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By angelsfloyd

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Durante toda minha vida eu sempre ouvi as pessoas falarem sobre o amor, e eu sempre quis viver um, e eu vivi... More

notas inciais
book trailer
epígrafe
dedicatória
prólogo
um
dois
três
quatro
cinco
seis
sete
oito
nove
dez
onze
doze
treze
catorze
quinze
dezesseis
dezessete
dezoito
dezenove
vinte
vinte e um
vinte e dois
vinte e três
vinte e quatro
vinte e cinco
vinte e seis
vinte e sete
vinte e oito
vinte e nove
trinta
trinta e um
trinta e dois
trinta e três
trinta e quatro
trinta e cinco
trinta e seis
trinta e sete
trinta e oito
trinta e nove
quarenta
quarenta e um
quarenta e dois
quarenta e três
quarenta e quatro
quarenta e cinco
quarenta e seis
quarenta e sete
quarenta e oito
quarenta e nove
cinquenta
cinquenta e dois
cinquenta e três
cinquenta e quatro
cinquenta e cinco
cinquenta e seis
cinquenta e sete
cinquenta e oito (parte um)
cinquenta e oito (parte dois)
cinquenta e nove
sessenta
sessenta e um
sessenta e dois
sessenta e três
sessenta e quatro
sessenta e cinco
sessenta e seis
sessenta e sete
sessenta e oito
sessenta e nove
setenta
setenta e um
setenta e dois
setenta e três
setenta e quatro
setenta e cinco
setenta e seis
setenta e sete
setenta e oito
setenta e nove
oitenta
oitenta e um
oitenta e dois
epílogo
notas finais

cinquenta e um

896 192 116
By angelsfloyd

ITÁLIA, PALERMO

VALENTINA MONTANARI

ATUALMENTE.

A luz solar batendo em meu corpo me faz querer despertar.

Quando abro meus olhos sinto uma dor de cabeça infernal. Parece que quer explodir e com isso algumas memórias de ontem a noite vem com tudo. Eu não devia ter sido fraca. Eu não devia ter me drogado.

Sinto um calor humano em baixo do meu corpo. Puta que pariu! Eu não posso ter dormido com outra pessoa pensando que era ele. Não posso.

Merda. Mil vezes merda.

Estou sem coragem pra ver quem é a pessoa, então, opto por fechar os olhos novamente. A última vez que fiz isso também deu muito errado. Eu pareço me transformar em outra pessoa. Ou no antigo eu. Não sei.

Resolvo sair de cima da pessoa, começo a me mexer com a maior calma ainda sem o olhar. Mas infelizmente ele começa a se mexer também.

— Bom dia... — ele diz, e caralho, podia ser qualquer pessoa menos ele. Olho pra ele só pra confirmar mesmo.

Sim, é o meu marido. Droga!  

— Ehh... Bom dia! — falo, agora me levantando completamente da cama sem me dá conta que estou nua. Só quando o observo me olhando com os olhos desejosos que me dou conta desse fato. — Para de olhar pra mim assim, agora! — ele solta uma risadinha que me estressa mais, vou em direção ao banheiro, minha cabeça parece que vai explodir a qualquer momento e tudo que eu queria nesse momento era que nada disso tivesse acontecido. Não com ele.

Quando fecho a porta do banheiro e me olho no espelho. Meu corpo está todo marcado. Pelo menos aparenta ter sido bom.

Vou direto para o chuveiro com a intenção de tirar tudo de ruim que veio acontecendo.

Durante o banho, estou com o pensamento tão longe que nem percebo que estou me esfregando com muita força nos locais onde tem umas marcas bem visíveis.

Está na cara que ele fez de propósito. Mas não consigo me lembrar de muita coisa. Eu estava na boate dançando e alguém chegou por trás me agarrando, e o único rosto que eu lembro ter visto foi o dele.

Eu sei que isso só aconteceu porque eu achei que era ele. Eu já fiz isso uma vez. A anos atrás na Alemanha. E olha a surpresa, quando acordei não era ele. Como hoje.

É tipo uma válvula de escape. Adam me proibiu de chegar perto de qualquer tipo de droga. Por isso, ele ficou na frente de todos os carregamentos. Ele não queria que eu virasse uma viciada. Se não fosse por ele, com certeza eu teria mesmo.

Termino o banho me enrolando em uma toalha com os cabelos molhados, saio do banheiro.

Giovanni está na mesma posição com a porra de um sorriso no rosto. E sem roupa!

— Por que você ainda está sem roupa? — pergunto claramente com raiva. Ele sorrir. Já estou vendo que nunca mais esse sorrisinho sai do rosto dele.

— As lembranças de ontem ficam bem mais vívidas assim... Você não quer um segundo round? — ele diz, se levantando e vindo em minha direção. Dou um passo pra trás batendo na parede.

— Acho melhor você se afastar Giovanni... — falo, mas ele me interrompe colando seus lábios ao meu. Sua mão vai para minha cintura e sua língua pede passagem, ainda cogito em permitir, mas não não o faço.

O empurro pra longe, passando a mão em meus lábios.

— Nunca mais, escute bem, nunca mais isso que aconteceu entre nós irá se repetir! — falo indo em direção ao closet para me vestir deixando um Giovanni puto pra trás.

×××

Minha cabeça parece ter piorado. A dor é insuportável e tudo que não sai da minha cabeça é a noite passada. Pareceu tão real. Parecia ele. Sem dúvida alguma.

Eu jamais teria ido pra cama com Giovanni se tivesse sóbria.

Ao chegar na sala de jantar peço a Antonella para ir buscar um café preto sem açúcar para mim.

Observo pela janela que o dia está nublado, com certeza pra combinar com minha áurea de todos os dias.

Sinto a presença de alguém por perto.

— Aqui senhora! — Antonella me entrega uma xícara de café quente. O líquido descendo por minha garganta me faz acordar.

— Obrigada! — digo e me viro em direito a janela novamente. Tenho coisas para fazer.

Pego meu celular em meu bolso para ver se tem novas mensagens. Nenhuma.

— Queria conversar com você sobre uma coisa séria. — Giovanni chega já me comunicando. Me viro em sua direção.

— Sobre o que? Se for sobre ontem. Estou sem tempo. — falo a ele que me olha apaixonado?!

— Não é sobre nada disso. É algo sério. Muito sério. Pode ser no seu escritório?— ele diz, me chamando para ir ao escritório. Estranho todo esse suspense. Ainda mais vindo da parte dele.

O sigo até meu escritório.

Ao entrarmos ele fecha a porta se sentando na cadeira se virando em minha direção que estou em pé o observando.

— Desde que nos casamos eu sempre observei que você estava o tempo todo grudada em Adam, mas até então, nunca tinha me passado nada suspeito. Mas acontece que nos últimos meses venho o observando. — ele começa a falar, e sinceramente não estou gostando do rumo dessa conversa.

— Se você for falar mal dele é melhor nem terminar Vitali. — falo friamente. Ele me observa.

— Escute até o final e depois você fala ok? — ele diz pegando seu celular e digitando algo. — Eu acabei de enviar um arquivo para o seu e-mail sobre tudo que vim descobrindo sobre ele, e o que ele anda fazendo.

O olho friamente sem acreditar que ele teve a audácia de achar que eu irei acreditar no que tiver dentro desses arquivos.

— Estou me perguntando se você tem merda na cabeça, porque sinceramente, achar que eu vou acreditar em alguma coisa que você falar do Adam é muita idiotice. — falo levando minha mão ao lábio.

— Só escute. Em todos os momentos que você precisou dele, ele nunca esteve presente. Sua mãe foi sequestrada, ele não estava, você foi sequestrada, advinha? Ele também não estava aqui. — ele se levanta e vai em direção a mesa com bebidas pegando um copo. — Com isso, eu passei a o observar melhor, sempre que você faz um plano ou arma uma emboscada pra pegar um dos mandantes da morte de Petrus, ele está por perto, ele sempre está a par de tudo. De cada passo seu. Ou seja, ele pode sim ser o mandante de tudo, afinal, ele saiu ganhando. Hoje é o capo da Alemanha e seu braço direito. 

Ele continua falando vindo se sentar novamente. E eu só consigo sentir uma vontade absurda de enfiar uma bala no meio de sua testa. Nada disso faz sentido. Tudo bem que realmente nos momentos que ele citou Adam não estava aqui, mas ele me ajudou em tudo, estava do meu lado em todos os momentos, sem tirar que ele jamais machucaria Petrus, tenho certeza. Ele o amava demais.

— Nada disso faz sentido, é impossível ser Adam e eu não admito que você ouse desconfiar ou vim falar merdas dele pra mim. Sai daqui Giovanni! — falo me levantando e o colocando para fora de meu escritório.

— Só pense no que eu disse, eu sei que é difícil de você aceitar, mas ele é a única pessoa que tem poder suficiente pra fazer tudo que foi feito. — ele sai da minha sala me deixando intrigada.

Isso não é possível. Ele jamais faria algo assim. Eu conheço o Adam. Ele não é ambicioso. Nunca quis ter o poder da máfia pra ele.

E se isso fizesse alguma sentido, com certeza ele teria aceitado se casar comigo anos atrás. Ele não faria nada disso comigo. Eu sei disso.

Vou em direção ao meu computador olhar alguns arquivos novos e tentar falar com Adam por nosso e-mail. Eu preciso dizer a ele das desconfianças de Giovanni, preciso de uma luz.

Ele não me responde, então resolvo verificar outros arquivos, mas vejo que não há nada de importante. Quando estou fechando os arquivos o que Giovanni me enviou se destaca.

DE: VITALI, GIOVANNI
ASSUNTO: ADAM FORCHHAMMER.

Mesmo sem querer, curiosidade enorme me bate e então eu não resisto e termino abrindo o arquivo e vejo algo que me faz duvidar de tudo.

Principalmente duvidar de Adam. Ele não faria isso comigo... Ou pelo menos eu achava que não.

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