Capítulo 11 - A História da História!

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            Alguns dias depois e a situação só ficava pior a cada minuto que passava. Pela primeira vez em muito tempo, eu me pegava sem saber o que fazer e detesto ter que admitir, mas acho que estava começando me arrepender daquele jogo de gato e rato com Christopher.

Por falar nele, a criatura já está em casa, mas está proibido de frequentar as aulas até que descubram quem foi o autor da brincadeira porque é claro que já descobriram que não era maconha.

Aliás eu já estava estranhando. Falei com Eric e ele que iria conversar com um amigo sobre a questão das câmeras. Talvez tivesse conseguido apagar as imagens já que até agora Christopher não veio me tacar pedras.

De fato, embora isso fosse grave, não era o que mais me preocupava no momento. Desde o dia em que abri minha boca e piorei a situação, Annie simplesmente me ignorava por completo, nem ao menos um bom ou um segundo olhar ela me dava. Acho que Whiskas valia mais que eu no momento.

Na verdade Annie estava tão arredia que nem o próprio Whiskas se atrevia a cruzar o seu caminho. Poncho não estava muito diferente. Sinceramente não sei o que disseram naquela conversa, mas com certeza haviam sido palavras duras, daquelas que magoam inevitavelmente e que uma vez ditas, não tem como serem retiradas.

- Meça suas palavras Anahi! – Ouvi Christian gritar e pronto, sabia que mais um barraco tinha se armado. Sai correndo do quarto, não sei se era possível ainda fazer algo, mas talvez desse pra evitar que a situação piorasse.

- Ei cara solta ela! – Cheguei na escada no momento em que Christopher se colocava no meio entre Annie e Christian que segurava minha amiga pelo braço. Era realmente como se estivéssemos em meio a um campo minado, qualquer passo em falso e tudo iria pelos ares!

-O que aconteceu? – Perguntei numa tentativa falha de quebrar o clima ruim que pairava sobre eles, porém a única resposta que tive foi ver Annie revirar os olhos.

Foi tudo muito rápido. Num instante eu estava em cima, no outro já tinha descido a escada feito uma louca e corrido até a frente da casa ao ouvir o grito da Mai. A cena não era nada bonita e tive que me conter pra não desmaiar ao ver a perna de Mai jorrando sangue enquanto um rapaz do outro lado um rapaz tentava se levantar parecendo atordoado. Só então reparei na moto caída ao lado da caixa do correio que também permanecia no chão.

- Mai! Por Deus, o que aconteceu? – Annie tentava limpar as lágrimas de Mai que caiam sem parar. – Você está bem?

- SEU DESGRAÇADO, NÃO VIU O QUE FEZ? – Christian gritou agarrando o rapaz pela jaqueta e sacudindo sem parar.

- Calma Christian. – Christopher tentou separá-los, mas os olhos de Christian diziam que só sairiam dali depois de conseguir sangue.

- Me solta, eu vou matar esse desgraçado! – Ele respondeu empurrando Christopher e confirmando assim a minha teoria.

Permaneci em choque sem saber o que fazer.

- Liga pra ambulância. AGORA, VAI! – Annie gritou e só então percebi que era comigo.

Não perdi tempo e sai feito uma louca disparada pro telefone.

Três horas depois e apesar de toda a correria e stress, o dia ainda não tinha acabado. Christopher estava com Maite no hospital, graças a Deus ela estava bem, mas deveria ficar em observação pelo menos até amanhã, já que tinha perdido grande quantidade de sangue. Aliás precisou de uma transfusão e o sangue dela era bem raro, curiosamente e mais uma vez por intervenção divina, Christopher também tinha o mesmo tipo e acabou dando tudo certo.

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