"Eu queria que fosse mais fácil
Fácil de me amar, me amar
Mas ainda assim eu consigo, encontrar uma maneira
Estou preso aqui no meio
Estou procurando as palavras certas para dizer"
Waves Mr Probz
No dia seguinte, Harry se levantou cedo e foi para a casa de sua mãe, buscar algumas roupas e pegar suas armas para escondê-las na floresta e não ter perigo da mulher achar e causar ainda mais problemas para sí. Quando ele estacionou em frente ao sobrado com a estrutura um tanto quando precária, ficou alguns minutos ali parado, tomando coragem para entrar lá depois de 3 meses sem nem passar na frente.
O cacheado desceu do carro e caminhou a passos lentos até a ponta da pequena escada que dava acesso da porta de entrada. Ele subiu devagar e girou o trinco, constatando que a mesma estava trancada e Anne já havia sido. Praguejou um palavrão e voltou para o seu carro, revirando o porta luvas para achar sua chave reserva– e caso não a encontra-se, já estava considerando a ideia de quebrar o vidro da janela para poder entrar– alguns segundos depois sua mão esbarrou na chave e ele sentiu-se aliviado, pois se ele quebrasse a janela, com certeza os vizinhos iriam chamar a policia por acharem que o mesmo estava invadindo a residência... Não que ele se importasse, claro.
Assim que entrou no lugar onde era para ser sua casa, deu graças por estar ali sozinho. Sem perder tempo subiu correndo para o seu quarto– escutando a madeira velha ranger fortemente sob seu pés– e pegou uma mochila grande em cima do guarda-roupa, colocando o máximo de coisas que couberam. Abaixou-se para olhar embaixo de sua cama e suspirou aliviado por encontrar a caixa com seus armamentos no exato lugar onde a deixou.
Esticou sua mão e a arrastou para a beirada, pegando-a nas mãos e se levantando com um pouco de dificuldade pela mochila estar pesando em suas costas. Desceu as escadas com a maior rapidez que conseguiu e aproveitou para roubar um isqueiro de ouro – que Anne havia ganhado de um cliente, mas a mesma nem daria falta já que não fumava – que estava estava na estante.
Colocou a caixa e mochila dentro do porta malas e o fechou, batendo as mãos e sorrindo.
— O que está fazendo aqui Edward? — Harry escutou aquela voz tão indesejada e virou-se, dando de cara com Anne. Porra. Xingou mentalmente. — Achei que finalmente tivesse ido embora. — Seu tom de voz era desgostoso de estar vendo o filho novamente.
— E fui... Mas tive que voltar para pegar minhas roupas e mais algumas coisas. — Deu de ombros, bufando. Não queria ter que dar satisfações para a mulher.
— Vai embora daqui! — A mulher cuspiu. — Some daqui, não quero mais ver sua cara.
— Escuta aqui Anne... — Harry disse se aproximando, tentando seu melhor para não gritar com ela.
Mas assim que chegou perto, Anne acertou dois tapas fortes em cada lado do rosto do cacheado, o deixando desconcertado por alguns segundos.
— Vai embora daqui agora seu bastardo infeliz! — Gritou na cara de Harry. O cacheado sentiu uma enorme vontade de devolver os tapas que levou, mas apertou as mãos em punhos, se controlando o máximo possível para não realizar tal ato. Ele não seria covarde de bater na própria mãe, ainda restava um pouco de sanidade e consciência dentro de sí.
Alguns vizinhos saíram para ver a gritaria que estavam acontecendo, mas somente bufaram e voltaram para suas casas. Não era a primeira vez que Harry e Anne brigavam na rua, os vizinhos já nem se importavam mais. Até tinham estranhado por tudo ter ficado quieto e calmo demais durante 3 meses – os que Harry estava na casa de Zayn.
O maior empurrou a mulher para que ela parasse de batê-lo e saiu de lá, transtornado, a procura da coisa mais afiada que pudesse encontrar para aliviar a raiva que estava sentindo. Ele não fazia tal coisa a tempos, mas o momento o deixou fora de sí.
Harry sabia que aquilo não iria ajudá-lo em nada e muito menos resolver seus problemas, mas ele se sentia mais relaxado ao ver seu sangue esvaindo-se de sí em grande quantidade e pingando no chão, onde um dia ele estaria pela eternidade.
— Louis me convidou para ir um uma festa com ele hoje a noite... — Harry disse, sentado na cama do quarto de Zayn.
— E... ? — O moreno respondeu, acendendo um cigarro e entregando outro para Harry, eles o acenderam com o isqueiro que o cacheado roubou de Anne e se recostaram na cabeceira.
— Eu disse que vou, é claro. Não quero deixá-lo ir sozinho. É um baile de máscaras pelo que ele me falou, de um amigo rico dos pais dele. — Tragou o cigarro e soltou a fumaça na cara de Zayn, o fazendo rir.
— E já sabe como vai ir? — O moreno arqueou as sobrancelhas, repetindo o mesmo ato de Harry a segundos atrás.
— Nem... Não tenho roupa para ir nesses lugares chiques, você sabe. — Deu de ombros.
Estava pensando em ir com uma roupa normal e dar um jeito de comprar uma máscara.
— Por que não me falou isso antes seu idiota? — Zayn perguntou exautado, dando um tapa na cabeça de Harry. — Nós vamos comprar uma roupa digna para você agora mesmo. — Se levantou em um pulo e pegou sua carteira e chave do carro de Harry, jogando-a para o mesmo.
— Eu não tenho dinheiro Zayn! — Protestou, continuando na mesma posição.
— Eu que vou pagar. Você merece. Agora cala a boca e levanta essa tábua que você chama de bunda e vamos logo.
Pegou Harry pelo braço e o puxou da cama, sem perceber a careta de dor que o mesmo fez ao ser tocado.
— E por favor, tire essas pulseiras para ir. Não combinam nem um pouco com o visual.
...
Quando chegou a hora da festa, Louis e Harry conversaram por mensagem para decidir quem iria no carro de quem. Por fim, eles resolveram ir no de Louis.
O cacheado deixou seu carro em frente à casa dos Tomlinson e buzinou, anunciando sua presença lá. Em alguns poucos segundos Louis saiu rapidamente de lá, se despedindo aos gritos de alguém.
Quando os dois se aproximaram, ficaram extasiados com o quão magníficos e gostosos ambos estavam naquelas roupas. Harry sentiu vontade de agarrar Louis ali mesmo, mas viu que uma senhora os espiava de trás da cortina, então teve que se controlar.
— Você está maravilhoso. — Louis disse, se aproximando do maior. Seus olhos brilhavam com a visão que tinha.
— Não mais do que você. — Harry sussurrou, assim que o menor parou a poucos centímetros dele. — Por que aquela mulher está nos espiando? É sua mãe?
Louis olhou para trás e viu que realmente Jessy estava os observando. A mesma tentou se esconder a tempo, mas o menor já tinha a visto. Ele riu, negando com a cabeça.
— Não, é minha governanta Jessy... Mas é como se fosse uma mãe para mim.
— Governanta? — Harry arqueou as sobrancelhas. Não estava familiarizado com aquela palavra.
— Sim, ela cuida de mim e do meu...
— Espera, é tipo uma babá? — Harry soltou e se segurou para não rir. Louis precisava mesmo de uma babá?
— É tipo isso.
— Owwn você é um bebê mesmo. — Harry disse brincalhão, apertando a bochecha do menor. — ... E logo vai ser o meu. — Sussurrou, aproximando-se mais do pequeno, pronto para beijá-lo.
Louis se afastou minimamente, estava com medo de que Jessy os visse daquele jeito.
— E quem disse que eu já não sou? — Sussurrou olhando nos olhos de Harry. Ele já não estava mais aguentando guardar seus sentimentos para si.
O sorriso que se abriu nos lábios do cacheado era sem dúvidas, o mais lindo que Louis já havia visto e ficou feliz de ter sido o motivo dele.
Harry pegou sua máscara dentro do carro e eles partiram para a festa. Antes de saírem do carro, o cacheado não se conteve e beijou Louis com toda a vontade, tendo seu beijo retribuído na mesma intensidade. A tentação sexual entre eles era mais do que palpável. Ambos estavam enlouquecidos por ver o outro naqueles tráges.
— Harry, nós precisamos ir. — Louis se afastou um pouco, ofegante. Harry não o deu ouvidos e continuou o beijando. — Harry, por favor, não quero ficar duro aqui. Temos de entrar lá.
— Argh, tá bom. — O cacheado murmurou e ajeitou seu cabelo – que estava um pouco desarrumado, devido aos amassos que deram.
— Vamos lá.
Os dois colocaram suas máscaras e saíram do carro, Louis entregou a chave para um homem que iria estacionar e seguiu até a entrar, ao lado de Harry.
— Nome por favor. — Um homem forte, de terno, perguntou à eles.
— Louis Tomlinson. Vim em nome de Mark e Johannah Tomlinson. — O pequeno disse, com a cabeça erguida. Styles o olhou e sorriu.
O homem procurou os nomes em uma lista e assim que achou, os liberou para entrar. Abriu a grande porta aveludada e deu espaço para os dois.
Ambos entraram e Harry quase caiu para trás quando se deparou com a luxuosidade do lugar, ele nunca havia visto um salão tão bem decorado e lindo na sua vida. Já Louis, estava acostumado a ir em lugares assim, então não se surpreendeu muito.
Eles ficaram meio perdidos assim que chegaram, não sabiam se procuravam uma mesa para se sentarem ou se cumprimentavam as pessoas.
— Louis! — Alguém chamou pelo pequeno, fazendo-os se viram em direção à pessoas. — Louis Tomlinson. Meu Deus como você cresceu garoto. Sou Jeffrey, amigo dos seus pais. — O homem era um pouco maior que Tomlinson. Ele se aproximou e o abraçou.
Louis ficou sem graça, pois não conhecia aquele homem, ou talvez conhecesse, mas não se lembrasse.
— Prazer em conhecê-lo Jeffrey. — Disse incerto, abraçando o homem de volta.
— Nós já nos conhecemos. Eu ia direto na sua casa quando era menor. Certamente não se lembra de mim. — Disse rindo fraco. — Sou amigo dos Calder e padrinho de Eleanor.
Na menção do nome dela, Louis escutou Harry murmurar algo e o olhou, vendo sua expressão fechada. Com medo de que o garoto surtasse ou algo assim.l
— Erm, Jeffrey, esse é o Harry. — Puxou o cacheado pelo braço.
— Harry Styles. — O mesmo disse, esticando a mão para cumprimentar o homem.
O tal Jeffrey apresentou Louis e Harry para os outros convidados, todos muito bem apessoados e elegantes. Harry estava sentindo-se deslocado em meio a tanta gente de classe alta e com roupas luxuosas. Ele nem sequer sabia como agir ali. Era a primeira vez que Louis via Harry daquele jeito; envergonhado.
Os dois pegaram uma mesa e ficaram nela, comendo e bebendo tudo o que os garçons os ofereciam. Estava sendo uma noite agradável para ambos.
Quando uma música lenta começou a tocar, Styles puxou Tomlinson para se juntar a ele na pista de dança. Louis ficou receoso, mas se deixou levar ao perceber que havia vários casais dançando em sua volta, portanto não os ficariam prestando atenção nos dois.
Vários fotógrafos estavam espalhados por todo o local. Louis se sentiu extremamente nervoso quando os viu, lembrando-se das fotos que Harry mandou alguém tirar fotos deles.
Ele quis se afastar, mas não o fez, pois no fundo de sua mente algo lhe dizia que ninguém ali iria fazer nada para prejudi-lo, além de que maioria das pessoas ali não o conheciam e ele e Harry estavam de máscaras, então não teria como reconhecê-los facilmente.
— Eu quero muito te beijar Lou. Harry sussurrou no ouvido do menor, fazendo seus pelos se arrepiarem e um suspiro deixar seus lábios.
— Eu também quero Harry. Mas não podemos aqui. — Louis Sussurrou de volta.
— Vamos para o banheiro.
Sem dar tempo do menor responder, Harry saiu puxando Louis pela mão e saiu a procura do banheiro masculino. Assim que entraram, ficaram felizes pelo mesmo estar vazio.
O cacheado empurrou o menor para a última cabine e a trancou, atacando os lábios de Louis, necessitado.
Tomlinson empurrou Harry para se sentar na tampa do vaso sanitário e sentou-se no colo do mesmo. Atacou os lábios grossos do cacheado e começou a rebolar no colo do mesmo, pressionando sua bunda com força no membro do outro.
— Porra princesa, não faz isso comigo. — Grunhiu, apertando a bunda de Louis e o fazendo rebolar mais. — Não me deixe louco se não vai me deixar te ter. — Sussurrou jogando seu quadril para cima, fazendo o menor soltar um gemido arrastado e encostar a cabeça no ombro do maior.
— Harry... — Gemeu no ouvido do outro e o mesmo impulsionou outra vez o quadril para cima, simulando uma penetração. — Porra. — Um gritinho fino saiu de seus lábios assim sua bunda encaixou no membro de Harry, por cima do tecido das calças. Eles já estavam tão duros que sentiam que podiam explodir.
Louis rebolava lentamente em Harry, querendo provocá-lo. O maior, por sua vez, investia seu quadril com agilidade contra Louis, apertando com força sua bunda e dando beijos molhados no pescoço do mesmo.
— Eu te quero Harry. — Tomlinson confessou através de um murmúrio arrastado. — Porra, por favor Hazz. Eu estou pronto.
Harry parou no mesmo instante, olhando surpreso para Louis..
— Tem certeza? — Acariciou o rosto do pequeno.
— Tenho. Olha o meu estado. — Disse ofegante, soltando um risinho. — Eu te quero, por favor. — Implorou, quase chorando de necessidade. Ele precisa de Harry.
— Tudo o que você quiser minha princesa. — Sussurrou contra os lábios do mesmo. — Vamos sair daqui.
Louis concordou e se levantou, com as pernas trêmulas.
— Vamos para a minha casa. — Estendeu a mão para o cacheado. O mesmo não se opôs e pegou na mão do menor, saindo rapidamente da festa.
...
— Faz silêncio por favor. — Louis disse assim que entraram. Passaram pela sala rapidamente, de mãos dadas.
— Só sua sala é maior que minha casa. Puta que pariu. — Harry sussurrou embasbacado.
Louis só riu em resposta e continuou puxando Harry escada acima.
Quando chegaram em seu quarto, Louis fechou a porta e foi imediatamente prensado de frente para a mesma.
— Aaaah porra. — Soltou um gritinho assustado e Harry tapou sua boca.
— Shhiu princesa. Sua babá pode acordar e tenho certeza de que não vai gostar do que está prestes a acontecer aqui. — Styles sussurrou mordiscando o lóbulo da orelha do menor, pressionando seu membro duro no meio das bandas da bunda de Louis.