Todo mundo tem uma pessoa, aquela pessoa
Que te faz esquecer todas as outras
Todo mundo tem uma pessoa, aquela pessoa
Não precisa dia e nem hora pra chegar
Na portaria do meu coração já tem seu nome
Pode entrar
-Henrique e Juliano
...
Pov's Mirella
Seguro aquele celular ainda encarando o Sebastian.
Garçom: Com licença, os pedidos de vocês. - ele quebra o silêncio colocando nossos pratos em nossa frente. - Bom apetite.
Sebastian: Obrigado. - acena com a cabeça e o garçom sai. - E então?
Mirella: Sebastian eu, eu não sei o que dizer. - devolvo seu celular.
Sebastian: Talvez um "Sim, eu vou com você". - solto um riso nervoso. - Por favor, não negue.
Mirella: Sebastian, eu não tenho como pagar isso. - ele revira os olhos.
Sebastian: Estou te mandando algum recibo por acaso? - me encosto na cadeira olhando minha comida.
Mirella: Você quer que eu vá para Londres? Passar o Natal com sua família? - ele assente relaxado. - Sebastian Salvatore, eu...eu...
Sebastian: Você pode pensar. - me calo. - Mas eu ficaria muito feliz se fosse.
Mirella: Eu não tenho como retribuir isso. Você sempre faz alguma coisa por mim e eu não faço nada por você, isso é injusto.
Caramba, o cara pagou passagem para outro país para mim.
Sebastian: Ficar do meu lado, já seria uma boa retribuição para mim. - meu coração erra uma batida. - Eu conheci sua avó, quero que conheça minha família agora.
Mirella: Eu nem sei falar inglês! - ele rir.
Sebastian: Todos também falam português em minha família.
Mirella: Caralho. - passo a mão no cabelo. - Nunca sai do Brasil, na verdade eu nunca nem sai da cidade.
Sebastian: Pra tudo tem uma primeira vez. - sinto sua mão na minha a apertando. - Vamos?
Encaro seus olhos azuis pensativa.
Arrasto minha cadeira até o seu lado e o puxo o abraçando, ele não demora para retribuir me apertando em seus braços.
Mirella: Ninguém fez algo grande assim para mim.
Sebastian: Pois eu sinto vontade de todo dia fazer algo grande para você. - afasto meu rosto do seu peito e me encaro.
Mirella: Você não era assim. - dou um riso. - No começo eu achei que você fosse um ignorante riquinho metido a besta. - ele rir.
Sebastian: Eu nem vou te falar o que pensei de você. - bato em seu braço e ele gargalha.
Mirella: Sebastian, o que temos? - pergunto e ele fica em silêncio, apenas nos olhávamos, a gente ainda estava junto um ao outro.
Ele respira fundo e alisa minhas costas. Aproximo meu rosto do seu com necessidade, coloco a mão em seu rosto e junto nossos lábios. No começo foi apenas um selinho longo que logo se tornou um beijo lento que transmitia o desejo dos dois e como sempre me deixava com vontade de nunca mais soltá-lo.
Mirella: Nossa comida vai esfriar. - falo assim que paramos o beijo com selinhos.
O Sebastian passa a mão em meu rosto e depois o polegar em minha boca, ele me olhava de um jeito tão intenso que parecia que seus olhos estavam mais escuros.
Sebastian: Se alguém perguntasse o que temos, eu diria que eu queria que você fosse minha. - sua voz saiu baixa, sinto meu corpo se arrepiar e uma alegria instantânea percorreu meu corpo. - Mas o que temos, é algo bom que eu quero muito saber no que vai dar.
Mirella: Você gosta de mim? - pergunto tentando tirar essa dúvida de mim.
O Sebastian já deu muitos sinais que sim, estava na cara que sim. Mas eu queria ouvir da sua boca, ele nunca falou, sempre deixa por cima, ele sempre demostrou mas nunca falou e eu sou o tipo de pessoa gosto de ouvir o que a pessoa sente.
Ele me encara com um olhar do tipo "Você ainda tem dúvida?"
Sebastian: O que você acha? - respiro fundo.
Mirella: Eu quero ouvir de você, Sebastian. - suplico. - Por quê eu gosto muito de você.
Ele umidece os lábios e dá um sorriso ladino.
Sebastian: Mirella, eu tô apaixonado por você. - me solto dele rapidamente colocando a mão na boca.
PARA TUDO QUE EU QUERO DESCER!
Ai minha nossa senhora das borboletas no estômago!
Mirella: Mentira. - dou um riso nervoso ainda sem acreditar.
Sebastian: Se não quer acreditar. - finge dá de ombros e mexe na comida com o garfo.
Mirella: Pensei que fosse só eu apaixonada aqui. - ele abre um sorriso ladino.
Sebastian: Sua comida vai esfriar. - aponta.
Seguro um sorriso e arrasto minha cadeira para o lugar.
Começo a comer com um sorriso maior do mundo.
Acabamos de confessar que estávamos apaixonados um pelo outro. Véi, nunca em mil anos eu iria imaginar que iria me apaixonar pelo meu oposto completo.
Nunca iria imaginar que alguém como o Sebastian estaria gostando de alguém como eu. Ele deve ser louco, ou tem algum problema na cabeça...tenho certeza disso.
Ele poderia ter qualquer uma mano, que garota não iria querer um príncipe encantado da vida real? Não sei como ele ainda tá solteiro...quer dizer, por pouco tempo né.
Sebastian: Está pensando no quê?
Termino de mastigar e engulo.
Mirella: Nada demais. - minto.
Eu estava com um turbilhão de pensamentos em minha mente.
Quando acabamos de comer, o Sebastian pagou a conta e saimos dali voltando para o seu carro.
Mirella: Posso dormir na sua casa? - falo intrometida, ele rir.
Sebastian: Deve.
[...]
Mirella: Oi Ethan. - chamo sua atenção tocando em seu ombro.
Ele estava sentado no sofá concentrado lendo algo.
Ethan: Oi Mirella, tudo bem? - assinto.
O Sebastian passa por nós colocando a chave do carro na bancada e segura minha cintura me guiando para o quarto.
Mirella: Me empresta uma blusa sua? - peço assim que me sento em sua cama.
Sebastian: Pode pegar. - ele fala indo para o banheiro.
Me levanto indo até seu guarda roupa. Suas roupas eram tão organizadas que sinto até vergonha do meu que é um monte de roupa jogada de qualquer jeito.
Só Jesus na causa.
Pego uma blusa azul que eu achei mais confortável e espero o Sebastian voltar.
Sebastian: Vai tomar um banho? - eu assinto vendo o mesmo enxugar o cabelo com a toalha.
O mesmo estava com uma bermuda moletom que mostrava um pouco da sua cueca preta, e sem camisa.
Suspiro me levantando, passo por ele de cabeça baixa para eu não pecar e entro no banheiro já fechando a porta.
Me despi e tomei um banho rápido, visto minha calcinha de antes e coloco sua blusa sentindo o cheiro de amaciante maravilhoso, ela era um pouco menor que as outras o que deixava minha calcinha um pouco a mostra.
Melhor assim.
Saio do quarto e não vejo o Sebastian, a porta estava aberta, eu fiquei no quarto já me deitando de bruços naquela cama e pegando meu celular. Percebo que o Sebastian não ligou o ar, como de costume, deve ter feito isso por quê eu não gosto do frio...ou só esqueceu mesmo.
Abro o Instagram e a primeira foto que aparece é a da Maju exibindo sua barriga de grávida já grande, curto sua foto e comento várias vezes de forma exagerada o quanto ela estava linda.
Sinto a cama afundar mas antes que eu virasse sinto mãos passeando pela minha perna nua que me fez desligar o celular e fechar os olhos sentindo seu toque.
Suas mãos quentes passeiam da minha perna até minha coxa e lá ele dá leves apertadas me fazendo suspirar e minha região íntima latejar.
Como posso ficar excitada com simples toques?
Sua mão passa para a região interna da minha coxa as afastando, me viro rapidamente dando de cara com seus olhos em mim.
Sebastian: Você não deve deitar assim só de calcinha em minha cama. - dou um sorriso me aproximando dele.
Me inclino e me sento em seu colo, uma perna a cada lado do seu corpo. Meu rosto estava bem perto do seu o que me proporcionava uma visão perfeita dos seus olhos e da sua boca avermelhada.
Sua mão ainda fazia um tour pelo meu corpo, dessa vez em minhas costas onde me ocasionava arrepios e desejo.
Sebastian: Veste um dos meus shorts. - pede e eu levanto uma sobrancelha.
Mirella: Por quê? - ele me olha ladino. - Fico mais confortável assim. - ele aperta minha cintura. - Você não vai ligar o ar?
Sebastian: Eu não ia. Mas agora acho que vou colocar no mínimo só para você vestir mais roupa. - dou uma risada e saio do seu colo me jogando na cama novamente de forma espaçosa.
O Sebastian se levanta e assim como ele falou liga o ar deixando bem frio. O encaro fechando a cara e ele mostra um sorriso ladino se aproximando.
Mirella: Você vai me matar de curiosidade. - fala enquanto ele se sentava na cama encostando suas costas na cabeceira.
Sebastian: Curiosidade?
Mirella: É. De saber como tu é de cama. - ele gargalha. - Não rir, idiota.
Batem na porta do quarto.
Sebastian: Entra.
O Sebastian joga o edredom dele em cima de mim me cobrindo e eu apenas reviro os olhos.
Ethan: Desculpa atrapalhar, Salvatore você pode vir aqui rapidinho? - ele assente se levantando.
Sebastian: Já volto. - se inclina beijando minha testa e sai.
Me ajeito na cama me cobrindo até o pescoço por causa da droga do ar e fico esperando o Sebastian voltar.
Mas ele demora demais, eu já estava ficando com sono e havia cochilado algumas vezes. Estava tudo muito gelado, parecia que o ar entrava pelo edredom me fazendo ficar encolhida.
Um tempo depois a porta do quarto é aberta, sinto a cama afundar mas segundos depois a pessoa se levanta de novo.
Ouço o barulhinho do ar sendo desligado e por isso abro os olhos vendo o Sebastian se deitar do meu lado.
Sebastian: Desculpa pelo ar, eu ia deixar só alguns minutos e acabei esquecendo. - explica e eu chego mais perto do mesmo me aconchegando eu seu corpo quente.
Mirella: De boas. - fecho os olhos novamente e assim que ele me abraça eu durmo.
[...]
Acordo no dia seguinte me remexendo na cama, foco a visão encarando o teto e logo depois estico a mão pegando meu celular no criado mudo.
5:39 am.
Por quê eu acordei cedo assim?
Me ajeito na cama tentando voltar a dormir mas o sono evaporou. Viro o rosto fitando o Sebastian dormindo, ele estava de costas para mim apenas me dando a visão de suas costas largas.
Minha vontade era de tocá-lo e por isso me aproximo dele o abraçando por trás apoiando meu rosto em suas costas.
Fecho os olhos tentando voltar a dormir quando ele se mexe. Droga, o acordei.
Sebastian se vira para mim e passa o braço pela minha barriga me puxando para perto dele e apoia sua cabeça entre meu pescoço ainda dormindo.
Entrelaço nossas pernas enquanto eu sentia sua respiração em mim.
Sebastian: Volta a dormir. - ouço sua voz rouca tão perto que me fez arrepiar.
Mirella: Perdi o sono.
Assim que eu falo, ele levanta o braço e começa a fazer cafuné em meu cabelo perto da nuca. Aquilo me relaxou fazendo eu fechar os olhos, em poucos minutos o sono voltou.
.
.
.
Me sento no balcão do bar tomando um gole da minha coca.
Eu já tinha voltado para casa, o Sebastian foi cedo trabalhar e me deixou aqui.
Vicente: Será que tem como pedir férias da própria vida? - ele se senta do meu lado roubando minha latinha. - Não estou me aguentando. - dou risada.
Mirella: O que foi? - pego de volta meu refrigerante e ele suspira.
Vicente: Eu sou trouxa por correr atrás de alguém que não me quer? Quer dizer, que me quer mas que não quer que ninguém saiba?
Mirella: Sim. - falo rapidamente e ele me encara. - Muito.
Vicente: E o que você quer que eu faça?
Mirella: Desapega, desapega, OLX. - cantarolo. - Você tem que arranjar outro, bebê.
Nesse momento ouvimos o barulho de moto, nós dois encaramos a a entrada onde o Michel acaba de chegar para pegar as quentinhas.
Vicente suspira.
Vicente: Se ele não fosse tão gostoso, seria mais fácil. - nego com a cabeça descendo do balcão.
Pego a sacola com as quentinhas e antes de ir até o Michel, seguro o pulso do Vicente e o puxo.
Vicente: Para doida! - tenta se soltar.
Mirella: Fica quieto. Oi Michel! - aceno soltando o Vicente.
Michel: iai, suave? - ele dá uma rápida olhada para o Vicente.
Mirella: Estou sim. - estendo a sacola para ele e cutuco o Vicente com o cotovelo.
Vicente: Oi, Michel. - ele cruza os braços.
Michel: Fala cara. - acena com a cabeça. - Já vou indo, a tarde venho bater o rango, jaé? - ouço um suspiro triste do Vicente.
Mirella: Está bem. - ele coloca novamente o capacete.
Michel: Até a tarde, Vicente. - os olhos do Vicente se arregala e o Michel dá a partida.
Mirella: Eita. - dou risada voltando para o bar.
Vicente: Tu viu como ele falou comigo? "Fala cara". - imita uma voz grossa. - Cara? Eu por acaso sou os moleques da bica?
Mirella: Ele disse que vocês iam ser ver mais tarde. - pego meu celular vendo umas mensagens do Whatsapp.
Vicente: Problema é dele. Eu não vou ver ninguém. - nego rindo.
Xxxxx: Mirella? - me viro ouvindo a voz de um homem.
Mirella: Sou eu. - encaro o rapaz que sempre fica fazendo a segurança no morro.
Xxxxx: Um coroa lá mandou entregar pra tu. - ele se aproxima deixando uma caixa branca grande em minha mão.
Vicente: Menina, você não me falou que arranjou um Sugar Daddy! - reviro os olhos rindo.
Mirella: Ele falou o nome?
Xxxxx: Falou não pô. Mas eu já vi ele na TV, um tal de Humberto lá. - arregalo os olhos.
Mirella: Tá, obrigada. - dou um sorriso fraco e deixo a caixa na mesa.
Vicente: O que é? - pergunta curioso.
Mirella: Não sei. - abro aquela caixa tirando uns papéis de cima, vejo um tecido azul fino e assim que eu levanto... - Meu Deus!
Vicente: Que lindo! - era um vestido maravilhoso, azul bem detalhado e com certeza caro. - Tem um cartão.
Penduro o vestido no braço e pego o papel.
"Para você usar no sábado, eu e minha família vamos está com esse mesmo tom de azul, quero mostrar a todos minha filha"
- Seu pai.
Então derrepente eu me lembro de quando eu confirmei que iria a feira de arquitetura com ele.
Arregalo os olhos.
Mirella: Eu acho que fiz merda.
Vicente: Por quê?
Mirella: Eu acho que marquei que iria com o Sebastian sendo que eu já havia falado que iria com o Humebrto. - o Vicente gargalha.
Vicente: Tu tá fodida, pior que eu.
Ótimo, com que eu vou cancelar agora?
❤