Capítulo 4 - 1º Round

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- Eu acho que é melhor irmos ao shopping.

- Não seja idiota Christopher, é claro que ela prefere ir no parque, não é Mai?

Christopher era sem sombra de dúvidas, o rei dos patetas! Onde já se viu? Mai amava a natureza, nunca foi o tipo fútil de ir fazer compras em shopping. Então é óbvio que abatida como está ela iria preferir mil vezes estar ao ar livre do que sufocada num shopping!

- Claro que não Maria, compras é sempre a melhor coisa pra desestressar. – Barrou a escada encostando a mão na parede. – Então vamos?

O maldito fez aquela cara do gatinho do Sherek. Golpe baixo e ele sabia disso. Mas o patife era tão descarado que não tinha a mínima vergonha de olhar pra Mai daquele jeito sabendo que ela não teria coragem de recusar.

- Ah bem...pode ser, mas não precisa. – Ela disse sem jeito. As mãos inquietas demonstravam como ela não estava a vontade.

- Ótimo, vamos então. – Liberou a passagem e começamos a descer. – Acho que podemos ir naquela sua lata velha, não podemos?

- Hey, mais respeito com a Glenda! – Pedi e ele me olhou como se fosse um et.

- Com quem?

- A Glenda, o meu carro! – Respondi furiosa. Glenda era mais que um carro. Era a herança que meu avô me deixou pouco antes de morrer. Era como se fosse parte da família e como tal, tinha sentimentos também!

- Ok, agora assim você acabou de me confirmar que é realmente maluca! – Debochou. – Fique tranquila Mai, acho que sobreviveremos a uma carona com ela. Vamos, eu te protejo. – Abraçou minha amiga que tentava prender o riso embora eu não estivesse achando graça alguma.

- Oras seu...

A porta da frente se abriu poucos instantes antes de ele colocar a mão na maçaneta e por ela entrou a última pessoa que deveria ter topado com a gente. Mai abaixou a cabeça instantaneamente e Christopher bufava furioso, só estava faltando sair fumacinha pelo nariz! Bem, é como dizem, quando as coisas dão pra piorar...

- Perdeu alguma coisa Uckermann? – Provocou e aquilo foi a pior coisa que poderia ter feito. No instante seguinte Christopher tinha acertado um soco bem no meio do rosto de Christian.

- SEU FILHO DE UMA ÉGUA! CADÊ O MACHO AGORA HEIN? – Christopher gritou e até eu estremeci. Nunca o tinha visto assim.

- OLHA SÓ QUEM ESTÁ FALANDO? SE ENXERGA UCKERMANN, ATÉ A BARBIE É MAIS MACHO QUE VOCÊ! – Christian respondeu me dando a certeza de que agora sim, a terceira guerra mundial estava declarada.

Eu estava certa. Christopher pulou sobre Christian no mesmo momento e ambos saíram rolando pelo chão. Mai e eu nos abraçamos instintivamente em meio a gritos. Os chutes e socos estavam fortes de mais, nunca tinha visto os dois daquela forma, tão violentos.

-Poncho faça alguma coisa! – Ouvi Annie gritar e só então percebi que os dois estavam ali.

Voltei a prestar atenção aos meninos que agora tinham subido no sofá, o tombado e saíram rolando novamente pelo chão e agora vinham em nossa direção. Puxei Mai para o outro lado ainda gritando.

- Eles vão se matar! Faça alguma coisa. – Annie disse desesperada, mas Poncho ao que parece preferia rir.

- Eu não! Já ouviu dizer que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher? Não sou louco de me meter. – O ouvi responder, mas estava mais preocupada com o fato de eles estarem se aproximando de nós de novo.

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