Sob O Mesmo Destino (CONCLUÍD...

Від laricastro23

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•Livro I da série "Meu Primeiro Amor" •História concluída •Primeira postagem dia 13/08/2019 •Última postagem... Більше

Sinopse + Cast
Book trailer
Prólogo
Capítulo 01 - Acidentes
Capítulo 02 - Por trás da nerd
Capítulo 03 - Encontrando a cinderela
Capítulo 04 - Pais e filhos
Capítulo 05 - Mais que teatro
Capítulo 06 - Bons amigos
Capítulo 07 - Algumas doses
Capítulo 08 - Sob o mesmo teto
Capítulo 09 - Primeiro beijo
Capítulo 10 - Liberdade em duas rodas
Capítulo 11 - A verdadeira face
Capítulo 12 - Um novo lado
Capítulo 13 - Amizade perdida
Capítulo 14 - Fazer as pazes
Capítulo 15 - Perfeita mentirosa
Capítulo 16 - Filme e pipoca
Capítulo 17 - Fora da rotina
Capítulo 18 - Falsa acusação
Capítulo 19 - Parque de diversões
Capítulo 20 - Beijos certos, pessoa errada
Capítulo 21 - Negação
Capítulo 22 - Selando um acordo
Capítulo 23 - Novas percepções
Capítulo 24 - Tudo ou nada
Capítulo 25 - Até que a morte os separe
Capítulo 26 - Fuga
Capítulo 28 - Sob o mesmo destino
Em teu caminho - livro II

Capítulo 27 - Fim de segredo

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Від laricastro23

Anelyn

Sabe aquela sensação boa que você sente quando está acordando e ainda de olhos fechados, lentamente, respira fundo e o cheiro da pessoa que você ama é tudo o que sente? É o que acabo de sentir. O corpo de Nicolas está quente devido ao cobertor e eu me aninho ainda mais à ele, sem ousar abrir os olhos para que aquele momento dure mais, muito mais. Mas não dura.

— ANELYN? — me sento na cama imediatamente ao ouvir meu nome pronunciado em um grito pela voz da minha mãe. — Minha filha... O-o quê esse moleque fez com você?! — seus olhos brilham com as lágrimas acumulando e suas expressões corporais revelam que ela não sabe o que fazer.

Se ela não sabe, eu muito menos. Meus olhos estão arregalados como nunca estiveram e minha boca abre e fecha sem conseguir dizer absolutamente nada. Tudo o que eu faço é segurar o cobertor rosa sobre meus seios, cobrindo meu corpo nu.

— Suzanne, nós podemos explicar. — ouço Nicolas dizer e só então me dou conta que ele está sentado logo atrás de mim e sua mão descansa tranquilamente em minhas costas, fazendo leves carícias. O que faz com que, por um momento, tudo aquilo pareça um pouco menos pior.

— Explicar? Não precisa explicar nada! Eu posso ver muito bem! Você abusou da minha filha! O que você deu a ela? Bebidas? Drogas? Me diz! — ela grita e avança para Nicolas, se debatendo entre os braços de Frederick que, por sorte, está ali para segurá-la.

— Querida, por favor, se acalme! É melhor deixarmos os dois se recomporem e depois disso conversaremos com ambos e resolveremos isso. — Frederick diz, firmemente, depois de conseguir controlar um pouco o surto da minha mãe.

— Eu não vou sair daqui e deixar minha filha sozinha com esse aproveitador. Se alguém tem que sair do quarto da minha filha, é ele!

— Tudo bem. Eu saio. — Nicolas diz, retira a coberta de cima de si e senta na beirada da cama, alcança sua cueca no chão e a veste como se não houvesse ninguém ali observando. Em seguida, ele se levanta e vira para mim, inclinando o corpo até alcançar o topo da minha cabeça e deixar um beijo ali. — Vai ficar tudo bem. — sussurra para mim e depois de dizer um "eu já volto" para nossos pais, sai do quarto carregando sua roupa nas mãos como se a situação não fosse, nem de longe, o terror que é. Assim que ele sai, minha mãe se aproxima de mim, apoia os joelhos sobre a cama e me segura pelos ombros.

— Filha, pode me contar a verdade. Não tenha medo! O que ele fez com você? Mamãe está aqui e...

— Mãe? — interrompo. — Será que eu posso tomar um banho? — peço, já que não consigo mais ficar um segundo nessa situação. Nua, exceto pelo cobertor, enquanto minha mãe acusa meu namorado de sei lá o quê e Frederick observa a tudo confuso e preocupado. E de qualquer forma, o banho é uma forma de ganhar tempo para contar a verdade a eles.

— É claro que pode. Venha Suzanne. — Frederick responde, depois que minha mãe fica tempo demais em silêncio.

Depois que eles saem, me apresso para debaixo da água morna e não consigo me livrar da sensação ruim, do medo, do chão sob meus pés parecer não mais tão firme e isso só melhora quando Nicolas segura minha mão no corredor e, já devidamente vestidos, descemos escada abaixo para enfrentarmos o que quer que venha pela frente. Mal chegamos à sala de estar e já ouvimos a voz alterada da minha mãe, então seguimos o som até a cozinha à tempo de ouvir todo o sermão que ela dá em Gina.

— Como você permitiu que isso acontecesse debaixo dos seus olhos? Ele se aproveitou da minha filha!

— Suzanne, pare com isso. Seja lá o que tenha acontecido, não é responsabilidade da Gina.

— Mas Frederick... — ela começa.

— Meu pai tem razão. — Nicolas interrompe e eles então percebem nossa presença. Minha mãe se vira para nós e seu olhar recai exatamente em nossas mãos, entrelaçadas uma a outra.

— Anelyn, venha aqui. Se afaste desse rapaz. — diz, com firmeza, mas eu não me movo. Apenas respiro fundo, antes de começar a falar.

— Mãe... Nós não queríamos que vocês ficassem sabendo dessa forma, mas... — tento buscar as palavras certas, enquanto falo pausadamente. — Nicolas e eu estamos namorando.

— Ah que alívio! — Frederick exclama imediatamente, juntando suas mãos em uma espécie de comemoração que deixa a todos surpresos. — Eu não sei o que faria com você, Nicolas, se realmente tivesse se aproveitado dela. Eu fico feliz que...

— Não! — minha mãe interrompe, incrédula. — Eu não posso ter ouvido direito. Repita, Anelyn! Repita! — ela grita, me sacudindo pelos ombros assim que me alcança.

— Pare com isso. — Nicolas a afasta. — Nós estamos namorando. O que é difícil de entender nisso?

— Cale a sua boca! Eu estou falando com a minha filha. Anelyn, ele está obrigando você?

— Mãe! Claro que não. É a verdade. Nós... nos apaixonamos e... — o encaro. — Eu o amo. — digo e é impossível dizer essa última parte sem meu coração perder mais algumas batidas pelo olhar apaixonado e o sorriso satisfeito que Nicolas expressa.

— Eu também amo você, Ane. — ele diz, largando minha mão e abraçando meus ombros para me puxar para mais perto dele.

— Meu Deus. Nunca achei que veria isso. — Frederick diz, quase sorrindo, enquanto minha mãe ainda está petrificada.

— Eu sei. — Nicolas ri, encarando o pai. — Até eu mesmo me surpreendo às vezes, mas é verdade. Eu estou completamente apaixonado e quero viver todos os dias que me restam com essa garota. — ele agarra minha cintura, me fazendo sorrir.

— Pois saiba... — minha mãe finalmente se pronuncia. — Que isso só vai acontecer, POR.CIMA.DO.MEU.CADÁVER! — ela grita, alternando seu olhar entre Nicolas e eu, em seguida, passa por nós e sai da cozinha às pressas.

— Eu vou conversar com ela. Talvez ela só precise de tempo pra assimilar e aceitar tudo. — Frederick diz.

— Eu espero muito que você tenha razão. — digo, sentindo um imenso aperto em meu coração.

— Não se preocupe, meu amor. Eu já te disse, por mais que ela não goste e não aceite, ela não pode impedir nosso namoro. Fica tranquila. — Nicolas diz, me abraçando e eu concordo com um gesto de cabeça.

— Frederick, me desculpe. Eu avisei tanto a esses dois para tomarem cuidado... — Gina diz, parecendo ainda estar com medo.

— Não se preocupe Gina. Eu sei muito bem como é estar apaixonado nessa idade. E dormindo na mesma casa... Não quero nem imaginar.

Nicolas ri e eu fico vermelha no mesmo instante. De qualquer forma, estou feliz que pelo menos o pai dele não é contra nosso relacionamento e não teve um surto com a notícia. No final, só espero que eles estejam certos e minha mãe supere a notícia e aceite os fatos.

Nicolas

Anelyn não concorda comigo, mas eu acho que foi melhor assim. Claro que eles podiam ter nos pego em um momento um pouco menos constrangedor, mas fora isso, eu estou aliviado de poder namorar sem ter que esconder de mais ninguém. Na minha opinião, Suzanne só está passando por uma fase e logo logo vai aceitar nosso namoro numa boa, até porque ela e meu pai estão casados e ela não pode me separar da filha dela sendo que ambas moram com a gente. Aliás, é impossível não dar risada quando paro para analisar isso. Quem diria, não é?!

Meu pai e eu tivemos uma conversa muito boa, parece que a lua de mel fez um bem imenso a ele, tanto é que ele até entendeu e perdoou o que fiz no casamento dele. Quanto ao meu namoro com Anelyn, ele acha que vai me fazer muito bem. Acredita que eu realmente a amo, do contrário, não teria abandonado a vida de playboy pegador por causa dela. Porém, ele me pediu para ir com calma. Dar espaço para Suzanne se acostumar com a ideia e não a provocar de maneira alguma. Resumindo, ele me pediu para controlar os hormônios e mantermos a compostura.

Não vai ser fácil, mas acabei prometendo. Melhor um namoro casto do que nada. E assim, talvez eu consiga reverter a imagem que Suzanne deve ter de mim por ter me flagrado nu na cama da filha dela. Devido a confusão, nem Anelyn e nem eu fomos a escola na segunda. Depois do almoço, combinamos de maratonar uma série (na sala, já que o quarto está fora de questão), mas mal o episódio começa, meu pai me chama para darmos uma volta, pois Suzanne quer conversar a sós com Anelyn, que concorda que eu vá.

Meu pai me garante que ela está mais calma e conformada com toda a situação e que provavelmente vai ter uma conversa muito positiva para o meu relacionamento com Anelyn e é isso o que me anima e me fez aguentar quase a tarde toda no clube onde meu pai, os sócios e cargos altos da empresa costumam vir nas horas vagas. Enquanto eles mantém um blá blá blá infinito sobre a empresa, suas mulheres ou jogos, eu não penso em outra coisa que não seja chegar em casa e poder comemorar com Anelyn a aprovação do nosso namoro. Quando a luz do sol já começa a ficar escassa e o céu é tomado por tons de laranja, meu pai finalmente resolve ir para casa. Assim que chego, procuro Anelyn por toda a casa, mas ela não está em lugar algum.

— Gina? — chamo, indo até a cozinha. — Você sabe se Anelyn e a mãe dela saíram?

— Não vi, querido. A dona Suzanne me pediu para comprar algumas coisas para ela e eu cheguei somente agora.

— Eu vou ver com o Dick.

— Não, Nicolas. O Dick estava comigo. Dona Suzanne pediu que ele me levasse pois assim seria mais rápido.

De repente meu coração começa a bater forte e ao mesmo tempo quase parando. Algo está errado.

— Pai? Pai? — chamo, enquanto corro de cômodo em cômodo da casa, até chegar ao quarto dele. — Pai, elas não estão aqui.

— Elas devem ter saído. Você já tentou ligar pra Anelyn?

— Tem razão. Vou ligar. — pego o celular, dizendo mentalmente a mim mesmo que não há nada errado e ela logo vai chegar, mas quando a ligação cai na caixa postal nas minhas três tentativas, a dor no meu peito começa a voltar.

— Pai, tem algo errado. Liga pra Suzanne. Anda pai! — peço impaciente.

— Caixa postal. — ele diz, após a primeira tentativa de chamada.

— Merda! — grito e corro para o quarto de Anelyn enquanto a conversa que tivemos noite passada ecoa na minha mente.

"Você não sabe como minha mãe é. Ela não vai aceitar."

"Você fala como se ela fosse exportar você pro outro lado do mundo pra separar a gente."

"Eu não duvidaria."

E assim que eu entro no quarto dela, tudo aquilo se confirma. As roupas, os sapatos... não tem mais nada. Se não fosse pelos livros dela na estante, alguns ursos de pelúcia e outros objetos que obviamente só ficaram para trás porque não eram essenciais para uma viagem às pressas, nem pareceria que algum dia Anelyn Clark já ocupou este quarto. Saio do quarto correndo mais uma vez, a tempo de cruzar com meu pai no corredor.

— Nicolas, onde você vai? O que está acontecendo? — ele pergunta, nervoso, me segurando pelos ombros.

— Ela vai mandar Anelyn embora. Eu vou pro aeroporto. — me solto de suas mãos e começo a descer a escada.

— Nicolas, espere. Eu vou com você.

Meu pai me acompanha e enquanto ele dirige, na máxima velocidade que pode devido ao trânsito, fico pensando nos motivos que ele tem pra fazer aquilo e percebo que a resposta é nenhum. Ele não tem motivo algum além do fato de saber que é algo importante pra mim. É por mim que ele está fazendo isso e nesse momento prometo pra mim mesmo tentar ser um filho melhor e mais ainda, nunca esquecer esse gesto. É verdade que ele foi um pai insensível e negligente, mas eu também nunca fui um filho fácil. Porém, talvez nossa relação de pai e filho ainda tenha alguma chance.

Assim que chegamos ao aeroporto, Suzanne está parada próximo à parada de táxis, indico ela para meu pai e ele para o carro o mais próximo a ela possível. Não espero por ele para sair correndo até Suzanne.

— Onde ela está? — pergunto e só então ela percebe a minha presença e me encara com olhos vermelhos de quem acaba de chorar. — Onde ela está, Suzanne, por favor, me diz. — imploro, ao olhar para todos os lados e não ver Anelyn em lugar algum.

— Ela está longe de você. Apenas isso importa. — diz, então entra em um dos táxis e eu me sento em um banco próximo, apoio meus cotovelos nos joelhos e minha cabeça em minhas mãos, finalmente deixando as lágrimas virem à tona. É tarde demais.

— Filho, o que ela disse? — meu pai pergunta, ofegante.

Não respondo, nem o olho. Apenas respiro fundo, enquanto deslizo meus dedos por entre os cabelos e tento pensar pra onde diabos aquela mulher mandou Anelyn.

— Ela a mandou embora. Eu nunca vou saber para onde. — digo, após alguns minutos.

— Eu sinto muito. Eu realmente não sabia de nada disso. Eu conversarei seriamente com ela. Se sua intenção era separar vocês, ela não devia ter me feito pensar o contrário.

— Não vai adiantar. Não importa o que você faça, pai, ela não vai mudar de ideia. E o pior é que a Anelyn tentou me dizer como a mãe reagiria e eu apenas ri dela. Como eu poderia imaginar que nos dias de hoje uma mãe iria agir assim pra impedir o namoro da filha sem motivo algum? Será que eu sou tão ruim assim? Eu sei que nunca a mereci, mas...

— Filho, não se culpe. Você tem um histórico ruim, mas nunca é tarde pra mudar isso. Amadurecer e fazer por merecer a garota que você quer. Se você fizer isso, Suzanne vai mudar de ideia.

— E quando vai ser isso, pai? Quanto tempo eu vou ter que ficar longe dela? Ela vai deixar de me amar e...

— Nicolas, não pense assim. Anda, vamos pra casa. — ele se inclina, ficando da altura dos meus olhos e segura minha nuca com uma das mãos. — Descanse e amanhã a gente vê o que faz. Prometo fazer o que eu puder pra trazer Anelyn de volta.

Depois de entrarmos na mansão, caminhamos para o andar superior e antes de seguir para o meu quarto, chamo o meu pai novamente.

— Obrigada por hoje. — agradeço e ele sorri de canto e faz um gesto positivo de cabeça.

Sigo para o meu quarto, mas assim que passo pelo de Anelyn não consigo seguir em frente. Entro ali e observo cada detalhe que posso das coisas que ela deixou, sinto seu cheiro e tento gravá-lo o máximo possível. Deito na cama dela, me lembrando que em menos de vinte e quatro horas atrás estávamos ali, juntos, sem ao menos imaginar o que o destino estava nos reservando. Assim como agora. Só me resta torcer pra que o destino trabalhe ao nosso favor e que o que ela sente por mim não acabe com a distância e com o tempo, porque o que eu sinto não vai acabar mesmo que se passem mil anos.

Aqui estou eu, feliz em avisar que este é o penúltimo capítulo de Sob o mesmo destino.

Me contem o que acharam do capítulo e comentem bastante!

Conversem comigo mais facilmente lá no Instagram @autora.laricastro

Tenham um ótimo dia!

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