Pôs a mão na maçaneta da porta e olhei pelo olho mágico da porta e vi um cara e uma mulher vestidos com roupas de couro preto. Respirei fundo e abri a porta.
— Ola, o que desejam? — Forcei um sorriso.
— Stella? — Perguntou a mulher.
— Sim?
— Philbe quer falar com você.
— Entrem. — Digo. — Tudo limpo pessoal. — gritei para que Fred e Stevie não atirassem.
Depois de fechar a porta olhei para os dois que estavam na sala de estar.
— Philbe os mandou aqui apenas para dizer isso?
— Você sabe que não. Temos um recado para lhe entregar. — A mulher diz. Ela olhar ao redor e vê os dois guardas que cuidam de mim. — Não vamos falar na frente deles.
— Eles já sabem de tudo. Mas não contaram nada para o príncipe. São de confiança.
ela olha os guardas e depois troca olhar com o rapaz que veio com ela. Ele usava boné e óculos escuros, mas ele me parecia familiar.
— Se identifiquem! — Ordenei apontando um revolver para os dois.
A mulher parece ficar nervosa, mas o cara nem se mexe.
— Eu sou a Lola... E este é o...
— Não precisamos de apresentações. — Ele levanta e tira o boné e os óculos.
— Josh... Como fugiu da prisão e da sentença de morte?
— Forjando minha própria morte né. — Ele disse como se fosse óbvio.
— Seu cretino. — digo rangendo os dentes.
— Stella meu amor... — Dou um tiro em sua perna.
— Mais um passo e eu mato você.
— Você não faria isso comigo.
— E porque não? Você fez o mesmo comigo não foi? Eu quase morri por causa do seu tiro miserável.
— Isso não é totalmente verdade. Eu errei para que não fosse mortífero.
— É uma pena eu não pensar o mesmo. Desta vez eu não cometerei seu erro.
— Stella escute-nos! Não viemos fazer mal a você nem a ninguém.
— Você pode fala. Ele não.
Ele estava gemendo baixinho enquanto estancava o ferimento.
— Philbe nos mandou para que lhe fizéssemos uma proposta.
— Que proposta? — pergunto desconfiada. Olho para Fred e ele vai olha pela janela se a mais alguém. Stevie vai para os fundos da casa.
— Ela quer que você seja a líder da Tropa.
— Que diabos são isso de Tropa?
— A tropa é um grupo de espiões que estão infiltrados nos Blacks e no palácio. Como você não faz mais parte da Seleção ficaria mais fácil de descobrir o que a rainha está planejando.
— E você acha que eu sou alguma idiota?
— Do que está falando?
— Por que trouxe dois fuzileiros com vocês?
— O quê? Do que está falando? — Ela diz nervosa e olha para Josh que fica sem entender.
Stevie trás um cara com ele. Fred trouxe mais um e suas armas.
— Estavam de pastora. Este estava tentando invadir a casa. Esse outro deu bobeira e passou em frente à janela.
— Amadores. — Revireis os olhos.
— eles não estavam com a gente. — Diz Lola.
— Então aqui é a casa da sua mãe não é, Mark? — Diz um dos Fuzileiros se referindo a Josh.
— Mark? É serio? — Dei uma gargalhada. — Você é um péssimo mentiroso Josh.
— Você é um espião! Eu sempre disse isso ao chef, mas ele nunca acreditou. — Disse o fuzileiro.
Logo começou uma discussão entre eles e Josh, mas eu fiz eles se calarem com um tiro no teto.
— Olha aqui, não sei o que está acontecendo, mas quero que cada um diga o que veio fazer aqui ou matarei um por um. — Digo.
— Você não seria capaz — Josh debochou.
Atirei no meio do seu peito e vi-o ficar sem ar. Todos da sala ficaram pasmos olhando com os olhos arregalados a minha frieza.
— Espero que não esteja com aquele maldito colar que te dei. — digo me sentado no sofá de frente para ele que estava caído no chão.
— Eu nunca o tirei. — Ele levanta do nada e todos ficaram com medo e sem acreditar que o colar impediu que o tiro passasse para dentro de seu corpo.
— Meu deus eu disse para Philbe que esse garoto não tinha juízo e que eu não servia para isso, mas não...
— Então deixa ver se entendi. Josh é um espião da TROPA, fez aquele teatro de que estava sendo preso e forçado a passar para o lado dos Blacks, me fez acreditar que tinha morrido, invadiu o território do palácio, tentou me matar com um tiro que era pra ser de raspão, depois foi preso por vacilo, fingiu sua própria morte...
— E fingi muito bem.
— Veio atrás de mim com uma novata inexperiente, e deu a desculpa para os Blacks de que estava indo visitar mãe que está morta, foi seguido e aqui estão todos. Na minha casa!
— E ainda levei um tira da crush. — resmungou ele.
— Cale a boca, Josh!
— Vem calar então.
Lancei um olhar mortífero para ele.
— Se você continuar me irritando, pode ter certeza de que não está longe de perder a língua. Faço questão de arrancá-la com minha faca. — ele parou de debochar e ficou sério. Não sei se era por causa da ameaça ou se era pela dor na perna.
— Por que mandaram vocês dois? — Me virei para os fuzileiros.
— Não falaremos nada. — Disse um.
Levantei do sofá e caminhei em direção dele. Analisei cada um e perguntei seus nomes.
— Não diremos nada. — O mesmo responde.
— E você rapazinho? Não tem vontade própria? Ele manda em você? — Digo olhando em seus olhos bem perto de seu rosto.
— Erick. — Ele responde.
— Ó tal de Erick é bom você não dar bola para minha namorada ouvi?
— Cale sua boca seu idiota. Eu não sou nada seu. — Ele se calou. — Erick, você é muito bonito sabia? — passei a mão em seu rosto, já conseguindo senti sua respiração.
Só mais um pouco e ele entrará em meu jogo. Stevie se afastou dele, deixando ele apenas amarrado.
— Obrigado. — ele disse bem devagar quando deixei minha mão boba descer pelo seu corpo.
— Não caia na sedução dela... — o seu companheiro tentou falar, mas Fred conseguiu calar a boca dele dando um sonífero a ele.
— Está gostando não é? — pergunto.
Ele confirma com a cabeça. Deixei que minha mão entrasse em sua calça e ele deu um pulo mesmo assim assentiu.
— Diga-me quem é seu líder.
— Meu... Meu líder? Ele é um completo brutamonte, ele é o amante da princesa...
— Symalia?
—Sim. Ele se chama Call.
— Ele é ruivo?
—Sim...
Ele gemeu um pouco quando disse sim. Comecei a beijar seu pescoço bem devagar.
— Assim o cara vai ter orgasmo. — Disse Josh em um múrmuro com Lola.
— Diga-me quem é Symalia.
— Ela... Ela é a chef supreme, a maior e a primeira mulher a comandar um grupo de rebeldes armados do mundo.
Apertei as mãos contra seu corpo o fazendo gemer mais alto. Ele estava ficando excitado.
— Onde está a bomba?
— Está no quarto da rainha, mãe do príncipe Benjamim.
— Muito obrigada. — digo em seu ouvido. Dou pequenos beijos em seu rosto até sua boca. Despeço-me dele com um beijo demorado e me afasto.
— Conseguiu o que queria? — perguntou ele respirando alto.
Dou um passo à frente e digo em seu ouvido.
— Não cheguei nem perto.
Ele sorriu malicioso e eu retribuo com outro sorriso. Ele ainda estava amarrado, o outro estava dormindo no chão enquanto os guardas vigiavam Lola e Josh.
Senti falta da minha arma e quando percebo...
— Mãos na cabeça gatinha.
Virada de costas para ele apenas o obedeço.
— você é bem espertinho não acha?
— Não me subestime minha linda.
— Nunca lhe subestimei. — ele me puxou pela cintura colando seu corpo no meu, pondo a arma em minha cabeça.
— Se vierem atrás de mim, ela morre.
— Espero que não acreditem nele. — Digo fazendo piada dele.
Ele me puxou para fora de casa em direção ao carro.
— Não me faça mostrar do que sou capaz — ele disse em meu ouvido antes de me empurrar para dentro do carro.
Ele dá partida e sai em alta velocidade fazendo os pneus gritarem contra o asfalto.
— Por que não me amarrou? — pergunto.
Ele continua com os olhos fixos no volante.
— Não sei. Algo me diz que você é de confiança.
— Uma pessoa que usa da sedução para obter informações é sempre de confiança. — Ironizo.
— você despertou algo em mim.
— Talvez o nome disso seja excitação. — desdenho.
Erick mordeu os lábios.