Uma família para o mafioso...

De ManueleCruz

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O LIVRO 1 E 2 SERÃO POSTADOS AQUI! A história de Bruno Rodriguez e Pamela De La Torre Sinopse livro 1: Bruno... Mais

Sinopse
Para ler os capítulos atualizados
Livro 1
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Epílogo
LIVRO 2
Primeira fase
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Segunda fase
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capitulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Terceira fase
Capítulo 36

Capítulo 15

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De ManueleCruz


**REPOSTADO NOVA VERSÃO**

Pamela De La Torre


É real, é um circo dos horrores, porém, eu sou o espetáculo.

São dez pessoas, Leandro e seus pais, e outros sete desconhecidos.

Meu estômago revira, fico paralisada, pensando se eles sabem de algo e por isso estão reunidos aqui. Se desconfiam de algo e esse é o modo de deixar claro que estão por perto e unidos.

Morgana me puxa pelo ombro, em um abraço apertado.

Meu coração palpita. Sinto nojo, raiva e medo.

— Pamela, como sabe, Leandro preparou uma festa de aniversário para você. — Morgana começa a falar, com uma voz falsa, exalando felicidade forçada. — Mas, devido a alguns acontecimentos tristes, não pudemos comemorar. Então, para simbolizar um novo recomeço, remarcamos a festa para hoje.

— Recomeço de? — pergunto, olhando para toda essa gente sorrindo fingindo alegria. Sendo que são os culpados por minha tristeza, por minha destruição. — Não estou entendendo nada.

— Pamela. — Leandro tenta se aproximar de mim, mas dou um passo para trás, só não saio daqui porque Morgana me segura com bastante força. — Sei que fui errado em vários sentidos, mas eu tento mudar o modo como me enxerga. Essa é a minha forma de mostrar que estou disposto a tentar de tudo para ter você...

— Tentativas frustradas, jamais voltarei com você.

— Pamela! — Morgana grita. — Sem showzinho!

— Showzinho é o que fazem com minha vida! — tiro suas mãos de mim. Morgana parece sem graça, envergonhada. Moisés está com raiva. Os pais de Leandro apenas assistem tudo isso com cara de desgosto. O resto está sem entender direito o que acontece. — Fazer um jantar de aniversário só para me juntar com um cara que eu detesto e deixo claro que não quero relacionamento!

— Pamela, uma vez na sua vida. — Morgana segura a minha mão e praticamente implora. — Não me faça passar essa vergonha.

Sério, é certeza, eles não desconfiam da minha desconfiança.

Morgana é genuína ao pedir para não a fazer passar vergonha. Esse jantar, realmente, é para tentar me juntar com Leandro, sem a intenção de ficar me vigiando. Tanto que Morgana está desesperada para passar uma boa imagem a família Bianchi.

E é isso que não entendo.

Essa família não me aceitou antes, roubaram minha filha, e por que me aceitam depois de tantos anos? Por que forçam a barra para que fique com Leandro?

— Eu cometi erros com você, Pamela. — Leandro fala, olho para ele, vendo seus olhos brilhando de lágrimas não derramadas. — Mas eu sempre estive aqui por você, sempre! Até quando desapareceu eu parei de trabalhar para ajudar nas procuras.

— Parou porque quis...

— Porque te amo! — falo mais alto. — Por isso meus familiares estão aqui. — abaixa o tom de voz. — Eles te aceitam agora, sabem o meu amor por você e nos aprovam juntos.

— Eu não aprovo. — e a mão de Morgana vem na minha boca, uma atitude patética para me calar.

— Pamela, por favor, o que custa dar uma chance?

— Seus amigos não te contaram nada, Pamela? — olho para Janice, a mãe de Leandro. Eu odiava essa mulher antes, agora odeio muito mais. — Que Leandro ficou tão emotivo, tão preocupado com seu desaparecimento que desabafou com eles? Que falou até da minha neta morta?

''Minha neta''.

Autocontrole, não pode voar na cara dela e quebrar todinha, Pamela, pelo menos, não agora!

— Olha se alguém não quebrou a regra de falar sobre Melina! — falo isso depois de enfiar minhas unhas na mão de Morgana e ela me soltar. — O segredinho sujo...

— Por desespero, garota! — agora é Gianluigi, o pai de Leandro, que fala. — Você sempre mexeu com nosso filho, com o psicológico dele. Não concordamos com esse relacionamento, mas se ele te ama tanto, que tente conquistar você, mesmo que não valha a pena.

Mexo com o psicológico de Leandro...

Deus, por que isso acontece comigo?

— Não chore, Pamela. — Leandro tenta me tocar, mas bato em sua mão e ele para de tentar, na verdade, ele até parece derrotado. — Eu só queria te fazer sorrir após tudo.

— Após tudo o que? — grito. — Após eu pedir para parar de me procurar? De me esquecer? Eu não te quero! Aceite isso. Escuta seus pais, eles nem gostam de mim. Obedeça-os, como fez anos atrás que me abandonou grávida. Apenas me esqueça.

— Ele não abandou você, Pamela. — eu quero matar a Janice! Todo mundo, na verdade. — Leandro era apenas uma criança, assim como você...

— Foda-se! — grito.

Ah, mas que ódio!

Um simples xingamento é como uma grande ofensa, um crime. Eles me encaram como se eu fosse a louca, a pior pessoa daqui.

Eu disse que é um circo dos horrores.

— Venha comigo, Pamela! — Moisés me agarra pelo braço, me puxa com força, e me arrasta para dentro de casa. Tento tirar suas mãos de mim, tento bater nele, mas ele só piora o seu aperto. E quando chegamos a sala, ele me joga no sofá. Caio sem jeito, deitada nele. Preparo-me para uma surra que levarei. — Quando vai parar de agir como uma menina mimada, hein?

Olho para cima. Morgana e Moisés com raiva, Adriana com mais raiva encarando os pais.

— Eu já disse que não quero Leandro...

Moisés se aproxima de mim, apertando meus dois braços. Vejo rapidamente que Adriana tenta vir me ajudar, mas é a vez dela ser impedida por Morgana.

— Não é questão de querer ou não, sua tonta! — me chacoalha. Segura meus ombros e me sacode com força. Depois fala, com seu rosto muito próximo ao meu. — É questão de negócios. A família de Leandro é rica. Por alguma razão estúpida, aquele cara te ama. Então, aceite logo isso e pare de nos envergonhar.

— Nunca terei algo com ele só pelo dinheiro.

Moisés me empurra com força, minha sorte é que o sofá é macio e não me machuco.

— Vocês são doentes! — Adriana grita.

— Calada! — Moisés grita. — Você já causou...

— Sabe o que eles querem, Pamela? — olho para Adriana. — Aquele jantar ali não é para você. Leandro aproveitou para se declarar, mas aquele cara mais novo que está ali fora veio aqui para me conhecer. Porque o novo plano do nosso papai e da nossa mamãe é me juntar com aquela família!

Então não tem nada a ver comigo.

Essa gente é tão doente que aceita minha irmã com um deles?

— Porque eu não sou heterossexual! — ok, por essa eu não esperava.

— Cale-se, Adriana! — Morgana grita, colocando as mãos nos ouvidos. — Eu não quero mais ouvir suas sandices!

— Pois é, Pam. Eles não queriam que eu te avisasse do jantar porque achou que você se comportaria e eles teriam um jantar normal, e que eu não contaria sobre ser lésbica. Sim, gosto de mulher desde sempre! — as lágrimas de Adriana começam a cair, e sei que é como eu, de raiva. — Eles me prenderam por causa disso também. Quiseram mandar em mim porque descobriram que eu tinha namorada, e agora que voltei, já arrumaram um homem escroto para mim.

— Ele não é escroto, Adriana. Nem o conheceu...

— O homem que olha para mim e diz que dou para o gasto, é escroto sim, Moisés. E se você me amasse, me respeitaria.

— Você que não me respeita, Adriana. Dançarina de rebolar a bunda, agora essa indecisão de gostar de homem ou de mulher. — Moisés cospe suas palavras. —Agora eu vejo que são duas iguais. E que a culpa só pode ter sido dessa aí. — aponta para Morgana. A mulher abre a boca, mas só sabe chorar. — Eu não sou o pai de Pamela e ela é uma vadia viciada, e você é uma vadia também, Adriana. E o gene é todo dessa aí que chamam de mãe. — se eu não soubesse o quanto Morgana é ruim, sentiria pena. — Recomponham-se e voltem para o jantar. Sem mais dramas.

Ele ajeita o cabelo e a roupa, depois sai de casa.

Ficamos caladas, Morgana parecendo processar tudo em sua mente.

— Então é assim? — Adriana quebra o silêncio da sala. — Ele manda e você obedece?

Morgana levanta a cabeça lentamente.

— Moisés sabe o que faz. — ela começa a enxugar o rosto.

— Em tudo? — Adriana pergunta. — Acha certo esse tratamento...

— Recomponham-se, anda! — Morgana grita. — E não me façam passar vergonha novamente. Aquela família é importante. Então isso aqui foi apenas drama familiar, nada mais.

Ainda bem que não senti pena!

Morgana não sai de perto, provavelmente para que eu ou Adriana não saia daqui. Assim que Morgana acha que estamos bem, voltamos aos fundos da casa, onde todos conversam de modo animado.

— Resolveram o drama familiar? — a outra mulher mais velha pergunta, de modo irônico. E acho que essa é a ''futura sogra'' de Adriana. — Sem mais drama por hoje?

— Claro. — Morgana sorri. Uma robozinha programada por Moisés. — É que citar uma perda ainda causa muita dor a família.

— Sim, entendo bem disso. — Janice acaricia as costas de Leandro. — Também perdemos Melina.

Cretina, desgraçada! Nojo dela citando a minha filha com esse ''sentimentalismo'' todo.

Engulo todas as minhas palavras raivosas e sento na cadeira.

Um pedaço de carne é jogado no meu prato com tanta grosseria que o prato quase virou. E foi Moisés quem fez isso.

— Seja educada e coma. — rosna no meu ouvido, causando arrepio e calafrio.

— Sou vegana. — rosno a mentira e o encaro.

— Então coma o mato. — Morgana que se aproxima sussurrando em meu ouvido. — Como a vaca que é.

É uma tortura, só pode.

Calma, Pamela, respira. Não perca a cabeça, não faça nada que se arrependerá depois.

— Não vai comer, Pam? — olho para Leandro. — Está gostoso.

— Sou vegana.

— Desde quando?

— Desde quando vi um boi sendo morto, suas vísceras sendo arrancadas, o sangue jorrando, o boi mugindo enquanto...

— Entendemos, Pamela! — Morgana grita, sentada no seu lugar. O resto tem cara de nojo, Adriana olha para seu pretende com ódio. — Então fique calada.

Nunca que vou comer algo daqui, na verdade, acho que nunca mais comerei algo dessa casa.

A conversa agora é sobre negócios, sobre preço do dólar, euro, mercado petroleiro... Chatices!

— Podemos conversar? — olho para Leandro, que faz o ''convite''. — Por favor?

— Leandro, eu não...

— Por favor, eu juro que não te irrito mais hoje.

— Não irrite nunca mais.

— Pam...

— Ok, que saco! — rosno, levantando da cadeira e saindo de lá sem qualquer educação. Não vou muito longe, fico na entrada da casa. — Que é?

— Eu vim pedir desculpas. Eu não sei se aquele povo falou algo, mas voltei sobre Melina e a chamei de ''filho'', foi apenas uma maneira de falar.

— Por que falou de Melina? — olho para seu nariz, ainda roxo e com curativo, trabalho maravilhoso feito por Bruno. — Sempre falaram que não poderíamos citá-la...

— Medo de te perder, Pam. — segura a minha mão, mas retiro rapidamente. — Uma semana sem saber de você, me preocupei e acabei desabafando. Sei que não estava com você no pior momento de nossas vidas, mas eu sou um homem agora. Um homem maduro, responsável...

— Parabéns, mas não quero você. — ele parece triste. Eu não entendo a jogada dessa gente. — Nem você me quer, Leandro. Por que se engana?

— Como assim me engano?

— Você me quer por causa da Melina, você se sente culpado. — eu sempre pensei isso, só que achava que seria pela culpa de não ter ficado ao nosso lado, mas agora eu acredito que ele sabe sobre Melina, e por isso estava em uma orgia, não sofreu porque Melina não morreu. — Você se sente culpado pela morte de Melina?

Leandro parece perdido em pensamentos. Seu corpo está aqui, mas sua mente lá longe, talvez no dia do incêndio.

— Se Melina pudesse ser salva, você a salvaria? — parecendo acordar do transe, ele olha para mim, ainda sem responder. — Se Melina estivesse viva, hoje, agora, se um incêndio acontecesse, se pessoas ruins quisessem nossa filha, você a salvaria? Se sente culpa pelo que não fez, se fosse agora, você continuaria não fazendo, ou faria diferente? Salvaria Melina?

Fecha os olhos, pressiona os lábios um no outro e abaixa a cabeça.

— Boa noite, Pamela. — sem olhar para mim, ele se afasta, indo na direção da saída.

— Então não mudou, Leandro! — grito. — Você sente culpa pelo que me causou, não sobre Melina. Não amadureceu, continua o covarde de sempre!

— Melina não existe mais, Pamela! — fala sem olhar para mim.

— Nunca existiu na sua vida, de qualquer jeito. Então pare de me procurar, conviva com sua culpa!

— Eu convivo com ela todo dia. — olha para mim.

— Fico feliz por isso. — faz cara de dor. — Porque a culpa maior é sua!

Não deixo que fale algo, volto para a área dos fundos, para a mesa. A confraternização escrota de pessoas escrotas, que só se importam com dinheiro.

E se Leandro sentir culpa pelo que fez com Melina e quer contar? Quer ajudar, mas tem medo? Ou pode ser culpa por isso, mas não está afim de ajudar, apenas de amenizar tudo casando comigo...

Eu não entendo.

Se Morgana e Moisés mantém contato com essa gente, eles continuam fazendo negócios? Continuam sequestrando crianças?

Quando volto para a mesa, Janice já vai abrindo a boca, certamente para perguntar sobre seu filho.

— Essa festa está muito desanimada! — Adriana levanta da cadeira e pega o celular, chamando a atenção de todos. — Essa música é muito desanimada.

— Adriana...

— Moisés, relaxa, só quero animar esse jantar incrível de aniversário e namoro arranjado.

Em um toque, a música muda. De uma clássica para funk. Ou melhor, eu conheço essa música: Rave do pump it.

O choque do povo da mesa com a letra me faz rir. Adriana tentando dançar me faz querer gritar de alegria, mas eu dou crise de riso quando um Moisés sai correndo atrás de Adriana, para pegar seu celular, e quando Morgana corre para tentar desligar o som. Tão nervosa que aperta todos os botões, menos o que desliga.

— Gian, eu não sei se quero essa garota como minha nora. — o homem fala para o pai de Leandro.

As mulheres murmuram sobre a obscenidade da música, sobre a loucura do lugar. O pretendente tem olhar de nojo para Adriana.

O som termina quando, finalmente, Morgana acerta o botão de desligar.

Adriana para de correr e Moisés segura seu braço com força.

— Você tá louca, porra? — Moisés grita.

— Desculpa. — Morgana quase implora para seus convidados. — Por favor...

— Morgana, não. — todos levantam da mesa. Janice coloca a mão para frente, mandando Morgana ficar em seu lugar. — Pamela é uma viciada com motivos, por isso aceitaríamos dar uma chance a essa família com Adriana, mas ela é pior que Pamela!

O funk do ''foda-se'' começa a tocar.

— Adriana! — Morgana grita, correndo para desligar o som. — Como ela ligou de longe?

Moisés pega o celular de Adriana.

— Desculpem-me...

— Chega! — Gianluigi dá um basta, interrompendo mais pedidos de desculpas dados por Morgana. — Eu nunca esperei que um jantar desse eu escutaria uma música sobre pênis e vagina...

— A letra não tem pênis! — Adriana grita. — Ele fala piroca...

Moisés tapa a boca de Adriana.

— Apenas calem-se! — Gianluigi grita. — A partir de hoje, sem interação entre nossas famílias. Leandro que sofra no canto dele, Adriana que vá ser uma puta em outro canto. Apenas chega de tentar socializar conosco. Vocês são pobres, sempre foram. Uma vez com alma de pobre, sempre com alma de pobre.

Morgana se humilha, quase ajoelhando, quase agarrando-os e chorando para voltarem e darem uma chance.

É patético!

Mais patético ainda se for pensar que eles deram Melina a essa gente só por status.

— Satisfeita? — Moisés grita, indo até Morgana. — Eu sempre pensei que aquela ali fosse a pior, mas nem Pamela nos fez passar tanta vergonha.

— Vocês me obrigariam a ficar com aquele cara...

— Adriana, nem você nem sabe o que é bom para você. Tudo culpa sua! — Moisés aponta para Morgana. — Seu único trabalho era cuidar de duas filhas, nem para isso prestou. Anos sendo dondoca, sendo bancada pelo babaca aqui. E, no fim, ainda faz tudo errado! Nem para ser mãe presta!

Morgana cai no choro, senta no chão e desaba em choro.

— Seu pai estava certo, Morgana. Para ficar com você, só gritando, só pondo em uma coleira e ditando o que fazer. Você é um lixo! Arrumem essa porra agora, só vão dormir quando tudo estiver brilhando! — eu nunca vi Moisés tão irritando. — Engole o choro, engole! — grita com Morgana, que o obedece. — Levante-se e trabalhe, ande!

Morgana levanta, trêmula, fraca, e cai novamente quando Moisés dá um tapa bem forte em seu rosto.

Meu coração para e volta mais acelerado quando noto o quanto esse cara está transtornado.

— Se derem um passo para ajudá-la, farei com que limpem tudo com a língua. — olha para mim e para Adriana. — Estão me entendendo?

— Estamos! — respondemos.

— Limpem logo isso!

Ele senta na cadeira, abre uma garrafa de cerveja, e viramos serviçais sendo observadas por seu capataz.

É doentio, me causa tremor na espinha de tanto medo.

Porém, agora, três dias depois, Adriana e eu estamos esquecidas nessa casa. Apenas Moisés discutindo com Morgana, reclamando o quanto ela é imprestável e ele tentando reaproximação com os Bianchi. Moisés sendo o melhor de todos, e nós três, incluindo Morgana, sendo a escória.

E Morgana nem se importa comigo e com Adriana, ela apenas corre atrás do homem que ama.

Dois doentes, e agora vejo que o prazer de Moisés está em humilhar, em mandar, em ser algoz, torturar psicologicamente. Ele sorri quando faz isso com Morgana.

Ela é sua diversão no momento.

É muito doentio.

Ele ama controlar, como fez comigo e com Adriana.

Agora vejo que Morgana era uma aprendiz, ele é o cara que realmente sabe como fazer.

Porém, acabamos mudando o foco da atenção deles. Sabemos que não é permanente, que daqui a pouco Moisés voltará a nos importunar. Mas, agora, estamos mais próximos de sair em busca de respostas.

Até o momento, o plano continua dando certo.

E espero que continue assim.

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