Red Roses and a Little Bit of...

By biggerthanfuture

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Em meio à Guerra Fria, Harry, um consumista desenfreado, se apaixona por Louis, o garoto com quem sempre esba... More

📼 avisos 📼
1. Cold War
2. Bohemian Rhapsody
3. Essay
4. E.T. - The Extra Terrestrial
5. We Will Rock You
7. Hallway
8. Lovers
9. Time After Time
10. Purple
11. Popcorn & Cuddles
12. Crazy Little Thing Called Love
13. Hammer to Fall
14. Support
15. Love Of My Live
16. Library
17. Back to Routine
Epilogue

6. Somebody to Love

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By biggerthanfuture

Quando chegou em casa, depois de uma tarde cansativa na cafeteria, Louis aproveitou que Lottie estava concentrada em brincar de bonecas com Doris e subiu para o quarto da irmã, caçando desesperadamente um papel de carta que fosse bonito o suficiente para impressionar Harry. Achou um com casas de passarinhos e franziu o cenho, não entendendo porque trocar cartas era uma febre tão grande que faziam as pessoas comprar papéis especiais para aquilo. Para ele qualquer folha seria ótima, mas Styles teve o cuidado de escolher um papel gracioso e não poderia ser tão insensível para escrever em um papel de pão.

Desceu rapidamente e quase derrubou sua mãe nos últimos degraus. Soltou um grito de espanto e se segurou no corrimão. Jay olhou com curiosidade para o que ele tentava esconder e Louis se contorceu para que ela não visse, mas sua mãe foi mais rápida e pegou a folha.

- Um papel de carta, huh? - sorriu maliciosa.

- Ah, mãe! - exasperou-se e pegou a folha, indo para a cozinha. Sentou-se na mesa e apanhou uma caneta. - Lembra do menino que te falei? O Harry?

- O rico de Kensington? - ela se apoiou na bancada e assentiu. - Lembro, por quê?

- Ele está mexendo tanto comigo. - passou as mãos pelos cabelos. - Não sei o que acontece, mas... ele me deixa tão calmo e... e feliz.

- Você está apaixonado, Lou.

- Não posso estar, mamãe. - suspirou. - Ele é tão lindo e carinhoso que chega a ser uma ofensa eu me apaixonar por ele. O pior é que Harry me quer! - gemeu em frustração. - O que ele viu em mim, mãe?

- E não é bom ele te querer? Significa que é recíproco. - sorriu compreensiva. - Você tem muitas qualidades, filho. É persistente, protetor, corajoso... carinhoso também, só depende de quem. Acredito que você tratou este menino muito bem ou ele não teria se apaixonado por você.

- Ele me beijou duas vezes. E eu gostei bastante, mas... parece um erro. - suspirou, querendo chorar. - Sei que eu vou magoá-lo e não quero isso.

- Por que acha que vai machucar o rapaz? Louis, você precisa confiar mais em si mesmo. Se os dois se querem, por que você constrói essa muralha?

- Mãe, olhe o meio em que ele vive. O que você acha que vão pensar de mim? - balançou a cabeça. - Vão me olhar e dizer "esse cara quer te dar um golpe, Harry, se livre dele". Eu não quero que me olhem como um pilantra, mãe. Não sou um.

- Eu sei que não. - acariciou seus ombros. - Mas você vai deixar este rapaz passar só porque tem medo do que os outros vão pensar? Eu não te criei para ser assim, Louis. Cadê aquele garoto que não liga para a opinião alheia? Aquele que corre atrás de seus objetivos?

- Eu tenho medo de prejudicar Harry. Não quero que ele tenha problemas na família por estar namorando um cara pobre. - abaixou a cabeça, desistindo de escrever a carta.

- Harry já é adulto e sabe o que é melhor para ele. - suspirou. - Se ele quer, por que não dá uma chance?

- E se der tudo errado?

- Se der errado, é porque tentou. - acariciou seus cabelos lisos. - Eu te conheço, bebê. Sei que está apaixonado por Harry, então vá atrás disso. Você é jovem, se não der certo com ele, vai dar com outro. Você tem que tentar. - beijou o topo de sua cabeça. - Pelo o que me disse, ele também está interessado e isso é muito importante. Você já o conquistou, agora a próxima etapa é pedi-lo em namoro.

Ele assentiu, ponderando. Decidiu ir para o seu quarto e sentou-se na cama. Ligou o pequeno rádio e sorriu com as músicas que tocavam. Pulou ao ter uma ideia e revirou suas caixas de fitas cassetes, procurando uma virgem.

- Merda, merda, merda! - xingou ao não encontrar nenhuma e abriu a última gaveta de seu criado-mudo, mesmo sabendo que era difícil guardá-las ali. Por sorte, viu uma nova em folha e colocou-a no gravador.

Esperou o início da próxima música e apertou o botão, afastando-se o suficiente para que sua respiração não atrapalhasse a gravação. Apanhou o caderno e o papel de carta e escreveu, sorrindo pequeno.

Após alguns minutos, que foram milagrosos por serem silenciosos o suficiente para permitir uma boa qualidade da fita, parou de gravar e rebobinou-a, escrevendo no título "para o anjo de olhos verdes". Sorriu bobo e guardou-a na mochila junto com a carta.

Estava determinado a surpreender Harry.

~•~

Na manhã seguinte, Louis parecia um criminoso. Usava suas roupas habituais: moletom cinza e jaqueta vermelha, além de calças pretas e o único par de tênis que tinha, que por muita sorte ainda não estavam rasgados ou furados. Sob o capuz, usava uma touca preta e suas expressões eram sérias ao caminhar com Zayn e Liam para o corredor dos armários.

Ele chegou ao de número 28, que pertencia a Harry, e seus amigos fecharam suas laterais. Tirou dois grampos de cabelo do bolso e tentou abrir o armário.

- O que um homem não faz por amor, não é mesmo? - Zayn riu baixinho.

- Estou fazendo algo totalmente ilícito, não me orgulho disso. - Louis resmungou. - A carta passaria com facilidade pela fresta, mas a fita não!

- Agora ele vai te olhar como um bandido. - Liam segurou o riso. - Que horror, Louis, arrombar o armário do garoto!

- Cale a boca ou vou enfiar esses grampos no seu...

- Opa, opa! - Zayn interferiu. - Não ameace meu amor, ok? Ou vamos sair no soco.

- E você acha que consegue me derrubar com esses bracinhos? - arqueou as sobrancelhas em deboche. - Posso não malhar, mas tenho mais músculos que você.

- Louis, o reitor! - Liam avisou e ele enfiou os grampos no bolso, virando-se e se encostando no armário. Acenou para o reitor, que o mediu de cima a baixo e ele mostrou o dedo do meio pelas costas do homem.

- Ridículo. - falou. - Toda vez que ele me olha sou medido. Não sei se ele me odeia pela minha condição social ou pela minha ideologia. Ou se ele quer meu corpinho nu. Eu, hein! - balançou a cabeça e voltou a violar a fechadura do armário de Harry.

- Dizem que ele odeia o fato da universidade ser aberta para os menos favorecidos. - Zayn fofocou. - E odeia mais ainda ter que aturar os comunistas, incluindo nós.

- Merdinha elitista. - Tomlinson suspirou. - Consegui! - comemorou após abrir o armário. Tirou da bolsa a fita e a carta e deixou sua surpresa apoiada na pilha de livros. Fechou rapidamente e trancou outra vez. - Que Harry me perdoe por ter arrombado seu armário. Foi por uma boa causa, creio eu.

Harry chegou na escola alguns minutos atrasado, havia passado tempo demais escolhendo suas roupas e obteve um resultado impecável. Suas pernas esguias eram deliciosamente marcadas pela calça preta e as botas brancas de salto permitiam que ele desfilasse entre os outros estudantes. Usava uma blusa de lã e gola alta branca sob um sobretudo vermelho. Em seus cachos, uma boina clara dava um ar mais jovial ao rapaz de vinte anos.

Assim que desceu do Porsche, atraiu olhares, mas não se importou porque estava ocupado demais ao procurar a Kombi azul-calcinha de seu paquera. Sorriu aliviado quando viu o veículo mais adiante e caminhou para dentro do prédio, percebendo que os corredores ficavam cada vez mais vazios à medida que os alunos iam para as aulas.

Os saltos de suas botas fizeram um barulho baterem no chão quando ele andou mais rápido para chegar ao seu armário. Abriu-o com a chave e arregalou os olhos ao ver um papel dobrado e uma fita cassete. Seu coração se aqueceu e as bochechas coraram com o gesto. Pegou a surpresa e seus livros, caminhando para a classe distraído. Desdobrou o papel e leu.

Riu ao analisar a delicadeza do papel, não imaginou que Louis retribuiria daquela maneira. Mordeu o lábio com o ponto de interrogação depois de "amigo" e sorriu. Aquela dúvida já era um avanço, não?

Viu a nota atrás da fita, indicando as músicas que estavam gravadas:

Ele riu baixinho com "um beijinho na boca" e passou a mão pelo pescoço. Guardou a carta, a nota e a fita com cuidado na mochila e seguiu para a aula de Cálculo. Sentou-se em uma carteira perto de Niall e o outro notou como Harry estava radiante.

- O que houve? - indagou.

- O quê? Hm, nada. - sorriu, colocando seu caderno sobre a mesa. - Por quê?

- Parece apaixonado.

Eu estou apaixonado desde que vi Louis pela primeira vez, pensou. Sua atração pelo colega se tornara um sentimento de carinho e desejo de ficar ao seu lado. Tinha saudades de Tomlinson nos fins de semana e seu peito doía quando passava um dia sem vê-lo. Apreciava observar seu sorriso bonito e as ruguinhas que se formavam ao redor de seus olhos quando estava feliz. Gostava de segurar sua mão e sentir o contraste dos dedos grossos e ásperos com os seus finos e macios.

Sorriu pequeno ao se lembrar de quando assistiram E.T. - O Extra-Terrestre e Louis o acalentou quando chorou. Havia recebido um delicioso cafuné, um gesto simples que não precisava de muito para demonstrar carinho.

- Você está andando muito com Tomlinson. - Niall jogou no ar e Styles o olhou, não sabendo se deveria ou não contar a ele sobre seu envolvimento com o comunista.

Horan era seu único amigo do curso de Economia e além dele só tinha Louis, que era um candidato forte a namorado. Não se enturmou com os outros, sejam vermelhos ou azuis. O máximo que chegou foi trocar sorrisos amigáveis com os colegas de Tomlinson e nada mais. Harry não era um garoto popular e preferia assim, apesar de todos saberem quem era devido à sua filiação e aos negócios da família.

Contudo, não sabia se deveria confiar em Niall. Ele se demonstrava um bom amigo, mas Styles tinha um pé atrás em relação à sua boa vontade, achava que não era de coração. Já havia reparado nos olhares que ele trocava com Louis e via uma inimizade e supôs que fosse por causa das ideologias opostas. No entanto, percebeu que Tomlinson não se importava com a opinião do grupo azul ao ponto de fuzilá-los com o olhar e chegou à conclusão que os dois tinham um passado de discórdia que não envolvia apenas política.

- Ele é a minha dupla de Ciências Sociais. - Harry murmurou. - É natural andarmos juntos, temos tarefas a fazer.

- Ele te olha de um jeito estranho.

- Não, Niall, ele me olha normalmente. - assegurou, mesmo sabendo que Louis sempre o observava com ternura.

- Abra o olho, Harry, esse cara não presta. - disse baixinho. - Ele quer te levar para a cama.

Quem me dera, pensou. Harry estava louco para perder sua castidade e queria muito que sua primeira vez fosse com Louis. Desconfiava que Tomlinson o desejava, mas não tomava a iniciativa por estar inseguro, visto que quando se beijaram, Styles quem teve atitude.

- Isso não significa que ele não presta. - deu de ombros, despreocupado. - Muitos já quiseram me levar para a cama e nem por isso conseguiram.

- Não transe com ele, sério. - fez uma careta. - Louis é o tipo de cara que vai te comer e jogar fora.

- Eu sou um adulto, sei o que faço ou não. Se eu quiser transar com ele, eu vou e ninguém vai tirar isso da minha mente. Nem você.

- Harry...

- Se eu quiser dar para ele, ótimo. - virou-se para Niall e arqueou as sobrancelhas, irritado pela tentativa de manipulação. - Isso não te diz respeito. Se eu quisesse transar com aquele cara, - indicou um rapaz no fundo da sala, que afastava todos ao seu redor por seus péssimos hábitos de higiene. - eu teria transado. A minha vida sexual não te interessa, então fique calado. - avisou. - Eu nunca perguntei sobre sua intimidade, então não tem direito de especular sobre a minha.

- O que deu em você?

- Estou te dando limites. - disse com seriedade. - Há assuntos que são particulares e não devem ser expostos desta maneira.

- Harry, é sexo! Todos falam de sexo!

- Eu não. - falou. - Acredito que sexo seja um ato íntimo que duas pessoas em sintonia compartilham e deve ser mantido entre quatro paredes. Não é adequado espalhar as loucuras que se faz na cama para os outros.

- Você é recatado demais.

- Eu apenas não gosto de pôr a minha intimidade no centro da conversa. - ajeitou os cachos sobre o ombro esquerdo. - Não acha que dizer como seu parceiro é bom de cama pode causar inveja?

- Acho.

- Então, mantenha-se quieto. - sorriu sarcástico. - Algumas pessoas podem querer acabar com os relaciomentos alheios e sexo é uma ótima maneira de dobrar alguém. - alfinetou e olhou para o professor, que havia acabado de entrar na sala.

Mais tarde, Harry encontrou Louis na aula de Ciências Sociais. Sentou-se ao seu lado e segurou seu rosto com cuidado, vendo-o arregalar os olhos. Riu e beijou sua bochecha com carinho.

- Obrigado pela fita e a carta. - suas bochechas coraram. - Eu gostei muito. Você é bem romântico quando quer.

- Bem, eu tinha que retribuir o chocolate à altura. - encostou-se na cadeira e apoiou o tornozelo em um joelho. Styles mordeu o lábio, achando a pose sexy. - Já ouviu as músicas?

- Não tenho toca-fitas aqui.

Louis sorriu e apanhou sua mochila. Pegou o toca-fitas e removeu a que estava lá dentro. Estendeu a mão para Harry e ele colocou a fita que ganhou em sua palma. Tomlinson deixou-a no aparelho e ofereceu os fones ao paquera, que aceitou apenas um, para que escutassem juntos. Somebody to Love começou a tocar e Styles deitou a cabeça no ombro do outro, fechando os olhos.

Ooh, each morning I get up I die a little
Can barely stand on my feet
Take a look in the mirror and cry
Lord, what you're doing to me
I have spent all my years in believing you
But I just can't get no relief, Lord!
Somebody
Ooh somebody
Can anybody find me somebody to love?

I work hard every day of my life
I work 'til I ache in my bones
At the end
I take home my hard earned pay all on my own
I get down on my knees
And I start to pray
'Til the tears run down from my eyes
Lord, somebody (somebody), ooh somebody

- Can anybody find me somebody to love? - Louis cantarolou baixinho e beijou sua testa. Harry estremeceu, sentindo seus pêlos arrepiarem.

Mordeu o lábio e o abraçou, não ligando para o fato de estarem em uma sala cheia de alunos. Àquela altura, todos da universidade já deveriam achar que eram namorados, não tinham que esconder mais nada.

Logo a música acabou e passaram a escutar Time After Time. Styles se sentiu querido com a escolha e ergueu a cabeça para beijar a bochecha de Louis. Chegou em sua orelha e mordiscou o lóbulo devagar.

- If you're lost, you can look and you will find me; time after time. - sussurrou como uma promessa. - If you fall, I will catch you, I will be waiting; time after time...

Tomlinson não resistiu à voz baixa e rouca e agarrou os cabelos de Harry, selando seus lábios com suavidade. O coração do mais novo batia acelerado em sua caixa torácica pela iniciativa ter finalmente partido de Louis. Quando ele tentou separar suas bocas, Styles segurou seu rosto e pediu passagem com a língua, que não foi concedida. Arregalou os olhos com a negação e fitou o outro.

- Por quê...? - disse baixinho.

- Tem muita gente aqui, Hazzy. - sussurrou. - Não gosto de beijar em público, fico constrangido.

- Mas no estacionamento...

- Estávamos praticamente sozinhos. - selou seus lábios calmamente. - Aqui tem pelo menos trinta pessoas, não quero expôr algo tão íntimo desta maneira.

- Louis, é um beijo.

- Beijos são atos íntimos. - sorriu. - Além disso, as outras pessoas ficarão desconfortáveis se nos verem querendo engolir um ao outro.

- Ok. - riu com as palavras usadas.

- Sem namorico na sala! - o professor entrou e deu bronca nos dois. Louis parou a música e entregou a fita para Harry, que guardou em sua bolsa. - Hoje quero que troquem de duplas. Fiquem com alguém de posição social igual a sua. Quero analisar os textos e ver a diferença entre as formas de escrita e...

- Que coisa elitista! - Louis se ergueu, indignado. - Eu me recuso a passar por isso. Está claro que quer fazer tal coisa para humilhar os menos favorecidos. Somos pobres, mas somos inteligentes. Acha que não sabemos escrever?

- Sr. Tomlinson, só queria dizer que há uma diferença clara entre o vocabulário da burguesia e...

- Eu sei que há e isso que você está fazendo é ridículo! - falou. - Não temos condições de comprar muitos livros por mês para aumentar o nosso vocabulário. Muitos trabalham e não tem tempo de ficar na biblioteca. Professor, você está discriminando os pobres e eu não vou aguentar calado.

- Tomlinson!

- Você não pode separar uma classe entre pobres e ricos. Dentro desta sala de aula temos que ser visto com igualdade por você, professor. - lembrou. - É injusto o que quer fazer e eu não vou permitir.

- Sente-se e cale a sua boca, eu não preciso de sua opinião para saber como dar aula ou não! - ralhou.

- Agora que eu fico em pé! - riu em deboche e cruzou os braços. - Professor, use o cérebro. Se um aluno com pouco vocabulário fizer dupla com um que conhece palavras interessantes, eles vão trocar ideias e aprender juntos. Como educador, você deve querer o crescimento de seus alunos, não? Ou vai querer nos separar por classes sociais? Porque se for assim, tenho certeza que você preferiria manter os pobres fora dos portões da universidade. - arqueou as sobrancelhas. - Riquinho elitista.

- É por causa disso que não gosto de pobres na universidade. - admitiu seu preconceito. - Eles aprendem a pensar e isso é péssimo! Vocês começam a se revoltar contra os ricos e ameaçam a nossa existência.

- É uma pena que você seja professor, sabia? Sei que você é um Harrington-Buchanan, umas das famílias mais ricas do Reino Unido! O que está fazendo aqui, dando aula para estudantes que acha tão idiotas? - provocou. - Oh, o bebê deixou de receber a mesadinha do papai? - mudou seu tom de voz. Sabia que estava passando dos limites, mas estava envolvido demais para parar. - Que peninha, vai ter que trabalhar. Pense que podia ser pior, poderia estar sujando suas mãozinhas de seda lavando privadas. Oh, mas tome cuidado! Merdas costumam não sair do banheiro. - falou sem pensar e soube pelas expressões do homem que ele seria expulso da universidade, apedrejado e talvez decapitado em praça pública pelo próprio professor.

- Já chega, Tomlinson! - vociferou. - Vá direto para a reitoria!

- Não estou disposto.

- Louis Tomlinson! - o homem começou a ficar vermelho.

Vendo que o professor estava prestes a explodir, Harry se ergueu e segurou na mão de Tomlinson.

- Eu o levo, professor. - falou.

- Eu não... - Louis começou, mas se calou diante do olhar de Styles. Foi puxado para fora da sala e arrastado até a sala do reitor.

- Você passou dos limites, Louis. - balançou a cabeça. - Passou muito dos limites! Vai ser um milagre se continuar na universidade! Não posso acreditar que jogou sua carreira no lixo por causa de uma briga idiota. Você foi impulsivo e idiota! Idiota, Louis!

- Vai defender o Buchanan? - soltou sua mão do aperto do outro e Styles parou no meio do corredor para encará-lo.

- Louis, eu reconheço que ele estava errado em querer separar os alunos. - disse de modo ponderado. - Foi uma ideia ridícula, sim. Não o julgo por ficar indignado e expressar sua opinião, mas que porra, Louis! - suspirou e Tomlinson arregalou os olhos, não era comum ouvi-lo falando palavrões. - Você chamou Buchanan de merda na frente da turma toda! Isso foi um ato totalmente desrespeitoso e imprudente!

- Harry, eu sei que fiz merda e vou ser sincero com você: não passa nem um fio de cabelo naquela parte onde o sol não bate. - roeu suas unhas, preocupado com seu futuro. Não poderia levar mais tristeza à sua mãe. Johannah ainda estava abalada com a separação, embora não demonstrasse para não afetar os filhos. Louis não podia ser mais um motivo de lágrimas. - Cacete, eu sou muito burro!

Tomlinson caminhou com ele até a sala do reitor e Harry o abraçou antes de entrar. Não falou nada, a julgar pelas expressões de decepção do outro. Suspirou e entrou na sala, esperando Harrington-Buchanan aparecer para prestar sua queixa.

Por uma espécie de milagre, Louis não foi expulso da universidade. Assinou uma advertência enorme e saiu da sala com o papel, encontrando Harry sentado no banco de espera. Styles correu para abraçá-lo e Tomlinson sorriu, afagando seus cachos.

- E então? Você foi expulso? - mordeu o lábio em apreensão, não tinha certeza se queria realmente saber a resposta.

- Não. Ganhei uma advertência e se eu tiver mais uma, serei suspenso. - murmurou, caminhando para o estacionamento com a mão em sua cintura.

- Aprenda a se controlar! - deu um soquinho em seu ombro. - Que saco, Louis! Meu coração quase parou em desespero, esse campus ficaria muito chato sem você! Provoque os alunos, não os professores. Não pode mexer com eles, querendo ou não são autoridade máxima na sala de aula!

- Eu entendi, meu gatinho bravo. - riu, puxando-o mais para perto de seu corpo. - Terei mais cuidado, principalmente se meu intuito for provocar você. Não quero nem imaginar o que pode acontecer às minhas bolas.

- Nada de grave. - suas bochechas coraram. O que posso fazer de mal a um território tão desconhecido?, pensou.

Imediatamente lembranças de seus sonhos indecentes vieram à sua mente e ele engoliu em seco, seu desejo aumentando por estar abraçado com Louis.

Resista, Harry.

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