Uma família para o mafioso...

By ManueleCruz

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O LIVRO 1 E 2 SERÃO POSTADOS AQUI! A história de Bruno Rodriguez e Pamela De La Torre Sinopse livro 1: Bruno... More

Sinopse
Para ler os capítulos atualizados
Livro 1
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Epílogo
LIVRO 2
Primeira fase
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Segunda fase
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28

Capítulo 20

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By ManueleCruz


**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

Pamela De La Torre


— Desculpa ter falado assim, sendo tão direto. — Gallardo fala comigo, me entregando um copo com água.

Até tomo um gole, mas acabo cuspindo tudo, com a vontade de vomitar.

Ácido para ''derreter'' meu corpo e o de Adriana.

Minha própria mãe.

— E como será agora? — pergunto quando me acalmo.

— Bruno está lá fora, já me avisaram. — Gallardo continua. — Agora essa prisão servirá para manter Morgana aqui por um tempo, e torcer para que entendam que o ácido e os toneis eram para corpos.

— Entender?

— Temos uma tentativa de homicídio clara e uma agressão contra Adriana, como vão interpretar esse caso? Assassinos nem estão passando cinco anos presos, ainda mais uma tentativa de homicídio. Seu caso me interessa por Melina, se não fosse isso, seria mais um entre tantos.

Minha esperança cai um pouco.

— Corre o risco de Morgana aguardar em liberdade?

— Sim, corre o risco. Se considerarem, podem até dar o valor da fiança e ela ser solta quando pagarem, caso contrário, aguardará aqui ou em um presídio.

— O que precisa ser feito para que Morgana aguarde presa?

Gallardo pede para esperar e depois sai da sala. Olho para o escrivão, que dá um sorriso apaziguador, meio solidário, mas não fala nada.

Não é a primeira vez que escuta algo assim...

— Pam, como está? — é o Bruno aqui.

E, nesse momento, só de escutar a voz de um conhecido, ainda mais sendo Bruno, eu começo a chorar.

Minhas vistas embaçam e levanto da cadeira, encontrando com seu corpo — já que ele estava vindo a minha direção —, e o abraço com força.

Começo a chorar com força, enquanto Bruno tenta me tranquilizar.

— Ela ia me derreter, Bruno! — minhas palavras saem sufocadas, já que estou com o rosto contra seu corpo. — Minha mãe ia cortar e derreter, Adriana e eu.

— Meu Jesus Cristo! — ele me abraça com força.

— Ela é louca, mas nunca imaginei...

— Calma, Pam. Ficará tudo bem, estamos aqui agora.

Ele me abraça, acaricia minhas costas...

Se Morgana faria isso com as filhas, o que ela não fez com Melina?

— Precisamos continuar a conversa. — afasto-me de Bruno, quase o empurrando, quando Gallardo retorna a sala. — Desculpa, mas precisamos ser rápidos sobre Melina. Porque se Morgana derreteria meu corpo, o que ela não fez com Melina?

— O que seria derreter? — Bruno pergunta.

— Ácido. — Gallardo responde.

Bruno arregala os olhos.

— Mas precisamos falar sobre Melina agora. — Gallardo aponta para as cadeiras. Bruno senta ao meu lado. — Como estava falando com Pamela, o que Morgana fez contra ela e Adriana, talvez não deixe tanto tempo presa. E fui informado sobre uma interdição.

— Sim, Morgana me interditou.

— Conte-me a história.

Conto toda a história, os anos de humilhações, a gravidez, depois da gravidez, meu surto após escutar sobre os ossos não serem de um bebê, sobre o fogo não poder deixar só os ossos, sobre ter sido internada naquela noite e depois disso viver uma série de internações sem sentido, minha internação no hospital psiquiátrico em San José, meu vício em drogas, os gatilhos, torturas psicológicas, os boatos sobre Melina não ter morrido e mais sequestros terem acontecido naquele lugar...

Passaram horas e horas, estamos aqui conversando sobre cada detalhe, tudo.

— Entendi a situação. — Gallardo fala. — Vamos lá, sobre sua interdição, caso fácil após essa tentativa de homicídio. Falarei com um juiz da vara da família, e dando tudo certo, porque dá para ver que você tem sanidade, você será uma pessoa livre.

Solto todo ar pela boca, como se uma tonelada tivesse sido retirada de mim, porém, tem mais dez toneladas!

— Quando fomos chamados pelos vizinhos, eles falaram sobre esses dias terem escutado muitos barulhos na casa de vocês, TV no volume máximo. Provavelmente tinham brigas.

— Moisés e Morgana. — falo.

— Não temos nada contra Moisés. Até mesmo pelo que me disse, o seu passado, pode entrar como negligência, nada de grandioso em termo de justiça, sem prisão, sem indenização, nada. As últimas semanas ele foi violento com Morgana, xingou você e Adriana, mas nem ao menos agrediu...

— Apertos e empurrões, nada mais que isso.

— Então, nem mesmo Morgana vai denunciá-lo. Acabaram de perguntar novamente sobre o nariz e ela continua te culpando, Pamela. Se ela culpasse Moisés, prenderíamos e daríamos um jeito de deixá-lo aqui, porém, sendo sincero... — encolhe os ombros. — Desculpe, Pamela, mas eu só posso ajudar com a retirada da interdição, em dois dias você será livre...

— Espera, mas eu falei sobre Melina como pediu. — olho para Bruno, não está surpreso. — Bruno, você disse que ele ajudaria!

— Depois conversaremos sobre os outros detalhes. — ele segura a minha mão.

— É, temos que conversar mesmo, pois eu não entendo nada da sua vida.

— Pamela, eu me interessei sim pelo caso de Melina. — olho para Gallardo, desfocando da vida de Bruno. — Eu quero ajudar, mas quando escutei falar sobre isso, eu pensei que estávamos falando de um caso dessa cidade, município ou Estado. Não aconteceu nem mesmo na nossa região, isso veio lá do Sul e somos do Norte. Não faz parte da minha jurisdição. E vendo como estava incerta em me contar antes, e sabendo que isso não aconteceu aqui, devo supor que você desconfia da polícia de lá. Então sabemos que eles vão dificultar a nossa vida. Eu não posso pedir qualquer investigação, qualquer ação lá, sem provas. Nem mesmo me juntar a eles, já que informou que crianças desapareceram e nunca se preocuparam. Eles darão um prazo, se não conseguirmos algo, teremos que sair de lá. Vocês saem com alvos nas costas, e eu com um possível afastamento do trabalho. É complicado. Se fosse no Estado vizinho, eu tentaria ir, mas não posso agir tão longe assim, e mesmo se eu pedir, o delegado de lá saberá, dará tempo dele negar, dele mexer os pauzinhos e se livrar de qualquer coisa que incrimine os Bianchi ou qualquer outra pessoa.

— Se dermos provas poderá prosseguir, não é?

— Sim, Bruno.

Bruno segura a minha mão.

— Pamela, o plano não mudou. — olho para Bruno. — O plano era esse mesmo, investigarmos para termos provas e entregar ao delegado.

— Entregando provas, a corregedoria aceitará e nem vai comunicar nada ao outro delegado, será sigiloso para pegarmos os culpados. — Gallardo fala, e sinto confiança em suas palavras. — Entreguem provas e aí sim teremos um avanço.

— Provas faladas servem mesmo? — pergunto.

— Se tanta gente sumiu e não houve investigação, sim, servirá muito. Porque nem eu escutei falar sobre isso. Tragam provas e garanto que a primeira coisa a ser feita será um pedido judicial para exumar o corpo, sem nem precisar de Morgana. Sem prova, não posso pedir nada disso.

Respiro fundo.

— Certo. — concordo. — Traremos provas.

— Façam isso em até uma semana. Tentarei ao máximo fazer com que a liberação saia em dois dias. O juiz terá que liberar você, para que possa ser responsável por si mesma.

— Os exames? Os...

— Não, Pamela. Se estão obstinados a acharem essa resposta, eu quero ajudar. Esse caso me interessa, porém, não posso entrar nisso no momento. A interdição terminará em dois dias, no máximo. Mas preciso de respostas em uma semana. Daqui a pouco sairá a decisão se Morgana terá direito a fiança ou não. Se for aceito, o máximo que poderei fazer é deixá-la presa por uma semana, sem chance de fiança, colocar a culpa no sistema. Mas, depois disso, ela terá que saber se pode pagar fiança ou não. E se puder pagar, provavelmente terá gente para pagar. Ou para ajudar, ou para calar a boca de Morgana para sempre.

— Então temos cinco dias, já que Pamela ficará livre em dois dias e deve precisar assinar papéis. — Bruno parece pensativo. — Dá tempo.

— É perigoso, Pamela e Adriana não poderão passar dias nessa cidade. — presto atenção em Gallardo. — Elas não entram na proteção à testemunha porque a culpada está presa, e não existe prova que Morgana tem cúmplice.

— Tenho lugar para ela. Ficará segura junto a irmã.

— Não tem como colocar gente atrás de Moisés? — questiono. Gallardo coça a barba. — O que foi?

— Ele é esperto. Durante essas horas de conversa, estou saindo da sala e recebendo informações. Já seguiram Moisés, ele gosta de brincar de gato e rato.

— O que significa?

— Que nem o mais experiente conseguiu ficar perto dele sem que Moisés percebesse. Em dez minutos Moisés contornou e já estava dando ''oi'' para o policial apaisana. Moisés é experiente. Seguir em frente naquele momento poderia ser perigoso. Então é melhor me dar provas, claro que ficaremos de olho em Moisés, mas parece que estamos falando de um homem que sabe bem o que faz.

— Onde ele está agora?

— Depois que saiu daqui, Moisés está no trabalho.

— Cinco dias. — tomo fôlego. — Conseguiremos.

Nos despedimos de Gallardo, mas antes eu peço um favor.


(...)


— Eu não quero falar com essa garota! — Morgana grita. Seu nariz está tão escuro que acho que ele cairá em algum momento. Ela está sentada na cadeira, apenas uma mesa a frente dela. Só nós duas, ela algemada. — Guarda, eu não quero...

— Tão fragilizada, tão medrosa. — fecho a porta. — Diferente da Morgana que estava tentando matar Adriana, e que depois estava em cima de mim tentando me sufocar.

— O que quer? Quer saber de Melina? Claro que é. Solte-me e eu conto! — sorri, como se fosse vitoriosa. — Não sou idiota, deve ter escutas aqui.

— Sempre arrogante. Sempre achando que é a mulher de classe média...

— Alta! Classe média alta! Quase rica!

— O seu passado de prostituta te fez ficar com esse complexo de inferioridade, você continua achando que é inferior, por isso sempre quer mostrar superioridade. Aí no fundo você sabe, aí grita a puta que você é. Espera, não posso ofender as putas!

— Se pensa que pode me ofender...

— Você não falou de Melina para Moisés. Você não disse a ele que me contou. — olho para sua garganta, ela engole em seco. Eles não saberão que eu sei, porque se Morgana falar do assunto, ela terá feito merda, traiu seus parceiros. — Não vai ameaçar Melina, porque não pode falar o que fez.

— Eu sairei daqui a pouco, e eu vou te colocar no sanatório novamente. — ameaça e eu quero rir. — Você é doente, uma viciada! Eu continuo mandando em você!

— Grita, Morgana! Grita! — bato na mesa. Bato tão forte que minha mão dói. — Sinta o que eu senti!

— Humilhação barata. — sorri. — Nem para isso serve.

Sorrio para Morgana.

— Está certa. Humilhar é chato, Morgana. Só serve para uma infeliz, puta, que se arrasta para seu marido...

— Calada!

— Você quem manda, Morgana!

E com a rapidez — que até me admira —, agarro os cabelos de Morgana, a parte da frente, e empurro contra a mesa de ferro. Empurro com força. Seu grito de dor sendo pior do que quando eu apertei lá no quarto.

Levanto sua cabeça, seu nariz todo ensanguentado, agora a boca e a testa...

— Polícia! — Morgana grita. — Chamem a polícia!

Repito a ação novamente. O estrondo de sua cara batendo, se chocando em uma mesa de ferro me dá satisfação.

A testa de Morgana volta com um machucado enorme, cortado, praticamente um buraco de sangue. Assim como sua boca ensanguentada, nariz ainda pior...

— Socorro!

Repito novamente. E agora sim ela parece que vai desmaiar, vai desfalecer.

Se matá-la, não sairei daqui!

Solto seu cabelo, ela cai não chão. A mesa suja do seu sangue, dois dentes caídos.

— Nem adianta denunciar. — aviso. — Não toquei em você, não tem minha digital, e ninguém me viu entrando aqui!

— Eu odeio você! — olho para Morgana, chorando, ensanguentada no chão. Nem ao menos consegue se levantar por conta das algemas. Ela cospe o sangue, está banhada nele. — Eu odeio você!

— É o começo, Morgana. — sorrio. — É apenas o começo.

Saio da sala.

— Morgana precisará ser socorrida. — o policial fala comigo. — Mesmo com o desejo dela morrer afogada no próprio sangue.

Apenas assinto, balançando a cabeça.

Afasto-me dali, escutando os pedidos de Morgana para que eu seja presa. Ninguém me para.

— Tudo bem? — Bruno pergunta, colocando a mão na minha cintura e me acompanhando para fora da delegacia.

— Sim, não furei o olho dela, mas arrebentei a cara e arranquei dentes. — meu suspiro sai com a mais pura satisfação. — É, deu pro gasto.

Beija minha testa.

— Eu ainda quero saber qual é a sua, Bruno.

— Daqui a pouco, Pam.

E quando saímos da delegacia, encontro cinco carros pretos parados.

Dentro de um carro vejo Adriana com um curativo no olho, ao lado de Evelyn, Solange e Luan.

— O que é isso? — olho para Bruno.

— Seguranças, sicários, como preferir chamar. — Bruno aperta a minha mão. — Bem-vinda ao cartel de Puebla, Pam.

— Como é que é?

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