FRAGILE | ✓

By angelsfloyd

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Durante toda minha vida eu sempre ouvi as pessoas falarem sobre o amor, e eu sempre quis viver um, e eu vivi... More

notas inciais
book trailer
epígrafe
dedicatória
prólogo
um
dois
três
quatro
cinco
seis
sete
oito
nove
dez
onze
doze
catorze
quinze
dezesseis
dezessete
dezoito
dezenove
vinte
vinte e um
vinte e dois
vinte e três
vinte e quatro
vinte e cinco
vinte e seis
vinte e sete
vinte e oito
vinte e nove
trinta
trinta e um
trinta e dois
trinta e três
trinta e quatro
trinta e cinco
trinta e seis
trinta e sete
trinta e oito
trinta e nove
quarenta
quarenta e um
quarenta e dois
quarenta e três
quarenta e quatro
quarenta e cinco
quarenta e seis
quarenta e sete
quarenta e oito
quarenta e nove
cinquenta
cinquenta e um
cinquenta e dois
cinquenta e três
cinquenta e quatro
cinquenta e cinco
cinquenta e seis
cinquenta e sete
cinquenta e oito (parte um)
cinquenta e oito (parte dois)
cinquenta e nove
sessenta
sessenta e um
sessenta e dois
sessenta e três
sessenta e quatro
sessenta e cinco
sessenta e seis
sessenta e sete
sessenta e oito
sessenta e nove
setenta
setenta e um
setenta e dois
setenta e três
setenta e quatro
setenta e cinco
setenta e seis
setenta e sete
setenta e oito
setenta e nove
oitenta
oitenta e um
oitenta e dois
epílogo
notas finais

treze

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By angelsfloyd

ITÁLIA, SICÍLIA

VALENTINA MONTANARI

NOVE ANOS ATRÁS.

Esse era o momento que eu deveria estar feliz com tudo que vem acontecendo, felizmente faz quase uma semana que Petrus me pediu em namoro, mas junto com toda essa coisa, terminei esquecendo que ele é um homem muito ocupado e por isso teve que ir a Alemanha resolver alguns problemas que só ele podia. 

Conversamos por telefone a uns dois dias atrás, mas ele está tão ocupado que mal pode falar comigo, infelizmente isso está me deixando nervosa, será que ele se deu conta da furada que tava entrando e resolveu fugir? Isso é o que mais me preocupa em tudo. 

Minha mãe na noite em que ele me pediu em namoro me perguntou porque eu estava tão feliz, não pude contar porque eu e ele queremos falar juntos para meu pais tudo que está acontecendo. 

Em uma conversa nossa falamos que íamos marcar um jantar, para juntar as duas famílias e assim informar, desde então estou nervosa com isso, porque não sei se a reação de meu pai será boa. Mas a que mais me preocupa é a de minha mãe, ela sempre deixou claro que não apoiaria um relacionamento meu com alguém de dentro do submundo, ela queria algo diferente para mim, queria que eu pudesse fazer escolhas diferentes. Ao contrário de meu pai, claro.

Mas toda a minha felicidade parece ter ido embora junto com ele, já fazem a porra de uma semana e nada dele. 

Eu não sei mais sobre o que pensar, ou que fazer para tirar minha mente e meus pensamentos dele, tudo que eu penso envolve ele, nossos pequenos momentos... Tudo. 

Alina já tentou me levar para baladas e todo tipo de festa que envolvesse bebidas alcoólicas, homens sexys e dança, mas não fui a nenhuma, não só por ele, mas também porque estou cheia de trabalhos na faculdade, e comecei a fazer um trabalho voluntário então tudo está tirando minha atenção para festas, mas não dele. 

Mas hoje duas pessoas conseguiram me obrigar a ir a uma. 

Nem me lembrava mais disso, mas hoje é a festa de inauguração de mais uma das fábricas de vinhos de meu pai, bom, pelo menos é o que os civis do mundo acha, nessa festa também está acontecendo a comemoração de meu pai de 40 anos no comando da cosa nostra, ou seja, mafiosos do mundo todo estará aqui. Não gosto muito disso mas tenho que ir fazer a boa filha. 

×××

Quando termino de me arrumar, me olho no espelho e realmente fiz um bom trabalho, com um vestido preto, que deixa amostra meu busto e minhas pernas torneadas de fora na frente e atrás da um toque charmoso sendo um pouco maior. Optei por um salto também preto não muito grande, não sou fã de utilizar saltos, mas tem ocasiões que é necessário. Fiz uma maquiagem leve, dando destaque aos meus olhos azuis e deixei meu cabelo solto mesmo, as filhas dos capos morrem de inveja dele, por que não me exibir com lindos cabelos ruivos naturais? 

Desço as escadas indo atrás de meus pais, que provavelmente já devem estar me esperando. 

Ao chegar na sala vejo os dois conversando um pouco baixo demais. Amo a cumplicidade deles. Mesmo minha mãe não apoiando em nada os métodos de meu pai, ela sempre está do lado dele em qualquer decisão que ele toma. Sempre. 

— Vamos? — os chamo, informando que já estou aqui. 

Eles me olham com um olhar de admiração. 

— Minha filha, você está belíssima! — meu pai fala enquanto minha mãe fica me olhando com um olhar orgulho.

— Obrigada babbo... — digo, enquanto vou dar um beijo nele.

×××

A imponência de meus pais foi logo reconhecida ao pisar no grande salão luxuoso, todos presentes olharam diretamente para nós. 

Uma família bem tradicional e feliz aos olhos dos civis, já para os outros do submundo, apenas a maior família dentro da máfia.

Todos quando nós passamos nos olham com devoção, alguns mostram respeito a meu pai, outros só olham com inveja mesmo, posso também até apostar em ódio. 

Quando chegamos na nossa mesa, especialmente localizada no centro do salão, algumas pessoas vem falar conosco e uma dessas pessoas é Andrew Schneider, que está representando seu pai que está muito doente, uma pena.

— Maurizio Montanari, uma honra o encontrá-lo por aqui. Pensei que não viria para sua própria festa. — ele fala, e posso dizer que ele realmente tem coragem de vim até aqui insultar meu pai.

— Não posso dizer o mesmo sobre você caro Schneider. E com certeza eu não faltaria a um momento tão importante para mim, 40 anos no comando deve significar algo certo?! — meu pai fala claramente devolvendo o insulto com sua voz carregada de ódio.

— Sempre amistoso Montanari... — diz, olhando para mim e minha mãe.

— Como vai senhora? — cumprimenta minha mãe e vem falar comigo. — E você pequena Montanari? Sempre tão linda mon amour. — ele fala, beijando minha mão e demorando até demais com seus lábios nelas. Não gosto dele e nunca irei. 

Puxo minha mão e deixo ele ver eu passando ela no vestido, mostrando meu nojo em relação a ele.

— Primeiro, não se direcione a mim com esse apelido ridículo e segundo, respondendo sua pergunta, estava ótima até você chegar, que tal ir embora agora? — falo, com um tom sarcástico. 

Ele dá um meio sorriso e atende meu pedido, mas não antes de fazer uma afirmação que me deixa puta.

— Um dia ainda irei te deixar de quatro por mim mon amour. — ele fala e sai com um sorriso sarcástico na voz, filho da puta desgraçado. 

Eu sinceramente não sei em que momento eu comecei a pegar um ódio mortal por Andrew, mas o que sei agora é que ele só aumenta a cada dia.

×××

Eu sinceramente fico me perguntando o que eu venho fazer nessas festas, meus pés e meus ouvidos já estão doendo de tanto dançar e ouvir todos esses caras tentando conseguir uma chance com a filha do chefe. Associados, soldados e capos, sinceramente não aguento mais. Tudo que eu quero nesse momento é minha cama confortável para dormir e só acordar daqui a um ano, talvez.

Enquanto tomo mais uma taça de champanhe, observo meus pais dançando. 

São tão lindos. A forma como ficaram juntos, me faz querer ter um amor assim. Meu pai enfrentando a cosa nostra e meu avô para poder ficar com ela. Minha mãe não fazia parte do submundo então é totalmente proibido que qualquer pessoa de dentro se envolva com um civil, meu pai, que ama quebrar regras, foi lá e se apaixonou pela ruiva da faculdade, começaram a namorar sem meu avô saber, mas quando descobriu quase deu banho de sangue. Foi um dos piores momentos na vida de meus pais, minha mãe não sabia que meu pai fazia parte da máfia italiana e como era muito certinha de início não aceitou. Meu avô se aproveitou dessa situação para arranjar uma noiva para meu pai, o que obviamente não deu certo. 

Meu pai afirmou que se meu avô tentasse atrapalhar a história dele com minha mãe ele não iria se tornar don de nada. Não queria viver um mundo onde minha mãe não estivesse ao lado dele. 

No fim, minha mãe terminou o aceitando e terminaram se casando, mesmo meu avô e toda a máfia sendo totalmente contra. Hoje são felizes, se amam e minha mãe é muito respeitada aqui dentro, se transformou em uma ótima "primeira dama."

Não vou mentir dizendo que imagino um final assim para mim e Petrus, sou apaixonada por ele e quero poder viver um amor digno de um filme com ele. Mesmo ele não estando aqui hoje, mesmo eu estando com medo de ele não me querer mais. Se isso acontecer, não vou deixar que ele desista de mim, vou estar do seu lado mostrando para ele que eu sou a mulher certa pra ele. Juntos seremos imbatíveis.

Um perfume masculino forte e irreconhecível atrapalha meus pensamentos.

Não. Pode. Ser.

Viro em direção ao aroma e sim, pode ser sim. Ele está aqui, bem na minha frente. Lindo e mostrando toda sua figura.

Não consigo não sorrir ao ver ele aqui, tão perto de mim. 

Sinto uma vontade imensa de pôr minhas mãos nele, para assim ter certeza que ele realmente está aqui. E é isso que faço, me levanto e o abraço. 

De início, ele retribui ainda meio sem jeito, e isso me deixa um pouco aflita, será que realmente ele não me quer mais? Mas logo depois quando olho em seus lindos olhos azuis penetrantes, consigo ver claramente que ele também sentiu falta de mim e logo em seguida ele me dá um beijo na testa. 

— Sentiu saudades Piccola? — ele me pergunta, com uma voz de divertimento. 

— É claro que sim, meu mafioso. 

Acho que sempre que ele viajar, vou ficar assim, cada vez mais ansiosa para vê-lo novamente.

— Seu, hum? — seu sorrisinho demonstra que ele gostou — Você não tem ideia da vontade que eu estou de te beijar agora, na frente de todos, poder mostrar que você é toda minha. —continua, olhando dentro de meus olhos, e com essa visão, meu peito se esquentou mais um pouco. 

— É tudo que eu mais quero, sentir seus lábios depois de dias longe... — ele olha para minha boca com os olhos demonstrando seu desejo, mas somos interrompidos por meus pais.

— Estamos atrapalhando algo aqui?  

Nos soltamos imediatamente assim que escutamos a voz potente de meu pai. Nos ferramos.

— Claro que não Maurizio, estávamos conversando... — Petrus fala calmamente, como ele consegue? 

Meu pai olha de mim para ele com o olhar desconfiado, e minha mãe segue do mesmo jeito.

— Bom... Espero que seja só isso mesmo. — eles se sentam convidando Petrus a sentar conosco na mesa, que aceita, e se senta ao meu lado. 

Minha mãe pega cada movimento dele. Ela está desconfiada, tenho certeza.

Os homens passam a conversar sobre alguma coisa envolvendo os negócios e eu fico só observando a forma como Petrus é sexy, mandíbula trincada, como se sentisse meu olhar nele. 

Termino pedindo licença para ir ao banheiro, preciso de ar. 

Tenho que contar para meus pais logo o que vem acontecendo entre eu ele, odeio não poder ficar perto dele como quero.

Ao voltar para mesa, meus pais resolvem ir embora, mas não saio antes de dar uma olhada para Petrus, que também me olha com um olhar cheio de promessas.

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