Kitty Fanfics

By LorenL6

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Baseado nas obras de Cassandra Clare,se você leu Fantasmas do Mercado das Sombras e está ansioso(a) por mais... More

A carta
Indecisões
Tentativa
Recomeçar?
Mudança de planos
Lembranças á tona
Velhos conflitos
Esclarecimentos
Tensões
Perturbações
Sob o manto noturno
Interrogações
Cartas na mesa
Sombras da alma
Impulsos
Estratégias
Inquietações
Assuntos inacabados
Breu
Onde o mal se esconde
Cinzas
Respostas
Resoluções para depois
Pontos & vírgulas
Pingos nos is
No íntimo do coração
Muros internos
Pedras & telhados de vidro
Caminhos tortuosos
Passos escuros
Batalhas interiores
Pendências
Por linhas tênues
Áqueles que clamamos
Razão & coração
Martírio
Observações
Via de espinhos
Provecto
Liberum magicae
Branco é a cor do pranto e da morte
Impotência
O inferno é gelado
Nós que aqui estamos,por vós esperamos
Terra estranha
Conselho
Aparências
Revolta
Sem saída
Inanis
Fio de luz
Sombria mente
Reparos
O início do fim
Em manto branco
Culpa
Um novo ângulo
Decisão
O melhor caminho a seguir
Sob as luzes
O último desejo
Reticências
Nem tanto ao mar,nem tanto a terra
Irresoluto
Intenções veladas
Cratera
Incógnito
Coração desertor

Se a escuridão vier...

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By LorenL6

—Estou tentando uma ligação atendida há tempos e ele não responde. Isso sem falar nas mensagens de texto que enviei.

Dizia Jem,ele estava sentado no jardim,Tessa ao seu lado com Mina no colo. Era um pouco tarde para eles estarem no jardim,no entanto a noite estava bonita,exibindo seu céu estrelado.
Tessa sorriu.

—Não se preocupe tanto —Disse ela —Ele deve estar com algum dos Blackthorn ou talvez tenha saído. —Ela pousou a mão no joelho de Jem —Acredite em mim, não é bom ficar de cima dele. Eu me lembro bem o quanto meus filhos detestavam que Will e eu estivéssemos todo tempo querendo saber onde estavam ou para onde iam. Kit já tem dezoito,Jem.

Ela soltou uma risadinha e Jem suspirou.

—Sim,mas ele não é um jovem de dezoito anos comum. —Ele olhou para ela,um brilho de desespero ali —Você sabe o porquê.

—Já está de noite,Kit não vai voltar pra casa? —Perguntou Mina.

Tessa trocou um olhar com Jem e passou a mão pelo cabelo escuro da menina.

—Ele logo estará aqui,querida. —Ela disse,tranquilizando a filha; em seguida olhou para Jem —Vamos dar tempo a Kit e se ele não nos retornar dizendo que está bem, nós sempre podemos entrar em contato com Helen e Aline.

Jem levou um momento para responder:

—Sim...sim. Vamos aguardar.

Tessa procurou a mão do marido.

—Nós não vamos falhar com Kit —Disse ela —Não iremos falhar com  Will.

Jem apertou a mão dela.

—Não.


###

Kit ainda dormia na manhã seguinte,quando foi despertado pela voz de Livvy.
Ele olhou para ela com um olho aberto.

—Livvy? O que você...—Ele se apoiou em um cotovelo —Que horas são?

A garota parecia desesperada,seu rosto de espectro contorcido em uma expressão que Kit conhecia bem.

—Ty...ele está bem? —Perguntou ele.

—Eu...eu não sei bem,por isso vim até você; já que é o único que pode me ver. —Disse Livvy —Ty está indisposto,eu não o via assim há tempos! Perguntei o que ele estava sentindo,mas ele apenas me disse para deixá-lo dormir.

Kit se sentou.

—E você quer que eu avise Ju...

—Eu quero que você vá vê-lo primeiro. —Falou Livvy —Jules está ocupado na cozinha,eu já fui verificar. Com tudo isso dos centuriões aqui,ele está sobrecarregado. Apesar de Helen e Aline estarem cabeceando a situação.

Kit suspirou ainda sonolento,mas jogou os pés para fora da cama e passou a mão pelo cabelo claro desgrenhado.

—Me dê um minuto para me trocar.

Livvy assentiu e saiu.
Kit ainda havia deixado parte das roupas na mochila,quando ele foi retirá-las se lembrou de algo e xingou: ele havia esquecido de checar o celular e tanto Jem e Tessa quanto Agata haviam pedido que ele informasse quando chegasse a LA.

Kit destravou a tela,o celular havia sido presente de Jem em seu aniversário de dezessete anos.
Haviam muitas ligações perdidas,tanto de Jem quanto de Agata; ele enviou uma mensagem rápida: Estou bem,logo ligo. E se apressou em se trocar.

###


—Ty, já passa das dez da manhã! —Livvy gritou impaciente.

Ty se virou,seu cabelo escuro grudado na têmpora. Ele estava bastante pálido e aquela visão preocupou Livvy ainda mais.

—Não...me sinto bem.

Ela se aproximou.

—Isso eu já notei,por isso chamei Kit.

Ty piscou.

—Você não devia. —Disse ele. —Não quero alarmar ninguém.

Livvy não disse nada e Ty se esforçou para sentar,seu tornozelo latejava; mas ele não iria contar á irmã que pouco antes de dormir na noite anterior,ele havia notado piora no ferimento feito por um demônio na praia.

Após algum tempo,eles ouviram batidas na porta. Kit entrou sem esperar resposta e se aproximou.

—O que há de errado? —Perguntou,um pouco receoso.

Ty fechou os olhos e apoiou a cabeça nos travesseiros atrás dele.

—Não é nada demais,eu só estou me sentindo indisposto. —Ele disse,ainda de olhos fechados.

Kit o estudou, Ty estava muito mais pálido que o habitual e suava; sua camisa listrada estava grudada ao corpo e ele parecia cansado.

—Talvez fosse melhor chamar Helen, você pode estar resfriado ou algo do tipo. —Kit falou.

—Não. Só...—Ele abriu os olhos cinza —Se você puder me fazer um favor: me traga o café da manhã.

Kit enfiou as mãos nos bolsos da calça jeans,suspirou e trocou um olhar com Livvy.

—E se eles perguntarem algo?

—Diga que estou resolvendo algo em meu quarto e vou fazer minha refeição aqui. —Ty disse.

Sem querer estender muito, Kit se virou e foi fazer como Ty pediu,Livvy em seu encalço.

—Ele não está nada bem, está totalmente pálido e transpirando. —Kit comentou no corredor.

—O problema é que nem ele tem ideia do que pode ser.—Livvy falou. —Talvez seja mesmo melhor pedir a Helen para ir vê-lo.

Kit parou no corredor,antes de descer as escadas e a encarou.

—Vamos fazer como ele pediu,se ele não melhorar em algumas horas, nós informaremos os outros. —Disse ele.

Livvy assentiu e então eles foram para a cozinha.


###

Tessa servia o café da manhã quando a campainha tocou,Mina que estava em sua cadeirinha de refeição afastou a maçã da boca.

—Kit? —Ela perguntou.

Jem olhou para Tessa com uma pergunta nos olhos:  Está esperando alguém?
Ela costumava receber visitas as vezes,vizinhas que vinham lhe pedir conselhos medicinais entre outras coisas; Tessa havia sido enfermeira um dia, há muito tempo...

Quando ela abriu a porta,a jovem loura do outro lado abriu-lhe um sorriso nervoso.

—Desculpe incomodá-la pela manhã,mas como Kit não respondeu minhas mensagens ontem,eu achei que talvez...

—Nós também enviamos mensagens e ligamos —Disse Tessa,com um sorriso gentil —Mas ainda estamos aguardando. Ele apenas não deve ter visto ainda,Agata.

A namorada de Kit não pareceu satisfeita,a preocupação e algo mais era visível em seu rosto.

—Tudo bem. Você sabe quando ele volta? —Ela perguntou.

—Em breve,eu acredito. —Respondeu Tessa —Você quer entrar para tomar café conosco?

Mina havia começado uma cantoria na mesa e Jem tentava fazê-la diminuir o tom de voz.

Percebendo o olhar de Tessa na direção da mesa, Agata riu.

—Mina parece elétrica hoje. —Comentou.

Tessa sorriu.

—E quando ela não está? —Disse ela.

Jem acenou da mesa para Agata e ela retribuiu o gesto.

—Bem, não vou ficar para o café. —Disse ela —Não que eu não gostaria,mas tenho algo a fazer daqui a pouco. Eu deixei meu celular em casa, então talvez Kit já tenha respondido ou me ligado.

Ela forçou um sorriso,mas Tessa ainda conseguia ver que algo perturbava Agata.

—Quando quiser vir nos visitar, será bem vinda.

Agata se limitou a sorrir e partir.
Quando Tessa se sentou de volta a mesa,Jem falou:

—Ela veio saber de Kit,suponho.

—Ele também não retornou as mensagens dela. —Disse Tessa.

Jem alcançou um pãozinho.

—Checarei o celular após o café. —Disse ele.

Tessa olhou para Mina.

—Por quê você parou de cantar?

A menininha apenas mordeu seu pãozinho e encarou Tessa com os olhos brilhantes. Jem riu.

—Era apenas para impressionar Agata. —Ele falou.

Tessa lançou a ele um olhar divertido e voltou-se para o próprio prato.

###

—Ty?? Posso entrar?

Era Dru do outro lado da porta do quarto de Ty,ela batia impacientemente.

—Eu estou ocupa...—Ty começou a dizer,mas a garota já havia entrado.

Ela parou próximo á porta com os olhos arregalados, alternando entre ele e Kit que estava sentado na cadeira ao lado de sua cama.
Ty as vezes esquecia que Dru não conseguia ver Livvy e era tão estranho quando ele e Kit podiam fazer isso.

—Você não desceu para o café e eu sabia que não estava apenas resolvendo algo,eu te conheço Ty. —Disse ela.

Era o mesmo tom desconfiado de irmã mais nova de alguns anos atrás,Kit se lembrou, porém agora Dru havia se desenvolvido,estava mais alta e parecia ter perdido um pouco de massa; o cabelo havia crescido na altura dos ombros.

Ty jogou a cabeça para trás e respirou fundo, Dru se aproximou.

—O que ele tem? —Perguntou a Kit.

—Eu estou aqui,Drusilla. —Ty falou. —Não precisa falar como se não estivesse.

—Na verdade não sabemos,mas esperamos que passe logo. —Kit disse.

—Deve ser apenas indisposição. —Disse Ty.

Kit se levantou.

—Onde você vai? —Perguntou Ty.

—Preciso ir verificar uma coisa na cidade.

—Tipo o quê? —Ty quis saber.

—Preciso procurar informações pessoais.

Ty o fitou por um segundo,ele sabia o que Kit ia investigar e envolvia sua família morta; Então falou:

—Kit, é melhor que espere. Eu posso ir com você, você não pode simplesmente...

Ele se calou. Não podia completar a frase e citar a família de Kit, Dru não deveria ficar por dentro da história.

—Apenas espere mais um pouco. —Disse Ty.

—Vocês estão escondendo alguma coisa. —Livvy falou, atrás de Kit.

—Bem, então...vou ver com os outros em que posso ser útil.

Dizendo isso, Kit deixou o quarto. Dru cruzou os braços.

—E aí,vai me contar ou não?

—Contar o quê?

—O que vocês dois vão procurar?

—Obrigada,Dru. —Livvy disse e olhou feio para Ty —Também gostaria de saber o que esses dois já estão escondendo,mal se reencontraram e já estão cheios de segredos.

Para Dru obviamente foi como se ela não tivesse falado.

—Eu preciso dormir um pouco. —Ty disse e fechou os olhos.

Com um suspiro,Dru se inclinou e pegou a bandeja de café da manhã da cama.

—Se precisar de alguma coisa, não hesite em me chamar. —Disse ela antes de sair.

###

Era muito tarde quando Helen e Aline finalmente liberaram Kit de sua tarefa sobre investigação da origem dos demônios enviados ultimamente a Los Angeles.
Ele foi direto para o quarto e após tomar banho,pegou o celular e ligou primeiro para Jem.

—Jem?

—Kit, é a Tessa. Jem está na sala com Mina. Fico mais aliviada em ouvir você. Jem e eu só vimos sua resposta após o café da manhã, está mesmo tudo bem?

—Sim. Sim, está.

—Nada fora do normal? Você saiu sozinho?

—Eu estou bem, não se preocupe. Pode dizer isso a Jem?

—Tudo bem.

—Vocês estão bem? E Min?

—Estamos bem e é mesmo uma pena você não estar aqui,deixei sua torta favorita assando. —Contou Tessa.

Kit sorriu.

—Dê um beijo em Mina por mim e um abraço em Jem.

Quando a conversa terminou,Kit checou as mensagens e lá estava a de Agata:

Fui a casa dos seus parentes hoje,saber de você; já que não tinha visto sua mensagem antes de sair de casa. Você volta logo?

Kit desviou o olhar para a janela,pela primeira vez ele não sentia vontade de respondê-la e sabia bem o motivo disso estar acontecendo. Ele sequer queria voltar a vê-la,esperava que esse sentimento fosse passageiro.

Ele começou a digitar,mas antes que ele pudesse enviar a mensagem para sua namorada, Livvy surgiu.
Kit soltou o celular com o susto,o objeto atingiu o chão. Ele suspirou.

—Livvy! Você não devia aparecer assim. —Ele disse.

—E como você quer que eu apareça? Eu estou morta. —Disse ela —Essa é a única forma que posso aparecer.

Kit lançou um olhar repreensivo a ela quando se abaixou para pegar o celular. Ele havia desligado com o impacto.

—Você entendeu. —Disse ele —O que foi? Como Ty está?

O semblante dela mudou.

—É melhor você vir ver.

Kit deixou o celular sobre a cômoda e seguiu pelo corredor.

—Jules já veio vê-lo mais cedo, porém Ty estava melhor. —Contou ela —Agora ele apresentou piora bem na hora de dormir.

Quando Kit entrou no quarto de Ty,ele estava de olhos fechados. Kit tocou a testa dele e em seguida afastou o cobertor,a camisa de Ty também estava encharcada.

—Ty! Ty!

O jovem abriu os olhos,agora fundos e olhou para Kit.

—Você está piorando,vou buscar uma compressa fria, Tessa faz isso quando...

—Espere. —Ty disse, agarrando o pulso de Kit. —M-meu tornozelo, dê uma olhada nele por favor.

Ty tremia e batia os dentes,o que preocupou Kit; mas ele fez como Ty falou e afastou um pouco mais os cobertores. Com cuidado,ergueu a barra da calça escura de pijama de Ty e terror o tomou quando viu o tamanho da ferida infeccionada ali.
Ele levantou os olhos azuis para Ty.

—Você estava mancando após o ataque de demônios...porque não disse que tinha sido ferido? —Kit quis saber.

Mas não houve resposta.

—Ty! —Gritou Livvy —Kit,ele...

Kit segurou o rosto de Ty.

—Ty! —Ele chamou e deu batidas na lateral do rosto dele.

O outro não acordou. Kit se endireitou e olhou para o fantasma apreensivo de Livvy do outro lado da cama.

—Vou ter que comunicar aos irmãos dele.

Ps: Próximo capítulo amanhã.















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