A filha da rainha (HIATOS)

By laisiadiniz54

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Plágio é crime (HIATOS) Era para ser apenas uma simples competição... Onde eu seria apenas mais uma plebéia q... More

Capítulo 1
capítulo 2
capítulo 3
capítulo 4
capítulo 5
capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
capítulo 17
capítulo 18
capítulo 19
capítulo 20
capítulo 21
capítulo 22
capítulo 23
capítulo 24
capítulo 25
Capítulo 27
capitulo 28
capitulo 29
capitulo 30
Capítulo 31
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43

Capítulo 33

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By laisiadiniz54

Naquela noite uma vida foi sacrificada por mim, era um guarda, Jack Hilton, que vigiava o terceiro corredor. Ele foi torturado e cremado. As câmeras de segurança foram desligadas naquela noite, até agora nada foi feito sobre as ameaças, mas Benjamin está cuidando disso, acho.

Acordo por sentir uma mão acaricia meu rosto, tomo um susto por ver que era um homem.

— Sinto muito ter lhe assustado. — Disse ele.

— Você não pode ficar encarando e simplesmente alisar o rosto de uma pessoa que tem certo trauma de homens, é quase como assinar seu atestado de opto. — o repreendi, sentando-me na cama.

— Seu café será servido no quarto, para evitar interrogatórios e frustrações durante as refeições. Ordens do príncipe. — levantou- se e andou de um lado para o outro.

Peguei uma taça de vidro com suco em cima de uma bandeja e tomo um gole.

— Qual seu nome soldado? — pergunto.

— Devi Morgan, senhorita. — o rapaz era moreno de olhos claros e cabelos ondulados, pele bronzeada. Ele usava o uniforme habitual, que continha algumas medalhas.

­­— Pode me dizer em qual quarto estou?

— Este quarto é n° 04, ao lado do quarto do príncipe. — Ele sentou-se em uma poltrona do outro lado do quarto olhando para a janela. ­— Fizeram um estrago e tanto em seu quarto. Alguém parece querer sua cabeça em uma bandeja.

Seu comentário me fez lembrar-me do caos da noite passada. Parei de mastigar o serial com leite na hora, engolindo-os.

­— Seja quem for, pagará caro por isso.

As coisas estavam tensas, pelo menos para mim, mas a rainha falsamente sorria para todos, com uma genuinidade que parecia ser verdadeiro. Será que ela acredita mesmo que aquela garota é sua filha?

A semana estava passando rápido, as noticias do atentado contra mim estavam voando pelos jornais locais. Convocaram uma entrevista com o Jornal real jr. na sexta, daqui a dois dias. Todas as selecionadas remanescentes seriam entrevistadas e eu seria obrigada a falar sobre tudo o que aconteceu durante todos esses cinco meses para Jerry.

Mas sinceramente, eu só queria um buraco para enterrar minha cabeça. E se as coisas continuarem assim, eu vou encontrar um rapidinho.

Só de pensar que toda Cagibél iria ver meu rosto pálido e minhas olheiras de noites sem conseguir dormir... Pior era que eu teria que falar do tempo que sumi do castelo, do porque meu quarto foi o único que teria sido poupado quando o castelo teria sido tomado, e por que foi o único a ser destruído agora.

Muita coisa estava acontecendo, muitos pensamentos e nada de melhorar. Preferia voltar no tempo, quando eu decidia o que fazer da minha vida e minha única preocupação era trabalhar na cafeteria e estudar.

Saudades de Laura e Pitter, da nossa amizade, das nossas aventuras. Decido escrever uma carta para eles e dizer todo que estou sentido, seria uma forma de me distrair já que ficarei nesse quarto o resto do dia.

26 - Maio

Laura e Pitter...

Oi, resolvi escrever essa carta por que estava morrendo de saudades de vocês e dizer que estou bem. Os dias nesse palácio tem sido difíceis, mas eu dou conta. Tudo acontece tão rápido que mal tenho tempo de tomar banho, brincadeira, eu tomo banho.

Sinto falta de tudo que deixei para trás, mesmo que aqui eu tenha encontrado um pouco de "refugio". Parece que o mundo que eu conhecia antes virou de cabeça para baixo. Aqui eu sou obrigada a guardar meus sentimentos. No começo era legal, mas com um tempo...

Só o que eu queria era está perto da minha família de verdade, sabe. De vocês. Quase todas as noites eu preciso de remédios para dormir, às vezes nem durmo. Acho que já sabem o que aconteceu aqui na noite passada, já está até nos jornais. Mas eles não sabem o que aconteceu de verdade. Por isso, vou lhes conter a verdade, caso algo aconteça comigo, quero que vocês sejam minhas testemunhas.

Naquele dia eu havia descoberto que não sou filha da rainha, como tia Liza havia dito nas cartas. A rainha anunciou para todos quem era sua filha, era uma jovem linda, para ser sincera. Ela era parecida comigo, só que mil vezes mais bonita, mais elegante, mais feminina, mais doce e mais encantadora. Tinha cabelos pretos, pele pálida e olhos claros, se não me engano, pois só a vi uma vez e de longe, não dá para saber sua altura, pois usava sapatos saltos muito lindos. O perfil de uma verdadeira princesa.

Benjamin me olhou confuso, pois ele sabia que eu era filha da rainha Bélgica. Ele viu as cartas. E foi ele quem ajudou a rainha a encontrar sua "filha". Acho que aquela carta era falsa, assim como eu. Quando tive tempo para ir para meu quarto, descontei minha raiva e frustração nos vasos que decoravam o quarto, foi então que o príncipe veio com duas garotas, Emma Watson e Ashely Mackeinse, para me distrair um pouco, pois eles sabiam como eu estava abalada. Eles são as únicas pessoas que sabem das cartas (e vocês).

Confesso que foi muita gentileza deles tentar amenizar minha dor, só que suas tentativas foram em vão no exato momento que eu entrei no meu quarto. Alguém entrou no meu quarto, queimou as cartas, quebrou tudo, e, matou alguém. Depois fizeram ameaças por pichação com sangue nas paredes e no chão. Não sei que fez isso, mas tenha certeza, eu vou me vingar. Anotem isso aí. Pode demorar o tempo que for, mas eu me vingarei de cada um que quis meu mal.

Desculpe-me pela demora para escrever, como vocês sabem o movimento nunca para. Espero que estejam bem. Em breve irei visitá-los e levarei lembranças.

Com amor,

Stella.

Coloquei a carta em um envelope e assinei o endereço. Como ainda tenho tempo, vou escrever para minha família.

26 – maio.

Tia Liza

Oi, espero que estejam bem, pois estou muito assustada com o que vem acontecendo. São muitas coisas ao mesmo tempo, mal dou conta de acompanhar o ritmo. Sem mais papo furado, queria muito saber se foi, de fato, a tia Liza que haveria escrito aproximadamente 32 cartas e me enviado, alegando que sou filha da rainha Bélgica, o que eu acho um absurdo, pois hoje foi revelada a verdadeira princesa perdida.

Se for, sinto muito informar, você se enganou. A verdade é que eu devo ser filha de uma pessoa qualquer que engravidou cedo demais e não podia criar uma criança por conta da sua situação financeira. Por isso, me abandonou na sua porta na esperança que uma alma bondosa me criasse.

Ler aquelas cartas me deu muita esperança. Esperanças essas que me destruíram ao saber que não é verdade. Infelizmente terei que seguir sem saber o porquê que carrego o sobrenome de um país do passado que nem existe mais. Ah, e eu estou bem, quando invadiram meu quarto eu, felizmente, não estava. Foi horrível entrar e ver meu quarto devastado, as cartas que a tia Liza me enviou foram queimadas. Havia frases feitas com sangue espalhadas pelo quarto e também um corpo cremado e com marcas de torturas. Foi uma visão horrível. Tive que ser dopada para poder dormir. Até agora ainda estou sonolenta, mas ciente do que vi.

Estou precisando de férias. Talvez me liberem (e estou contando com isso) para que eu vá visitá-los, estou morrendo de saudades de todos vocês. Quero apertar as bochechas dos gêmeos. Ver meus amigos, Laura e Pitter, e sair o mais rápido possível deste inferno feito de pedras e vidraças.

O que eu não daria para ouvir as reclamações de tia Liza pessoalmente? Sinto falta de suas broncas, acredita que até senti vontade de usar novamente meu aparelho bocal? Estou brincando. Mas, infelizmente tenho que ficar aqui até que me dêem um chute na bunda. Enfim, espero que me respondam o mais rápido possível.

Com amor,

Stella.

As cartas foram entregues a um guarda, que se encarregava de entregá-las pessoalmente.

Respiro fundo e por um instante posso sentir o cheiro do amaciante que tia usava nas roupas. Dou alguns passos até a sacada, me escoro no parapeito e olho para a paisagem que se desenha em minha frente. É uma visão linda, tenho que admitir.

Mas aqui não é meu lugar. Eu sei disso, mas o que me prende aqui? Por que não consigo sair desse labirinto?

Viro-me e dou dois passos para entrar de volta ao quarto, mas escutei um disparo, olho para baixo rapidamente e vejo alguém mirando em minha direção. Corri para o quarto e só então percebi que eu havia levado um tiro. Toquei no pequeno buraco em minha cintura e começou a arder e acabei gritando, o sangue estava jorrando como uma torneira que derrama água. A dor parecia não ter fim. Sentei-me no chão com a mão na cintura tentando estancar o sangue, então usei a dor como motivação para rasgar o lençol da cama e usar para estancar melhor a ferida.

Estou suando muito e sentido calafrios, sem falar na dor cada vez que eu me mexia. As lágrimas desciam descontroladamente e minha visão estava tão turva que mal pude ver quem entrou no quarto e me carregou nos braços pelo longo corredor.

Eu não podia enxergar direito, mas estava consciente. A dor era cada vez mais insuportável, jurava que iria morrer ali mesmo, nos braços de um desconhecido.

Percebi o agitamento das pessoas no palácio, algumas ficaram assustadas quando passei por elas e deixei meu rastro de sangue por onde passava. Mesmo que eu tentasse estancar, era inútil.

Sem agüentar mais lutar, deixei a dor me tomar enquanto meu sangue escorria por entre meus dedos, sujando a pessoa que me carregava nos braços.

Ouvi vozes ao longe, mas não consegui decifrar quem ou o quê gritavam. Apenas deixei que me levassem, seja para onde for.

Alguém conversa, e, está perto. Não abri meus olhos e nem pretendo abrir. Pelo menos não enquanto não me sentir segura o suficiente.

Queria escutar e entender o que falavam. Parece que era um homem e uma mulher.

Meu abdômen doe quando respiro, sinto que algo está em volta de mim, talvez seja os curativos e faixas. Tentei olhar com os olhos semi-abertos e vi tudo branco ao meu redor e sombras escuras bem longe. Talvez sejam elas de quem eu estou ouvindo murmúrios.

Acabei soltando um grunhido quando tentei levantar, acho que foi alto demais.

— Ela acordou. ­— disse alguém.

Quando consegui me sentar minha cabeça parece girar sem sair do lugar. Ponho uma das mãos na cabeça tentando minimizar o efeito de rotação. O que é inútil.

— Stella... Consegui me ouvir? ­— ouço uma voz doce e melancólica. Só pode ser...

Abri os olhos e vi outros dois olhos me fitando com preocupação. Olhos da cor dos meus, pele um pouco esbranquiçada e enrugada no canto dos olhos.

— Tia Lis... — mal posso falar, a dor no abdômen falava mais alto.

— Não minha querida. — Pões uma madeixa minha para trás da orelha. — Eu sou a rainha Bélgica.

Tudo que estava perto de caio quando tentei me afastar bruscamente daquela mulher que estava perto de mim. Cheguei até cair da cama, machucando meu braço e gemendo de dor até na alma.

Enfermeiros correram para me ajudar, entretanto eu só conseguia gritar de dor e chorar. Aquela mulher só me faz mal, só de ouvir sua voz me causa calafrios.

Vi quando ela se retirou do quarto enquanto eu era dopada com uma agulha que perfurava minha pele desprovida de melanina.

Aquele quarto só me deixou mal. Esse palácio só me fez mal. Essa porcaria de vida não faz sentido alguma. Pessoas querem minha cabeça a todo custo. E eu nem sei ao certo o porquê.

Essa cama me dá náuseas, parece que por mais que eu evitasse, sempre vinha para o mesmo lugar, para o mesmo quarto com duas poltronas, um criado mudo, um relógio bem velho um pouco a cima a porta, e uma janela do outro lado do quarto.

Sem nada para fazer e ninguém para conversar, brinquei com o tubo que transferia soro para minha veia. Doía um pouco, mas era uma dor suportável, o que não chegava nem perto da dor que eu estava sentido de fato.

Ouvi três batidas na porta. Alguém põe a cabeça para dentro do quarto.

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