▕ B l a i r▕
"Beija-me agora..." Zayn murmura contra os meus lábios, enquanto eu me obrigava a não rir.
"Não."
Elevo o meu tronco, ficando com isto, sentada em cima de Zayn. O seu corpo acompanha as minhas acções, deixando-me ligeiramente desconfortável e com as pernas à volta da sua cintura. Ele força-me a deitar na cama e logo acompanha a minha ação, deitando-se em cima de mim, deixando-me com isso obrigada a ceder às suas vontades.
Os seus lábios, contrariamente ao que eu pensei, não beijaram os meus. Apenas rasparam nos mesmos, deixando-me com uma necessidade inexplicável de os sentir. Os meus lábios, agora molhados comprimem um contra o outro. A minha língua passa nos mesmos, após a separação destes e Zayn sorri, contente com a minha reação.
"Diz que queres que eu te beije."
"Eu não vou dizer isso."
Zayn repete a sua ação, deixando-me uma vez mais desesperada pelo contacto.
"Não me faças isto. Tu sabes que eu quero."
"Tu queres o quê?"
"Eu quero que tu me beijes."
Os lábios fantasmas de Zayn são, finalmente, substituídos pelos reais. As minhas necessidades são carregadas a cada segundo de beijo, como se fosse o nível de vida de uma personagem animada. Zayn movimentava-se lentamente em cima de mim conseguindo com que pequenos suspiros fossem de encontro aos seus lábios rosados. Os meus dedos percorrem as suas costas e, ao chegar ao final das mesmas, agarram a camisola, vincando-a um pouco na beira.
Faço com que as posições se invertam, ficando agora em cima dele. Sento-me por breves segundos em cima dele para que me seja mais fácil retirar a camisola e, uma vez que essa ação é elaborada, Zayn leva as suas mãos quentes até ao fecho do meu sutiã.
Quando a simples peça de roupa interior cai sobre o seu peito, suspiro devido à exposição à qual sou submetida. Inclino o meu corpo na sua direcção e começo a beijar a sua bochecha. A sua barba raspava contra os meus lábios e, juntamente com o seu aroma doce, tornavam a sensação deliciosa. Enquanto beijo o seu pescoço, as minhas mãos entram dentro da sua camisola, deslizando pela sua pele quente, que ia ficando cada vez mais exposta, à medida que ia subindo a sua peça de roupa.
Uma vez que a camisola é retirada, as minhas mãos alcançam o cinto das suas calças, que logo é aberto. Com a sua ajuda consigo deixá-lo unicamente de boxers e não tardou muito em ele colocar-me também dessa forma.
O calor dos nossos corpos era algo impossível de ignorar. Sabia bem estar tão junto dele, senti-lo por debaixo de mim, ver os seus olhos castanhos-claros incidirem nos meus, sentir as suas mãos percorrer as minhas costas. Sabia tão bem...
Zayn acaba por se colocar em cima de mim e a minha pele morena arrepia-se ao sentir a sua respiração vir de encontro ao meu peito.
"És linda."
Entreabro os meus lábios ao sentir os seus beijos no meu seio. Respiro de forma pesada, procurando algo para agarrar. As minhas mãos necessitadas acabam por segurar os seus cabelos negros dando-me com isso um pouco de controlo sobre as suas ações.
"És minha." Zayn profere.
"Só tua." Eu afirmo, quase deixando escapar um gemido.
A mão de Zayn desce pelo meu corpo enquanto os seus lábios sugam os meus seios de uma forma incansável. O meu peito sobe e desce rapidamente devido à minha respiração descontrolada. Movo-me um pouco por debaixo de Zayn, contorcendo-me com o seu toque. Forço a inalação do ar, já me começando a ser difícil manter a estabilidade.
As mãos de Zayn fazem com que as minhas cuecas percorram as minhas pernas. Os dedos de Zayn estimulam o meu sexo fazendo-me gemer baixinho de prazer. O meu olhar fecha-se com a sensação e a contração dos meus músculos faz com que as minhas costas se arqueiem ligeiramente.
As minhas necessidades são levadas ao estremo quando os seus dedos se introduzem em mim. Vários gemidos saem agora da minha boca enquanto as minhas mãos vincam com força a colcha da cama que anteriormente se encontrava feita.
"Não faça barulho, Miss Blair." Zayn diz num tom torcista.
"Não me faça fazer barulho, Mr. Malik." Comento no mesmo tom.
Zayn leva a mão até à sua ereção, fazendo-me com isso entender o quão desesperado também se encontra. Sento-me na cama, endireitando a coluna, e com delicadeza na ação, dispo os seus boxers ligeiramente molhados.
Zayn abre a sua gaveta da cómoda, retirando de lá um preservativo. Com alguma força e cuidado, ele abre o pacote branco e brilhante, com a sua marca escrita a azul. O papel acaba por cair algures no chão enquanto Zayn coloca o material lubrificado de forma correta no seu sexo.
"Então, bebé?"
Zayn questiona ao colocar-se em cima de mim. Um suspiro escapa-se por entre os meus lábios e as minhas unhas raspam repetidamente no seu ombro.
"Que tomaste para estares tão querido comigo?"
"Nada."
Beijo os seus lábios de forma doce e prolongada sem conseguir evitar sorrir no final.
"Eu gosto de ti assim."
Zayn sorri e beija-me de forma intensa. As minhas unhas percorrem as suas costas, que se arqueiam mais com a proximidade dos nossos corpos nús. Suspiro de forma pesada quando sinto o seu membro ser posicionado relativamente perto do meu sexo. Suspiro pesadamente.
"Zayn, não me provoques!" Eu aviso, fazendo beicinho.
"Eu não estou a fazer nada, Blair."
"Zayn, olha que eu vingo-me."
"A sério? Vingas mesmo?" Ele questiona, entrando apenas com a cabeça do seu membro em mim.
"Sim..." Eu digo, fazendo os possíveis para não gemer com o contacto.
"Sendo assim, deixa-me aproveitar."
"Idiota."
Zayn entra em mim de forma rápida e pouco cuidada. Um gemido é expulso por mim devido à surpresa da sua ação e as posições logo se trocam, deixando agora eu em cima dele.
"Anda, babe." Zayn pede, incentivando-me com uma leve palmada na coxa.
Gemo quase num sussurro e movimento de forma lenta contrariando o seu pedido. Zayn mostra-se frustado devido ao meu comportamento desobediente e tento controlar a minha vontade de rir.
Após já ter refletido em relação à minha personalidade, cheguei à conclusão que também eu era teimosa e, de certo modo, mandona como Zayn. Daí a razão dos nossos desentendimentos constantes.
"Mexe-te merda!" Zayn ordena, agarrando nas minhas nádegas com pouco cuidado, devido ao desespero.
"Não." Disse negando também com a cabeça, continuando com as provocações.
"Depois irei-te dar uma lição, Blair."
"Eu disse que era vingativa."
"E eu disse-te que era sadomasoquista."
"E eu não me esqueci disso." Sorri, confiante.
Movimento-me de forma mais lenta ainda, gargalhando com o desespero estampado na cara do homem que detenho por debaixo de mim. Isto era algo mais do que eu já havia experienciado e admito estar a ser prazeroso e, ao mesmo tempo, divertido.
Zayn mexe a sua anca, procurando mais do que eu lhe estava a oferecer, mas eu impeço-o.
"Quieto, professor."
A confusão invade-me quando, após ter aprisionado o seu peito com as minhas mãos, ele começa a rir.
Tenho cara de palhaço? Não tenho culpa de não amarrar pessoas a toda a hora!
"Pensas que sou uma Barbie?" Zayn questiona, novamente apetando as minhas nádegas.
"Olha que ficavas lindo loiro."
"Queres pintar o meu cabelo?"
"Posso?"
"Podes fazer-me tudo, amor."
Zayn movimenta a sua cintura contra a minha, provavelmente já desesperado dos momentos de tortura à qual o submeti.
"Mas depois dás-me tautau."
"Tu gostas."
"Gosto, mas dói."
"É para aprenderes."
"Não gosto de seguir ordens."
"Temos pena."
Zayn comenta e aprisiona o meu corpo por debaixo do seu, fazendo-me sentir uma certa pressão entre ele e o colchão. Os beijos são logo de imediato aprofundados e as investidas que ele tinha em mim não são nada comparadas às minhas provocações. Eu sentia-o dentro de mim de uma forma satisfatória e cada vez mais deliciante.
"Oh, Zayn..."
É impossível não gemer com os seus atos. Os meus olhos acabam por revirar de prazer e a sensação desesperante que tenho há muito guardada em mim, acaba por percorrer o meu corpo de uma forma inexplicavelmente agradável. Zayn vem-se quase ao mesmo tempo que eu e o seu corpo molhado deita-se por cima do meu.
Zayn deita a cabeça sobre o meu ombro enquanto as nossas respirações ofegantes são tudo o que nós podemos escutar.
Cá vou eu, Blair Wayland, estragar mais um momento.
"Sempre posso pintar o teu cabelo de loiro?"
"Azul. Para combinar com os meus olhos."
"Os teus olhos nem sequer são azuis!"
"Olha que merda. E eu a pensar que eram!"
"És tão parvo." Gargalho.
"Tu amas."
"Pois amo."
Espera, o quê? O que é que eu acabei de dizer?
Aquele momento em que o meu cérebro começa a trabalhar, o que já por si é uma coisa notória, e eu penso numa desculpa para sair daqui, antes que me enterre mais.
Infelizmente, o seu murmuro a meu ouvido impede-me de avançar com a minha ideia de escape.
"Amas mesmo?"
"Sim."
"Eu também te amo."
Espera, o quê? O que é que ele acabou de dizer?
Aquele momento em que o meu coração começa a trabalhar, o que já por si é uma coisa notória, e eu procuro um buraco me esconder.
Os lábios de Zayn tocam nos meus e logo prolongo o beijo. O calor que há pouco havia entrado em mim devido às suas palavras, continuava a fazer ondas de reconforto. Separo os meus lábios do dele e, após ele voltar a pousar a cabeça no meu ombro, brinco com o seu cabelo.
"Ainda estás a pensar pedir destacamento?"
"Não..."
"A sério?" Eu questiono, surpreendida.
"Sim, Blair. A sério."
"E já disseste à minha mãe?"
"Sim, amor."
Fecho o meu olhar tentando perceber se isto era mesmo a realidade ou não passava de um sonho. A minha respiração estava calma, relaxada, e quando abro o olhar novamente encaro o teto branco da divisão.
"É estranho." Comento.
"O quê?"
"Estar contigo sabendo que não posso."
"Estás feliz?"
"Estou." Afirmo.
Zayn aconchega-se mais no meu peito enquanto os meus dedos acariciam os seus fios negros de cabelos. A minha mão desde até ao seu rosto e acaricia a bochecha, não muito suave devido à sua barba.
"Amo-te." Zayn murmura.
"Não gastes a palavra..." Murmuro. "Às vezes a palavra nem é sentida, apenas sai automaticamente sem qualquer verdade."
"Eu nunca te diria isto, se não fosse verdade."
"A sério?"
"Sim, a sério."