Perseguindo Estrelas

By Lay_Freire

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Harry e Isabella eram amigos inseparáveis desde crianças, dividiam a mesma barraca no quintal à noite para ad... More

INFORMAÇÕES
BOOKTRAILER
EPÍGRAFE
DEDICATÓRIA
PRÓLOGO
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPÍTULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SEIS
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPÍTULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO QUATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZESSEIS
CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZENOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO VINTE E DOIS
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
CAPÍTULO VINTE E SEIS
CAPÍTULO VINTE E SETE
CAPÍTULO VINTE E OITO
CAPÍTULO VINTE E NOVE
CAPÍTULO TRINTA
CAPÍTULO TRINTA E UM
CAPÍTULO TRINTA E DOIS
CAPÍTULO TRINTA E TRÊS
CAPÍTULO TRINTA E QUATRO
CAPÍTULO TRINTA E CINCO
CAPÍTULO TRINTA E SEIS
CAPÍTULO TRINTA E SETE
CAPÍTULO TRINTA E OITO
CAPÍTULO TRINTA E NOVE
CAPÍTULO QUARENTA
PERSEGUINDO ESTRELAS
EVOLUÇÃO DAS CAPAS
AGRADECIMENTO+SEGUNDO LIVRO

CAPÍTULO VINTE E CINCO

806 103 247
By Lay_Freire

Era março. E como eu deduzi Harry não voltou a falar comigo. Em todo o caso, eu sabia que tinha falado demais. Mas em minha defesa, eu pedi desculpas, agora era com ele. Depois de duas semanas eu percebi que minha convivência com Harry Schofield não poderia estar pior. Conviver com ele me ignorando durante o período de aulas era fácil, o difícil era aguentar os sábados e domingos que ficávamos enfornados numa sala por quatro horas seguidas.
No sábado não precisei ir ao curso de teatro. Pois a Northwestern ligou para avisar que as aulas foram canceladas devido a neve. Eu vi então a oportunidade perfeita para organizar meus livros por cor na estante (eu sempre achei que ficava mais bonito de ver). Encontro um elástico na gaveta da cômoda e rapidamente prendo meu cabelo.

Aumento o volume do MP3 abrigado em uma caixa branca lisa sobre a mesinha do computador. Toca "Aint It Fun" do Paramore. A batida é contagiante e me deixa empolgada. Eu espiei a janela do lado, onde a cortina azul-petróleo recém trocada do quarto de Harry estava fechada. Legal. Não tem ninguém me observando quando começo a balançar ao som da música.

Um à um retiro todos os livros das prateleiras. São 30 livros ao todo. Se eu pudesse moraria em uma casa onde tivesse um cômodo só para os meus livros, com estantes nas quatro paredes que fossem do chão ao teto.
Tirei meus olhos dos livros com a sensação de que alguém me observava. Porém, quando me virei tive a infelicidade de encontrar Harry olhando para mim da sua janela.

Em questão de segundos, sinto meu rosto queimar.

Ah, não.

Eu iria agachar fingindo perder alguma coisa e me enfiar embaixo da cama, esperando até que Harry desaparecesse. Quando voltei a erguer a cabeça Harry sorrio para mim.

Eu desejei sumir.

— Se divertindo, Isabella? — provoca ele, suas covinhas ficando visíveis.

Faço cara de brava, me concentrando em não ficar da cor de um tomate maduro. Isso ainda seria mais ridículo do que Harry ter presenciado minha dança desengonçada.

— Cara, você dança muito mal. — Ele ri, e seus olhos verdes brilharam.

— Ei! — eu disse ofendida.

— Izza — gritou minha mãe. Instantes depois ela apareceu no meu quarto. Nunca fiquei tão feliz em ter minha mãe interrompendo uma possível conversa com Harry. — Chegou isso pra você — ela mostrou o envelope negro. — O que estava olhando pela janela?

— Nada. Não tem nada lá, mãe — digo depressa.

Ela não se convenceu, e olhou para fora da janela. Harry ainda estava lá e eu o fuzilo com o olhar.

— Oi, Harry — grita minha mãe. Ela acena para Harry de maneira infantil, então volta a olhar para mim. — Interrompi algo? — ela me perguntou.

— Não — fui curta.

— Tem certeza? — ela estranhou.

Mordo minha bochecha por dentro, eu nem pensei antes de falar isso. Desde quando eu não perco horas nesse quarto, esperando uma chance de falar com Harry?

— Tenho, sim.

Mamãe sorriu ao ver meu desespero.

Eu arranco o envelope negro das mãos dela. Eu estava dando a Harry a oportunidade perfeita para sumir do meu campo de visão.

★★★

— Como dizia Jane Austen: Metade do mundo não consegue entender os prazeres da outra metade — eu falei para Kim pelo viva-voz do telefone. — Essa frase se encaixa direitinho com ele, Kim.

Kim tinha me ligado às três horas da tarde, para saber o que meu admirador-nem-tão-misterioso-agora, havia escrito. Mesmo sabendo que quem mandava os envelopes era Enrique, ainda existia o mistério que vinha escrito no cartão dentro dele.
Dessa vez Enrique escreveu:

Do mesmo modo que existem bilhões de estrelas lá em cima.
Existem bilhões de sonhos aqui em baixo.
No meu sonho, você dançava pelas estrelas.
Então você caiu, como uma estrela cadente cortando o céu.
Fiz um pedido.
E você caiu diante de mim.
Foi só um sonho. Acha que seria capaz de entender?
P.E

Eu achei bem fofo.

— Hum — Kim falou. — Eu acho que ele tá muito afim de você. Deve ser porque você é desprovida de frescuras femininas.

— Sei — eu disse. — Eu tenho o super poder de me arrumar em cinco minutos.

— Exatamente, super girl — eu ri. — Mas não esqueça que ele já te deu um pé na bunda.

— Eu sei me cuidar.

— Mas se acontecer algo pode me ligar, e eu vou atrás do Sr. Metido à poeta e vou deixar ele estéreo.

— Ah, Kim. Não fale essas coisas — eu quase gritei. — Tá no viva-voz.

— Não estou nem ai. Só espero que você fique de olho nesse cara. Se eu souber que ele aprontou, o amiguinho que ele tem no meio das pernas dele, já era.

— Credo, Kim!  Você é a pessoa mais idiota que eu conheço — eu disse, rindo.

— Eu sei — ela disse antes de encerrar a ligação.

★★★

Entramos no recesso de primavera. E a Northwestern havia fechado suas portas por exatos sete dias. Kim tinha dormido aqui em casa ontem à noite, agora ela está na cozinha vasculhando a geladeira. Motivos de força maior, diz ela.

Saio do banheiro vestindo uma blusa branca lisa com mangas curtas e calça capri. E finalmente parei de usar meia-calça por baixo do jeans, o que era uma pena, pois eu vou sentir falta das meias de lã.

A janela do meu quarto está aberta, eu me sentia aliviada por ter me arrumado no banheiro. Caso contrário, se Harry estivesse no quarto dele, essa situação seria constrangedora.

— Izza — disse Kim, sentada na minha cama. Ela mexia no lacre de metal da lata de Coca. — Eu não fazia ideia que você tinha tanta roupa, nesse armário minúsculo.

— Vai tomar Coca as sete da manhã? — acuso.

— Só de imaginar em ter que carregar essas caixas para o sótão me deu sede.
Descalça, com uma camisa de botões verde-mar e shorts caqui, Kim levanta e vai até a janela.

Ontem por volta das oito horas da noite Kim apareceu aqui em casa. Nós comemos pipoca, assistimos algumas besteiras na TV, depois Kim me ajudou a embalar todas as minhas roupas de frio que estavam ocupando espaço no meu armário dentro das caixas, para ter mais espaço para organizar minhas roupas de primavera. Haviam quatro caixas grandes de papelão empilhadas ao lado da minha cama, prontas para serem estocadas no sótão até a chegada do próximo inverno.

— Ei — Kim chamou. — O que vai fazer depois de guardar isso tudo?

— Nada.

— Ótimo. Vamos dar uma volta? — ela oferece, com o sorriso mais simpático que ela consegue fazer. — Seu pai estava na sala assistindo o The Weather Network, eu vi na previsão do tempo que a probabilidade do sol aparecer e as chances de ver muitos caras de bermudas e camisetas pelas ruas hoje, são grandes. — Kim tomou um gole da coca. — Nossa, isso tem gosto de ferrugem. Prova.

Kim me entrega a latinha. Eu tento dizer não, prefiro tomar algo saudável pela manhã, mas ela já estava concentrada na janela outra vez. Por isso eu deixei a latinha no criado mudo.

— Eu estava certa — Kim sorri com orgulho. — Lá está nosso elemento cobiçado.

Afastei da testa uma mecha do meu cabelo molhado, minha mão está um pouco fria, por causa do líquido da latinha ainda estar fresco.

— Do que você está falando? — digo e me encosto na janela.

A chegada da primavera em Stratford parecia um cenário cinematográfico. A aparência das ruas mudaram, com as pessoas tentando recuperar seus jardins; até eu tive que ajudar minha mãe com o nosso pequeno canteiro.

— Olha, ali — Kim move a mão para cima e aponta para o jardim de Harry. — O cara-lindo-alto-gostoso-pra-caramba, que ainda por cima é seu vizinho. — ela disse baixinho, tentando esconder o sorriso.

E isso era só o começo. Harry estava empurrando um cortador de grama. Ele usava uma regata amarela, e calça jeans rasgada nos joelhos. Sua camisa parece ligeiramente úmida no corpo, e essa manhã Harry não se deu o trabalho de pentear os cabelos.

Meu queixo caiu.

Eu evito olhar para Harry quando Kim voltou a falar:

— Que perfeição, meu Deus. Precisava ter caprichado tanto assim? Izza, vai falar com a mãe dele. Quem sabe ela vende ele pra gente, não é?

Ela riu.

Nós duas continuamos olhando na direção de Harry, mas ele parece não perceber. Continua cortando a grama.

— Izza? — meu pai aparece na porta do meu quarto.

— Oi, pai — virei-me para ele.

— Querem ajuda com as caixas? — ele oferece, a um metro e meio de mim.

Kim se vira para o meu pai com uma cara engraçadinha.

— Só mais cinco minutos, Sr. Y — ela disse.

E então, ela volta para a janela.

★★★

Na quarta-feira as coisas começaram a mudar. Faziam dois dias que eu não conversava com Kim, e isso já estava começando a me incomodar. Nunca fiquei tanto tempo assim sem falar com ela, e espero vê-la hoje. Mas acho isso impossível já que ela não atende o telefone.

Quando sai do banheiro, meu telefone estava vibrando em cima da cama.

Era uma mensagem da Kim. Finalmente.

Estou na frente da sua casa.
Vem abrir a porta.

Rapidamente me visto, colocando um moletom bege e shorts jeans.

Respondo a mensagem de texto.

Estou descendo.

Volto para pendurar a toalha no banheiro e agarrando o celular corro pela escada, esperando que Kim tenha uma boa desculpa para me ignorar por tantas horas. Chego na sala e giro a maçaneta da porta. Saio na varanda respirando o ar úmido da manhã.

Desço o primeiro degrau.

E paro.

Eis Kimberly Stewat encostada no Besouro. Ela olha para mim, os olhos vermelhos e inchados me cumprimentando, mas ela não diz nada.

— Uhmm...o que aconteceu? — digo mais alto do que deveria.

Pensei que ela fosse me contar o que estava acontecendo. Mas em vez disso ela me abraçou e explodiu em lágrimas.

— Eu... eu... — ela não conseguia encontrar as palavras.

— Ah, Kim. O que você fez?

Afasto Kim devagar. O rosto dela fica vermelho enquanto ela continua chorando.

— Eu não sei como contar. — Kim soluçou.

— Kim, fala. — Já estou começando a ficar preocupada. Faço um gesto para a porta, fazendo com que ela me siga para dentro de casa. — Talvez eu possa te ajudar.

— Eu estou grávida, Izza — disse Kim, aflita.

E eu engasgo com a minha própria respiração.

Oieeee meus amores
Chegueeeei 😄
Gente, eu tava tão anciosa pra postar esse capítulo, que vocês não fazem nem ideia hahaha

Obrigada por terem lido
Espero que tenham gostado

Eita, e agora hein????
A Kim tá grávida.

Sério gente, postei e sai correndo.

E por favor comentem, meus amores. Eu adoraria saber o que acharam desse capítulo.

Ah, e talvez, só talvez, eu poste o próximo capítulo no domingo...

Beijinhos de gliter pra vocês 😘❤❤❤

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