombros. — Como está a minha moto?

— Eu sabia que se importava mais com a moto do que comigo.

— Prioridades, não é? — ele ria diante da expressão irritada dela. Em seguida, envolvia os braços entorno da amada repousando o queixo em seu ombro. — Ah, como eu senti a sua falta...

— Eu também. — comenta virando-se de frente para o amado e roubando um selinho de seus lábios. — Espero que não tenha se apaixonado por nenhuma americana.

— Como se eu pudesse, se há uma verdadeira deusa diante dos meus olhos.

Ela sorria sem jeito, beijando-o novamente enquanto o rapaz a abraçava pela cintura para sentar em seu colo. Então, suas mãos passam por baixo da blusa a tirando em um rápido movimento para cima. Shanti imitava o seu movimento para tirar a camisa do amado, voltando a atacá-lo com um beijo mais intenso. As línguas moviam-se em uma sincronia única, bem como as batidas aceleradas de seus corações.

Em seguida, Dinesh inclinava o corpo para frente fazendo-a deitar na cama enquanto ele ficava por cima, dando uma breve pausa no beijo para fitá-la. A pouca iluminação do quarto, devido as cortinas fechadas, destacavam unicamente o brilho de desejo e amor no olhar do homem. Shanti o encarava de forma igual, perdendo-se nos detalhes do rosto do namorado.

— Eu estive me segurando por muitos meses, priya.

— Isso significa que não vai se segurar? — ela sorria de canto.

— Isso significa que testarei a sua resistência... — ele dizia abrindo lentamente o cinto e o usando para amarrar os pulsos da amada, acima da cabeça. — ... e a da cama também.

Ao ver o sorriso malicioso do namorado, Shanti mordia fraco o lábio inferior sabendo que isso o provocava. Ele a desejava com todas as forças, por isso não podia esperar um segundo sequer para sentir a sincronia de ambos os corpos ao estarem ligados. Dinesh passou a ponta dos dedos pelas pernas da amada, subindo lentamente erguendo a saia também. Os seus olhos acompanham o movimento das mãos, passando a língua pelos lábios.

Nesse momento, Shanti encontrava-se completamente entregue aos toques dele. Ainda assim, a "tortura" continuava mesmo quando a saia já estava em um canto qualquer do quarto. Dinesh segurava a vontade de seguir seus instintos, pois queria apreciar cada parte do corpo da amada primeiro. Por isso, passou o dedo indicador e do meio entre as pernas dela, acariciando-a sobre o tecido da peça íntima. Enquanto isso, seus olhos mudam de foco para fitar as expressões da namorada, vendo-a mordendo o lábio e arfando baixinho.

Ele erguia a sobrancelha sem esconder o sorriso vitorioso.

— Vá se foder, Dinesh! Eu estou tão ansiosa para isso quanto você. — ela resmungava com um bico. — E v-você ainda quer brincar assim... É tão injusto.

— É? Eu nem havia percebido. — comenta erguendo a perna direita dela, distribuindo beijos pela panturrilha enquanto subia, lentamente, pelo interior das suas coxas. — Estava perdido demais admirando as curvas do seu corpo. Perdi algo importante?

— Ahm... Eu estava... Esquece!

Shanti sabia que perdia para Dinesh quando o assunto era provocações. Os olhares, as palavras, os toques e até mesmo os gestos dele inalavam malícia. Desde do momento em que se entregou por completo ao namorado, sabia que seu corpo atenderia somente aos pedidos dele.

A trilha de beijos parava por breves segundos entre as pernas da jovem, onde Dinesh não economizava em passar lentamente a língua pela região, "secando-a" com o olhar. Em seguida, continuava a lamber o seu corpo, subindo de forma calma sem quebrar o contato visual. Ele estava com o cabelo solto, então algumas mechas longas cobriam uma parte do rosto enquanto outras caíam sobre os ombros.

Ao subir por completo, seu rosto ficava frente à frente com a amada. Ele apoiava ambas as mãos ao lado da cabeça dela, roçando sutilmente os lábios nos seus enquanto fazia o mesmo movimento com o corpo. Ela podia sentir a ereção tocando sua intimidade, deixando-a mais molhada ainda. Quando abria a boca para implorar, Dinesh selava seus lábios em um beijo intenso, terminando com uma mordida no lábio dela.

Contudo, a batalha de resistência acabou quando o rapaz tirou a calcinha de Shanti durante um beijo em seu pescoço. Logo após, jogava a peça de roupa para um canto qualquer e abria as pernas dela de forma brusca, fazendo-a exclamar surpresa. Como sempre, Dinesh sorria convencido abaixando o olhar para a região desejada.

— Tão molhada. Devo interpretar isso como um convite?

— Com toda certeza...

— Sabe como odeio te deixar esperando, querida, mas é divertido.

— Você é muito mau, Dinesh.

Ele ficava entre as pernas da jovem enquanto a introduzia em um ritmo lento. Shanti queria puxá-lo contra seu corpo para ir mais rápido, mas ainda se encontrava presa por causa do cinto.

— Bem, os bons garotos vão para o paraíso. — Dinesh avançava de uma vez, penetrando-a por completo e a ouvindo gemer alto. — Mas os garotos maus trazem o paraíso para você.

Shanti o encarava com a boca entreaberta, ofegante e implorava para o amado se mexer. Então, agindo como um bom namorado, ele começou a mover o quadril para frente e para trás. Ele aproveitava para puxá-la pelas coxas, fazendo o corpo dela se chocar contra o seu durante as estocadas.

Dinesh abria um sorriso de satisfação ao ouvir a namorada gemer de prazer. Afinal, até mesmo o amor de ambos estava conectado nesse momento.

(...)

Dinesh bebia chá na mesa de jantar com a família. Shanti estava ao seu lado, atacando a batata frita junto com Kiran. Raj comentava algo sobre o estado da empresa e Mahara ajudava Maya a comer. Contudo, Dinesh não conseguia se concentrar na conversa pois passava a mão sobre a coxa da namorada por baixo da mesa. Ela o encarava de canto, levemente corada e sorria antes de Raj falar:

— E o casamento de vocês, quando sairá?

O rapaz engasga no chá e Shanti dava leves tapinhas nas costas dele, dizendo:

— Acho que demorará um pouco, senhor Yamir. Nós estamos pensando em construir nossa casa primeiro.

— Mas por que não disseram antes? Eu posso comprar uma casa para vocês, é só falar qual desejam.

— Não é isso, baldi. Eu e a Shanti queremos construir a casa com o nosso esforço e nosso dinheiro, entendeu?

— Ah, sim, mas vai demorar muito.

— Não temos pressa.

— Poxa, eu queria ter netos logo. — murmura Mahara, disfarçando bebendo o chá. — De qualquer forma, o que importa é a felicidade de vocês.

— Obrigada, senhora Yamir.

— Eu sei que encontrei a felicidade ao lado da Shanti. — comenta Dinesh apertando a mão da amada, virando o rosto em sua direção. — E carregarei para sempre esse amor em meu peito.

A jovem sorria timidamente, sentindo os olhos marejados. As palavras dele tinham força e sinceridade em seu tom, por isso tinha a impressão de ser a pessoa mais amada do mundo. Mesmo que enfrentassem obstáculos no futuro, Shanti estava a decidida a lutar para que sua vida seja ao lado dele.

O Dinesh também pensava assim, mas não esperava que a pior fase da sua vida viria à seguir. 



*Priya: Amada

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