6. Somebody to Love

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Quando chegou em casa, depois de uma tarde cansativa na cafeteria, Louis aproveitou que Lottie estava concentrada em brincar de bonecas com Doris e subiu para o quarto da irmã, caçando desesperadamente um papel de carta que fosse bonito o suficiente para impressionar Harry. Achou um com casas de passarinhos e franziu o cenho, não entendendo porque trocar cartas era uma febre tão grande que faziam as pessoas comprar papéis especiais para aquilo. Para ele qualquer folha seria ótima, mas Styles teve o cuidado de escolher um papel gracioso e não poderia ser tão insensível para escrever em um papel de pão.

Desceu rapidamente e quase derrubou sua mãe nos últimos degraus. Soltou um grito de espanto e se segurou no corrimão. Jay olhou com curiosidade para o que ele tentava esconder e Louis se contorceu para que ela não visse, mas sua mãe foi mais rápida e pegou a folha.

- Um papel de carta, huh? - sorriu maliciosa.

- Ah, mãe! - exasperou-se e pegou a folha, indo para a cozinha. Sentou-se na mesa e apanhou uma caneta. - Lembra do menino que te falei? O Harry?

- O rico de Kensington? - ela se apoiou na bancada e assentiu. - Lembro, por quê?

- Ele está mexendo tanto comigo. - passou as mãos pelos cabelos. - Não sei o que acontece, mas... ele me deixa tão calmo e... e feliz.

- Você está apaixonado, Lou.

- Não posso estar, mamãe. - suspirou. - Ele é tão lindo e carinhoso que chega a ser uma ofensa eu me apaixonar por ele. O pior é que Harry me quer! - gemeu em frustração. - O que ele viu em mim, mãe?

- E não é bom ele te querer? Significa que é recíproco. - sorriu compreensiva. - Você tem muitas qualidades, filho. É persistente, protetor, corajoso... carinhoso também, só depende de quem. Acredito que você tratou este menino muito bem ou ele não teria se apaixonado por você.

- Ele me beijou duas vezes. E eu gostei bastante, mas... parece um erro. - suspirou, querendo chorar. - Sei que eu vou magoá-lo e não quero isso.

- Por que acha que vai machucar o rapaz? Louis, você precisa confiar mais em si mesmo. Se os dois se querem, por que você constrói essa muralha?

- Mãe, olhe o meio em que ele vive. O que você acha que vão pensar de mim? - balançou a cabeça. - Vão me olhar e dizer "esse cara quer te dar um golpe, Harry, se livre dele". Eu não quero que me olhem como um pilantra, mãe. Não sou um.

- Eu sei que não. - acariciou seus ombros. - Mas você vai deixar este rapaz passar só porque tem medo do que os outros vão pensar? Eu não te criei para ser assim, Louis. Cadê aquele garoto que não liga para a opinião alheia? Aquele que corre atrás de seus objetivos?

- Eu tenho medo de prejudicar Harry. Não quero que ele tenha problemas na família por estar namorando um cara pobre. - abaixou a cabeça, desistindo de escrever a carta.

- Harry já é adulto e sabe o que é melhor para ele. - suspirou. - Se ele quer, por que não dá uma chance?

- E se der tudo errado?

- Se der errado, é porque tentou. - acariciou seus cabelos lisos. - Eu te conheço, bebê. Sei que está apaixonado por Harry, então vá atrás disso. Você é jovem, se não der certo com ele, vai dar com outro. Você tem que tentar. - beijou o topo de sua cabeça. - Pelo o que me disse, ele também está interessado e isso é muito importante. Você já o conquistou, agora a próxima etapa é pedi-lo em namoro.

Ele assentiu, ponderando. Decidiu ir para o seu quarto e sentou-se na cama. Ligou o pequeno rádio e sorriu com as músicas que tocavam. Pulou ao ter uma ideia e revirou suas caixas de fitas cassetes, procurando uma virgem.

Red Roses and a Little Bit of Queen | Larry Stylinson Where stories live. Discover now