CAPÍTULO VINTE E NOVE

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Na segunda-feira acordei atrasada, vi Harry saindo de casa com o carro; Kim passou aqui mas eu ainda não tinha escovado os dentes, então ela foi para o colégio sem mim

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Na segunda-feira acordei atrasada, vi Harry saindo de casa com o carro; Kim passou aqui mas eu ainda não tinha escovado os dentes, então ela foi para o colégio sem mim. Então eu tive que vir com os meus pais. A parte boa é que eles nem desconfiaram da festa, já que Harry me deixou na casa da Kim naquela noite. Sopro um beijo para eles e salto do carro. Quanto mais perto dos corredores da Northwestern eu me aproximava, eu lamentava mentalmente o fato de não ter imaginado mil e uma coisas para dizer caso encontrasse com Enrique essa manhã.

A minha salvação era que Enrique não tinha nenhuma aula comigo na segunda-feira.

Enquanto abria meu armário e pendurava minha bolsa no gancho dentro dele, vi Enrique passando com um livro, e eu não cogitei a possibilidade de encontrar com ele pelo corredores.

Assim que Enrique me viu, ele sorriu; eu estava pronta para enche-lo de acusações e disposta a dar-lhe um tapa pelo o que ele fez comigo sexta à noite. Mas para a minha surpresa ele me abraçou. E o que ouvi dele foi totalmente inesperado e me deixou muda.

— Me desculpa — ele disse. — Eu fui um idiota.

Enrique me afastou sem tirar as mãos de mim. Seis palavras, antes que alguém esbarrasse em mim.

Eu ouvi incessantes pedidos de desculpas, levou um momento para eu perceber que os pedidos vinham de Emma.

Quando olhei em volta do corredor vi Enrique conversando com Caroline, ele nem sequer olhava para os lados, devia estar muito concentrado na mini saia da tarântula. Caroline estava rindo de alguma coisa que ele contou, enquanto enrolava a ponta dos cabelos bem tratados no dedo.

Percebi então para a minha desgraça, que tudo aquilo foi apenas o meu cérebro me pregando uma nova peça.
Eu lentamente me ajoelho no chão frio e ajudo Emma a pegar seus objetos, que ela havia derrubado por minha causa. Eu me senti na obrigação de dizer algo, qualquer coisa. Mas eu estava completamente desconcertada tentando arrumar o material de Emma, a única coisa que ainda me prendia naquele corredor.
Por uma série de razões acabei almoçando pela primeira vez com Emma. Enquanto eu cutucava minha comida com o garfo, imaginei se Emma havia percebido a razão por eu estar parada feito estátua lá no corredor, mas se sabia, ela não comentou nada sobre isso na cantina.
Foi ai que eu o vi, entrando feito um furacão pelas portas duplas da cantina, chamando a atenção de todos ali. Ele não parecia nem um pouco incomodado.

Enrique bateu a mão com força na mesa em que Caroline estava com Alice.

— Pode me explicar o que é isso? — Ele gritou balançando uma folha no rosto dela.

Dada a distância em que eu estava não consegui ouvir o que Caroline respondeu, enquanto ela apoiava os cotovelos na mesa e o rosto nas mãos.

Como ela consegue agir tão despreocupada, eu não sei.

Perseguindo Estrelas Where stories live. Discover now