Sonhos Possíveis [Concluído]

By Reilarand

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Quatro amigos diferentes. Quatro sonhos distintos. Quatro caminhos que podem se cruzar no futuro. Renata, C... More

Apresentação
Personagens
Sonhos Possíveis: Cecília Britto
Sonhos Possíveis: Renata Martins
Dedicatória
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 01: Cecília Britto
Capítulo 02: Renata Martins
Capítulo 03: Renata Martins
Capítulo 04: Renata Martins
Capítulo 05: Cecília Britto
Capítulo 06: Cecília Britto
Capítulo 07: Pedro Ferraz
Capítulo 08: Pedro Ferraz
Capítulo 09: Pedro Ferraz
Bônus: Mini-Teatro
Capítulo 10: Pedro Ferraz / Renata Martins / Cecília Britto
Capítulo 11: Renata Martins
Capítulo 12: Renata Martins
Capítulo 13: Cecília Britto
Capítulo 14: Cecília Britto
Capítulo 15: Pedro Ferraz
Capítulo 16: Renata Martins
Capítulo 18: Renata Martins
Capítulo 19: Parte I: Renata Martins
Capítulo 19: Parte II: Renata Martins
Capítulo 20: Renata Martins / Ricardo Martins
Capítulo Bônus 01 I: Renata Martins
Capítulo Bônus 01 II: Renata Martins
Capítulo Bônus 02: Renata Martins
Capítulo Bônus 03: Cecília Britto
Capítulo Bônus 04: Pedro Ferraz
Capítulo Bônus 05: Entrevista
Algumas manchetes
Agradecimentos e Curiosidades
Memes
PRÊMIOS
Livro Novo: Conflitos de Carolina
Ciúmes de Carolina - Spin-Off de "Conflitos De Carolina"

Capítulo 17: Cecília Britto

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By Reilarand

CECÍLIA BRITTO

De novo, eu estava atrasada para o meu encontro com Kamilly Kessyly. E a culpada da minha demora era a minha mãe (de novo). Eu já nem sabia mais como agir com ela. Tinha que ser paciente. Antes que eu surtasse junto com ela. E seriamos duas loucas em casa.

Assim que entrei na lanchonete dos pais do meu amigo, encontrei Kamilly sentada, na mesma mesa que sentamos no sábado. Ela mexia no celular, bem distraída. Me aproximei dela e a cumprimentei. Kamilly se levantou e me deu um abraço. Quase desmaiei. A verdade era que eu nunca me acostumaria.

— Desculpe pelo atraso. De novo. — disse assim que nos soltamos e sentamos — Eu não queria te fazer esperar. Minha mãe insistia em vir comigo, para ter a certeza de que eu não estragaria tudo. De novo.

— Você não estragou tudo, Cecília. Você tentou conversar com sua amiga. O que não deu muito certo. Vocês duas estavam com ânimos alterados.

Ânimos alterados era pouco para explicar o meu estado e o de Renata. Nós duas estávamos completamente irritadas uma com a outra. Por motivos completamente diferentes. Mas, a minha mãe nunca entenderia o que aconteceu.

— Você não conhece minha mãe. Amo muito ela. Apesar de ela ser bem… exagerada.

— Não se preocupe. Minha mãe era assim mesmo. Na verdade, ela é assim até hoje. É coisa de mãe e as oportunidades da vida.

Nós duas rimos. Ah! Eu. Vou. Surtar.  Eu estava rindo com a Kamilly Kessyly. Se alguém me contasse que isso aconteceria um dia comigo, eu não acreditaria. Na verdade, não estava crendo. Às vezes, ainda acreditava que era um sonho.

— Podemos pedir algo? — ela sugeriu. Assenti — Vou querer o mesmo daquele dia. Depois da… do incidente, acabei não experimentando o lanche daqui. E fiquei com muita vontade.

Fiz um sinal para Gabrielle, que estava no balcão. Estávamos apenas nós duas de clientes. E não vi nem Renata, nem Ricardo ou outro garçom. Gabrielle foi até a cozinha, chamando alguém. Ricardo saiu de lá de dentro logo depois. Ele caminhou até nós, com um sorriso no rosto e o avental do estabelecimento.

Ele aproximou de nós. Eu achava ele tão lindo quando usava o uniforme da lanchonete. Mas, não era apenas o avental que o deixava bonito. Mas, também aquele sorriso. Estava seriamente desconfiada de que várias meninas apareciam no lugar apenas por ele. Isso quando ele resolvia trabalhar.

— Olá, meninas.

Ele dizia com um sorriso, um olhar e tom de voz galanteadora. Sim. Era por causa dele que várias garotas apareciam na lanchonete. E, havia como não ficar admirada com um menino como ele? Eu tinha que usar todas as minhas forças para me controlar e não ficar babando por ele.

— Já sabem o que vão pedir?

— Não quer arriscar? — perguntei, com um sorriso.

Havia me esquecido da nossa briga que aconteceu logo antes de eu ir até a casa de Pedro, no dia anterior. O que sempre acontecia quando ele falava comigo daquela forma. Apesar de que, possivelmente, ele agia assim com todas. E eu era só mais uma.

— Hummmm… — ele colocou a mão no queixo, tentando se lembrar (ou fingindo) — Sanduiche Nature. E, para beber, suco natural de… — ele apertou os olhos, colocando as mãos na cabeça — Laranja. Para as duas, claro.

— Como você sabe? — Kamilly perguntou, curiosa, olhando de mim para Ricardo.

— É o suco preferido de Cecília. — ele esclareceu — E ela te adora. Um dia, ela leu uma matéria sobre você, que dizia que seu suco preferido era de laranja. Então, ela ficou louca.

Ricardo deu um gritinho bem fino, e continuou, com uma voz aguda, mexendo os braços para todos os lados. Tenho certeza de que era uma tentativa (bem falha, aliás) de me imitar. Porém, quero deixar bem claro que eu não falava dessa forma.

— “Ah! A Kamilly Kessyly gosta do mesmo suco que eu. Ah!”.

Kamilly riu da imitação de Ricardo. Olhei bem séria para ele, mas Rick me ignorou. Espero que ela não tenha acreditado. Quero dizer, fiquei contentíssima ao descobrir que eu e minha cantora preferida tínhamos gostos em comum. Mas, ele exagerou muito. Quero dizer, nem tanto. Mas, ele exagerou. Pelo menos um pouco.

— Então, fica mais fácil acertar. — ele continuou, com sua voz normal — Quero dizer, acertei, não é?

— Sim. Acertou. — falei, cruzando os braços, fingindo que estava brava — Eu não falo assim. E nem fiz isso.

Nós três rimos. Ah, como eu gostaria que Pedro e Renata estivessem com a gente. Seria como nos velhos tempos. E, com Pedro de mudança, não tinha ideia de quando poderíamos nos juntar para rirmos juntos.

— Então, com licença, meninas. Volto logo com seus pedidos.

Ricardo saiu de perto de nós, indo ao balcão. Kamilly seguiu ele com o olhar, até que ele entrasse na cozinha. Ela parecia realmente encantada com ele. Não a culpa. Era difícil não ficar fascinada por ele. Principalmente quando ele sorria daquela forma. Ou quando usava o uniforme da lanchonete. Ou quando tocava comigo. Ou quando me ajudava a compor músicas lindas. Ok, tinha que admitir. Ricardo era lindo e encantador sempre.

— Simpático, hein? Vocês dois são…

— Grandes amigos. — completei, antes que ela terminasse a frase.

Quem dera se fossemos algo a mais.

Achei que Kamilly ficaria contente. Mas, ela parecia desacreditada. Decepcionada. Porém, era a verdade. Eu e Ricardo éramos apenas bons amigos. Infelizmente, para mim. Entretanto, para a minha mãe, só a nossa amizade era ruim.

— Ele sabe muito sobre você. — ele comentou.

— Ele, eu, Pedro e Renata sempre fomos grandes amigos. Sabemos praticamente tudo um do outro.

Apesar de ter coisas que um sabe mais. Quero dizer, tem certas coisas que eu não falava com os meninos e preferia me abrir com Renata. Assim como havia coisas que eu preferia falar com Ricardo ou com Pedro, dependendo da situação. E também havia coisas que eu guardava apenas para mim. Como os meus verdadeiros sentimentos por Ricardo.

— E você e Renata? Ainda estão brigadas ou fizeram as pazes?

— Ela ainda está brava comigo e com os meninos.

— É uma pena. Logo-logo vocês fazem as pazes.

Kamilly me deu um sorriso reconfortante. Tentei esboçar um pequeno sorriso também. Mas, não acreditava. Renata estava bem diferente. Nem parecia minha amiga. Não parecia a mesma. E não era. Queria poder fazer ela se abrir comigo. E tentar ajudar.

— Eu não quero parecer intrometida. Mas, eu posso te dar um conselho? — ela perguntou.

Kamilly Kessyly, uma estrela tensent, minha ídola, queria me dar um conselho? Nunca negaria, em toda a minha vida. Por isso, assenti com a cabeça.

— Tente, ao máximo, fazer as pazes com sua amiga. Depois do show em Fility, o sucesso vai bater na sua porta. E você não vai ter muito tempo para resolver problemas como esses. — ela pegou a minha mão — Aproveite e valorize muito sua família e seus amigos de verdade. Porque, quando você alcançar a fama, muitas pessoas vão se aproximar de você por interesse.

— Obrigada, Kamilly. — disse. Ela ficou séria e eu me corrigir — Kamy. Obrigada mesmo. Você está sendo tão legal comigo. E eu estou amando te ter aqui.

— Eu que estou amando passar esses dias com você. Traunge é tão diferente de Caff. Aqui eu consigo respirar com mais tranquilidade. E estou sentido mais… normal.

Ela possuía um brilho nos olhos. Ela sentia falta dessa vida de anonimato. Afinal, ela saiu de uma pequena província de Caff, Perfies, para os palcos. E tinha apenas 15 anos quando sua música “Meu Dia Perfeito” explodiu nas rádios. Ela alcançou o sucesso que a manteve no topo.

— Além disso… — ela continuou — Estou adorando te ajudar a realizar o seu sonho. Gosto de ajudar as pessoas. Se eu pudesse, ajudaria mais.

Não pude deixar de me lembrar de Pedro e o seu pedido. Meu amigo me ajudou a encontrar com minha ídola. Ele tentou ajudar Renata. E, estava em minhas mãos o poder de ajudar Ricardo. Eu só tinha que falar com ela sobre o meu amigo. Sobre suas ajudas em minhas composições. E seu talento com os instrumentos.

— Mas, preciso te alertar que a fama também traz consequências negativas. E quero que você pense se é realmente o que você quer.

Eu sabia que ser uma cantora profissional era como as rosas. Havia a beleza. O encanto. Mas, também existiam os espinhos. E, se não tivéssemos cuidado, poderíamos nos ferir. O pai de Pedro era empresário. E meu amigo me contou muitas coisas que Paulo viu e passou.

— Eu já pensei bastante sobre o assunto. Mas, não consigo me imaginar fazendo qualquer outra coisa que não esteja relacionado com a música. Se ser cantora não der certo, vou tentar ser professora de música ou qualquer profissão relacionada música.

— Ser cantora vai dar muito certo, Cecília. E, se você tem certeza do que você quer, vou te ajudar o máximo que eu puder.

— Obrigada. — disse e ela soltou minhas mãos.

Não sei quantas vezes agradeci Kamilly. Mas, nunca parecia ser o suficiente. E, não era apenas ela. Pedro também, por ter falado com o pai. Paulo, por ter entrado em contado com Charles, o empresário dela. Renata, Ricardo e seus pais, por me darem a oportunidade de cantar na lanchonete, mesmo correndo o risco de perder todos seus clientes. Meus pais, por nunca desistirem de me apoiar. Meus professores, a escola… A lista era grande.

Ricardo apareceu com uma bandeja, trazendo nossos lanches. E com um sorriso no rosto. Aquele sorriso não o abandonava. Mas, o que me chamou atenção foi de uma pequena sujeirinha em sua bochecha direita. Escondi um pequeno sorrisinho.

Ele demorou bem mais do que o necessário. Renata, na maioria das vezes, estava certa em brigar com ele. Ela era bem mais ágil do que ele. Ricardo sempre estava com a cabeça na lua. Ou melhor, na guitarra.

— Desculpe a demora, meninas. Mas, minha mãe e minha irmã não estão. E aquela cozinha está uma loucura sem as duas para dar ordens. Espero que gostem.

Agradecemos. Ricardo se afastou de nós duas. Fiquei observando ele se afastar e sentar em uma das cadeiras do balcão. Ele estava sendo bem egoísta em relação a Pedro. E Pedro também, por só pensar em Renata. Porém, torcia bastante para que ele realizasse o seu sonho e se tornasse um jogador profissional do Estrelas Azuis. E queria que Ricardo também alcançasse seus objetivos. Eu tinha essa oportunidade. Se eu entrar mesmo na carreira de cantora, queria levar Rick comigo.

— Kamy, você pode me dar um minutinho? — pedi, um pouco envergonhada, me lembrando da última vez que fiz o mesmo pedido.

— Já vi esse filme antes. — ela disse sorrindo, aumentando mais a minha vergonha — Pode ir sim. Eu te esperto. Principalmente se for para seguir um conselho meu. É sinal que ele está certo.

Me levantei e chamei por Ricardo. Ele olhou para mim e se levantou. Fui até ele a passos rápidos, temendo que ele fosse fugir. Mas, ele não fez. Me esperou até que eu ficasse bem próxima a ele.

— Algum problema com o pedido? — ele perguntou, bem sério.

Recuei dois passos. Por um momento, pensei que ele também havia se esquecido de nossa briga quando ele sorriu. Pensei que fosse para mim. Mas, não era. Era apenas seu sorriso de garçom, que ele dava a todos os clientes. Ou melhor, as clientes.

Ou talvez, fosse por Kamilly. E para Kamilly. Ele mesmo me disse que achava ela muito bonita. Mas, quem escolheria uma aspirante a cantora quando poderia ter uma profissional aos seus pés apenas quando ele desse seu sorriso galanteador?

— Não. Só queria conversar com você. — falei.

A minha animação por ver ele, e poder conversar com ele havia ido embora. Assim como Pedro iria a poucos dias.

— Agora, você quer conversar comigo? — perguntou, irritado — Por que você não vai atrás de Pedro? Não é ele quem importa de verdade para você? Vá atrás dele. Eu sou egoísta demais para ter a sua atenção.

— Você está bravo comigo? — perguntei, sem saber o motivo.

Estava na cara dele que ele estava bem irritado comigo. Minha vontade era correr para os braços da minha mãe, como eu fazia quando eu tinha cinco anos e brigava com Pedro. Ou me trancar dentro do meu quarto.

Mas, não. Eu não fugiria. Kamy tinha razão. Amigos de verdade, como ele, Pedro e Renata, valiam mais que ouro. Mais do que diamante. Mais do que chrystaless. Eu não podia os perder. Pedro iria embora e também tínhamos brigado. Renata estava irritada comigo e com todo mundo. Em poucos dias, faria um show com Kamilly, em um Festival de Música. Eu tinha que me resolver com meus amigos. Pelo menos com ele.

— Se eu estou bravo com você? — ele perguntou, ainda bravo.

Meu coração despedaçou em mil pedacinhos. Eu queria fugir dali. Me esconder. Sumir. Ir para outro lugar. Me esconder em alguma das pequenas ilhas que havia em Reilarand. Mas, apenas, abaixei a cabeça, me preparando para ouvir uma enxurrada de reclamações sobre mim e a nossa amizade.

Ricardo ficou calado. Não disse uma palavra. Se não fosse por eu está enxergando metade de seu corpo, poderia afirmar que ele havia me deixado sozinho. Levantei a cabeça, para encarar ele de frente. Não seria covarde a esse ponto. Mas, ele não estava mais bravo. Estava sorrindo.

— Não. Você sabe que eu não consigo ficar tanto tempo bravo com você.

— Você é muito bobo, Rick. — falei sorrindo e pulando em seu pescoço, levantando os pés, lhe dando um abraço apertado, que ele retribuiu com a mesma intensidade — Desculpe pela maneira que eu falei com você.

— Não se preocupe. Eu nem me lembro mais.

Voltei com os meus pés no chão. Ele não me soltou completamente. Apenas deu espaço para que tivesse uma pequena distância entre nós dois. Passei o polegar pelas suas bochechas, tirando a sujeira. Geléia de goiaba. Apostava meu cachê que ele estava comendo escondido quando alguém pegou ele no flagra.

Limpei meu dedo em sua blusa. E ele sorriu. Não me segurei e lhe dei um beijo na bochecha, onde estava a pequena sujeita. E senti o gosto da geléia. Em seguida, puxei ele até a mesa onde eu estava com Kamilly.

— Kamy, Ricardo pode sentar com a gente? — perguntei, com a esperança crescendo dentro de mim.

— Sente-se, Ricardo. — ela pediu.

Eu voltei a me sentar. Rick pegou uma cadeira vazia em uma das mesas ao nosso lado e sentou próximo de mim. Ah, como eu queria abraçar ele de volta. E sentir aquele friozinho em minha barriga.

— Sabe, Kamy. Ricardo é um ótimo guitarrista. Além de tocar violão e outros instrumentos muito bem. Ele também me ajuda a compor. E… bom… eu queria saber se você pode… se você pode… ah, sei lá… ajudar ele de alguma forma. Quero dizer… ele sonha em ser um guitarrista profissional… e… já que você está me ajudando, queria saber se pode dar uma oportunidade para ele.

Estava com medo de ter falado algo errado. Ou que ela achasse que eu estava abusando da sua boa vontade. E o frio em minha barriga aumentou. Eu deveria ter preparado o que falar antes.

— Então, você é instrumentista e ajuda Cecília a compor? — Kamilly perguntou a Ricardo, sorrindo para ele.

— Tento. — ele também sorria.

Eu não podia acreditar no que eu tinha me metido. Minha ídola e meu melhor amigo (que eu não queria que fosse apenas amigo) estavam flertando em minha frente? Eu deveria levantar da minha cadeira e deixar os dois mais a vontade.

— Para que eu possa fazer qualquer coisa, eu preciso te ouvir cantar. Assim como eu vi Cecília. E, se fosse possível, agora. Cecília podia te ajudar com a voz.

— Agora? Eu não posso. Eu estou trabalhando. Minha mãe e minha irmã saíram…

— Só estou vendo nós três aqui. — Kamilly insistiu, olhando ao redor.

— Acho que meu pai não vai gostar.

Minha mãe sempre me alertou que ouvir músicas, no volume máximo, no fone de ouvido, poderia me causar problemas de audição. Eu sabia que ela estava certa. Mas, nunca dei atenção. E sempre repetia. Mas, depois de ouvir o que Rick falou, eu pensei que os problemas começaram mais cedo do que eu imaginava. Ricardo estava negando a tocar? Só podia está alguma dificuldade auditiva.

Ou ele estava apenas querendo fazer charme. Para conquistar Kamilly. Eu podia ir embora naquele exato momento. Estava parecendo um castiçal, segurando vela para que eles pudessem se paquerar.

— Não se preocupe. Se ele reclamar, eu converso com ele. Por favor! Ou você está com medo?

— Você sabe bem como convencer os outros. Agora sei porque Cecília é assim. Ou foi a convivência com ela?

Kamilly deu um sorriso. Ricardo levantou, indo até a casa dele. Enquanto esperávamos, comemos o lanche. Rick voltou poucos minutos depois, com o violão em mãos. Terminei meu sanduiche e o suco. Em seguida, subi no pequeno palco, junto com ele.

Cantamos a música “Meu Dia Perfeito”, de Kamilly. No refrão, chamamos ela para cantar com a gente. Ela subiu. E nós duas fizemos um belo dueto. Dessa vez, não chorei, apesar de que estava bem emocionada.

Quando terminamos, ouvimos muitos aplausos. Olhamos para a lanchonete. E ela estava lotada de pessoas. Estávamos tão envolvidos na canção, que nem percebemos que chegaram clientes. Nós três entreolhamos. E rimos muito.

♡♡♡♡♡

Tensent: gênero musical, apreciada pelo público jovem.

Chrystaless: pedra preciosa e rara, encontrada apenas em Reilarand. É brilhante e transparente.

♡♡♡♡♡

O que acharam do capítulo? Gostaram? Me digam o que acharam. Estou muito curiosa para saber a opinião de vocês.

Aos poucos as coisas vão se ajeitando. Pelo menos é o que aconteceu entre Cecília e Ricardo. Eles fizeram as pazes. E estão próximos a realizar seus sonhos.

Mas, e Renata e Pedro? Será que os dois vão se acertar? Ele está indo embora. Dará tempo para eles fazerem as pazes? Isso se Renata tiver dispostas.

O próximo capítulo será narrado por Renata. E estamos na reta final. faltam três capítulos.

Não se esqueçam de votar e comentar.

Syo.

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