Meu Recomeçar

By Bekasilva2

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O que significa realmente a palavra amor? Acho que ninguém sabe explicar com convicção. Uns dizem que é um se... More

Prólogo
Cap.01
Cap.03
Cap.04
Cap.05
Cap.06
Personagens
Cap.07
Cap.08
Cap.09
Cap.10
Cap.11
Cap.12
Cap.13
Cap.14
Cap.15
Cap.16
Cap.17
Cap.18
Cap.19
Cap.20
Cap.21
Cap.22
Cap.23
Cap.24
Cap.25
Cap.26
Cap.27
Cap.28
Cap. 29 - Bônus
Cap. 30
Cap.31
Cap.32
Cap.33
Cap.34
Cap. 35
Cap.36
Cap.37
Cap.38
Cap.39
Cap.40
Cap.41
Cap.42
Cap.43
Cap.44
Cap.45
Cap. 46
Cap.47
Cap.48
Cap.49
Cap.50
Cap.51
Cap.52
Cap.53
Cap.54 - Bônus
Cap.55
Cap.56
Cap.57
Cap.58
Cap.59
Cap.60
Cap.61
Cap.62
Cap.63
Cap.64
Cap.65
Cap.66
Cap.67
Cap.68 - penúltimo capítulo.
Cap.69 - último capítulo
Epílogo
PUBLICADO!!
CONTINUAÇÃO???

Cap.02

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By Bekasilva2

Pov's Mirella

Está uma correria aqui em casa.

Amanhã já é o chá de fraudas da Maju e precisamos adiantar os docinhos hoje. Minha avó estava me ajudando, enquanto ela enrolava os doces eu decorava o bolo.

Eu tinha feito a cobertura um lado rosa e outro azul, mas depois refiz com ele todo branco e com alguns enfeites azul e rosa me deixando mais satisfeita.

Alguém bate na porta e eu e minha avó nos entreolhamos para ver quem atenderia, no final teve que ser eu, depois da minha avó me mandar um olhar ameaçador.

Ando até a porta limpando a mão no avental e depois abro a mesma dando de cara com o Rafael encostado no vão da porta, sem camisa e com a mesma pendurada no ombro.

Ele está mais forte do quê da última vez que eu o vi.

Rafael: Que cheiro gostoso é esse? - pergunta olhando para dentro da casa.

Mirella: Sou eu. - digo brincando colocando a mão na cintura.

Rafael: Não falei cheiro de piranha. - ele coloca a mão no meu rosto o empurrando e depois entra.

Mirella: Grosso.

Rafael: E grande. - reviro os olhos fechando a porta de casa indo logo em seguida de volta a cozinha, Rafael me segue - Os doces da Maju? - pergunta.

Mirella: Exato.

Zanza: Iai menino, como cê tá?

Rafael: Tô com fome. - ele se aproxima do meu bolo levantando o dedo para passar no mesmo, em um gesto rápido bato em sua mão. - Ei!

Mirella: Não meta seu dedo sujo em meu bolo. - aponto.

Rafael: Chata. - ele vai até a minha avó e a mesma dá um brigadeiro para o mesmo. - Devia aprender com sua avó a ser legal.

Mirella: Mora com ela, pra tu ver a pessoa legal e carinhosa que ela é. - minha avó me olha séria. - Tô mentindo?

Zanza: Está. Eu só sou assim com você. - abro a boca de indignação. - Tu precisa de disciplina dobrada.

Rafael: Ela é uma menina muito rebelde, né?

Mirella: Rafael, tu veio fazer o quê aqui, ein? - cruzo os braços o olhando.

Rafael: Vim comer. Quem mandou fechar o bar mais cedo.

Mirella: Tem comida em casa não?

Zanza: Mirella, mais respeito com o Rafael menina, ele é o dono daqui. - ela diz e eu dou de ombros. - Além do mais, ele é da família. - aperta a bochecha do Rafael que faz uma careta.

Mirella: Da parte de quem?

Zanza: Da sua, vocês ainda vão ficar juntos. - engasgo com minha própria saliva e o Rafael rir.

Mirella: Vó! - a repreendo.

Dês de sempre a minha avó vive dizendo que vamos ficar juntos, eu ein, já passei dessa fase bebê.

Zanza: Vou fazer seu prato. - ela se vira indo pegar um prato na estante.

O dia se passou rápido, Rafael só ficou pro almoço e logo teve que ir. Eu e minha avó acabamos de fazer tudo e guardamos na geladeira.

[...]

No dia seguinte o Rafael chegou cedo aqui em casa, colocamos tudo no carro dele e depois eu corri para me arrumar.

Eu já estava de banho tomado então apenas fui pentear meu cabelo que hoje resolveu acordar bastante rebelde, passei quase meia hora ajeitando os cachos. Depois fui me vestir com a roupa que eu já havia separado que se consistia em um jardineira jeans branca de saia e um crooped azul bebê com mangas largas e soltinhas. Coloquei meu FILA branco nos pés e fiz uma maquiagem leve, passo uns produtos corporais e estou pronta!

No chá de revelação cada um deve usar a cor da roupa que acha ser do sexo, eu estava de azul e o Rafael de rosa.

Mirella: Por quê acha que é menina? - pergunto ao Rafa enquanto coloco minha argola na orelha e me aproximava de seu carro.

Rafael: Na verdade estou torcendo para ser menina, quero muito ver a cara do JH quando ele descobrir. - ele rir alto. - Tá gata. - ele diz e eu dou uma voltinha. - Vamos? - assinto.

Entramos no carro. Eu fui no banco de trás junto com as comidas com medo de alguma coisa cair.
.
.
.
.
Rafael para o carro na frente da casa que estava decorada com bolas azul e rosa.

Dava para ver que lá dentro estava lotado pois haviam outros carros, luxuosos, estacionados.

Mirella: Muita gente, né? - comento com Rafael assim que saímos do carro.

Ele observa o lugar e rir.

Rafael: A Maju chamou mesmo nossa família da gringa. - arregalo os olhos. - Bora levar as coisas para dentro.

Olho novamente minha roupa agora me arrependendo por não ter colocado algo mais chique.
Sei que os familiares da Maju são cheios da grana, essas pessoas engomadinhas.

Pego o bolo nas mãos e o Rafael leva as caixas com os doces normais e finos.

Ele fecha a porta do carro e aciona o alarme.
Demos a volta na casa pois a festa seria na parte da piscina. Logo ouço a música e o barulho, como imaginei tinha várias pessoas lá, reconheci algumas do CDA e daqui da Rocinha, mas tinham umas um pouco afastadas que deduzi ser a família dela.

O Rafael já chega falando com todo mundo, ele balançava tanto as caixas que dou graças a Deus por eu ter pego o bolo e não ele.

Maju: Mirella! - ouço seu grito e logo vejo a gravidinha correr até mim. - Pensei que não viria mais.

Ela estava linda, vestia um vestido branco soltinho que fazia ela parecer que nem estava grávida.

Mesmo que a barriga dela ainda esteja pequena.

Mirella: E quando foi que te deixei na mão? - digo e ela suspira aliviada. - Onde coloco isso aqui? Tá pesado.

Maju: Vem. - me guia até uma mesa. - Coloca no centro.

Depois de colocar o bolo na mesa tive que voltar para pegar as coisas com o Rafael.

Arrumei tudo bonitinho, quis deixar perfeito.

Assim que acabo fico admirando, tiro algumas fotos e posto.

Ouço a música mudar para um funk, vejo o Rafael mexendo no som e levantando um copo de cerveja.

Esse nunca muda.

Maju: Mirella, vai ficar aí parada? Não estou te reconhecendo. - me olha e eu rio. - Bora dançar, tô grávida mas ainda sei rebolar.

Estava tocando "Paredão - McKevinho, DadáBoladão e McJotapê".

Maju: É o brega funk no teu paredão! - canta rebolando.

A acompanho dançando, eu e a Maju temos um lema de saber todas as coreografias, ou seja, dancávamos no mesmo ritmo.

Ficamos um tempão dançando.

Alana: Rafael! Tira essas baixarias! - a mãe da Maju grita quando começa a tocar outra música com letras não tão boas.

Rafael: Vai Luan! - ele cantarola fugindo da sua mãe.

Saio de fininho rindo da cena.

Resolvo ir a procura de algo para beber, dançar me cansou.

Quando passo pela mesa do bolo vejo um homem carregando uma criança no colo, porém a garotinha passava o dedo no bolo deixando um grande rastro de dedo no mesmo.

Paro instantâneamente.

Não acredito que estou vendo isso.

Meu sangue ferveu e eu fui batendo o pé até lá.

Mirella: Que palhaçada é essa? - grito assustando os dois.

O homem me encara e eu faço o mesmo, acabo travando me perdendo naqueles glóbulos azuis penetrantes, eita porra!

Que olhos são aqueles, pareciam duas safiras.

Tinha alguma coisa naquele olhar, era como se eu encara-se o próprio oceano, nunca tinha visto um azul daquele, fiquei perdida por uns segundos apenas hipnotizada no azul e na calma que aquele olhar transmitia.

Xxxxx: Acho que alguém virou estátua aqui. - ouço a sua voz grave com um sotaque carregado seguida de uma risada infantil.

Pisco os olhos algumas vezes me xingando mentalmente.

Mirella: O que...o que você acha que está fazendo? - digo rapidamente desviando o olhar pro bolo.

Xxxxx: Bom, experimentando esse bolo. - diz como fosse óbvio.

Mirella: Olha aqui, eu não passei horas fazendo esse bolo para você vir estragar! - digo alto, não me perguntem por quê.

A menininha no colo dele que sorria fechou a cara com semblante triste.

O home franze o cenho e foca aqueles olhos azuis em mim.

Acho que exagerei.

Xxxxx: Calma aí esquentadinha, relaxa. - ele diz agora sério.

Respiro fundo.

Mirella: Desculpa fadinha. - aliso o braço da criança. - E você, não me chame de esquentadinha!

Xxxxx: É o que você é, doida também.

Mirella: Olha aqui, babaca, eu não te xingo aqui por causa dessa criança. - aponto já irritada.

Xxxxx: Sorte minha então. - ele balança a garotinha que rir. - Quer mais bolo? - eu arregalo os olhos e a menina assente.

Mirella: Você não me escutou? - digo indignada.

Xxxxx: Escutei, mas a senhorita foi ignorada com sucesso. - bufo batendo o pé. - Olha só, ela também faz birra.

Menina: Faz birra não tia, mamãe briga. - o homem rir, uma risada gostosa de ouvir.

Pena que o dono é um idiota, um idiota bonito, mas não muda o que ele é.

O homem em minha frente é alto, pelo físico com certeza era forte, loiro, o cabelo um pouco grande onde alguns fios caiam em sua testa dando um charme, rosto quadrado bem desenhado, boca rosada, sem falar naqueles olhos que constratavam com sua blusa também azul.

Mirella: Eu não estou fazendo birra. - volto minha atenção para ele que me olhava maroto e com uma sobrancelha levantada. - Quem tu pensa que é, ein?

Xxxxx: Sebastian Salvatore, prazer. - ele estende a mão.

Mirella: Tenho o desprazer de te conhecer. - me viro para sair dali ignorando seu cumprimento.

Sebastian: Você não me falou seu nome! - fala alto.

Mirella: Vai a Merda!

Sebastian: Prazer, vai a merda! - eu me viro o olhando, o mesmo tem um sorriso cínico no rosto.

Aproveito que a menina em seu colo está distraída e mostro meus dois dedos do meio.

Volto a andar para longe dele, entro na casa e ando até a cozinha.

Abro a geladeira e pego uma garrafa de refrigerante, coloco o refri em um copo plástico, devolvo a garrafa para a geladeira e volto para a festa.

Estava tocando "Verdinha-Ludmilla".

Fico uns minutos parada apenas observando tudo.

Rafael: Mirella! - vem até mim, segura minha mão e me gira. - Teu bolo tá ótimo!

Fico sem entender.

Mirella: Já cortaram?

Rafael: Alguém mandou já dividir o bolo. - aponta para a mesa, olho para lá vendo o bolo pela metade.

Não acredito! Aposto que foi aquele idiota!

Grunhi.

Mirella: Rafael. - chamo sua atenção que estava no celular, ele me olha.

Rafael: Fala.

Mirella: Tu conhece um guri, alto, olho azul, loirinho...Sebastian. - Rafael me encara abrindo um sorriso malicioso.

Rafael: Já tá de olho no meu primo, tarada. - reviro os olhos. - Já estava mais que na hora de tu arranjar alguém mesmo, Maju me contou que você já tá criando teia aí embaixo. - arregalo os olhos.

Eu mato aquela menina.

Mirella: Cala a boca, Idiota! - dou um tapa no mesmo que rir alto.

Rafael: Mas deixa eu te passar a visão. - passa o braço em meu ombro. - Aquele ali tu não consegue nada não.

Mirella: Gay?

Rafael: Quem dera. - bebe um pouco da sua bebida. - Certinho demais.

Cruzo os braços.

Mirella: Não ligo, não tenho interesse, ele é um idiota. - o Rafael dá de ombros.

Rafael: Tá bebendo refrigerante, é? Bebe algo mais forte. - joga um pouco da sua bebida na minha.

Mirella: Eu não quero beber álcool hoje! - o empurro.

Rafael: Tarde demais.

Ouvimos a Maju desligar o som e nos chamar.

Todos se aproximam fazendo uma roda em volta.

Vou para o lado da mãe da Maju que olhava ansiosa para a filha.

Ela também estava de azul.

O marido da Maju chega trazendo uma moto, acho que vai ser revelado através do escapamento da mesma.

Maju: Primeiro quero agradecer a todos que vieram, principalmente minha família que veio de tão longe só para ver o sexo do meu baby. - ela aponta para onde estava sua família, olho para lá vendo o babaca no canto. - E também a minha melhor amiga e madrinha do meu bebê por ter feito esses docinhos e o bolo maravilhoso.

Levanto o braço fazendo um coração.

Mirella: Te amo, linda! - grito e ela solta um beijo também formando um coração com a mão.

Depois disso teve a contagem regressiva, quando chegou no 1 o JH acelerou a moto fazendo uma fumaça rosa subir e todos que estavam torcendo para ser menina grita.

Fomos todos abraçar a Maju.

Horas depois alguns já estavam indo embora, como eu tinha que esperar o Rafael para ir para casa  aproveitei para ficar mais um pouco.

Me sentei em uma das mesas com um pratinho de comida, a Maju também ofereceu Strogonof, que é minha comida preferida, já me vejo repetindo.

Quando estava colocando a primeira colherada na boca alguém se aproxima.

Xxxxx: Posso sentar? Esse sol tá terrível, só aqui tem sombra. - uma mulher fala em minha frente.

Mirella: Claro. - aponto para a cadeira a minha frente e ela se senta. - Me chamo Mirella.

Xxxxx: Vivian. - ela estende a mão e eu aperto. - Soube que você fez os doces.

Mirella: Fiz sim. - sorri fraco dando mais uma garfada na comida.

Vivian: Estavam maravilhosos. - meu sorriso se alarga. - Já pensou em trabalhar com isso?

Penso, muitas vezes...amo gastronomia.

Mirella: Já sim, mas... - remexo a comida. - Mas é melhor não.

Vivian: Por quê?

Por quê não tenho dinheiro para pagar uma faculdade, sou muito burra para passar em qualquer concurso e ninguém me contrataria como cozinheira em um restaurante sem um diploma ou pelo menos um curso.

Mirella: Sem tempo. - minto.

Vivian: Se eu fosse você, corria atrás, se daria muito bem. - ela diz e eu assinto pensativa.

Ouvimos uma voz de criança chamando pela mãe e segundos depois a mesma menina de antes aparece correndo.

Mirella: Sua filha? - pergunto.

Vivian: Sim, Betty. - ela pega a menina no colo que me encara. - Fala oi Betty.

Betty: Oi menina birrenta. - ela fala e a mãe arregala os olhos.

Vivian: Betty! Por quê chamou ela assim? Peça desculpas.

Betty: O titio falou, desculpa. - fala com a vozinha baixa.

Vivian: Desculpe ela, ela deve está se confundindo. - ela pede.

Mirella: Não, tudo bem. - sorrio. - Acho que sei quem falou isso para ela. - digo.

Vivian: O meu irmão? - a olho confusa. - Sebastian, acho que você não conhece.

O irmão dela, meu Deus, agora que eu fui ver a semelhança, eles devem ser gêmeos por quê se parecem muito mesmo.

Mirella: Sim, conheço, foi ele mesmo. - reviro os olhos voltando a comer.

Vivian: Não sei o que aconteceu mas, ignora ele, as vezes eu acho que ele é retardado. - rimos.

Mirella: Não tenho dúvidas.

Ficamos uns minutos conversando e depois ela teve que ir, voltaria hoje mesmo para seu país.

Então eu fui a procura do Rafael.

.

..

Quem aí lembrou do Sebastian?
Próximo capítulo vai ser dele.

Que voltem os Salvatores!

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