Bom dia!
Amanhã é último dia dessa sequencia de postagens! rs
Espero que gostem!
Beijos, JuPSouza
.-.
Meu coração fica em pedaços ao ver como o Diego ficou com a notícia sobre o estado de saúde de sua avó. Não entendo muito bem desse tipo relação tão próxima, pois não convivi muito com os meus avós, nem maternos e nem paternos, eles faleceram quando eu era muito pequena.
Fiquei muito sem graça ao acompanhar o Diego até o hospital e lá encontrar com toda a sua família, principalmente, o Sr Humberto, que sabe que trabalho em sua empresa e que estou até dividindo uma campanha com o Diego. Fiquei imaginando o que ele pensaria de mim. Ao me cumprimentar, não demonstrou nenhum sinal de desconfiança, pelo contrário até me destinou um sorriso.
Conheci a D. Ana, mãe do Diego, adorei saber que ela tem o mesmo nome da minha mãe. Parece demonstrar ter a mesma docilidade também. Será que vou gostar de tê-la como sogra? Alexandra, trata de voltar para terra e foca no presente.
Também conheci os tios e tias do Diego.
Enquanto aguardávamos notícias da D. Bia, ninguém falou muita coisa e o tempo passava rapidamente. A angústia por noticias era terrível. O Diego não conseguia ficar sentado, eu tentava acalmá-lo da forma que podia.
Estava morrendo de fome e aposto que o Diego também, mas estava sem jeito de sair dali para comer e fora que ele não me soltava instante nenhum. Aproveitei que ele reclamou que não agüentava mais esperar e falei para ele fazer algo. Nem o deixei pensar muito, fui logo oferecendo para trazer alguma coisa para a família dele e o arrastei até a cantina.
Ele não quis comer nada, mas dei um jeitinho e acabei conseguindo que ele comesse.
Ao voltarmos para a sala o médico logo surgiu trazendo notícias e confirmando o diagnóstico de AVC. Sentia o Diego se fazendo de forte ao meu lado, isso durou até a família dele sair, ele desabou num choro sofrido e eu logo o abracei, beijei, consolei. Consegui acalmá-lo um pouco e saímos do hospital.
Quando estávamos chegando no meu beijinho, o celular do Diego começa a tocar, ele conversa durante um tempo, mas logo desliga. Reconheço o toque, como o que ouvimos quando a D. Ana ligou para dar notícia da ida da D. Bia para o hospital.
- Para onde você quer ir agora? – Pergunto.
- Meu irmão ligou. Ele está sozinho com a empregada, meus pais foram na casa de alguns amigos médicos para conversar e levar alguns exames da avó Bia para escutar outras opiniões. Ele me pediu para ir para casa.
- Ok. Você vai me guiando ou você prefere ir dirigindo o meu beijinho?
- Seu o que? – Só quando ele pergunta, que me dou conta do que eu tinha dito. Só a minha família e alguns amigos próximos sabiam como eu chamava o meu carro. Ai que vergonha!
- Meu carro. Nem ouse me zoar e aproveita porque não deixo quase ninguém dirigir meu carro.
- Vai ser um prazer dirigir o seu beijinho. – Ele vem chegando sorrateiramente, me abraça e me beija.
- Vamos garoto, vou te deixar em casa.
Enquanto o Diego está dirigindo o celular dele toca. Ele me entrega.
- Atende pra mim, por favor. Não quero ser acusado de dar uma multa de presente para você não.
- E se for alguma das suas peguetes?
- Você avisa que eu sou comprometido e que elas podem apagar o meu número.
Ele diz sério, fico sem saber o que dizer. Acho até que ele fica aguardando eu falar alguma coisa, mas tento não pensar e logo atendo o celular.
- Alô.
- Alô. É o celular do Diego?
- É sim, Mateus! – Tinha visto o nome no visor do celular. – O Diego está dirigindo. Vou colocar no viva voz, espera aí.
- Fala Mateus! – Diego fala.
Ele ligou para saber sobre a avó Bia, o Diego passou todas as informações que o médico havia passado, o Mateus ficou de aparecer mais tarde junto com o Gabriel e pediu para ser informado sobre qualquer novidade que tivesse sobre o quadro dela.
- Vocês são amigos a muito tempo, né?! – Pergunto depois que a ligação é finalizada.
- Muito tempo e mesmo se fosse amizade de meses, o vínculo é tão forte e tão leal, que pareceria que éramos amigos desde o berçário. É bom saber que temos com quem contar não só na sacanagem, mas nos momentos pesados também.
- Sei bem como é isso! Eu e as pimentas somos exatamente assim, mesmo que não tenhamos convivido perto durante um tempo, o contato era diário via qualquer meio disponível, celular, computador.
Conversar com o Diego era tão fácil, o papo fluía muito bem. Tentei conversar sobre vários assuntos, para que os pensamentos dele fugissem um pouco da avó e ele não ficasse mais triste do que já estava aparentando.
...
Entramos num condomínio lindo, na Tijuca mesmo. A cada dia que passava eu ia a novos lugares aqui no Rio de Janeiro, eu percebia que havia tanta coisa para ver ainda. Tinha que dividir melhor o meu tempo, para explorar mais.
As casas eram enormes, lindas, bem separadas umas das outras, priorizando a privacidade. Andamos durante um tempo e começava a me sentir desconfortável por estar indo na casa do Diego.
Paramos na frente de uma casa de dois andares, com um lindo jardim na frente, com umas vidraças como detalhes em várias partes do imóvel, uma garagem para quatro carros.
Saímos do carro e o Diego pega a minha mão.
- Acho melhor você entrar sozinho e ficar com o seu irmão. – Faço menção de soltar a sua mão, mas ele não deixa.
- Não! Eu quero que conheça o meu irmão, por favor.
Não consigo negar nada, ainda mais ele estando com essa expressão de tamanha fragilidade no rosto. Assinto e nos encaminhamos para a porta de entrada. Fico mais tranqüila ao lembrar que os pais dele não estão em casa.
Assim que entramos dentro da casa, fico meio perdida, a sala de estar é imensa, repleta de quadros, tapetes, um móvel está repleto de porta retratos. O Diego fecha a porta e me leva mais para dentro.
- Dani! – Ele chama.
Não recebe nenhuma resposta de imediato. Chama novamente. Logo, ouvimos passos apressados correndo no andar superior da casa e em seguida os passos descem desembestados pela escada.
O Diego solta a minha mão e cai de joelhos no meio da sala, enquanto um garoto corre para os seus braços chorando sem parar.
É uma das cenas mais lindas que já presenciei. Um amor latente, visível e impossível de não ser sentido, para que a força com que ele exala é tão poderosa que envolve a todos que estão por perto.
O Diego tenta acalmá-lo, enquanto o menino está tremendo e não para de chorar.
- Calma, Dani! A avó Bia está bem. Logo, ela estará aqui com a gente. – Sinto que ele fala, não só para fazer o Dani acreditar, mas ele mesmo.
- Eu queria que nada disso tivesse acontecido.
- Eu sei, maninho. Ninguém queria.
O Dani continua chorando, vejo o Diego também chorar. Resultado: Também choro e peço em oração para que a avó deles logo se recupere e volte para casa.