Orgulhosa

Von FabiRech

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Or.gu.lho 1 Conceito muito elevado que alguém faz de si mesmo; altivez, brio. 2 Amor-próprio exagerado. 3 Em... Mehr

Prólogo
Capítulo 1 - A Ponta do Iceberg
Capítulo 2 - Três Vezes Christopher!
Capítulo 3 - Você não sabe o que é um alerta vermelho?
Capítulo 4 - 1º Round
Capítulo 5 - 2ºRound
Capítulo 6 - Como o Christopher pode ser tão...
Capítulo 7 - A Vingança da Vingança!
Capítulo 8 - Previsível
Capítulo 9 - Adrenalina
Capítulo 10 - Como ferrar a vida da sua melhor amiga
Capítulo 11 - A História da História!
Capítulo 12 - Shrek e Fiona
Capítulo 13 - Onde eu fui amarrar o meu burro?!
Capítulo 14 - Apaixo... O que?!
Capítulo 15 - Quando as vacas voarem
Capítulo 16 - Lascada!
Capítulo 17 - C'est fini
Capítulo 18 - Perdendo a batalha... não a guerra!
Capítulo 19 - Elo com o Passado
Capítulo 20 - Definição de Absurdo
Capítulo 21 - Mister Charada
Capítulo 22 - O Segredo de Christopher
Capítulo 23 - O Acordo
Capítulo 24 - Que Christopher é esse?!
Capítulo 25 - Pegos em Flagrante
Capítulo 26 - Caixinha de Surpresas
Capítulo 27 - Você ficou louca Annie?!
Aviso
Capítulo 28 - Como assim grávida?!
Nova História
Capítulo 29 - Benção ou Maldição?!
Capítulo 30 - Uma Promessa
Capítulo 32 - Orgulhosa x Orgulhoso
AVISO
Capítulo 33 - Tudo ou Nada
Capítulo 34 - Os Pingos nos i's
Epílogo
História Nova - Quem inventou o amor?
História Nova!

Capítulo 31 - O que vem Depois

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Von FabiRech

Houston, Texas – Julho de 2015

Dois anos depois e aqui vou eu em mais uma busca por aquele idiota que não ouso perdoar. Na verdade, creio que assim que encontrar Christopher, matá-lo me parece uma boa opção. Afinal gastei minhas duas preciosas férias procurando aquele imbecil, e isso era mais ou menos como procurar agulha em palheiro. E tudo isso por que?

O amor é para os fracos. Esse sempre foi o meu lema. Eu sempre estive certa sobre isso. A única coisa que eu me enganei foi de não supor que eu também poderia ser fraca...

E sabe o que? Aquilo tudo era uma tremenda burrice... tão grande e que se tornava maior ainda pela minha insistência. Tudo o que eu tinha que fazer era dar meia volta e dirigir os 900 quilômetros até Monterrey sem hesitar, nem parar como se estivesse fugindo do próprio demônio.

Bem... sorri com a ideia. Talvez eu estivesse mesmo indo de encontro ao próprio tinhoso. Na verdade, duvidava que até ele fosse capaz de tamanha insanidade!

- Não tem remédio Dulce Maria. Está metida nisso até as últimas, siga em frente. – Eu tinha que parar de falar comigo mesma

Sai do pequeno fusquinha alugado e ainda sem coragem de continuar. Sentia falta do meu antigo sedan vermelho, mas acabei tendo que vendê-lo novamente. Depois de algum tempo acabei comprando esse menorzinho. Não daria pra rodar pelas estradas sem carro.

Parei em frente ao prédio de 3 andares de tijolos vermelhos. O bairro não era dos melhores. Mas também o que podia esperar? Estávamos na periferia de Houston!

Dois rapazes me encaravam nada amigáveis do outro lado da rua. Se eu fosse uma garota qualquer estaria morrendo de medo. Mas não... eu sou Dulce Maria, muito segura de si, obrigada.

- É roubado. – Falei para os dois que apenas assentiram. Sai dando uma risadinha pelas costas deles. Crescer na periferia tinha me ensinado alguns truques um tanto interessantes.

Conferi o número escrito no papel. 2359... exatamente o mesmo número escrito na placa pendurada no batente da porta.

- Vamos lá Dulce Maria, você nunca foi covarde. Não é agora que vai começar!

Para minha sorte (ou talvez para meu azar completo), uma mulher vestida como se tivesse na noite saia do prédio naquele momento.

- Pode deixar, obrigada! – Segurei a porta e ela deu de ombros, provavelmente muito cansada de ter trabalhado a noite toda se é que me entendem.

Perdi alguns segundos logo na entrada. Não me impressionava que aquele lugar fosse tão sujo e fedorento, afinal já tinha vivido em um assim. Mas o que eu estranhava era Christopher viver ali. Justamente ele que era tão cheio de frescuras se meter num lugar daquele.

Apartamento 34... Suspirei já cansada. Não me animava nem um pouco ter que subir até o último andar sem ter a certeza de que iria encontra-lo. São em momentos como esses, que chego a conclusão que eu devo ser a pessoa mais instável do mundo! Onde já se viu eu, logo eu, Dulce Maria me rebaixar procurando aquele papagaio com reumatismo. Sim ele era o próprio. Falava sem parar, mas era sempre pra reclamar!

De frente para a porta marrom meio descascada ainda vacilei. Será que era mesmo ali? Até onde eu saiba Christopher não é nada pobre. Oh espera, ele também não é nenhum milionário, mas tem dinheiro o suficiente pra viver bem. Ao menos era isso que eu achava.

O apartamento não tinha campainha então bati como se fazia antigamente. Aproximei meu ouvido da porta. Que estranho! Conseguia ouvir várias pessoas lá dentro. Será que ele morava com mais gente ou quem sabe estava dando uma festa? Que festa que nada! Em plena segunda feira a tarde?!

A porta abriu de repente e eu literalmente cai de quatro. Grande entrada Dulce Maria, grande! Levantei rapidamente e só então me dei conta do lugar em que estava.

Um velho papel de parede estava apenas pela metade, ao lado uma mesinha repleta de garrafas de bebidas vazias. O cheiro de cigarro era forte bem como o de alguma outra coisa desagradável que eu não conseguia identificar. Mas que diabos de casa era aquela? O senhor certinho jamais viria morar num lugar assim, é claro que eu devo estar no apartamento errado! Maldito detetive de meia pataca!

- E então vai ficar olhando feito uma idiota ou explicar o que fazia ouvindo atrás da porta? A mamãe não te ensinou que é feio ouvir atrás da porta garotinha? – Disse uma garota de cabelos espetados e maquiagem pesada. Parecia uma daquelas Punk do final dos anos 70. – E então? O gato comeu sua língua menina? – Me contive para não avançar em cima dela. Garota idiota! Quem ela pensa que é? Na verdade, ela tinha azar por não conhecer com quem estava mexendo. Por outro lado, tinha sorte por eu estar em desvantagem.

- Desculpe. Sabe me dizer se Christopher está aqui? – Perguntei tentando parecer o mais educada possível, embora quisesse mesmo era acabar com aquela cara de deboche dela.

- Christopher? Não conheço nenhum Christopher, então.... – Ela abriu a porta. Super simpática ela. – Já pode sair!

Não, não era possível! Eu vim de tão longe pra acabar assim? Tão rápido! Ah, mas não mesmo! Se eu não estava no apartamento certo rodaria o prédio e não sairia de lá até ter alguma informação, mas antes... já que eu não tinha nada a perder mesmo...

- Meredith tá falando com quem? – Um rapaz magrelo perguntou se aproximando da porta.

- Ninguém. Ela já tá de saída. – A megera afirmou me olhando com certo desdém. Eu estava a ponto de voar no pescoço de gralha dele quando ouvi...

- Eu dobro a aposta! – Não era preciso nem vê-lo pra saber que era ele.

Sem ligar a mínima para a ridícula e o bocó parados na porta, passei por eles em direção aos fundos do apartamento. Uma mesa rodeada de homens em pé não me permitia enxerga-lo, mas eu tinha certeza de que ele estava ali.

- Você está perdendo Uckermann, desista! – Perdendo, como assim perdendo?

Empurrei meia dúzia de brutamontes até conseguir chegar na frente da mesa. Todos me olhavam como se eu fosse um extraterrestre e bem, talvez eu fosse mesmo.

Eu estava pronta pra me deparar com uma mesa de jogo de cartas, menos para isso. Christopher estava sentado de frente para um grandalhão, ambos com os braços empunhados sobre a mesa. Aquilo não ia dar certo, o cara era bem mais forte que ele! Não ia dar certo mesmo!

- Dulce!

- Christopher! – Falamos quase ao mesmo tempo.

Ele vestia uma regata deixando a mostra seus braços que agora eram bem mais fortes do que eram há um ano e meio atrás. Usava também um boné com a aba virada para trás. Afinal eu estava diante de quem? Aquele não é o Christopher que eu conhecia!

- Ora ora quem é a belezinha? – O sujeito interferiu. Ele tinha cara de porco.

- Dulce vem comigo! – Christopher agarra minha mão e me leva pra fora.

- Ainda não acabamos Uckermann!

- Dá um tempo Peter! – Christopher grita e me arrasta através de uma cortina. – Tá legal! – Ele me solta e quase caio. Olho em volta. Era um quartinho simples com uma cama no canto. Mas incrivelmente estava bem arrumado. – O que faz aqui Maria?

Ele sabia que eu detestava que me chamassem assim. Ao mesmo tempo, ele sempre me chamava assim quando estava irritado.

- O que você acha? Rodei quase mil quilômetros desde Monterrey pra vim fazer turismo no bairro mais perigoso de Houston! Que pergunta idiota hein... Uckermann! – Fiz questão de usar o mesmo tom que o grandalhão lá de fora!

- Não-se-meta-na-minha-vida! – Sibilou e a raiva estava ali, estampada.

- Humm o que foi? Tá apaixonadinho por ele é? Acha que eu sou concorrência? Fica tranquilo querido, ele não faz o meu tipo. – Falo dando tapinhas em seu ombro.

Isso foi a mesma coisa que estender um pano vermelho na frente de um touro. No instante seguinte não estava mais para no meio do quarto. Estava na cama com ele em cima de mim. Ele não deu tempo. Simplesmente me beijou. Um ano e meio e ali estava algo que não mudou. Christopher podia até ter se declarado gay, mas seus lábios não concordavam com isso. Ao contrário disso, tinham pressa, tinham desejo e algo mais que eu não sabia o que era, mas que só existia ali com ele.

- Vai embora... – Ele sussurrou e me beijou mais uma vez. – Vai embora! – Mordeu meus lábios e dessa vez doeu. Senti o gosto de sangue na boca.

- Idiota! – Xinguei, mas ele nem se importou. Continuou andando pra fora do quarto.

Na verdade, a idiota sou eu. Afinal o que eu tinha que fazer ali quando ele havia deixado claro que não me queria? Nada, absolutamente nada. Mas quer saber? Acabou a palhaçada! Se ele quer se destruir no meio de jogadores mocorongos então que assim fosse! Eu é que não vou me humilhar mais! Aliás Dulce Maria Savigñon nunca se abaixou pra ninguém e não iria começar justo agora!

Ajeitei os cabelos, fechei a cara e empinei o nariz. Arrumei o sorrisinho irônico que ele detestava e sai do quarto. Se ele pensa que me curvarei implorando pra que me acompanhe, está muito enganado!

- Um minuto, gracinha. Você não pode ir ainda. – O magrelo da porta me segurou.

Apenas olhei pra aquela mão nojenta sobre mim, mas ele não fez caso. Ao contrário, me puxou pra perto da mesa. Christopher não me olhou, ignorou os olhares horripilantes que eles o grandalhão do outro lado da mesa me mandava e quis voar no pescoço dele.

A garota com cara de vadia se aproximou da mesa. Colocou as duas mãos em cima das deles. Contou até três então soltou-os.

Eu não entendo o que eu estava fazendo ali assistindo uma estupida queda de braço. Não que eu estivesse tendo muita escolha é claro. Aliás, eu não entendo se quer o que diabos tinha na cabeça pra ir parar ali. Fiz uma promessa pra mim mesma. Nunca mais voltaria a correr atrás daquele imbecil!

- AH!!!!!! – O grandalhão rugiu. Não era preciso ser muito esperto pra descobrir que Christopher iria perder aquela luta e foi o que aconteceu.

- Muito bem doçura vem pra cá! – O magrelo me jogou e quando vi estava nos braços do brutamontes.

- Me solta seu ogro! – Tentei esmurra-lo, mas ele me segurou firme. – Christopher me ajude seu idiota!

-Ele não pode doçura. Você é o meu prêmio!

- COMO É QUE É? – Berrei, mas todos pareciam só saber rir.

- Peter me dá um minuto com ela sim? – Christopher pediu e na verdade não sabia o que estava pedindo, afinal aqueles seriam seus últimos segundos de vida!

- Olha lá hein Uckermann, quero minha garota inteira daqui a 30 segundos!

Não tenho nem tempo de pensar. No instante seguinte sou arrastada por Christopher de volta para o pequeno quartinho.

- Você é idiota ou o que?! – Dou um tapa nas suas costas. Pude ouvir o barulho, deve ter doido, minha mão está doendo, mas ele nem reclama.

- Tá legal, são dois andares até o beiral do 1º andar. Acha que consegue? – Christopher apontava pra janela que eu nem havia reparado que ele tinha aberto.

- O que?

- 15 SEGUNDOS! – Peter berrou do lado de fora e os gargalhadas explodiram lá fora.

- Certo, não dá mais tempo. Vem!

- Mas o que pensa que está fazendo? – Perguntei quando Christopher passou para o lado de fora da janela e me ajudou a fazer o mesmo. – Está louco?! Eu não vou pular!

- 5 SEGUNDOS! ESTOU INDO BENZINHO!

- Pensando bem...

- No três! – Ele disse e concordei. Por nada no mundo o grandalhão ia tocar em mim. – Um, dois, três!

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

-------//-------

E assim voltamos aonde começamos!

Desculpem, mas é importante.

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