Trauma (Jeon Wonwoo)

By arachelreis

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3° volume da sequência "Give me Your Song" Para conhecer o passado da estória leia "Adore U". Tempo, nome que... More

Chuva que lava a alma
Descobertas
Me deixe te ajudar
Um natal meio esperançoso
Amigo verdadeiro
Astronauta
Uma mente confusa
A declaração
Novo ano, novos sentimentos
Seguir em frente
Despedida
Espera
Um reflexo no espelho
Surpresas
Bom Dia
Encontros e Renovos
Amor aos pouquinhos
Paz
Devo tudo à você
Entregue
Encontros
Uma nova visão
Retrospectiva sentimental
Uma flor ansiosa
TRAUMA - o ato final
Meus amores incuráveis
Livre para ser quem sou
Os passos da solidão
Especial: UM MODELO DE MULHER
O que é ser forte?
A Promessa
Pedido inesperado
Além da compreensão
O despertar do perdão
A Irmã mais velha
Um brinde
Escapar do Espartilho
Não terá uma última vez
Enfim Casados
A primavera chegou
Juntos para Sempre
FINAL: O poder do amor
Epílogo

Orgulho e gratidão

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By arachelreis

13 dias depois
Era sexta-feira, o último dia que Sooke ficaria no apartamento antes de seus pais chegarem de viagem e Hye Lin já se sentia melancólica.

- Eu não quero que ela vá em bora... - A jovem comentou observando a pequena brincar com os bloquinhos de montar no tapete da sala.

- Eu já disse, podemos encomendar um bebê também - Wonwoo a abraçou por trás.

- Tira essa ideia da cabeça. Eu ainda sou uma universitária.

- Nós damos um jeito.

- Não, não, Sr Jeon. Um bebê tem que ser planejado.

Antes que ele pudesse responder, o celular de Hye Lin apitou, notificando mensagens de Hyun Joo.

- Agora sinto que compito com essas garotas pela sua atenção!

- Não invoca, nenhuma delas me tem do jeito que você tem. - ela sorriu sapeca e piscou, deixando o moreno desconsertado.

As mensagens era o que Hye Lin estava esperando: as fotos do ensaio que a amiga fez no dia do corte e da entrevista no último domingo.

- São suas fotos? - ele perguntou olhando o celular dela. - Caramba! Que gata a minha mulher! Eu quero essa foto!

Wonwoo apontou uma em que Hye Lin sorria despreocupada, sentada numa mureta no meio da rua. Ela estava com seu conjuntinho de moletom preto e bem na hora do clique o vento bateu, bagunçando seu cabelo.

- Justo essa, Wonwoo? Meu cabelo tá bagunçado!

- Mas isso deixa tudo perfeito! Olha esse sorriso, olha esse cabelinho!!! Sra Franjinha, essa vai ser meu wallpaper!

A moça riu e encaminhou as fotos para o namorado.

- Opa, essa é Hye Ri? - ele perguntou quando a viu abrir a galeria.

- Sim! Minha mãe manda fotos dela todos os dias.

- Que fofa. Precisamos ir visitar a minha cunhadinha.

- Nós vamos. Deixa passar os primeiros dias.

A vida de Hye Lin tinha mudado da água para o vinho. Com a repercussão da nova matéria e do movimento "Escape to Corset", a jovem havia ganhado novos convites para palestras, o que a deixou com a agenda cheia para o próximo mês.
Hyun Joo tinha conseguido uma exclusiva para as meninas na Dispatch, onde elas gravariam outro vídeo e tirariam mais fotos. Segundo o produtor, o vídeo seria numa conversa descontraída entre o grupo, contando um pouco das experiências de cada uma.

Em meio a todo aquele caos, Hye Lin recorria sempre à sua escrita para expressar o que estava dentro dela.
Nas madrugadas nasciam frases, poemas, poesias e crônicas que contavam um pouco de si e também das pessoas ao seu redor.
Tudo no caderninho que Wonwoo havia dado a ela. Quando a havia ganhado, Hye Lin tinha sentido uma certa esperança. "Um novo livro, para novas histórias", ele tinha dito, mas nunca tinha sequer passado pela sua cabeça que suas novas histórias seriam tão marcantes e especiais.

"Talvez um dia eu possa contá-las de fato", pensava a garota sonhadora.

Depois de beirar à loucura, a Park havia descoberto que podia sonhar outra vez. Em alguns momentos toda essa liberdade de ser quem era, de fazer o que bem quisesse e, principalmente, de traçar um futuro era amedrontador. E era nesses momentos que ela contava com o apoio do namorado.

Para ela, Wonwoo era mais que um amor. Ele era tudo. E todos os dias era incríveis pelo simples fato dela ter descoberto que existia uma força muito grande guardada ali dentro, a qual a fazia querer ir mais longe, ao lado dele.

Alguns dias atrás, em uma ligação com a avó, Hye Lin sentiu-se orgulhosa de si mesma, pela primeira vez na vida.

"Estou feliz em te ver vencendo o mundo, Hye Lin. Sua velha avó está assistindo você vencer a si mesma e à todo o resto. Estou orgulhosa da minha menina".

Foram essas palavras que a fez sentir-se completamente satisfeita consigo mesma e excluíram por completo qualquer dúvida que ela pudesse ter.

A rotina com Sooke em casa tinha ficado mais intensa, mas foi tudo possível graças à ajuda dos garotos do Seventeen. Ele eram tios e tanto.
Hye Lin saía cedo para a faculdade e deixava pai e filha dormindo profundo.
Durante a tarde, Wonwoo recebia ajuda da Sra Chin na limpeza e na comida, e nos dias em que ela não ia, os meninos se revezavam para ir.
Não faltava colo nem tios para brincar e passear com Sooke.

Quando Hye Lin chegava, fazia questão de dar a janta e prepará-la para dormir. Wonwoo observava tudo o que elas faziam e a moça sabia que ele estava transbordando por dentro.
Às vezes Sooke chorava e nesses momentos os dois queriam conforta-la, mas quando a garotinha fazia alguma artimanha, Hye Lin deixava para o pai corrigi-la, já que seu coração parecia estar sendo esmagado ao ver a carinha de choro.

Era fácil amar Sooke e Hye Lin amava.

- A titia te ama, princesa. Não esquece, tá bom?

- Hmmmm. Titi ninda! - a menina abraçava o pescoço de Hye Lin, que a encheu de beijos.

- Vamos pra casa da mamãe e do papai Dk, Sooke? - Wonwoo deu os braços e a menina foi rindo para o colo dele.- Dá tchau pra titia - O moreno acenou da porta do apartamento e a garotinha fez igual, mandando beijos. - Eu volto logo, Hye Lin.

- Tchau, Sooke! Tchau, papai!

Os olhos dela lacrimejaram quando a porta se fechou. De uma hora para a outra a casa parecia vazia demais.

Hye Lin descobriu que é fácil se apegar às pessoas, porquê de alguma forma elas passam a suprir uma falta que temos dentro da gente.
E a moça tinha muito amor dentro de si. Guardou tudo sozinha durante anos e agora tudo que ela queria era amar. Amar como filha, como irmã, como amiga, como mulher e como mãe

Era possível entender o que Wonwoo sentia, pois Sooke não era sua filha, mas a fazia sentir o amor de uma mãe.

Quando Wonwoo chegou ela estava enrolada numa coberta, assistindo dorama e comendo um lámen apimentado. Ele logo se juntou à ela no sofá e a garota se aconchegou no ombro dele.

- O que foi? Está triste?

- Parece que falta algo, não parece?

- Ela volta, amor. - ele beijou o topo da testa dela.

- Ela pode ser um pouco minha também?

- Ela já é um pouco sua. Sooke é de todos nós. Nossa família ama demais essa pequena.

- Ela é tão engraçadinha, não é? - a moça riu, relembrando as fofurices da pequena.

- Sim. Ela é demais. E você é incrível. Obrigada por cuidar bem da minha filha, Hye Lin e por entender como eu me sinto em relação a ela. Hani também pediu para agradecer.

- Eu quero ser uma boadrasta pra Sooke. Já amo ela.

- O que você vai fazer amanhã?

- Hum... Nada. É meu último fim de semana livre, eu acho. No próximo eu tenho aquela palestra no teatro que te falei.

- Vamos passear então? Só nós dois.

- Passear? Pra onde?

- Pra onde você quer ir? Vamos fazer uma viagem. Não tivemos muito tempo só pra nós dois. Sinto falta da Sr Franjinha ser só minha.

- Hmmmm.. Ok, vamos viajar então. Vamos para um lugar onde possamos ficar tranquilos. Que tal um hotel fazenda?

- Ótimo. Vamos para Pyeongchang. Você já foi pra lá?

- Não! - a garota se ascendeu e sentou animada no sofá - É onde foi os Jogos Olímpicos de Inverno?

- Sim. Lá tem um tour privado. Ninguém vai nos incomodar. Quer ir?

- Quero!

Hye Lin saiu correndo para arrumar suas malas e Wonwoo fez o que tanto gostava: a observou distante enquanto ria sozinho da animação da namorada.
A moça falava descontrolada enquanto arrumava uma mala e o moreno permaneceu deitado na cama. Não tinha visão melhor do que sua garota feliz.

- Vai arrumar suas coisas, Wonwoo! -
Ela o empurrou da cama.

- Já vou, ja vou! - ele saiu rindo.

Naquela noite foi difícil dormir, mas por um ótimo motivo: Hye Lin estava feliz demais!

💎💎💎

O relógio tinha passado um pouco das oito quando chegaram no hotel em que ficariam.
Hye Lin pensou que o grande prédio de vinte andares lembrava um pouco o qual morava com Wonwoo, mas a recepção a fez mudar de ideia.

A grande sala toda branca dispunha de uma decoração moderna e simplista, mas elegante.
Ao lado ficava um enorme restaurante por buffet, que tinha o pé direito algo suficiente para que o gigantesco lustre de gotas de cristais parecesse pequeno.

Hye Lin se deliciou no café da manhã e logo a guia turística veio para lhes mostrar a cidade.

A primeira parada foi numa avenida larga, onde barracas de coisas diversas foram montadas em toda a sua extensão.

Hye Lin e Wonwoo visitaram cada uma, provando e comprando lembranças para os amigos e familiares.
A moça carregava a câmera e seguiu fotografando até o deque em que foram levados.
No momento em que Wonwoo iria virar para chamá-la, Hye Lin o fotografou.

- Essa é para todas as garotas que te amam como eu, Jeon Wonwoo. - sorriu satisfeita.

O passeio continuou com a subida da montanha pelo teleférico, o que ambos acharam muito romântico. Trocar beijos no céu era mesmo algo para se lembrar.
O observatório de Pyeongchang rendeu mais lindas fotos para o álbum de viagem dos dois e parada em um dos cafés que tinham ali foi o suficiente para recarregar as energias até a parte mais radical: a descida no monotrilho.

- Não acho que é uma boa ideia. - Disse Hye Lin olhando o carrinho um tanto desconfiada.

- Vai ser incrível, Hye Lin. Eu vou na frente e filmo com a câmera 360.

- Isso não vai dar certo, Wonwoo.

- Vai sim! Entra logo.

O moço ajudou a namorar a embarcar no carrinho individual antes de entrar no da frente.
Durante toda a descida, que durou cerca de cinco minutos, Hye Lin gritou e Wonwoo riu.

Aos pés da montanha, ficava o majestoso templo budista Woljeongsa.
Uma vez recuperada da adrenalina, a garota pôde perder outra vez o ar ao ver a incrível arquitetura tradicional que fora construída em 643dC.
Na entrada do templo havia uma escultura feita com nove grandes pedras sobrepostas uma a outra e também um buda de ouro.

- É lindo! - a moça falou.

- Devemos entrar e agradecer, Hye Lin? - Wonwoo sugeriu e ela concordou com um sorriso.

Por dentro, os incríveis arcos de madeira cor tabaco eram contornados por sedas pintadas à mão por toda a extensão do teto do templo.
Um Buda maior que o anterior se ascendia no altar central e alguns visitantes passavam por ali, tirando foto ou orando.

O casal se prostrou diante da estátua.
Hye Lin nunca fora religiosa, mas sabia que tinha muito a agradecer.
Um nó se formou em sua garganta assim que ela fechou os olhos e garota não segurou as lágrimas.

- Obrigada. Pela minha segunda chance de viver. Viver de verdade. - ela falou em voz alta.

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