Red Roses and a Little Bit of...

Από biggerthanfuture

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Em meio à Guerra Fria, Harry, um consumista desenfreado, se apaixona por Louis, o garoto com quem sempre esba... Περισσότερα

📼 avisos 📼
1. Cold War
2. Bohemian Rhapsody
3. Essay
4. E.T. - The Extra Terrestrial
5. We Will Rock You
6. Somebody to Love
7. Hallway
8. Lovers
9. Time After Time
10. Purple
11. Popcorn & Cuddles
13. Hammer to Fall
14. Support
15. Love Of My Live
16. Library
17. Back to Routine
Epilogue

12. Crazy Little Thing Called Love

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Από biggerthanfuture

Julho havia chegado e com ele a ansiedade para o Live Aid. Louis estava super hiper mega empolgado para o evento, ainda não conseguia acreditar que veria o seu ídolo de pertinho e na companhia do homem que amava.

Ele estava de férias, tinha concluído o terceiro período de Geografia com êxito, sem ficar em regime de dependência e com todas as notas acima de oito. Esfregou na cara de todos que achou que ele não passaria - ou nos que rogaram praga - e mostrou que ele era tão capaz quanto todos de ter boas notas. Esforço, dedicação e horas estudando foram os pilares para que Louis tivesse resultados positivos e ele estava orgulhoso de si mesmo. Ele mostrou seu boletim para Buchanan, o professor que achava que pobreza era sinônimo de falta de inteligência e provou que sua teoria elitista - e ridícula - estava errada.

Claro que aquilo envolvia outros problemas sociais, já que muitos habitantes de bairros mais pobres não conseguiam chegar à universidade porque não tinham uma boa base na escola básica, mas Louis não queria se estender.

Outro motivo de sua felicidade era que Harry, o amor de sua vida, também tinha passado para o quarto período de Economia com ótimas notas e Desmond não tinha motivos para proibí-los de se verem nas férias e aproveitar a companhia um do outro naquele delicioso verão de 1985.

Where are those happy days, they seem so hard to find
I tried to reach for you, but you have closed your mind
Whatever happened to our love?
I wish I understood
It used to be so nice, it used to be so good

S.O.S., do grupo ABBA, tocava em seu pequeno rádio enquanto Louis arrumava a zona que era seu quarto. Jay simplesmente decidiu colocá-lo nos trilhos e não tinha desculpa para ele inventar, já que não tinha a faculdade para ocupar seu tempo e estava de folga do trabalho também.

- So when you're near me, darling can't you hear me; S. O. S.; the love you gave me, nothing else can save me; S. O. S... - ele cantava enquanto passava suas roupas com um ferro velho, com o cabo remendado com fita isolante e de mal contato. Estava sendo uma luta, no mínimo.

Seu gosto musical era eclético, mas seus gêneros preferidos eram rock e pop. Tinha inúmeras fitas com músicas de Queen e ABBA e se empolgava demais quando tinha liberdade para cantar. Infelizmente não era seu forte e os tímpanos alheios sofriam.

- Cale a boca, Louis! - ouviu uma de suas irmãs gritar de dentro de casa e ele riu baixinho.

- When you're gone; how can I even try to go on? - aumentou o tom de voz em provocação, literalmente gritando. -When you're gone; though I try how can I carry on?

Ele continuou a passar sua camiseta preta, borrifando um pouco de água pra que o ferro deslizasse melhor. Louis não era um especialista em passar roupas e odiava tal tarefa, geralmente simplesmente saía com as camisetas amassadas e matava sua mãe de vergonha, mas honestamente, aquela não era sua função na casa. Ele geralmente ficava com o trabalho mais pesado, como a manutenção do jardim, limpeza externa, lavar o banheiro e reparar alguns objetos quebrados.

Passar a roupa era a função de Daisy e Phoebe, mas as duas haviam se rebelado ao ver a pilha de roupas do irmão mais velho e, como as gêmeas estavam brigadas com o rapaz porque ele havia confiscado suas fitas VHS de uma série adolescente após as duas receberem uma advertência na escola, sua única alternativa diante de tal rebeldia era passar suas próprias roupas.

Dobrou a peça e deixou-a na pilha sobre a cama, logo esticando uma babylook verde na tábua. Franziu o cenho, aquela roupa não era sua. Sorriu ao se lembrar de um dia que Harry fora dormir em sua casa e tiveram momentos ardentes. Na hora de ir embora, Styles pegou uma de suas camisetas e havia deixado sua vestimenta ali. Louis segurou a roupa e esfregou seu rosto no tecido macio, lembrando-se do corpo quente do namorado colado ao seu.

O telefone tocou e ele saiu de seu transe, largando o ferro na tábua de passar e saindo de seu quarto rapidamente, espreitando da porta da cozinha. Viu Lottie atender e ela logo lhe mostrou a língua, indicando que era para ele. Louis correu para o telefone e sentou-se no sofá, feliz.

- Oi, amor. - Harry disse assim que ouviu a respiração do namorado. - Como você está?

- Muito bem, e você?

- Estou ótimo. - ele soltou um risinho baixo. - Você tem algo para fazer no fim de semana?

- Ser explorado pela minha mãe. - brincou. - Estou sendo obrigado a limpar a casa.

- Oh.

- Por quê, amor? O que pretende? Posso conversar com ela e negociar.

- Ah, minha família está planejando ir a Torquay e ficar alguns dias lá na praia. - falou. - Minha mãe te convidou.

- Dona Anne me convidou? - franziu o cenho. Sua sogra não tinha nada contra ele, mas também não sabia se era a favor de seu relacionamento. Louis chutava que Anne era neutra.

- Sim! - Harry se animou. - Eu nem pedi, ela que sugeriu. Viu, Lou? Minha mãe gosta de você.

- Sua irmã vai? - indagou. Tomlinson não gostava de Gemma, não depois de ela ter exposto o próprio irmão para a família. Harry já havia perdoado a moça, mas Louis não engolia as coisas facilmente.

- Não, apenas nós quatro. Se você aceitar, é claro.

- Harry, eu... eu quero muito ficar com você. - disse com seriedade. - Sabe que eu te amo demais e faria tudo para ficar ao seu lado, mas... eu não tenho dinheiro. Digo, tenho alguns trocados, mas não o suficiente para uma viagem com a sua família! - suspirou. - Não posso aceitar.

- Louis, você não vai precisar pagar hospedagem, meus pais tem uma casa lá. - falou. - Comeremos em casa e qualquer coisa meu pai paga.

- Eu não vou ficar nas custas dele, Harry, Desmond me odeia. - balançou a cabeça. - Vá com sua família e aproveite.

- Então eu fico. - teimou. - Quero ficar com você o máximo que puder, amor. Se eu ficar, teremos a casa só para nós.

- Tentador, huh?

- Se você aceitar ir, dormiremos juntos. - falou. - Papai já deixou e você sabe como ele é difícil. Por favor, Lou, eu quero muito pegar um bronze e quero muito que você vá.

- Hazz, eu não tenho como. - sua voz saiu sofrida. Ele desejava ir também, mas não podia ficar nas costas dos pais de Harry, sua fama já não era das melhores e poderia piorar consideravelmente. Dever para os Styles o dava urticárias.

- Por favor, Lou.

- Aceite logo, Louis, que saco. - Jay ralhou. Ela estava limpando os móveis da sala e o telefone não era tão discreto quanto ele achava que fosse. - Não desperdice a oportunidade de ficar com seu garoto.

- Certo. Certo, Hazz, eu vou. - disse ao telefone, sorrindo pequeno para sua mãe, que apenas retribuiu e se inclinou para beijar os fios castanhos do filho. - Quando?

- Iremos amanhã cedinho. - Harry disse, animado. - Durma aqui hoje.

- Tudo bem, posso fazer esse sacrifício. - brincou.

~•~

No dia seguinte, Louis acordou com beijos em seu peito nu. O dia começava a nascer e os poucos raios de sol transpassavam as cortinas finas do quarto de Harry, que beijava o namorado suavemente. Pousou seus lábios em seu peito diversas vezes e ousou lamber seu mamilo, ouvindo um gemido arrastado e sonolento de Tomlinson.

- Bom dia, Hazzy. - ele sorriu, coçando os olhos inchados. Sua voz estava rouca e baixa, sexy. - O que está fazendo, huh?

- Mimando o homem que amo. - riu baixinho e se ajeitou para beijar sua bochecha com carinho, suas peles quentes se tocando. Harry vestia apenas uma camisola amarela clara, de alças finas e detalhes em renda. Louis amava o modo como ele se sentia à vontade em sua presença. - Temos que nos arrumar.

- Mas está cedo. - resmungou, virando-se na cama e afundando a cabeça nos travesseiros macios. Styles acariciou suas costas e sorriu.

- Eu sei, meu preguiçoso. Papai quer sair sete horas. - disse, inclinando-se para beijar seus cabelos. - Vamos, já são seis e dez.

Harry se levantou da cama e pegou um elástico de cabelo na mesinha de cabeceira, prendendo seus cachos em um coque alto e deixando alguns fios soltos. Louis o observou com um sorrisinho bobo, apaixonado pelo corpo delicioso de Styles. Suas pernas esguias estavam expostas e ele sentiu uma fisgada em seu membro quando o outro se inclinou para pegar uma meia no chão, revelando sua bunda gostosa e nua, sem cueca ou calcinha para cobri-la.

- Vamos, Louis, ou ficaremos atrasados! - Harry ralhou, jogando a meia em Tomlinson. Quando soube o que ele estava olhando, suas bochechas assumiram um adorável tom rosado. - Safado!

Balançou a cabeça e foi para o banheiro fazer sua higiene matinal. Enquanto escovava os dentes, foi surpreendido por Louis, que entrou no local e o abraçou por trás, beijando seu ombro e o fitando pelo espelho. Harry cuspiu a pasta e enxaguou a sua boca, segurando as mãos do namorado que estavam sobre sua barriga lisa, grudando seus corpos.

- O que você quer, huh? - sorriu e inclinou a cabeça para o lado com o intuito de beijá-lo.

Louis conectou suas bocas com suavidade, apreciando quando Harry tocou sua bochecha e aprofundou o toque, deslizando sua língua com volúpia ao sentir a rigidez do falo de Tomlinson em sua bunda. Louis subiu sua mão por seu corpo e chegou em um dos mamilos do rapaz, puxando entre seus dedos e sentindo a renda da camisola causar um atrito na pele sensível.

- Hm... - Styles gemeu baixinho, separando suas bocas e deitando a cabeça no ombro do namorado.

- Temos tempo para uma rapidinha? - sua voz saiu rouca e lasciva, que fez Harry revirar os olhos só de imaginar seus gemidos. - Você está tão gostoso, eu quero tanto te foder...

- Não... Não dá tempo. - murmurou sofrido. - Louis, não temos tempo! - disse desesperado, querendo mais que tudo ter o pau do namorado o comendo com força. - Quando... Quando chegarmos lá.

- São quatro horas de viagem.

- Não dá para transar agora. - sussurrou e se afastou, deixando que Louis fizesse sua higiene pessoal.

Como Tomlinson trabalhava dia sim e dia não durante o período letivo, não era toda tarde que podia ver o namorado, então às vezes os dois dormiam juntos durante a semana. Louis mantinha uma escova de dentes no banheiro de Harry e aquilo já era um grande avanço em seu relacionamento, não eram todos que em pouco mais de um mês de namoro estava tão inserido na família, mesmo que a família em questão não gostasse dele.

Um ponto que tanto Louis quanto Desmond concordavam em todos os aspectos era que, se quisessem dormir juntos, ele viria para Kensington ao invês de Harry ir a Tottenham. O bairro de Tomlinson não era seguro para um rapaz como seu namorado, visivelmente rico. As poucas vezes que Styles passava a noite na casa de Louis era quando iam cedo para lá e só pretendiam voltar no dia seguinte. Porém, como a maioria de seus eventos eram à noite, Kensington era sempre a melhor opção.

Ele suspirou ao escovar seus dentes sem pressa, lavando o rosto com o sabonete do amado. Voltou para o quarto e viu Harry usando um short de praia, analisando uma canga para dar um nó. Virou de um lado, virou de outro e nada. Louis sorriu e se aproximou, auxiliando-o a dar um nó em seu ombro.

Tomlinson colocou seu calção e uma camiseta preta, ajudando Styles a arrumar a sua cama. Louis pegou sua mochila, na qual estavam seus poucos pertences e roupas e arregalou os olhos quando Harry saiu de seu closet com uma mala de rodinhas pequena, mas que dava cerca de três mochilas do namorado.

- Vamos passar alguns dias na praia ou alguns meses? - disse baixinho, segurando a mala pesada de Styles, que ficou com as bochechas coradas e mordeu o lábio.

- Tenho que estar precavido. - deu de ombros e ambos desceram as escadas.

Desmond e Anne já estavam na sala, aguardando os dois. Louis sorriu para os sogros e seguiu o pai de Harry para fora de casa, guardando as malas na traseira do veículo. Permaneceu quieto ao lado do Sr. Styles, não queria que ele enchesse o seu saco, sabia que se os dois começassem a discutir, a viagem estaria arruinada sem nem mesmo começar.

Viu Harry e sua mãe rindo ao saírem de casa e o casal Styles se acomodou na frente da BMW. O futuro casal Tomlinson, era o que Louis esperava, ficou no banco traseiro, abraçados e cobertos pela canga de Harry, que tinha desamarrado o pano para cobri-los. O rapaz havia trazido mais uma bolsa, dessa vez pequena, e a colocara no chão entre seus pés.

Por ainda ser muito cedo, a temperatura ainda era baixa e os dois, por terem acabado de acordar, estavam com frio. Styles estava deitado no ombro do namorado, que se impressionou com o fato de seu sogro ter deixado o motorista de lado para ele mesmo dirigir por quatro horas até Torquay.

- Lou? - Harry sussurrou em seu ouvido na saída de Londres, tão baixo que ele quase não ouviu.

- Hm?

- Me deda. - pediu e Louis arregalou os olhos, chocado. Fitou o namorado e encarou Desmond pelo espelho do carro, ele mantinha o olhar no casal com certa frequência.

- Que absurdo, amor! - grunhiu, apertando sua coxa sob a canga escura. - Seus pais!

Harry sorriu travesso e se inclinou para a frente a fim de pegar sua bolsa. Nela ele carregava itens pessoais, além de coisas para o prazer dos dois, como camisinha e lubrificante. Ele apanhou o último e o escondeu sob a canga. Louis estava surpreso com aquele lado exibicionista e despudorado do namorado, não esperava aquela atitude do rapaz contido.

Styles agarrou a barra de seus shorts e abaixou até o meio das coxas, coberto pela canga escura. Segurou a mão de Louis e a guiou para o meio de suas pernas. Tomlinson engoliu em seco, mantendo-se inexpressivo enquanto pegava fogo por dentro, o perigo o excitando aos poucos. Selou os lábios do namorado devagar e sorriu amoroso, para não levantar suspeitas.

Harry abriu um pouco mais suas pernas e Louis massageou sua entrada. Styles abriu o lubrificante e despejou o gel nos dedos do namorado, que continuou a acariciar a região. Seu membro já estava parcialmente duro, a situação na qual eles se encontravam o deixava louco de tesão. Deitou a cabeça no ombro de Louis, beijando seu pescoço suavemente, permitindo que sua respiração quente e silenciosa batesse em sua pele.

Tomlinson olhou para o espelho do carro, no qual um prisma de cristal balançava, fazendo com que pequenas bolinhas coloridas passeassem pelo carro quando o sol da manhã batia e refletia no cristal. Percebendo que seu sogro estava focado na estrada e que a mãe de Harry dormia no banco do passageiro, deslizou um dedo para dentro do namorado devagar, sentindo seu braço ser apertado com força pelo rapaz, que não podia expelir som algum.

Louis deitou a cabeça sobre a de Harry e fechou os olhos, crispando os lábios para se controlar. Moveu o dedo no interior quente e estreito do namorado, que abriu as pernas ainda mais, aproveitando que estava sentado exatamente atrás do banco de seu pai e a parte inferior de seu corpo estava fora do campo dos espelhos.

Tomlinson adicionou o segundo, dedando-o com rapidez, sua mão se movendo entre suas pernas e enfiando seus dígitos cada vez mais fundo em seu namorado, que mantinha as unhas cravadas em seu bíceps para não gemer alto.

- Querida, o que acha de passarmos em uma loja de conveniência para tomar café? - Desmond questionou para Anne no banco da frente e Louis engoliu em seco, diminuindo a velocidade com que dedava o namorado.

- Acho ótimo, amor. - ela respondeu, para a surpresa dos dois jovens, que juraram que ela estava dormindo por trás de seus óculos escuros. - O que acham, meninos?

- M-Muito bom, mãe. - Harry respondeu, dando um sorriso doce para a mulher. - Estou faminto.

Ela apenas sorriu, voltando a relaxar no banco. Desmond continuou com o trajeto, estavam em uma rodovia e demoraria até encontrarem uma saída para um daqueles estabelecimentos à beira da estrada.

Louis meteu seus dedos mais fundo em Harry e o fez ofegar, a boca entreaberta pela qual não escapava um som sequer. Ele olhou para o namorado e Tomlinson sorriu safado, beijando-o delicadamente, em contraste com o que acontecia sob a canga escura.

O terceiro dedo se uniu aos outros dois, alargando-o sem vergonha, deslizando para dentro e para fora, fazendo-o rebolar levemente na mão de Louis. Fitou-o em um pedido silencioso para ir mais rápido e assim ele o fez, fodendo-o com seus dedos o mais rápido que conseguia, metendo fundo, sentindo seu interior quente e molhado pelo lubrificante.

Harry deitou a cabeça no banco do carro e afastou ainda mais suas coxas, totalmente à mercê do namorado. Por estar sem camisa, seus mamilos rígidos estavam expostos a quem quisesse ver, o peito magro e pálido subindo descompassado devido à adrenalina do momento pecaminoso praticamente na frente de seus pais.

Louis permaneceu impassível, a cada segundo aumentando a velocidade de seus dedos e indo mais forte. O seu próprio membro estava duro dentro do calção de banho, o volume disfarçado pelas dobras da canga escura.

Harry espalmou a mão na coxa de Tomlinson e cravou suas unhas ali, erguendo a cabeça para fitá-lo enquanto gozava, mordendo o lábio com força para não soltar um grito de prazer. Com aquela visão destruída do namorado, Louis sujou seu calção de porra, atingindo seu próprio clímax sem toque algum.

Ele o puxou para um beijo casto e tirou os dedos de seu interior apertado. Harry respirou fundo e subiu seus shorts novamente, guardando o lubrificante na bolsa e voltando a se aconchegar no namorado, como se nada tivesse acontecido.

- Foi ótimo. - elogiou baixinho e viu as bochechas de Tomlinson corarem.

Ele apenas o beijou suavemente e sorriu pequeno, guardaria aquele pequeno segredo para sempre.

~•~

Ao cair da noite, Harry e Louis se preparavam para sair e explorar a cidade. Dizer que o rapaz de Tottenham não se impressionou com a casa de praia dos Styles seria mentira, pois a construção era divina.

Tinha dois andares enormes e amplos. O térreo era composto por sala de estar, jantar, escritório, banheiros e outras regalias que ele não teve tempo de listar. O andar superior era exclusivo dos quartos e Louis jurava que tinha pelo menos uns cinco super espaçosos e outros menores. O quarto escolhido por Harry - ou melhor, que já era dele - era como todos os outros, o piso de madeira, paredes brancas e teto escuro, de madeira também e com pequenas luzes douradas penduradas, além da principal.

O quarto era dividido em suas partes devido a dois degraus. A parte de cima era onde tinha a cama no centro, sobre um tapete fofinho e um guarda-roupa em L ocupava duas paredes, com uma porta que levava ao banheiro. A parte de baixo era uma espécie de sala de estar, com dois pequenos sofás de couro branco e almofadas coloridas, com uma mesinha de centro e um tapete felpudo na cor rosa-clara. Havia também uma TV equipada com videocassete, caso quisessem assistir a um filme.

Além da sala, tinha uma parede de vidro, que dava para a sacada enorme, que circulava todo o segundo andar, então todos os quartos tinham acesso através dela. O piso era de madeira e o guarda-corpo de vidro. Tinha algumas espreguiçadeiras para que os moradores tomassem banho de sol, e o detalhe mais importante: era de frente para o mar.

Não precisavam atravessar a rua, era literalmente construída na praia. A varanda dos fundos no andar inferior dava diretamente na areia e tinha um pequeno píer para que todos ficassem sentados molhando os pés na água caso não quisessem entrar realmente no mar.

- Aqui é lindo. - Louis sorriu, debruçado no guarda-corpo de vidro e vendo o sol se pôr no horizonte. Era quase possível ouvir o chiado do calor do astro-rei ao tocar o mar, embora ele soubesse muito bem que estavam separados por muitos e muitos quilômetros de distância. - Mas burguês demais.

- Amor. - Harry repreendeu suavemente, abraçando-o por trás. - Apenas aproveite.

Louis assentiu e se virou para o namorado, olhando-o com paixão e desejo. Styles usava uma calça preta apertada, com botões dourados dos dois lados e uma camisa escura transparente, embora o tecido fosse grosso o suficiente para não expôr tanto o seu corpo bonito. Tomlinson segurou sua cintura e o puxou para os seus braços, mantendo-se apoiado no guarda-corpo.

- Você é tão lindo. - selou seus lábios. - E gostoso. E meu.

- Sim, Sr. Tomlinson, sou todo seu. - sorriu bobo, passando os braços ao redor de seu pescoço.

A brisa marinha do fim de tarde balançava seus cabelos, o cheiro de maresia tomava suas narinas e relaxava o jovem casal, que estava envolto em sua bolha de amor enquanto o céu tinha tons rosados e alaranjados, aos poucos dando espaço para o azul profundo da noite.

- O que vamos fazer hoje? - Louis indagou, colocando um cacho para atrás da orelha do namorado, o que não adiantou de nada, pois o vento o tirou de lá.

- Queria passear no píer com você. - indicou a área turística e comercial ao longe, as luzes dos brinquedos ficando visíveis com o cair da noite.

- Vamos, então? - mordiscou a pontinha de seu nariz. - Não conheço a cidade e não quero voltar tarde, estou sendo um cara comportado perto de seu pai.

Harry riu baixinho e entrelaçou seus dedos, guiando-o para dentro da enorme casa. Cruzaram o quarto e desceram as escadas para a sala, vendo Desmond e Anne na varanda dos fundos, aproveitando a brisa marinha.

- Vamos sair! - o jovem Styles avisou.

- Quando voltam? - Desmond questionou, virando-se em sua cadeira e fitando os dois.

- Hm, não temos hora para voltar.

- Não? - arqueou as sobrancelhas.

- Papai!

- Des, eles são jovens! - Anne repreendeu o marido. - Deixe que os dois aproveitem a vida.

- Cuide do meu filho, Louis, ou vai sobrar para você. - seu sogro murmurou e ele engoliu em seco antes de assentir.

- Pode deixar, Sr. Styles. Eu o protejo com a minha vida se for preciso. - prometeu.

Os dois saíram de casa de mãos dadas, caminhando pela rua em direção ao píer principal. Chegaram após alguns minutos e Harry sorriu, levando o namorado para uma das barraquinhas. Louis comprou bilhetes para que brincassem nos diversos jogos ali e o primeiro a ser escolhido foi o de derrubar latas.

Tomlinson segurou a bolinha e respirou fundo, cerrando os olhos antes de mirar e acertar a pilha de latas bem no centro. Boa parte delas caiu, mas a base permaneceu inteira e ele só tinha direito a mais duas bolas. Na sua outra tentativa, derrubou apenas uma lata. Mais uma vez e não conseguiu fazer com que todas fossem ao chão.

- Ih, cara, sem prêmio. - o rapaz que era responsável pelo jogo murmurou. Louis suspirou, frustrado.

- Quero mais três bolas. - falou, entregando-lhe mais um bilhete. Ele recebeu as bolas e cerrou os olhos para mirar.

Atirou uma e acertou duas latas. Apenas uma daquela pilha permanecia intacta e tinha duas bolas para acertá-la. Bombardeou-a e conseguiu derrubá-la, vibrando em felicidade. O prêmio que escolheu foi um grande urso de pelúcia, de pelos acinzentados e com uma gravatinha azul.

- Para você, meu amor. - entregou a Harry e ele sorriu grande, puxando-o para um beijo apaixonado e público.

- Obrigado, amor. - disse e segurou o ursinho.

O casal brincou em outros jogos, divertindo-se na roleta e nos carros de bate-bate. Harry quis ir na roda-gigante, mas o outro não parecia muito contente com isso, Tomlinson nunca foi fã de altura.

- Vamos, Lou! Vai ser legal! - ele pediu.

- Certo, certo! Nós vamos. - disse ao se dar por vencido. Sentaram-se no banco da roda-gigante e o operador do brinquedo fechou a trava. Louis agarrou a barra com força assim que começaram a se mover, os nós de seus dedos brancos. - Se eu morrer hoje, Harry, saiba que eu te amo.

- Você quer descer? - Styles indagou, mas já era tarde demais. Estavam subindo, quase no topo.

- Não. - Louis abriu os olhos e seu queixo caiu com a visão que teve. O píer iluminado abaixo deles, cheio de famílias numerosas, o mar escuro com ondas calmas quebrando na praia e a lua cheia nascendo no horizonte. Já haviam se passado algumas horas desde que saíram de casa, deveria ser quase dez da noite, e era lindo de ver. - Oh!

- Valeu a pena, não? - Harry disse sonhador, segurando na mão do amado e o ursinho na outra. - É lindo.

- Sim. - sorriu, ignorando o fato de que estava longe do seu seguro e querido chão. Ele olhou para Styles e afagou sua bochecha, selando seus lábios. - Eu te amo. - sussurrou contra a sua boca e aprofundou o beijo.

Louis o beijou com ternura e cuidado, demonstrando seu amor com um ato simples. Era romântico, os dois com os lábios grudados nas alturas, seus cabelos balançando com o vento fresco e o barulho das ondas de fundo.

Tomlinson sorriu e fechou os olhos, mantendo-se junto ao namorado quando começaram a descer. Louis respirou fundo quando finalmente pôde pisar novamente no chão e andou com Harry para uma barraquinha, comprando dois cachorros-quentes, um refrigerante e uma cerveja. Sentaram-se na beirada do píer, seus pés balançando no ar.

- Você já comeu cachorro-quente antes? - Louis indagou ao ver como Styles olhava para o lanche, sem saber por onde começar a comer.

- Claro que já! - riu. - Algumas vezes. - suas bochechas coraram. - Eu não costumo comer em barraquinhas.

- Mas é um burguesinho mesmo. - selou seus lábios.

- É que... tem mostarda. - disse baixinho. - Eu não gosto de mostarda.

- Oh. Tome. - Louis lhe entregou seu cachorro-quente, que já tinha uma mordida. - Eu pedi o meu sem mostarda. Dê-me o seu.

- Mas... mas você também não come mostarda! - aceitou o lanche que o outro lhe ofereceu.

- Comer eu como até pedra. - riu. - Gostar são outros quinhentos.

- Ora, compre outro. - disse. - Vai comer algo que não gosta?

- Ah, eu não me importo. - deu uma mordida e batatas-palha caíram em sua camiseta escura.

Harry sorriu e balançou a cabeça, comendo de seu cachorro-quente. Deu um gole no refrigerante, poderia ter feito como Louis e pedido uma cerveja, mas não era uma bebida alcoólica que realmente gostava, preferia um bom vinho. Quando viu que Tomlinson tinha a boca suja de ketchup e mostarda, pegou um guardanapo e limpou, logo selando seus lábios em meio ao sorriso, o beijo tinha gosto de salsicha, molho, Coca-Cola e cerveja. Os dois riram e Louis afagou a bochecha macia de Styles.

- Nunca canso de dizer que te amo. - sorriu. - Ah, Hazz, eu quero dizer isso até o fim dos meus dias.

- Se depender de mim, você vai. - disse. - Quero acordar ao seu lado todas as manhãs, amá-lo, beijá-lo, carregar uma aliança com o seu nome e o seu filho no ventre. Eu quero chegar na velhice ao lado do homem que amo.

- Eu tenho tanto medo, Hazz. - confessou.

- Do quê, amor?

- Tenho medo de não ser capaz de te dar uma vida confortável. - suspirou. - Estou estudando para ser professor. Harry, como que eu vou manter uma mansão sendo professor? Como vou manter nossos doze filhos?

- Louis, você não precisa se preocupar em me dar uma vida confortável. - torceu o nariz com o pensamento de macho alfa do namorado, Harry era independente. - Nós não precisamos morar em uma mansão e jamais teremos doze filhos.

- Amor, eu não quero que saia da sua zona de conforto. - puxou-o para os seus braços assim que terminaram de comer e ele deu um gole na cerveja. - Eu quero morar com você, apenas nós dois e nossas crianças, mas não tenho como pagar por uma casa como a que você mora hoje. Não vou poder mimá-lo ou sustentar seus luxos.

- Louis, você não vai me sustentar. - beijou sua bochecha. - Estou estudando para me tornar um economista e assumir um bom cargo na empresa do meu pai. Eu vou sustentar meus próprios luxos, caso eu queira. - sorriu. - Não se preocupe com isso, teremos uma vida feliz juntos. Não precisamos de uma mansão, uma casa grande que comporte nossa família já é suficiente.

- Mas só uma mansão para ter quartos para os nossos doze filhos. - provocou e recebeu uma cotovelada.

- Não teremos doze filhos! - ralhou. - Teremos no máximo três.

- Como vou montar um time de futebol?

- Um time de futebol tem onze jogadores.

- Eu estou contando que um será o árbitro. - brincou.

- Espere seus sobrinhos, então. - suspirou. - De qualquer forma, temos muito tempo para pensar nisso.

- Vamos acabar nossa faculdade antes de pensar em filhos. - decidiu.

- Antes de pensarmos em filhos, temos que pensar em um casamento, Sr. Tomlinson. - arqueou as sobrancelhas. - Acha que vai poder me engravidar sem uma certidão assinada?

- Oh, perdoe-me pela falha temporal, achei que estávamos na década de oitenta e não na de quarenta.

- Bobo.

- Na virada do milênio casaremos.

- Poxa, Lou, faltam quinze anos para chegarmos em dois mil! - resmungou. - Até lá vou ter trinta e cinco e você sabe como engravidar tarde é arriscado.

- Harry, com o salário que eu vou ter, só vou pagar uma festa de casamento com toda a pompa e circunstância em dois mil e dez!

- Pior ainda, terei quarenta e cinco!

- Mas veja pelo lado positivo, se nos casarmos em dois mil e quinze, chegaremos no evento em carros voadores.

- Ora, que besteira! - balançou a cabeça.

- Ou podemos apenas assinar os papéis no cartório e alugar uma casinha. Isso pode ser em... noventa, talvez. Daqui cinco anos.

- Louis, eu quero um casamento com toda a pompa e circunstância que tenho direito e quero sair da casa dos meus pais direto para a nossa. - falou. - Meu pai pagou o casamento de Gemma, por que não pagaria o meu?

- Porque ele gosta do marido de Gemma e me odeia.

- Mas eu sou o menininho dos olhos dele, talvez ele pague, huh? Papai sempre me deu tudo.

- Mimado. - selou seus lábios. - Eu não quero que o meu casamento seja pago pelo meu sogro, ok? Não vou dever para Desmond! Nunca!

- Teimoso. Assim nunca vamos casar!

- Podemos só unir nossos paninhos de bunda, sem papel, sem festa.

- Não! Louis, eu quero tudo que tenho direito!

- De onde vou tirar dinheiro para mimar o meu amor? - beijou-o e o deitou na madeira do píer, rindo sobre seu corpo. - Meu amor não é suficiente para você, Sr. Tomlinson?

- Ainda sou Sr. Styles. - riu quando Louis começou a fazer cócegas em sua barriga. - Nosso amor é suficiente, mas quero me casar como um príncipe. Não aceito menos que isso.

- Céus, por que fui me apaixonar por um príncipezinho mimado? - beijou suas bochechas.

- Porque o seu coração é sábio.

- Sim, ele é. - sorriu e selou seus lábios diante de todos, sem se importar com mais nada a não ser o seu garoto. - E eu sou louco por você.

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