Meu Recomeçar

By Bekasilva2

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O que significa realmente a palavra amor? Acho que ninguém sabe explicar com convicção. Uns dizem que é um se... More

Prólogo
Cap.01
Cap.02
Cap.03
Cap.04
Cap.05
Cap.06
Personagens
Cap.07
Cap.08
Cap.09
Cap.10
Cap.11
Cap.12
Cap.13
Cap.14
Cap.15
Cap.16
Cap.17
Cap.18
Cap.19
Cap.20
Cap.21
Cap.22
Cap.23
Cap.24
Cap.25
Cap.27
Cap.28
Cap. 29 - Bônus
Cap. 30
Cap.31
Cap.32
Cap.33
Cap.34
Cap. 35
Cap.36
Cap.37
Cap.38
Cap.39
Cap.40
Cap.41
Cap.42
Cap.43
Cap.44
Cap.45
Cap. 46
Cap.47
Cap.48
Cap.49
Cap.50
Cap.51
Cap.52
Cap.53
Cap.54 - Bônus
Cap.55
Cap.56
Cap.57
Cap.58
Cap.59
Cap.60
Cap.61
Cap.62
Cap.63
Cap.64
Cap.65
Cap.66
Cap.67
Cap.68 - penúltimo capítulo.
Cap.69 - último capítulo
Epílogo
PUBLICADO!!
CONTINUAÇÃO???

Cap.26

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By Bekasilva2

Pov's Mirella

O que eu penso sobre o que eu fiz?

Normal.

Eu me sinto superada em relação ao Rafael. E depois do que aconteceu na praia pude ter certeza disso. A única coisa que senti foi prazer, mais nada.

Vicente: Tu foi trouxa. - afirma.

Não acho isso.

Sim, qualquer um que me visse com ele acharia isso depois do que aconteceu. Mas sério, percebi que podemos ser amigos com privilégios e não vai interferir em nada na nossa relação.

Mia: Isso vai acabar com um dos dois machucados. - comenta e eu reviro os olhos.

Não. Não vai.

Somos adultos, sabemos o que estamos fazendo.

Vicente: Sua mentalidade é de uma criança de 10 anos.

Mirella: Parem de ler meus pensamentos! - falo alto.

Vicente: Que pensamentos, doida. Tu tá falando aí em voz alta. - eles riem. - Tá vendo, já não bate bem da cabeça.

Mirella: Vão a merda.

Mia: Mas é sério, vocês vão continuar...sabe, fazendo? - gesticula.

Mirella: Se der vontade. - dou de ombros.

Vicente: E o gato maravilhoso, perfeito, galego dos olhos azuis? - pergunta e eu ri.

Mirella: O Sebastian?

Vicente/Mia: É!

Mirella: Ah, foi bom dá uns pegas nele. Mas é melhor acabar a intimidade sabe, mundos diferentes.

Vicente: Porra de mundo! - grita e ouvimos vários "shiu" o que faz ele relaxar no banco.

Estávamos no cinema, no meio de um filme chato, discutindo.

Vicente: Você e o Rafal não formam um casal, não vejo química, está errado isso. - protesta.

Mirella: Vicente, não temos nada, é sexo sem compromisso.

Vicente: Isso acaba com suas chances com o Sebastian!

Mirella: Trágico. - dou de ombros.

Uma senhora na nossa frente vira para trás negando com a cabeça.

Vicente: O meu shipper não pode acabar! - aponta sussurrando.

Mirella: Nunca começou, para acabar. - como a minha pipoca.

Mia: Claro que começou, vocês formam um casal lindo! - reviro os olhos. - O Rafael não tem mentalidade, vocês não combinam, estão brincando de transar, você vai morrer encalhada! - alguém manda a gente calar a boca. - Cuida da sua vida otário! - fala alto e a pessoa xinga rebatendo.

Vicente: A gente vai acabar expulsos daqui. - segura a risada.

Mirella: É melhor a gente sair, nem assistindo estamos. - espirro algumas vezes.

Sentamos bem embaixo do ar.

Vicente: Claro que não. Só saio se me tirarem daqui.

E foi isso que aconteceu minutos depois, quando tivemos uma crise de risadas, sendo que o filme é de terror. Um segurança pediu "educadamente" que nos retirássemos, e quando estávamos quase na saída, o Vicente grita um spoiler do filme e acabamos vaiados.

Mia: Se formos linxados no shopping, vai ser culpa sua. - aponta para o Vicente tentando ficar séria mas logo cai na gargalhada.

Vicente: Adoro criar o caos. - finge uma risada maléfica.

Seguimos para a praça de alimentação.

Mia: Eu quero um milkshake. - pede para a atendente da Bob's.

Mirella: Eu quero um combo, aquele ali. - aponto para o painel onde havia alguns cardápios.

Vicente: Eu quero o mesmo.

Fizemos nossos pedidos e nos sentamos, em minutos eles chegam e comemos.

Mirella: Acho que minha rinite está atacando. - falo esfregando o nariz que coçava várias vezes.

Mia: Tenho um remédio antialérgico, quer? - assinto.

Nossos pedidos chegam.

Depois de comermos, seguimos para o C.D.A.

Chego em casa já deixando minha bolsa pendurada, observo o lugar que está com uma nova pintura, um sofá e TV nova. O teto está meio cinza, mas logo isso irá ser concertado.

Espirro outras vezes e minha cabeça dói.

Que droga!

Ando até o sofá e me jogo nele, fico assim por um bom tempo, quando eu estava quase cochilando o meu celular toca. Pego o aparelho do bolso, e quando vejo o nome que estava na tela meu coração erra uma batida, me ajeito rapidamente no sofá.

"Sebastian"

Atendo ou não?

Penso por tanto tempo que a ligação acaba, me xingo me mentalmente, ainda mais por quê lembro que estou sem créditos para retornar.

Para a minha sorte o telefone volta a tocar, nem espero muito e atendo.

Ligação on:

Mirella: Alô.

Sebastian: Mirella, oi.

Mirella: O que você quer, Sebastian.

Sebastian: Me desculpar.

Mirella: Relaxa, sou acostumada com pessoas tipo você.

(Mudo)

Mirella: Sebastian?

Sebastian: Oi. Desculpa, olha...Eu na entrada do morro, pode vir aqui?

Mirella: Não.

Sebastian: Por favor. Eu não posso ficar aqui por muito tempo, tem uns homens armados me encarando.

Mirella: Relaxa, vão te matar se você fizer alguma coisa.

Sebastian: Eu preciso falar contigo.

Mirella: Venha aqui, então.

Sebastian: Sabe que eu não posso.

Mirella: Não pode, ou não quer?

Sebastian: Mirella...

Mirella: Olha, se tu quer mesmo que eu te perdoe, vai ter que subir o morro playboy.

Sebastian: Não faz isso.

Mirella: Até mais, Sebastian.

Ligação off

Deixo o celular na mesinha ansiosa. Será que ele vai vir aqui?

Fico sentada esperando, depois de quase meia hora eu desisto de esperar, ele não tem tanta coragem como eu pensei.

Ligo a TV passando os canais até parar em um filme sem graça que passava, resolvo fazer algo para comer assistindo.

Fungo algumas vezes, meu nariz estava me matando, acho que vou ficar gripada.

Entro na cozinha e começo a preparar um brigadeiro de leite, quando eu estava quase acabando alguém bate na porta.

Deve ser o esfomeado do Rafael, esse fareja comida a quilômetros.

Abaixo o fogo e corro para a porta da frente abrindo a porta.

Mirella: Rafa você não...oh, Sebastian. - encaro o homem na minha frente com cara de assustado.

Meu coração erra uma batida e depois acelera, respiro fundo voltando ao estado normal.

Não sei por quê fiquei assim por ver ele.

Ele estava diferente, vestia uma blusa cinza normal de mangas longas e uma calça jeans de lavagem escura, nos pés um Vans preto.

Sebastian: Posso entrar? - sua voz rouca faz eu voltar a atenção para seus olhos, assinto dando espaço para o mesmo.

Mirella: Pensei que não viria. - digo impressionada fechando a porta.

Sebastian: Pensei seriamente nisso. - respira fundo. - Sério, como consegue passar por aqueles caras na entrada? - pergunta e eu ri.

Mirella: Eles só são assim com pessoas de fora, mas são legais. - digo indo para a cozinha. - Ah, não repara na bagunça. - aponto para a casa.

Sebastian: Eu vim conversar contigo. - ele fala do meu lado, espirro algumas vezes nessa hora. - Saúde.

Mirella: Valeu. - passo o braço no nariz.

Sempre que o tempo aqui no Rio muda, a rinite ataca e acabo gripando.

Eu volto a mexer o brigadeiro com ele me olhando, me fazendo ficar um pouco incomodada.

Mirella: Como conseguiu subir aqui? - pergunto tentando mudar de assunto.

Sebastian: Um cara, se chamava Michel, falou que te conhecia e me ajudou, eu quase era revistado. - fala rindo nasaladamente.

Mirella: Entendi. - vejo que o brigadeiro chegou ao ponto e desligo ele. - Olha Sebastian, acho que a gente não tem nada a conversar.

Sebastian: Claro que tem. - ele me seguia pela cozinha.

Mirella: Não, sério. Eu entendo que tu não queria que seu pai me visse e tals.

Sebastian: Não é bem assim.

Mirella: Claro que é, não se preocupe, eu sei o meu lugar. - falo irônica.

Coloco o brigadeiro na geladeira, quando me viro de volta, o Sebastian estava a centímetros de mim fazendo eu perder o ar.

Sebastian: Não, Mirella, pelo amor de Deus, não tem nada haver isso. Eu só não queria te mostrar para ele daquele jeito. - explica com um tom de voz mais baixo fazendo seu grave ficar maior.

Mirella: Relaxa, você não tem obrigação de me apresentar a ninguém da sua família, não temos nada, nada. - me desvio dele indo até a sala. - Pode ir, se quiser.

Me jogo no sofá.

Na verdade, por dentro, eu queria que ele ficasse.

E ele ficou, sentando no sofá, calado, olhando para a TV.

Mirella: Por quê ainda insiste, de falar comigo? - viro o rosto para ele que faz o mesmo me encarando com aquelas safiras.

Sebastian: Eu não sei.

Mirella: Tu subiu até aqui, se arriscou, só para falar comigo?

Sebastian: É.

Mirella: Por quê? - pergunto.

Sebastian: Não sei. - se ajeita no sofá, confuso. - Você faz eu fazer coisas estúpidas. Sério.

Mirella: Ah. - Eu só consegui falar isso.

Minha respiração estava desregular.

Sebastian: Meu pai me deportaria, se soubesse que estou aqui. - ele rir nervoso.

Mirella: Bom, pelo menos estou te fazendo seguir seus próprios passos, e não do seu pai.

Sebastian: É. Não sei se isso é bom.

Mirella: Eu não quero ser um empecilho na sua vida. Somos bastante diferentes, Sebastian. Acho melhor voltarmos a ser...inimigos. - digo com um nó na garganta.

Sebastian: Quê?

Mirella: Vamos ser realistas. - aponto para nós dois. - Isso, é bem errado, não sei o que temos, mas vamos dá um basta. Você mesmo já provou que eu não sou a garota certa que se apresenta para os pais.

Sebastian: Mirella. Eu te expliquei o que aconteceu. Meu pai...ele tem medo de acontecer igual a irmã dele, é muito protetor, julga a todos...

Mirella: Eu sei, o Rafael me explicou. - o Sebastian se encosta no sofá passando a mão no cabelo. - E talvez seu pai esteja certo. - ele me olha confuso. - Sou cria da favela, consigo as coisas com muito esforço, sei fazer uns bons barracos, já transei com todos os traficantes possíveis daqui. - me levanto vendo seus olhos se arregalarem. - E você, é um engomadinho, com medo de subir o morro, um...filhinho de papai. Não faz meu tipo.

Acho que eu peguei pesado.

Mas era necessário.

Sebastian: Rafael faz seu tipo, né?

Mirella: Não que seja da sua conta, mas sim. - cruzo os braços encarando o chão.

O que eu estou fazendo?

Ele se levanta colocando as mãos no bolso.

Sebastian: Acho que eu entendi o que está acontecendo. - ele balança a cabeça pensativo. - É, entendi. Bom, também concordo com você. É melhor eu ir. - assinto.

Mirella: Também acho. Vai que tem invasão e tu tá aqui, sabe. - digo indo até a porta rapidamente e abro a mesma. - Até mais, Sebastian.

Sebastian: Até mais, Mirella. - ele fica uns segundos me olhando antes de sair.

Fecho a porta e me veio uma vontade de chorar estranha.

Meu nariz fica mais irritado e aposto que o mesmo está vermelho.

Bato em minha cabeça me xingando quando uma lágrima escorre.
Limpo rapidamente e sigo para a cozinha para pegar o brigadeiro que eu fiz.

Ouço a porta ser aberta, viro o rosto vendo o Rafael.

Rafael: Meu primo estava aqui? - assinto procurando uma colher. - O que ele queria?

Mirella: Inventar histórias, mas expulsei ele. - dou de ombros. - Tem brigadeiro, cerveja na geladeira e eu, o que quer comer?  - pergunto e ele sorrir pervertido.

Rafael: Você sabe o que eu quero. - ele se aproxima.

Deixo o prato no balcão.

Rafael passa os braços pela minha cintura e puxa meu lábio me beijando de um jeito tão intenso que me deixa sem ar.

Seu braço desce para minha coxa me erguendo e me colocando em cima do balcão.

Ele começa a beijar meu pescoço e eu fecho os olhos mordendo os lábios, nesse momento a imagem do Sebastian passa pela minha mente fazendo eu arregalar os olhos.

Que droga.

Sinto o botão do meu short ser aberto e volto a atenção para o Rafael. O ajudo a tirar minha parte de baixo e depois voltamos a nos beijar de um jeito quente.

Ele tira do bolso uma camisinha, abre o pacotinho e coloca em seu membro, se posiciona em minha frente me puxando mais para perto e me olha nos olhos.

Rafael: Gostosa. - sorrio quando o sinto em mim.

Ele começa a se movimentar em movimentos de vai e vem enquanto eu ia a loucura.

Eu não pensava em mais nada, só queria sentir o quanto aquilo era bom.

[...]

Saio do banheiro enrolada na toalha e enxugando meu cabelo com outra. Encontro o Rafael deitado na cama já vestido, ele mexia no meu celular.

Mirella: Que ousadia. - puxo o celular da sua mão.

Rafael l: Porra, tu só tem amiga gostosa, me apresenta aí uma.

Mirella: Aquieta teu fogo. - me incomodo ao ouvir isso, desligo o celular e pego um vestido no guarda roupa.

Me visto rapidamente e depois me jogo na cama.

Rafael: Tenho um treco pra te contar. - fala um pouco nervoso.

Mirella: Antes, quero te perguntar uma coisa. - me deito de bruços. - Percebi que a relação da sua familia daqui do Brasil, não é taaaão boa como a de fora...por quê? - pergunto e ele solta um suspiro.

Rafael: Tudo começou quando minha mãe, a Alana, resolveu enfrentar todo mundo para casar com meu pai. Ela se desentendeu com meu avô, já que resolveu morar aqui na comunidade, engravidou nova, mas infelizmente teve uma briga da porra com meu avô de novo e acabou perdendo o bebê. Depois disso ela tirou o "Salvatore" do sobrenome, perdeu um pouco de contato com o pessoal de lá, mesmo que quisesse que a gente tivesse uma boa relação com nossos parentes da Inglaterra. Enfim...é uma briga boba, por causa do preconceito com a nossa quebrada. - dá de ombros.

Espirro algumas vezes e me enrolo na coberta.

Mirella: Nossa, e eu achando que minha família era complicada. - digo fungando.

Rafael: Por quê você quis saber sobre isso? - pergunta.

Mirella: Sou curiosa, também queria saber por quê o pai do Sebastian é tão rigoroso. - digo.

Rafael: Ah. Aquele ali é o senhor perfeitinho, o filho puxou a ele. Meu tio Diego era comparado o tempo todo a ele, e agora sobrou para mim pra ser comparado ao Sebastian. Sempre assim. - revira os olhos. - Mas pô, ser igual a eles é mó chato, prefiro minha vida.

Mirella: É, prefiro você. - bocejo e ele rir.

Rafael: Se amarra num bandido, né? - me aproximo dele e me aconchego.

Mirella: É sim.

Ele começa a fazer um cafuné em mim e eu fico sonolenta.

Rafael: É, mas sei que tu também gosta de um engomadinho.

Não lembro se respondi, acabei adormecendo.

E ele não me falou o que tinha para contar.

Quando acordei, Rafael não estava mais lá, me sento na cama espirrando muito, eu me sentia quente e meu corpo mole e por isso resolvi ficar na cama.

Queria minha avó cuidando de mim agora.

Só fiquei lá, deitada, esperando passar...mas só fez piorar.

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