POR MIRANDA
--Você sabe meu nome completo ?.--perguntei antes de tudo.
Sua atenção estava completamente voltada para mim, suspeito que ele estava sentado em alerta para o caso que eu decida fugir, e ele me parar a tempo.
O que era inútil,pois eu não iria fugir.
--Miranda Teixeira Wenecker.-- disse ele com um sorriso de lado.
Revirei meus olhos, ele não sabia.
--O meu nome antes de casar, não. Antes de ter completado a maioridade e oficialmente ter mudado em minha certidão de nascimento. Antes era Miranda Alcântara Teixeira, filha de Manuela Raquel Alcântara Teixeira, e Ricardo Emanuel Teixeira.
Vi quando ele compreendeu, antes que ele tirasse qualquer conclusão errada, ou, me interrompesse acabando com minha coragem continuei decidida o encarando a todo tempo.
--Eu sou a filha mais velha dela, da primeira família que ela roubou e abandonou sem olhar para trás. Eu achei que durante esses vinte anos eu jamais a veria, na verdade eu torcia para que aquela mulher estivesse sofrendo em miséria e pobreza, passando fome como eu e meu pai tinha passado, principalmente quando a comida em casa tinha se tornado escassa e havia minha irmã de quatro anos para alimentar. Ou, estivesse sem um lugar para dormir, e sua única solução era ir à um abrigo para moradores de ruas, e passar a noite inteira acordado porque estava com medo de ter que dormir e alguns dos drogados fizesse algo de ruim com uma de suas duas filhas pequenas. Eu era uma criança quando desejei essas desgraças na vida de minha mãe, ela não teve pena ou ressentimento quando nos abandonou com todo nosso pouquíssimo dinheiro; então porque eu deveria me sentir mal em desejar todo mal à ela ? .-- Sinto minha vista turvar pelas lágrimas que insistia em deslizarem por meu rosto
"Então os anos se passaram, de algum modo demos a volta por cima com à ajuda de minha tia Judith que havia nós abrigado em sua casa, meu pai já estava melhor de seu ferimento no joelho que havia ganhando quando estava servindo no exército, tinha arrumado um emprego no açougue, e com o tempo ele alugou uma casa pequena próximo a minha tia. Estávamos indo bem, e pela primeira vez na vida achei que poderíamos ser felizes, então poucos anos depois tia Judith morreu de câncer, poucas semanas depois da morte de sua esposa à tia Zélia que tinha sofrido um acidente de carro. Eu perdi meu chão, aquelas duas mulheres; foram como as mães que nunca tive. Elas eram boas,gentis , porque pessoas boas morriam cedo ? Porque não gente como minha mãe? Na verdade eu até achava que ela estava morta, que tinha sofrido muito, antes de partir. Mas agora, hoje eu a encontro feliz como nunca, esposa de um multimilionário,tendo tudo o que sempre quis. Tudo o que meu pobre pai não pode oferecer para suprimir sua ganância. Por que à vida é tão injusta com as vítimas e benigna com os maldosos?
--Miranda....--sua voz estava rouca.-- Porque não disse quando todos estavam lá?
--Eu iria contar, mas achei que vocês estariam tão hipnotizados pelo encanto que aquela manipuladora tenha feito, que acreditariam que eu estaria mentindo. Aí, quando notei seu desgosto por ela tinha decidido contar tudo a você, até quê ela ameaçou minha família.
Levantei da cama cruzando meus braços, Marlon esteve em silêncio sua mão em seu queixo e sua expressão pensativa não dava nada que pudesse me dizer o que estava se passando em sua cabeça.
--Deixa vê se eu entendi, ela ameaçou a família da minha mulher ?.-- perguntou seus olhos estavam injetados de raiva quando me encararam, raiva que não era direcionados para mim mais para ela.
--O que você está pensando?.--perguntei baixinho, ele se levantou da cama e parou na minha frente, suas mãos seguraram delicadamente meu rosto limpando minhas lágrimas.
Pude jurar vê as engrenagens em seu cérebro funcionarem a todo vapor, pensando e repensando.
--Apenas em como vamos nos livrar de Manuela Alcântara.
Afastei-me de seu toque e suspirei.
--Você estava me escutando ? Ela...
--Ameaçou sua família. Sim, eu sei do que ela é capaz de fazer, justamente por isso que não faremos nada.
Pisquei uma, duas, três vezes antes de morder minha bochecha tentando entender aonde ele queria chegar.
Quando não pude pensar no que ele quis dizer, suspirei desistindo.
--O que quer dizer?
--Manuela agora está em alerta, de nada adianta agirmos agora. Pense nisso como um tabuleiro de xadrez, a primeira peça foi movida, devemos refletir com cautela nos movimentos do inimigo antes de seguir com o próximo passo. -- disse ele com um olhar distante e um sorriso quê todos os jogadores confiantes em suas vitórias tinham.- Por isso meu amor, você e eu teremos que agir com paciência de acordo como o outro quer. Eu fingirei não saber do pequeno passado sujo de minha adorável madrasta, e você será o cervo assustado diante o caçador, então quando Manuela estiver auto - confiante que tudo está indo de acordo como ela quiser, iremos....
--Atrair o caçador para a armadilha.-- murmurei
Marlon me dirigiu um sorriso orgulhoso por esta seguindo sua linha de raciocínio.
--Sim.
--Como planeja agir ?.-- perguntei curiosa
--Esse plano será dividido por partes, a primeira será a paciência, deixar ela pensar que está vencendo, quando na verdade estamos fingindo ser...
-- Débil mentais ?.-- perguntei achando graça
Marlon riu, e assentiu.
--Sim, dois débil mentais. Então, passaremos para a segunda parte, que é tirar o que Manuela mais prezar no mundo.
--O dinheiro .- franzi o cenho.--Mais como fará isso sem que ela perceba o que está tramando??
Meu marido riu, e me lançou um olhar repreensível por minha descrença.
--Meu amor, ela sabe que eu à odeio. Quando assumirmos publicamente nosso casamento, meu pai com o tempo, não terá escolhas à não ser passar à presidência da empresa matriz, quando eu estiver no poder poderei cortar de vez às ações dela que ela tem na empresa, tirando o direito de tirar dinheiro com falsos projetos, e alguns trabalhadores fantasmas. E como ela não suspeitaria de nada, porque nunca tratei de esconder meu ódio por ela, Manuela se contentará apenas com sua última fonte de dinheiro.
--Seu pai.-- sussurrei me lembrando do olhar no rosto do senhor Thomas.-- Ele parece amar ela.
--Infelizmente sim, mas meu pai é como eu, não aceita ser traído.- assim que disse isso riu sem humor.
Ele não me disse o que estava pensando; nem precisava. Eu sabia, à amante que logo virou a esposa.
--Eu tenho certeza que Manuela tem amantes, ainda não consegui pega-lá no ato, mais uma hora ela irá errar o passo. Essa será a terceira parte quê é só levar as provas para meu pai, e teremos o divórcio, e por fim a quarta parte e a última na qual iremos derrubar Manuela de vez. Um xeque-mate definitivo.
--Quê será? .--perguntei sentindo minha curiosidade a mil .
--Infelizmente você não poderá saber, essa será uma surpresa.
--O que?
--Você apenas tem que confiar em mim, acredite você adorará o final desta doce vingança.-- disse ele caminhando a passos lentos e predatórios em minha direção me fazendo andar instintivamente para trás.
Até minhas costas está contra a parede, perdi o fôlego ao erguer minha cabeça vendo a paixão queimar suas íris.
Marlon beijou meu queixo, meu nariz, minha testa, antes de começar a distribuir beijos macios em meu pescoço.
-Então você aceita minha proposta?.-- perguntou ele com a voz rouca.
Sinto meus pêlos se arrepiar, e a respiração falhar, eu podia sentir sua respiração em meu pescoço o que colaborava com os arrepios, suas mãos descansavam possessivas em minha cintura, prendendo-me exatamente aonde ele queria, contra a parede, seu corpo pressionava o meu, e eu sentia sua ereção contra a minha barriga.
O desgraçado estava excitado, e a umidade em minha calcinha mostrava o quão eu também estava, imagens do que aconteceu em um certo quarto de hotel veio em mente do seu corpo forte e definido, e principalmente o que ele podia fazer com aquela maldita boca, se eu não estivesse pressionada contra a parede, eu teria caído para trás pela repentina falta de equilíbrio.
Olhei para aqueles olhos esverdeados dilatados com o desejo óbvio e infelizmente mútuo, e perdi a linha de raciocínio, minha negação naquele maldito plano absurdo morreu na ponta da língua.
Tudo o que saiu foi um sussurrado "Sim".
Marlon apenas sorriu, e quando me beijou eu senti está firmando um pacto com um demônio da encruzilhada. Eu sabia que me arrependeria, e que ele me machucaria, mais quando ele agarrou meus cabelos arrancando um suspiro meu e aproveitando tal abertura aprofundou aquele beijo com aquela língua, e pensar no que viria futuramente foi-se algo banal .
Não lutei ou neguei quando fui erguida do chão por aqueles braços fortes e levada diretamente ao quarto, não reclamei quando as roupas foram tiradas em uma velocidade impressionante e estivéssemos como vínhamos ao mundo, nus.
E por Deus, eu queimaria no inferno mais meu chefe era a encarnação do pecado....
Bem, pelo menos éramos casados.....
(...)
Suas mãos seguravam minhas cintura coordenando o ritmo lento em que eu o montava, já era a quinta transa desde que aceitei o acordo maluco.
Desta vez mais lenta e controlada do que o ritmo frenético que estávamos indo, eu queria que ele me fode-se com força e bruto como tinha feito, deixando-me com as coxas doloridas, mas aparentemente ele "recuperou " a razão, e murmurando que eu era a mãe do filho dele deveríamos ir devagar justo em minha vez em quê controlava o ritmo, por estar "irritada" teríamos que ir devagar.
Quis socar a cara dele de novo, mais estava ocupada demais sentindo prazer, mordi meus lábios com a sensação de sentir cada comprimento do seu pênis entrando e saindo, acertando aquele ponto G que me fazia revirar meus olhos, passei meus braços por baixo do suas axilas e rebolei sobre seu pau um pouco mais rápido.
Felizmente ele permitiu, talvez porque soube que eu estava tão perto do meu clímax quanto ele do seu, gotículas de suor escorria por minhas costas, enquanto ele chupava meu pescoço e estocava mais rápido.
Sentir minhas paredes vaginais se contrair contra seu membro, fazendo meu marido apertar minha cintura , e morder minha orelha antes de ordenar.
--Goze para mim meu anjo.
Meu orgasmo veio simultaneamente com o seu enquanto nos encaramos, o abracei com firmeza, minha respiração estava falha e eu estava cansada.
Cinco round eram muito para mim, Marlon nos girou na cama ficando por cima de mim, através dos meus olhos cemi- serrados o vi sorri ainda com pique para mais um.
Ok, tinha que da bandeira branca agora ou não andaria amanhã, mas não precisou que eu dissesse que tinha chegado meu limite, pois carinhoso Marlon despejou um beijo em meus lábios antes de sair de dentro de mim.
Suspirei sentindo imediatamente sua falta .
--Descanse agora meu amor.
Após me cobrir, e beijar pela última vez minha testa desmaiei em exaustão.
...
Acordei em um pulo olhando para o dia a fora , as luzes solares indicavam que era dia.
--Porra dormir até o dia seguinte? .-- me perguntei virando -me em direção ao relógio digital do despertador, apenas para vê que eram apenas 14 : 30 da tarde.
Ok, não dormir até o outro dia.
Levantei-me da cama sentindo dores prazerosas entre minhas coxas, e meu abdômen, entre outros músculos que desconhecia.
Caraca ele acabou comigo, nenhum cara com quem transei me fez ter aquelas dores musculares de quem foi bem comida, passei pelo o espelho e quase tive um infarto.
Meus cabelos estavam uma bagunça, meus lábios carnudos estavam inchados, mais do que aquelas bonecas infláveis que homens solteiros usavam, meus olhos estavam brilhantes,e percorrendo um caminho de meus seios, até chegar acima de minha intimidade estava espalhados as marcas avermelhadas dos chupões e mordidas que Marlon tinha feito antes de devorar minha intimidade com sua boca e dedos mágicos.
Entre minhas duas coxas estavam manchas roxas e levemente esverdeadas, um sorriso cresceu em meus lábios quando me lembrei como ganhei elas.
Eu era uma sobrevivente da luxúria do meu marido.
Definitivamente bem comida, entrei no boxe e só sai quando meus músculos estavam relaxados, penteo meus cabelos com os dedos e após me enxugar com uma toalha .
Caminho para dentro do quarto, diretamente para a sacola de roupas tirando de lá um vestido simples verde escuro com decote V, e uma calcinha.
Depois vestida, eu estava terminado de me explicar com uma histérica Andréia que queria arrancar as bolas de Marlon por ter desligado na cara dela , quando meu marido chegou com seu sorriso de mil volts.
--Está tudo bem ?.-- perguntou ela pela última vez..
--Sim, está.-- acalmei ela, então franzi o cenho ao me lembrar das chamadas perdidas.-- Porque mesmo estava me ligando antes ? Aconteceu alguma coisa ?.-- perguntei preocupada.
--Nada demais, apenas Lorenzo.- disse ela suspirando e depois riu de algo.-- Quando puder passe aqui,você não vai acreditar no que aconteceu.
Pelo tom dela soube que deve ter acontecido algo muito engraçado, sorri aliviada.
--Ok depois nós se fala, beijos Faísca.-- disse usando seu apelido antigo.
--Até Mi.
Desliguei o celular e encarei o sorridente do meu marido uma sensação de que algo ruim seria me dito, me fez ficar em alerta.
--Desenbucha Wenecker.
--Está feito.-- comemorou ele segurando meus ombros.--Amanhã em cada jornal e revista estará estampado a notícia sobre nosso casamento! Isso não é perfeito? Claro, demorará um tempo para meu pai passar de vez a presidência mais...
--Uou, uou, Uou!.--exclamei me levantando.--O que disse? Acho que meus canais auditivos estão com problemas, achei ter escutado que amanhã a notícia sobre nosso casamento estará em todos os jornais de Los Angeles.
--Sim...- disse ele cauteloso
--Porra Marlon!.
--Achei que ficaria feliz.....
--Não estou ! Você deveria me consultar antes de ter tomado tal decisão.
Marlon estreitou os olhos e cruzou os braços como um menino birrento,um lampejo de raiva espreitou seus olhos.
--Nos tínhamos um acordo querida, esse plano depende dessa notícia. Então porque não está feliz?
--Porque não era assim que eu planejava que minha família descobrisse que estamos casados ! Ou o que? Só conhecer sua família importa ?
A raiva desapareceu dele dando lugar ao entendimento.
--Isso poderá ser resolvido ainda hoje.- disse ele confiante.-- É só irmos agora dar a notícia.
--Não é assim tão fácil Marlon.-- praticamente gritei andando de um lado e outro,pude sentir a veia em minha pálpebra pulsar.--Não, tinha que ter todo um planejamento, introduzir você de leve. E só então dizer.
--Para mim é fácil, não vejo problema nenhum.
Ri sem humor balançando a cabeça em negação.
--Não, não será tão fácil Ricardo Teixeira não é conhecido por ser fácil.-- virei- me para Marlon com toda a seriedade do mundo.-- Meu pai é diferente de todos aqueles empresários que você já lidou. Diferente deles, se ele não gostar de você, você meu querido irá conhecerá o quê é desespero.
--Você está dramatizando as coisas meu amor.-- murmurou ele segurando minha cintura e convencido disse.-- Confie em mim, no final desta noite seu pai estará na palma da minha mão.
Ele beijou meus lábios, só pude tocar seu rosto saudosa, eu iria sentir falta dele.
--Porque está me olhando como se eu estivesse com minha pena de morte decretada? .-- perguntou ele cauteloso seus olhos estreitos, seus lábios finos e levemente carnudos.
Seu queixo firmemente esculpido...
Suspirei já me sentindo uma viúva.
--Porque está querido.
Após dizer isso Marlon revirou os olhos e disse confiante que ficará tudo bem.....
Mas sei quem era meu pai. E eu sei que não ficará nada bem, só podia orar para que Deus tivesse piedade de sua alma.