A verdadeira conversão.

By marianyyy

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Trilogia: Mulheres virtuosas. Livro 3 Jaqueline, uma modelo 'socialite', que sempre teve uma vida conturbada... More

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Uma atitude desesperada.
Dejavu
Apenas um jogo?
Convivendo com o" ínimigo"
De frente com a verdade?!
Um passo mais perto
Um pequeno imprevisto
Qual é o preço da felicidade?
Mal-entendidos
Buscando um sinal
Um passado próximo.
O Brilho da Fama
Conflitos e Sentimentos
Quebrando barreiras
Vivendo com o caos
Sentimentos expostos.
Superando o Passado
Medos e incertezas.
Lobo em pele de cordeiro.
Buscando o controle
De volta ao ínicio.
Perigo a solta.
Quebrando o gelo
A verdade vem a tona.
Buscando uma resposta.
Coração enganoso.
O Amor tudo crê
Erros e consequências
O Amor tudo Espera.
Lutando contra o tempo.
vulnerável
Rompendo laços.
Pelo vale da morte
Forjando espadas
Uma porta de Saída
Batalha perdida.
O Amor tudo Suporta.
Novamente juntos
O Amor nunca acaba
Epilogo

Recordaçoês e decisoês

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By marianyyy

Atravessando a rua sem rumo, Bruno não conseguia assimilar o que acabara de acontecer. Já não bastasse Melissa ter destruído sua vida ao escolher poupar a vida da criança em vez da sua, agora ela queria obrigá-lo a se casar com a última mulher que ele escolheria na face da terra? Definitivamente, aquela garota não era a mesma que ele havia sido completamente apaixonado, constatou. Melissa nunca o machucaria dessa forma, se estivesse em seu perfeito juízo, mas ele nem poderia julgá-la ou brigar, afinal seu amor não estava mais presente.

As buzinas dos carros eram incessantes, e ele não se importava se fosse atropelado ali mesmo; seria um favor, afinal, o que mais ele poderia perder? Já tinha perdido o que mais amava.

Quando finalmente pensou que seria feliz e teria a família perfeita, Deus resolve tirar o que mais amava na vida: sua mulher! No fundo, Bruno sabia que era culpado; afinal, quem cedeu dormindo antes do casamento foi ele. O que esperava? Isso teria grandes consequências, só não imaginava que Deus chegaria ao ponto de tirar Melissa dele. Era o que acreditava - estava sendo cruelmente castigado por Deus, especialmente porque esse não foi o único pecado que cometeu.

Sentou-se no banco da praça, aprisionado em suas lembranças, sem notar as nuvens escuras que se formavam ao redor e as pequenas gotas que pingavam em seu rosto. Permanecia inerte, alheio a tudo, vagando nas recordações de quando aquela menina intrigante cruzou seu caminho.

Quando seus olhares se cruzaram pela primeira vez, após salvá-la do ataque da cachorra naquela mesma praça, ficou surpreso com sua beleza. Porém, sua beleza foi totalmente ofuscada pelo jeito mal-educado dela ao agradecer. Bruno realmente não teve uma boa impressão dela, mas depois descobriu o verdadeiro motivo: ela era irmã de Ricardo, e obviamente seria mimada igual a ele.

Na segunda vez em que se viu perdido por seu jeito de ser, foi quando Melissa se afogou após cair no mar. O desespero dele era evidente, apesar de não querer nenhum tipo de intimidade com ela, não depois de estar tentando e falhando miseravelmente em tirar Talita do seu coração. Melissa era uma garota indefesa e precisava de ajuda. Algo muito estranho aconteceu quando ele a viu tão frágil em seus braços; seu lado protetor foi ativado, e ele teve uma enorme vontade de cuidar dela, sem entender o motivo, até descobrir tempos mais tarde.

Na última vez em que Bruno a consolou, estava voltando tarde do colégio, sendo o último a sair devido a algumas matérias que estavam atrasadas.

Ao passar com o carro em frente a um bar, viu uma garota sendo agredida verbalmente na porta, e não só isso, o rapaz estava prestes a agredi-la fisicamente. Toda essa situação já era estressante, e embora ele só quisesse ativar o alarme soneca e chegar em casa para dormir em paz, não conseguiu ficar parado vendo aquela cena. Parou o carro e estacionou logo em seguida.

___Me solta! Eu já disse que não vou ficar com você! - Ela falou, rangendo os dentes.

__Não? Então me chamou para sair e me beijou lá dentro à toa? Qual é o seu problema? - Ele a puxou pelo braço.

__Eu estava carente e bêbada, ok? Adivinha? A carência e a bebedeira acabaram. O príncipe virou sapo. - Ela sorriu irônica.

___Melissa, não brinca comigo. Você não pode me ligar quando é chutada pelo seu noivo e achar que pode me expulsar quando quiser. - Foi nesse momento que Bruno notou que não se tratava de qualquer garota, e sim da irmã do Ricardo, para variar.

___Algum problema aqui? - Interviu Bruno  seriamente, chamando a atenção de ambos.

___Está vendo? Meu príncipe chegou! - Melissa agarrou o seu braço e olhou o outro rapaz, sorrindo para ele, enquanto ele a olhava com cara de poucos amigos.

****************************************

__ Obrigada pela carona, pode parar agora. - Falou ao seu lado enquanto mexia no celular entretida com algo. Bruno lançou um olhar desconfiado, o que tanto chamava atenção naquele aparelho, sem contar que ele obviamente não iria deixá-la em qualquer lugar, muito menos nessas condições.

__ Hei! você é surdo? Eu disse para...

__ Escutei, e a resposta é não. Você vai para sua casa. - Disse sem olha-la.

__ Ai que lindinho! Ele é todo preocupado. Engraçado, os caras legais como você, costumam ser os piores. Não acredite em tudo que eu digo, não te acho um príncipe.

__ Ainda bem, porque nunca acreditei em contos de fada. - A olhou pela primeira vez, tendo a bela visão dela revirar os olhos e se encostar no banco, em seguida soltou o ar frustrada.

__ Já que vou ter que suportar sua presença, me fala um pouco mais sobre você? Além de salvar garotas em perigo que é seu passatempo, qual é seu verdadeiro emprego?

__ Sou professor. - Responde simplesmente.

___Sério? Que brega! Se bem que uma vez me apaixonei por um professor gato. Sabe ele não era assim como você, era estiloso, elegante, misterioso - Suspira.

__ Deve ter sido uma aventura e tanto. - Comenta sem empolgação. _ Aliás, essa é uma ótima maneira de superar um noivado fracassado, ficando bêbada em um bar, muito maduro da sua parte.

___ Olha quem diria, está por dentro da minha vida, as notícias correm rápido não é mesmo? Se for mais um daqueles fãs loucos, me avisa para que eu possa fugir enquanto é tempo. - Ele solta uma leve risada.

__ Fica tranquila, você não faz meu tipo. - A olhou sorrindo.

___ Errado Professor Bruno, deveria saber que uma garota como eu, faz o tipo de todo mundo, inclusive o seu, só não descobriu ainda. - Deu lhe uma piscadela e balançou a cabeça negando. Como uma garota poderia ser tão convencida a esse ponto? ainda mais para quem fora trocada pouco antes do casamento. Com certeza era uma armadura, um modo de se proteger, para quem estava bêbada no bar a essa hora, sua autoestima não está tão elevada como aparenta.

O caminho todo seguiu em silêncio, Bruno já estava estranhando o seu comportamento, quando escutou um barulho de ronco, a pegou dormindo no banco com a boca aberta.

__ Até as Princesas têm seu lado ogro não é mesmo? Comentou para si mesmo sorrindo. - Teve um grande trabalho para acordá-la e como resultado levou um tapa na cara, porque a maluca achou que ele estava tentando beijá-la.

__ Me desculpe por isso, te machuquei? - Tocou seu rosto com suas mãos delicadas. _ Na verdade a culpa é sua por estar próximo daquela forma, o que poderia esperar? Claro que iria me beijar, não seria o primeiro.

__ Isso é uma prova que não me conhece senhorita, jamais beijaria uma garota no seu estado e sem seu consentimento, é uma pena que é com esses tipos de rapazes que está acostumada a andar." Dá próxima vez manterei distância quando ver uma Patricinha bêbada em perigo. Elas podem ser selvagens por dentro." - Cruzou os braços levantando a sobrancelha, se afastando do seu toque.

___ Olha só! - Riu tampando a Boca de forma surpresa. Para um professor de quinta, você é bem engraçadinho. __De qualquer forma, obrigada por me ajudar hoje, foi bem gentil da sua parte.

___ Você realmente conhece essa palavra? Obrigado? Porque dá outras últimas vezes que te salvei, não me lembro de tê-las ouvido. - Provoca relaxado

__ Bom, digamos que as outras vezes estava muito nervosa com toda a situação, e também fiquei envergonhada de ter caído daquele troço e daquela forma ridícula. Mas sim, estou grata por todas as vezes que me salvou, espero não precisar mais. - Joga o cabelo de um jeito feminino. __ Agora se quer uma dica? Não perca tempo com a Talita. Ela está se apaixonando pelo meu irmão, eu vi a forma que a olhou aquele dia, não caia nessa, ou vá se machucar feio. - Bruno fecha a expressão seriamente, ele já sabia disso, mas escutar de uma desconhecida só confirmava sua decepção. Contudo, nem tudo estava perdido ou talvez nunca esteve tão perdido.

__ Acredito que está alguns anos, atrasada. Sou apaixonado por ela e sei que não era recíproco, mesmo assim obrigado pelo conselho.

___O que há de errado com a gente? Somos pessoas incríveis, carismáticos, bonitos, e continuamos sofrendo por amores complicados. - Viu seus olhos lacrimejarem enquanto tentava disfarçar inutilmente. ___ Quando iremos aprender que o amor verdadeiro não se pede ou implora? E sim chega naturalmente? Naquele momento Bruno teve a intuição que Melissa não era apenas um rostinho bonito, era mais sensível do que aparentava ser, e a vontade de protegê-la retomou com força.

**********************************

A chuva começou a engrossar, conforme as lembranças do primeiro encontro formal com a mulher da sua vida iriam sendo desfeitas da sua mente por um momento, afinal sabia que nunca iria se apaixonar novamente, nada iria ser igual antes, afinal seu grande amor não estava mais ao seu lado.

___ Bruno! - A voz da Talita ecoou distante e com um movimento robótico, girou o pescoço a vendo no carro com o Ricardo. Sabia que sua amiga se encontrava preocupada, mas nem conseguia encara-la, Talita estava cada dia mais conectada a Deus e realizada com sua família perfeita, e ele se sentia cada vez mais vazio e distante de todos, como se estivesse em outra galáxia completamente diferente.

Forçou suas pernas se levantando, caminhou até o carro deles, a chuva continuava forte, só que nada importava.

__ Não se preocupem, estou indo para casa. - Falou olhando suas expressões.

___ Bruno. Você precisa se ajudar, queremos te ajudar. - Ele quase soltou uma risada debochada.

__ Estou percebendo. Me casando a força com uma mulher como a Jaqueline? A Melissa eu até entendo sua alucinação, o medo de me ver infeliz deve ter sido grande, que pensou na primeira besteira que veio na cabeça. Mas você Talita? Isso é decepcionante. - Olhou magoado para amiga que engoliu a saliva com dificuldade.

___ Para defesa da Talita, ela não sabia de nada. Ficou sabendo a pouco tempo e discutimos por isso, mas ao me ver Bruno, você precisa de uma mulher ao seu lado, não consegue nem olhar para sua filha direito, como acha que vai cuidar dela? Sua avó está doente, e não espere que vou aceitar ficar vendo minha sobrinha sendo rejeitada e não fazer nada.

___ Tem Razão. Eu aceito me casar com a Jaqueline. - Falou simplesmente deixando os dois chocados.

__ Está falando sério? Talita perguntou embasbacada.

__ Claro. Mande-a marcar a data e eu estarei lá exatamente como a Melissa planejou.

___Nossa. Tão Rápido, achei que levaria mais tempo para convencê-lo. - Ricardo comentou animado. Bruno sorriu, ele tinha chegado a uma conclusão, Melissa jamais tomaria tal atitude por opinião própria, ele se recusava a isso, o que leva a crer, Jaqueline foi a culpada de tudo, as duas eram próximas, Jaqueline soube que Melissa poderia morrer na gravidez, mesmo assim a convenceu de continuar, depois se ofereceu como cuidadora da sua filha, consequentemente ganhando a afeição e confiança da Melissa a ponto de aceitar não só como mãe da sua filha, como também esposa, só que o que ela não esperava, é que ele fosse mais esperto, então a resposta é sim , ele vai se casar com ela, só que irá fazer desses meses ao seu lado um verdadeiro tormento, irá descobrir tudo da sua vida e acabar com a farsa de que se regenerou e é uma nova pessoa, Jaqueline nunca mais vai tentar sequer pensar em se meter com a família de ninguém de novo. Muito menos enganar as pessoas ao seu redor, como fez com sua inocente esposa.

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