12. Crazy Little Thing Called Love

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Julho havia chegado e com ele a ansiedade para o Live Aid. Louis estava super hiper mega empolgado para o evento, ainda não conseguia acreditar que veria o seu ídolo de pertinho e na companhia do homem que amava.

Ele estava de férias, tinha concluído o terceiro período de Geografia com êxito, sem ficar em regime de dependência e com todas as notas acima de oito. Esfregou na cara de todos que achou que ele não passaria - ou nos que rogaram praga - e mostrou que ele era tão capaz quanto todos de ter boas notas. Esforço, dedicação e horas estudando foram os pilares para que Louis tivesse resultados positivos e ele estava orgulhoso de si mesmo. Ele mostrou seu boletim para Buchanan, o professor que achava que pobreza era sinônimo de falta de inteligência e provou que sua teoria elitista - e ridícula - estava errada.

Claro que aquilo envolvia outros problemas sociais, já que muitos habitantes de bairros mais pobres não conseguiam chegar à universidade porque não tinham uma boa base na escola básica, mas Louis não queria se estender.

Outro motivo de sua felicidade era que Harry, o amor de sua vida, também tinha passado para o quarto período de Economia com ótimas notas e Desmond não tinha motivos para proibí-los de se verem nas férias e aproveitar a companhia um do outro naquele delicioso verão de 1985.

Where are those happy days, they seem so hard to find
I tried to reach for you, but you have closed your mind
Whatever happened to our love?
I wish I understood
It used to be so nice, it used to be so good

S.O.S., do grupo ABBA, tocava em seu pequeno rádio enquanto Louis arrumava a zona que era seu quarto. Jay simplesmente decidiu colocá-lo nos trilhos e não tinha desculpa para ele inventar, já que não tinha a faculdade para ocupar seu tempo e estava de folga do trabalho também.

- So when you're near me, darling can't you hear me; S. O. S.; the love you gave me, nothing else can save me; S. O. S... - ele cantava enquanto passava suas roupas com um ferro velho, com o cabo remendado com fita isolante e de mal contato. Estava sendo uma luta, no mínimo.

Seu gosto musical era eclético, mas seus gêneros preferidos eram rock e pop. Tinha inúmeras fitas com músicas de Queen e ABBA e se empolgava demais quando tinha liberdade para cantar. Infelizmente não era seu forte e os tímpanos alheios sofriam.

- Cale a boca, Louis! - ouviu uma de suas irmãs gritar de dentro de casa e ele riu baixinho.

- When you're gone; how can I even try to go on? - aumentou o tom de voz em provocação, literalmente gritando. -When you're gone; though I try how can I carry on?

Ele continuou a passar sua camiseta preta, borrifando um pouco de água pra que o ferro deslizasse melhor. Louis não era um especialista em passar roupas e odiava tal tarefa, geralmente simplesmente saía com as camisetas amassadas e matava sua mãe de vergonha, mas honestamente, aquela não era sua função na casa. Ele geralmente ficava com o trabalho mais pesado, como a manutenção do jardim, limpeza externa, lavar o banheiro e reparar alguns objetos quebrados.

Passar a roupa era a função de Daisy e Phoebe, mas as duas haviam se rebelado ao ver a pilha de roupas do irmão mais velho e, como as gêmeas estavam brigadas com o rapaz porque ele havia confiscado suas fitas VHS de uma série adolescente após as duas receberem uma advertência na escola, sua única alternativa diante de tal rebeldia era passar suas próprias roupas.

Dobrou a peça e deixou-a na pilha sobre a cama, logo esticando uma babylook verde na tábua. Franziu o cenho, aquela roupa não era sua. Sorriu ao se lembrar de um dia que Harry fora dormir em sua casa e tiveram momentos ardentes. Na hora de ir embora, Styles pegou uma de suas camisetas e havia deixado sua vestimenta ali. Louis segurou a roupa e esfregou seu rosto no tecido macio, lembrando-se do corpo quente do namorado colado ao seu.

Red Roses and a Little Bit of Queen | Larry Stylinson Onde as histórias ganham vida. Descobre agora