Uma família para o mafioso...

ManueleCruz tarafından

129K 18.9K 8.9K

O LIVRO 1 E 2 SERÃO POSTADOS AQUI! A história de Bruno Rodriguez e Pamela De La Torre Sinopse livro 1: Bruno... Daha Fazla

Sinopse
Para ler os capítulos atualizados
Livro 1
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Epílogo
LIVRO 2
Primeira fase
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Segunda fase
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capitulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Terceira fase
Capítulo 36

Capítulo 13

1.1K 265 221
ManueleCruz tarafından


**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

Moisés De La Torre



Minha esposa está a minha frente agora.

Maldita hora que concordei em ficar com Morgana, em me casar, em aceitar que teria uma salvação ao seu lado.

Maldita hora!

— Moisés! — ela toca no vidro que nos separa, dramática do jeito que é.

Aponto para o telefone ao nosso lado, que é para nos comunicarmos.

A mulher é uma morta-viva. Toda desgrenhada, pálida, olheiras e magra ao extremo.

— Eu pensei que nunca viria. — sua voz é muito fraca. — Demorou muito tempo...

— Demorei dois dias, Morgana.

Ela abre a boca, surpresa.

— Parecia mais. Disseram que tem mais de duas semanas...

— Enganaram você. — minto. — Todos querem enganar você. Eles sabem o que você fez. Morgana, o que fez foi algo grave...

— Moisés, eu... — escuto quando faz força para engolir a saliva. — Eu não fiz nada disso que estão me acusando, eu juro.

— Realmente, não conseguiu matar as meninas...

— Eu falo de Melina. — fala em desespero. — Uma moça colocou meu nome no meio, ontem vieram me interrogar, mas é coisa do Gianluigi. Eu nunca faria algo contra Melina. Por favor, acredite em mim.

— Como quer que eu acredite se você tentou matar nossas filhas?

— Foi um surto psicótico.

— Sempre culpando seus transtornos mentais.

— Eu não sou transtornada! — agora grita, depois se acalma. — Por favor, Moisés, me tira daqui. As mulheres me odeiam...

— O que elas te fazem?

— Elas me obrigam a limpar banheiros sujos e ainda roubam minha comida e minha roupa. Estou fedendo.

— Sorte a minha que estou do outro lado do vidro.

— Por favor, me tire daqui! Elas dizem que como tentei matar minhas filhas, eu devo sofrer. Elas me condenam e me machucam! Você sabe como sou, me conhece. Foi apenas um surto.

— Você é muito dependente, Morgana, de tudo. De dinheiro e de alguém ao seu lado. Eu posso te insultar, te agredir, quase te matar, mas você é dependente de mim. Você é minha marionete, eu mando e você obedece.

— Eu amo você, Moisés.

— Você é assim, facilmente manipulável. Foi manipulável quando era uma prostituta, inclusive, infernizou a vida de um cliente só porque ele te deu atenção. Depois eu cheguei e você ficou ainda mais obediente, porém, você tem uma mente diabólica, e quando algo te atrapalha, você odeia. Sua mente submissa se esvai e você toma o controle da situação, mas você nunca deixou que isso aflorasse, porque sua alma é para obedecer, não comandar.

— Moisés...

Suas lágrimas começam a cair, mas ela continua segurando o telefone, tremendo, me escutando.

— Você sequestrou Melina porque me viu com ela, me viu segurando o bebê algumas vezes. E sabe por que odiou Melina? Porque eu nunca carreguei as meninas. Adriana nasceu no período em que eu mais estava estudando, ficava pouco tempo em casa, e também nunca quis filhos, você achou que uma criança fosse me fazer te amar ainda mais. Depois veio Pamela, que é filha do meu irmão. Depois veio Melina, que é minha sobrinha neta, no entanto, eu a carreguei, eu senti algo por aquele bebê, que nem eu sei explicar. E você a odiou por isso. Porque ela é fruto da irresponsabilidade daquela menina que você não conseguiu abortar, a menina que mudou a sua vida por completo. Só que no fim de tudo, Pamela foi uma vítima. E anos depois, você continuou punindo Pamela, pela raiva que tinha dela, pela raiva do estupro. Melhor dizendo, você tinha raiva porque eu achei que foi uma traição da sua parte. Porque Pamela fez com que nos afastássemos.

Morgana chora com ainda mais força, mais dor.

Eu amo isso!

— E eu, sempre muito ocupado, não tinha muito tempo para pensar, na verdade, eu admito que foi um bom plano. Mas você comete erros, várias vezes, e nesse erro eu descobri tudo. E te ajudei, porque queria derrubar Gianluigi, porque você foi vítima, Morgana, tanto quanto Pamela.

Agora seus olhos se arregalam, seu choro para por completo.

— Gianluigi usou todos nós. — continuo. — Quando descobri de Melina, eu te contei tudo, sempre confiei em você. E agora entendo, ele mantém as pessoas presas, na sua chantagem emocional.

— Sim! — Morgana está esperançosa agora. — Ele quem fez tudo! Era entregar Melina ou todos nós morreríamos.

Ela nem ao menos percebeu que o que falei primeiro e o que falei agora não tem sentido algum.

Na verdade, a última parte não tem sentido.

Mas Morgana não está mais sã, se antes já não tinha muita sanidade, agora piorou.

Piorou ainda mais por minha causa.

Morgana não teve o surto de matar Pamela e Adriana, eu ajudei nisso. Ela toma remédios antidepressivos, ela própria se receitou, mas eu troquei, melhor ainda porque ela não deixa em cartelas.

Dei remédios que causam mais paranoias, do mesmo jeito que ela fez com Pamela.

Quase deu errado, mas foda-se! Morgana pirou muito, e agora está pior.

— Eu te tirarei daqui, Morgana. — toco no vidro, ela faz o mesmo. — Eu vou...

— Eu vou para outro Estado amanhã, vão me tirar daqui.

— E eu vou te tirar de lá. Eu te amo, Morgana.

— Eu também te amo.

— As pessoas te darão as datas erradas, elas vão mentir sobre tudo. Vão até dizer que não aparecerei mais, não acredite nelas, acredite em mim. E nem se preocupe em contar os dias com base no céu, porque a demora ficará pior. E não tome remédios, são para te sedar, para te manipular e acabar com você.

— Eu sei, eu não tomo os remédios que eles me dão. Eu sou esperta. — seu sorriso... Tão tola... Tão doente. — Vai demorar a voltar?

— É um processo lento, mas vamos te libertar. E quero que você passe todos os dias olhando para fora de alguma janela, ou sentada a minha espera.

— Eu farei isso.

— Peça todos os dias, olhando para o céu. Espere a minha volta, eu voltarei para ser seu marido. Sem Pamela, Melina, Adriana e Gianluigi, só nós dois.

— Eu farei isso. Porque você nunca me abandonaria.

— Espere por mim, um dia aparecerei na porta e te livrarei, sem fugas, e sim a verdadeira liberdade.

E do jeito que ela está, conhecendo Morgana, eu já dei sua sentença.

Provavelmente ela nunca sairá da prisão, porque ela passará por testes periódicos para ver sua sanidade mental, e ela não tem cura, como eu.

Passará o resto dos seus dias a minha espera.

Como uma idiota. Morgana ficará sentada, como uma idiota, uma doente que é, olhando para frente, sorrindo que nem uma imbecil, a minha espera.

E eu nunca voltarei.

Do mesmo jeito que Melina não voltaria no seu plano.

Mas, nesse caso, eu nunca voltarei para salvá-la.

Nunca!



(...)



— Onde estava?

Às vezes eu quero rir, às vezes eu quero matá-lo de uma vez. E, por esse motivo, sei que devo persistir em meu plano.

— Estava ocupado, Gianluigi. — respondo.

— Mas é um imprestável mesmo! — levanta do meu sofá. — Onde estão suas filhas?

— Por aí. — dou de ombros. — Nunca fomos próximos, ainda mais após o que Morgana tentou fazer.

Gianluigi... Eu juro que não esperava alguém tão patético como inimigo.

Eu pesquisei, vi todo seu negócio! Confesso, estou meio decepcionado com o quão imbecil ele é.

Porém, continuo enraivado.

Porque Gianluigi mandou fazer, então ele tem muita culpa.

— Pronto, podemos ir? — pergunta. Continua se achando o rei do mundo, mesmo após a sua falência.

— Claro. — respondo.

Ele até me chama de imbecil.

Esse é o Gianluigi, sempre se achando mais que todos, seu dinheiro o colocou nesse local, não sua inteligência. Mas digo, foi um dos melhores dias da minha vida!

Gianluigi está na minha casa, ele chorou, mesmo que não fosse a minha frente. Se desesperou, nem ao menos dormiu.

Gianluigi está sofrendo, do jeito que eu quero.

Mas ainda o obedeço, porque eu quero mais.

— Entre, está dentro das paredes da sala e outra que dá na academia. — Gianluigi ordena, quando chegamos à frente da sua casa interditada. — Anda! — grita. — Entre na casa e quebre as paredes.

— Acha mesmo que eu vou invadir uma casa interditada pela polícia para roubar seu dinheiro e você ficar aqui, sendo livre?

— Agora quer dar uma de espertinho pra cima de mim? — ri. Gianluigi zomba da minha cara, no fim eu que zombo da dele. — Anda, Moisés!

— Não é dar uma de espertinho, qualquer ser com neurônio perceberá que é furada. Eu me arrisco para te enricar?

— Estou na merda, não você.

— Se está na merda, se lambuze nela. Afinal, o benefício é seu, não meu.

— Não vai querer meu dinheiro?

— Eu não fiquei pobre, você sim.

— Por que parece que zomba de mim?

— Eu só vejo uma pessoa zombando, e não sou eu, Gianluigi.

— Parou de me chamar de ''senhor''?

— Estou desempregado, não te sirvo mais. Melhor dizendo, eu te sirvo, sou o único ao seu lado. Ninguém restou.

Seu olhar muda, saindo da arrogância e ficando de carência.

Gianluigi engole o orgulho, e devo dizer, é uma bola de basebol que passa por sua garganta, porque a força que faz para engolir a saliva é evidente.

— Tudo bem. — ele concorda comigo. — Vamos entrar na casa. Pegou o martelo?

— Trouxe uma marreta. — sorrio. — Uma picareta também.

— Pelo menos é eficiente.

— Sim, muito. Não imagina o quanto.

É um saco isso aqui! Uma merda!

Bruno e Gallardo entenderam tudo o que disse, todas as minhas insinuações, Gianluigi não entende nada, ele continua achando que manda, que sou seu subalterno.

Pelo menos deu para torturá-lo um pouco, relembrando das mortes e da possível morte de Leandro, porque minhas ameaças veladas não surtiram qualquer efeito, ele não entendeu uma.

Gianluigi não acredita em minhas capacidades, continua me achando um otário!

Pode ser bom para quando eu me revelar.

Pulamos o muro da casa, e claro que Gianluigi só sabia reclamar. Reclamar por invadir a própria casa, reclamar por fazer o trabalho sujo, reclamar de ter perdido capangas...

— É essa a parede? — pergunto, apontando para a parede. — É aqui que está seu dinheiro?

— Como sabe arrombar a fechadura? — questiona.

— É fácil.

— Hum... Sei. — que otário! — Acho que o passado do senhor certinho é meio obscuro.

— Realmente vai querer falar do passado?

Gianluigi acha que sou um bandido qualquer.

Foda-se o dinheiro, eu já sei onde está!

Vou até a mochila que trouxe os materiais e pego a marreta. Gianluigi está completamente distraído olhando a parede, depois olhando para a casa com uma nostalgia.

Até enxuga as lágrimas quando encontra o porta-retrato da sua família. Janice e Leandro.

— Quantas famílias também não choraram?

Gianluigi vira para rapidamente para a voz e quando encontra Bruno, quase cai para trás.

— O que está fazendo aqui? — pergunta.

— Suas lágrimas. — Bruno aponta para Gianluigi. — Quantas famílias você não fez sofrer? Quantas não olham as fotos e recordam o passado? Quantas famílias nem tem fotos, porque não tinham dinheiro para um celular, e só ficaram com as imagens das crianças na mente? Eu também sei que matou a minha mãe.

— Eu não sei o que te falaram, Bruno. — coloca as duas mãos para cima, em rendição. — Mas eu jamais saberia que era sua mãe, só me pediram para fazer um favor e fiz. — olha rapidamente para mim, como se implorasse por ajuda, depois estende a mão, pedindo a ferramenta que seguro.

— Do que adiantaria? Mataria a minha mãe da mesma maneira.

— Você entende disso, Bruno, faz parte do cartel, mesmo que eu não soubesse disso quando te vi. — olha para mim novamente. — A marreta. — sussurra, mas não me mexo. — Por isso matou minha família? — olha para Bruno novamente. — Para se vingar do que fiz?

— Todos tinham relação com a morte da minha mãe, mas só soube após o próprio Leandro confessar...

— Onde ele está?

— Mas tudo começou por Melina, quando descobri que a sequestraram...

— Era um negócio da família de Janice.

Ele vai culpar a família amada!

Tão covarde!

— Vejo que a putinha italiana tinha uma grande puta por trás, o próprio pai! — Bruno dá risada. — Como o Matias acreditou que essa família conseguiria manter o legado? Sendo que o chefe da família nem ao menos consegue perceber o causador do declínio dos Bianchi? Desconfiou de todos, menos do principal causador.

Finalmente ele entende tudo e me encara de olhos arregalados.

— Você? — sussurra, como em uma novela clichê quando é revelado o assassino.

Do mesmo modo que Gianluigi é rápido para correr, Bruno é rápido para pegar a marreta e acertar sua perna. Depois seu joelho, ele cai no chão.

— Bruno, não!¬¬¬¬¬¬ — ele grita. — Por favor, eu só fiz o que foi ordenado!

Bruno pisa na mão de Gianluigi, que agora grita por mim.

— Moisés, eu te dou todo o dinheiro...

— Não quero seu dinheiro, ele não me servirá para nada! — fico em cima dele. — Sabe o que me servirá? Saber todo o seu sofrimento, saber que não sairá impune.

— Moisés e Bruno, por favor...

— Vocês sempre imploram, sempre! Janice implorou antes que eu cortasse sua cabeça, Leandro implorou antes que eu o cortasse. — seus olhos se arregalam ao escutar a minha confissão. — Mas sabe quem não gritou? As pessoas daquele carro, porque foi rápido, nem o tio de Janice. E nem sua irmã e o seu cunhado, porque não fui que matei. Você matou os dois, e é melhor do que imaginei, passará anos da sua vida pensando em tudo o que fez...

— Acabem logo comigo, se não querem dinheiro...

Bruno levanta a perna de Gianluigi e dá uma marretada em seu joelho, deslocando por completo, fraturando.

Gianluigi grita, ao mesmo tempo que pede logo por sua morte, como Leandro também pediu.

Bruno pisa no joelho, fazendo força para baixo e escutando o barulho da sua perna sendo quebrada.

Ele grita, sendo mais forte que Leandro, já que seu filho desmaiou de dor.

Eu sempre fui de torturar, mas assistir também é bastante prazeroso.

— Me mata! — grita ainda mais forte, com mais dor. — Me mata logo!

— Você acha que eu vou te matar? — Bruno dá risada. — É muito fácil. Meu plano nunca foi te matar, porque morte nunca será o suficiente. No seu caso, eu quero seu sofrimento eterno. Eu poderia te torturar, mas você acabaria morrendo em algum momento, e sua dor passaria. Eu me conheço, sei que te mataria em algum momento.

Gianluigi começa a se contorcer de dor, mas a sua perna quebrada está pendurada.

Eu amo isso!

— Dei um golpe, eu que te fali. — começo a contar. — Eu que ameacei seu contador e ele precisou se livrar do seu dinheiro sujo, dando tudo para instituições de caridade. Eu matei sua família. Mas não vamos te matar. Você vai para um presídio de Puebla, vai pegar a perpétua no pior lugar da terra para você sofrer. Naquele presídio tem familiares das suas vítimas, na época eles não eram bandidos, agora são. Quando chegar lá, Gianluigi, você vai sofrer. Eu não sou estuprador, mas sei que lá você será a putinha deles.

— Moisés! — e como Leandro, ele vaza, sendo uma sujeira por completo. — Por favor...

— Eles vão te esfolar, te farão comer merda, será o saco de pancadas deles. — Bruno continua. — E eles são diferentes de mim, porque eu perco a paciência fácil, eles não. Eles vão se revezar e você não vai morrer. Vai sofrer eternamente, sem advogado, será esquecido naquele local. E mesmo se não tivesse parentes das vítimas por lá, eles não toleram pessoas que fizeram mal a crianças e o cartel se certificará disso. Morte é fácil, você se livraria da dor. Você não sofrerá nas nossas mãos, sofrerá na mão de centenas de presidiários. Estará manco, para ser melhor, porque sua perna não voltará, ela quebrou, você não voltará a andar porque não terá fisioterapia para você. Eu escolhi o seu fim. Assim como escolhi o de todos, Gianluigi. E tenha certeza de algo, eu conheço essa gente, sei a mente deles, você nem ao menos conseguirá se matar, eles não deixarão.

Esse é o melhor fim para Gianluigi.

Perdendo uma parte da família, pobre, sem recursos, num país ferrado como o nosso, sem uma perna, e sendo torturado por vários bandidos.

O fim que eu sempre pensei para o chefão desse território.

Porque a morte é passageira, seria um alívio para ele.

Gianluigi fez famílias sofrerem, famílias que nunca receberão o filho de volta, então, que ele sofra eternamente nas mãos daqueles que odeiam tais crimes, e que tiveram familiares como vítimas.

E eu sei que será mais sofrido do que uma morte por nossas mãos.

Porque eu já vi como é, e sorri pra caralho, foi muito mais prazeroso!

Muito mais prazeroso do que eu mesmo fazer.

— Só me mata! — Gianluigi grita.

A polícia entra na casa, porque eu já havia avisado a Gallardo onde encontrar Gianluigi, e ele sabe muito bem que vai sofrer muito no presídio.

Gianluigi prefere a morte.

Mas não darei isso a ele.

— Moisés! — e eu continuo sendo sua esperança, para que eu tire sua vida, ele não tem coragem de se matar, mas quer morrer.

E eu gosto pra caralho disso.

Porque é o começo do seu sofrimento.

Que poderá ser perpétuo, ou até o dia da sua execução na pena de morte.

Ou pode demorar meses, anos, décadas... Gianluigi sofrerá.

E por isso ele olhava histórico familiar, mexer com parente de bandido seria seu fim. E eu o entregarei a bandidos.

Gianluigi continua gritando para que seja morto, mesmo após o policial algemá-lo e dizer que vão ao hospital.

— O que fazem aqui? — olho para Gallardo, perdendo a atenção em Gianluigi suplicando para que eu assassine de uma vez. — Por que continuam aqui?

Bruno larga a marreta no chão.

— Eu só quero um pedido. — falo. — Quero a visita de Melina antes de ir.

— Ir para onde? — Bruno indaga.

— Eu não chamei Gallardo apenas para entregar Gianluigi. — coloco minhas duas mãos para frente. — Estou me entregando. Pode me mandar para o pior presídio existente e jogar a chave fora. Vou confessar meus crimes.

Gallardo e Bruno parecem céticos.

— Está se entregando por qual motivo?

— Sabe, Gallardo, já fui diagnosticado com psicopatia, dizem que psicopatas não amam ninguém, então, o que sou? Sou um assassino em série. Julgo pessoas. Julgo seus atos. Eu julgo e mato quem eu achar que devo. Porém, eu acredito que amo uma pessoa e fiz de tudo por ela, então sou psicopata? Eu me entrego por Melina. — meus olhos queimam ao falar isso. — Eu me entrego para dar uma vida a ela. Para que Melina viva com a mãe, que minhas filhas tenham uma vida que não poderão ter se eu ficar solto. Porque sou instável, eu não sou bom. Melina é uma criança agora, inocente, mas ela vai crescer, talvez seja como Pamela que é desinibida, ou como a tia que é lésbica e dança para outras pessoas assistirem. Ou apenas vai querer vestir roupas curtas, ir a festas, dançar, namorar... E eu vou condenar seus atos, eu vou xingar, serei violento, e eu não quero estragar o sentimento de Melina por mim. É a única pessoa que me ama de verdade, e jamais me perdoarei se estragar o sentimento que criamos.

Minhas lágrimas caem.

— Estou me entregando porque amo Melina, mas ela não é minha salvação. O amor não me curou, porque não tenho cura. Mas quero dar uma vida feliz as minhas próprias vítimas. Eu julguei pais e fui como eles, porque não sou bom. E sei bem disso, sei dos meus crimes. Por Melina, eu passarei o resto da minha vida preso.

Uma lágrima cai e continuo com minhas mãos para frente.

Gallardo me algema.

— Eu já peguei casos de estupradores, e de assassinos que nunca fizeram mal a família, que até mesmo chorou por seus familiares na prisão. — Gallardo sussurra. — Vocês não têm salvação, mas também não vou afirmar que não amam ninguém. Porque tudo o que fez por Melina, muito pai não faria. E sabemos disso, já que Leandro fez o oposto como pai.

— Melina estará bem agora. — respiro fundo e olho para Bruno. — Cuide bem delas e eu sei que vai. Eu não estarei aqui para julgar, condenar e agredir.

Disseram que Melina não seria minha salvação.

Mas ela é a minha redenção.

Redenção para pagar pelos meus crimes, não para ser um homem diferente.

Matar está em mim, desde a infância quando matei animais e depois na adolescência, que matei meu pai e não parei mais...

Melina...

Que um dia ela me perdoe e pense em mim como o avô que a salvou, que cortou sua franja, deu um cachorro, que conversou, brincou...

Não como o assassino em série que sou.

Okumaya devam et

Bunları da Beğeneceksin

1.1M 43.6K 15
Tem certos momentos em nossas vidas, que podem nos levar a rumos completamente diferentes do qual sonhávamos. Deixando marcas profundas em nossa alma...
10.3K 1.6K 27
Segunda parte da história de Mabel e Diogo
75.7K 14.7K 16
O PODEROSO BILIONÁRIO NÃO IMAGINAVA QUE AQUELA DANÇARINA TÃO SEXY E AO MESMO TEMPO TÃO INOCENTE IRIA LHE DAR AR A EXPERIÊNCIA MAIS SENSUAL DA SUA VID...
52.5K 3.8K 59
Janny Jhonson é uma advogada de 21 anos muito bem sucedida,cristã e dona de um bom coração.Em sua vida só a lugar para seu trabalho,ela não tem amigo...