yellow list | yoonmin

By jksanrio

25.3K 3.9K 1.7K

[CONCLUÍDA] No outono de 1999, durante um breve recesso escolar, Park Jimin conheceu Min Yoongi, o filho mais... More

[ × ] Avisos!
[00] Prólogo.
[01] Ponto e vírgula.
[02] Entre janelas.
[2.1] Inocente?
[03] Problemas de família.
[3.1] Primeiro sinal.
[04] Sonolento.
[05] Borboletas.
[06] Piadas.
[07] Ônibus.
[7.1] Taehyung?
[08] Rankings.
[09] Marijuana.
[10] Motivos.
[10.1] Festa!
[11] Segredos.
[12] Jovens e outras drogas.
[12.1] Segundo sinal.
[13] Lábios.
[13.1] Pessoal.
[14] A p***a do beijo.
[15] Bom sentimento.
[15.1] Poeta.
[16.1] Terceiro sinal.
[17] Omelas.
[17.1] Melhor amigo.
[18] Segredos à beira mar.
[18.1] Quarto sinal.
[18.2] Gosto disso, gosto de você.
[19] Guitarra.
[19.1] Namorado.
[20] Nosso futuro.
[20.1] Meu céu.
[20.2] Quinto sinal.
[21] Amor.
[21.1] Sozinho.
[21.2] Sexto sinal.
[22] Exaustão.
[22.1] Canto de paz.
[23] Silêncio.
[23.1] Sem resposta.
[24] Epílogo; o último adeus.
[25] Extra; almas gêmeas.

[16] Epifania.

429 80 55
By jksanrio

O que fazer em uma quinta-feira, de madrugada, sabendo que você tem aula no dia seguinte? Se você respondeu dormir, errou muito feio, pois a resposta correta é assistir animes de terror.

Eu precisava relaxar. Minha semana tá uma bela merda. Primeiro porque, desde segunda, Yoongi tá estranho comigo... com todo mundo na verdade. Tae falou que ele deve estar passando por alguma coisa a qual ainda não tá preparado pra nos contar sobre. Segundo porque essa semana tem feriado e os meus pais querem — e já decidiram que eu também quero — fazer uma viagem, de carro, até Orlando.

Eu não queria ir, nem um pouco. Só de pensar em sair de Sunydale e passar mais de nove horas trancado em um carro, com os meus pais ouvindo músicas lá da década de cinquenta e do começo da de sessenta, além do fato de que eles cantam junto... Argh!

Ah, e pra encerrar com chave de ouro, o Jeongguk tá me escondendo alguma coisa muito séria. Já faz um tempo que penso nisso, mas a ficha caiu ontem.

Estava em uma parte do anime na qual a protagonista, Saya, estava em seu dormitório, quando uma criatura jogou uma pedra na parede da casa dela, e no meu orifício anal não passava nem partículas de ar quando uma pequena pedrinha bateu na minha janela.

— Puta merda. — Sussurrei trêmulo, desligando a TV e, com muito medo, me aproximando. — Seja o que deus quiser… — Puxei a cortina da frente do vidro e dei uma espiada de ladinho, a fim de ver quem era que, àquela hora, jogava pedrinhas na minha janela, e não poderia ter ficado mais surpreso com a pessoa responsável por isso. — Yoongi? — abri o vidro, inclinando o meu tronco quase todo pra fora, olhando chocado para o citado. — O que faz acordado essa hora, Yoongi Min?

Ficou me encarando com aquelas órbes escuras e, à luz da lua, ficou meio azulado. Nunca gostei muito de tons de azul, mas, naquele momento, transparecendo ao Yoongi, a cor me pareceu tão perfeitamente única. Ele parecia meio pensativo, ponderando, provavelmente, se devia ou não continuar com o que quer que desejasse fazer ou me falar.

— Eu posso subir? — perguntou, afinal.

Era impossível não notar o desânimo em seu tom e, após dizer isso, várias pedrinhas caíram de sua mão. Ele ia insistir, e muito, se eu não tivesse vindo de primeira, e isso me fez pensar que era um assunto sério.

— Aconteceu alguma coisa? — eu perguntei, começando a ficar nervoso com a situação.

— Por favor, me responda. — Estava ficando meio choroso, e entrei em um pequeno ataque de pânico interno. — Jimin, preciso falar com você.

— Hm… — Limpei a garganta. Como que eu ia colocar aquele ser humano dentro da minha casa, essa hora da noite, sem que os meus pais notassem? — Você precisa mesmo vir aqui? É que os meus pais, eles…

— Jimin, você não está me entendendo. — Ele engoliu em seco; era a primeira vez que eu via Yoongi daquele jeito. — Eu preciso falar com você, mas não apenas isso. Eu preciso do seu c-calor corporal, de carinho.

Eu gelei. Ele tinha gaguejado. Yoongi Min tinha acabado de gaguejar diante da minha pessoa, e, além disso, estava me dizendo, com todas as letras, que precisava do meu carinho, de mim. O caso era gravíssimo.

— Tudo bem, eu vou me foder bonito, mas tudo bem. — Falei comigo mesmo. — Yoongi, vai pra porta da frente, eu vou abrir lá pra você, está bem?

— Uhum. — Afirmou, forçando um pequeno sorriso e correndo na direção da porta.

Suspirei, fechando novamente a janela e a cortina. Segui até a porta do quarto, suando frio ao abri-la e ouvir o estúpido barulho da dobradiça, me sentindo um completo idiota por não ter passado o óleo como meu pai havia dito. Olhei pro final do corredor, no quarto dos meus pais, sem sinal de alguém, e saí, descalço.

A casa não é de dois andares, mas tem uma elevação no chão, então tem uma escadinha pequena, e, por motivos de que o universo parece estar contra mim hoje, tudo estava fazendo muito barulho naquela madrugada.

Atravessei a sala e finalmente cheguei na porta, lhe abrindo tão devagar que Yoon me olhou torto por um período.

— Olá, pode entrar. — Sussurrei, a adrenalina percorrendo minhas veias.

— Muito obrigado mesmo. — Yoongi disse, tirando os calçados e entrando na minha residência, sendo seguido por mim. — O seu quarto é o penúltimo, certo?

— Isso mesmo. — Respondi.

Andamos até lá no mais absoluto silêncio, sem sequer falar um com o outro, até eu finalmente fechar a porta do cômodo e Yoongi soltar um suspiro longo, se espreguiçando.

Ainda em silêncio, lhe admirei. Estava usando uma camisa toda branca de manga curta, calça de moletom cinza e chinelos de dedo. Seu cabelo estava bagunçado, seus olhos estavam inchados e ele também estava com olheiras bem marcadas; não devia ter dormido nada naquela noite.

— Se importa se eu me sentar? — ele perguntou, me tirando do transe.

— Sinta-se à vontade. — Sorri, nervoso.

Se acomodou na cama, olhando com curiosidade ao redor. Engoli em seco. Minhas mãos estavam suando frio por causa de sua presença ali, na minha cama, e eu não conseguia entender o porquê de isso me afetar tanto.

— Bom, o que houve? — questionei, ainda em pé, os braços cruzados.

Yoongi não respondeu, apenas resmungou algo, e cruzou os braços também, emburrado. Eu fiquei confuso, até me lembrar de suas palavras de antes.

Muito tímido, me aproximei dele, sentando ao seu lado. Passei uma mão por cima de seus ombros, mas Yoongi continuou com um biquinho formado nos lábios.

Então, sentindo as bochechas queimarem, o abracei, e logo ele deitou a cabeça no meu ombro, o nariz quase encostando no meu pescoço, a respiração batendo ali.

— Vou ter o pior feriado da minha vida, Jimin. — Começou. — Eu vou ir no inferno um pouco antes do que estava planejando.

— Por quê? — perguntei baixinho.

— Eu vou ter que ficar com o meu... pai, digo, o biológico. — Seu tom tornou a ser choroso, e o escutei inspirando e expirando bem fundo. — Você não faz ideia de como tenho azar com exemplos masculinos... — Confessou.

— Por que acha ele tão ruim?

— Você lembra do que meu padrasto fez com o Jeongin naquele dia? — balbuciei um “uhum”, lhe ouvindo atentamente. — Meu pai sempre foi muito pior que aquilo, Jimin, e eu não quero vê-lo, não quero que ele…

A voz dele ficou diferente, eu quase podia ver os seus lábios tremendo. Antes que Yoongi pudesse terminar a frase, simplesmente avançou o nariz no meu pescoço. E então ele começou a chorar.

Eu não sabia o que fazer.

Com toda a coragem que existia em mim, lhe puxei pro meu colo, colocando seu corpo de lado, a cabeça deitada no meu peito, seus braços me apertando e as lágrimas ainda escorrendo rapidamente.

— Calma, eu tô aqui. — Acariciei sua cabeça, quase chorando junto com ele. Queria fazê-lo parar, queria dar um jeito de tornar sua vida a mais feliz do mundo e além dele, mas o que fazer? — Yoon, eu tive uma ideia! Por que você não vem comigo e os meus pais pra Orlando? — Foi a primeira coisa que me veio a cabeça, e não tinha muita opção. — Olha, você podia dizer pra sua mãe que, hm, já tava tudo combinado com os meus pais. Garanto que ela vai entender.

— Os seus pais não vão deixar. — Fungou, tentando findar o choro, sem sucesso.

— Se eu explicar o motivo, eles deixam sim, meu... amor. — Eu estava oficialmente desesperado para fazê-lo parar, para deixá-lo feliz de novo, e não tinha tempo pra me preocupar com os apelidinhos que usava para com ele. — Por favor, se acalme, nós vamos dar um jeitinho, eu prometo.

Ficamos em silêncio por algum tempo, só o som dos últimos resquícios do choro alheio no ar — eu derramei algumas lágrimas também, não vou mentir... doeu mesmo vê-lo daquela forma —, até Yoongi parar e, com os olhos ainda brilhando pela água que deles escorreu, me encarar.

— Você realmente faria i-isso?

— Te ajudar? — ele afirmou. — Mas é óbvio que sim, hyung! Eu gosto muito de você, e detestaria pensar em você perto de alguém que te faz tão mal.

— Jimin… — Se animou, dando aquela risada baixa, junto daquele sorriso largo que exibe a gengiva e o deixa tão fofo, mas as lágrimas continuavam descendo. Eu fiquei feliz em constatar que agora eram de felicidade. — Park Jimin, você é o meu anjo!

Isso me fez rir bobo.

Yoongi, depois disso, se confortou no meu colo, e acabou adormecendo. Eu, com todo o cuidado do mundo, me deitei na cama junto de si, de frente um para o outro, olhando pro seu rosto adormecido.

Ele parecia tão calmo, me passava uma tranquilidade intensa. Guiei meus olhos por si, de forma inocente. Seus lábios me traziam as memórias daquela noite, daquela festa, daqueles beijos. A sua pele me lembrava do dia que o vi pela primeira vez, em como ele não me parecia real — ele ainda não parece — e em como eu lhe achava semelhante a um boneco de porcelana.

— Anjo, é? — passei a ponta do indicador em sua bochecha, sorrindo ao ver que ela estava cheinha, sinal de que ele estava se alimentando bem...

De súbito, um sentimento profundo me atingiu. Meu coração acelerou, tudo parecia estar ficando claro.

Quase como uma epifania.

Na minha cabeça, inúmeras memórias de vários momentos que vivenciamos juntos se passavam como um filme. E, ao vê-las do ângulo de um expectador, eu pude julgar que, se nossa história fosse mesmo um longa metragem, o gênero principal seria romance.

Acho que estou... sentindo alguma coisa por Yoongi.

É assustador pensar nisso, e colocar aquela palavra de quatro letras nesse contexto só me fez tremer mais ainda porque infelizmente faz sentido.

— Min Yoongi. — Sussurrei, lhe apertando contra o meu peito sem saber exatamente o porquê. Estava assustado com meus pensamentos e ao mesmo tempo eu sentia uma necessidade de protegê-lo de tudo. Como um completo idiota, beijei sua testa, passando a mão por seu cabelo em seguida, o que lhe despertou. — Desculpe, não queria te acordar.

— Tudo bem. — Se ajeitou, movendo a cabeça contra o meu corpo, como um gato. Estava tão fodidamente perto, e eu realmente não queria me sentir tão bem com isso. — Você devia tentar dormir um pouco também, Jimine.

Quando ele sorriu, antes de fechar os olhos para dormir de novo, senti como se minhas batalhas internas tivessem se encerrado por um breve momento.

Acho que sinto algo por ele, e não sei se posso fazer algo pra mudar isso.

Mas, por enquanto, vou apenas mantê-lo perto e tentar adormecer.

Continue Reading

You'll Also Like

501K 15.1K 27
Você e sua mãe tinham acabado de se mudar para a casa do seu padrasto e foi então que você descobriu que teria um meio-irmão, você só não esperava sa...
4.6K 1.1K 10
◜⋆◞ Zhong Chenle escreve sobre todas as coisas que ele odeia em Park Jisung, seu melhor amigo. ◜⋆◞ ◜Shortfic | Chensung.◞ .*ೃ Shorfic criada...
110K 5.9K 57
• Onde Luíza Wiser acaba se envolvendo com os jogadores do seu time do coração. • Onde Richard Ríos se apaixona pela menina que acabou esbarrando e...
4.4K 253 13
Essa é uma história de mais um clichê, mas essa história vai surpreender, pois a doce kim sn, vai enlouquecer o rebelde jeon jungkook.