Miguel Petrov - Máfia vermelh...

By Carol_Dalcomuni

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Eu sou o que muitos conhecem como "O início". Minha vida, e as minhas decisões fizeram desta família o que el... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Explicação
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Novidade na Amazon
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Epílogo
Epílogo Final
Sobre A Willow
Nova Obra

Capítulo 28

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By Carol_Dalcomuni


Marina

Kaleb está caído no chão, morto com um tiro na cabeça, enquanto isso os cinco segundos da bomba estão em seu momento final e tudo o que fazemos é dar as mãos e esperar pelo final, mas ele não chega. E eu sinto a mão do Miguel apertar na minha, ele também não está acreditando no que está acontecendo, é quando um telefone começa a tocar, e Miguel pega no bolso para atender.

— O que está acontecendo? — Pergunta Alexa em voz alta. — Achei que essa porra ia explodir.

Todos estamos nos perguntando a mesma coisa, mas nesse momento, respostas não é a nossa principal preocupação.

— Enquanto não explode, precisamos tirar Dalilah daqui e sair da clínica antes que exploda. — Falo, e todos começam a se mexer em torno do cadáver do Kaleb.

Miguel vai na frente, falando no telefone, enquanto Shane carrega Dalilah para fora da clínica, Tayler e Alexa vem ao seu lado, ajudando a carregar os tubos e medicamentos que estão presos a ela. Todos estão se ajudando e em uma questão de minutos, saímos da clínica em segurança.

— Não consigo entender. — Willow murmura, a mão acariciando a barriga de forma protetora, Erick se aproxima dela e passa seus braços em sua volta.

— Não precisa entender, tudo o que importa é que estamos vivos. — Ele sussurra para ela. — Todos estamos em segurança.

Kalel está em estado de choque com tudo o que aconteceu, não sei como é se sentir dessa forma, ver seu pai, o homem que você pensava estar morto, pronto para te matar e matar tudo aquilo pelo qual você lutou para encontrar.

— Você está bem? — Pergunto, passando a mão em suas costas.

— Não sei como estou, acabei de ver o meu pai… quero dizer, o homem que me criou apontar uma arma para mim e pra minha irmã, ele estava pronto para matar a todos nós em nome de uma vingança. — Chora. — Mas acima de tudo, ele destruiu algo que eu amava por causa disso.

Quando ele fala em algo que amava, seus olhos vão em direção ao Shane, que está cuidando da Dalilah. Shane tem se mantido longe do Kalel para se proteger da dor do passado, enquanto Kalel acredita que já é tarde de mais para lutar por esse amor. Talvez não seja tarde para nenhum deles e tudo o que eles tem que fazer é deixar o medo e a mágoa de lado e lutar pelo que querem.

— Talvez ainda não seja tarde pra vocês, as vezes o tempo ajuda a gente a amadurecer, a tornar as coisas algo melhor do que era suposto ser. — Falo.

— Quem sabe outra hora, Shane deve ter seguido com a vida dele e eu não sei o que fazer com a minha nesse momento, tudo o que o velho jogou em mim hoje, ver ele ali, vivo depois de tantos anos e tão tomado pela raiva. — Lamenta. — Ele não era assim antes, pelo menos não que eu e lembre. Houve um tempo onde ele era o meu melhor amigo, estávamos sempre perto e prontos para proteger um ao outro.

Não sou o tipo de pessoa que abraça os outros para confortar, não gosto quando uma pessoa com quem não tenho intimidade toque em mim, mas Kalel é da família e ele precisa de um abraço, então é exatamente isso que eu faço, abraço ele e o deixo chorar, como o homem ferido e quebrado, que precisa de amor e carinho.

Enquanto abraço Kalel, meus olhos encontram com os do Miguel, que sorri para mim e volta sua atenção para o telefone, ele parece estar em uma discussão com quem quer que esteja do outro lado da linha. Seja quem for não está cedendo ao pedido dele e explicando o que Miguel quer, ou melhor, o que ele precisa saber.

Miguel passa algum tempo no telefone, e quando ele desliga um carro do esquadrão antibombas se aproxima da entrada da propriedade.

— Parece que alguém chamou o esquadrão antibombas. — Murmuro e Kalel ri, olhando na direção do Miguel.

— Pra toda a merda que aconteceu hoje, fico mais do que feliz em deixar alguém cuidar disso. — Responde, mais tranquilo do que há alguns minutos.

Olho para todos os filhos e noras do Miguel que estão aqui, Shane chamou um helicóptero para levar Dalilah para outra cede da clínica dele, e Gustavo se foi com eles. Alexa e Tayler se afastaram do nosso grupo para ficarem um pouco juntos, por mais que não queiram admitir eu vi como Alexa estava tremendo, e eu sei que não estavam com medo por sua vida, e sim por deixar seus filhos pequenos.

E eu entendo isso, entendo melhor do que ninguém, pois isso era tudo o que eu conseguia pensar na hora que eu vi Kaleb apertar aquele botão. Eu sei que é complicado dizer isso, mas esses cinco segundos, o momento em que toda a merda veio a tona, pareceram umas cinco horas.

Dominic e Nathan apareceram há alguns minutos, eles tinham se afastado da propriedade para conseguir sinal no telefone e ligar para Aleksey, evitar que a casa exploda e que isso fira nossos filhos, era a prioridade deles. Enquanto a nossa era sair vivo de lá e vencer esse inimigo silencioso que quase levou nossas vidas em seu ato covarde.

— Depois disso eu preciso de férias. — Allyssa fala se aproximando de onde estamos. — E eu quero realmente dizer férias, sem ter que me preocupar em atender ao telefone com medo de alguém estar correndo risco de vida.

— Somos duas. — Alexa diz, se sentando na escada. — Quero pegar meus filhos e ir pra uma ilha deserta, só nós quatro, — olha para o Tayler que sorri e concorda.

— Essa é um ótima ideia, Nathan tem um hotel em uma ilha, a nossa casa fica longe e poucas pessoas vão até lá. — Abby explica. — Faz um tempo que não vamos.

— Se todos vão fugir, quem vai ficar e cuidar dos negócios? — Pergunta Dimitri com um tom divertido.

— Alex é o único que não apareceu e ajudou, acho que ele devia tentar arcar com essa merda. — Ahmar diz, se sentando ao lado da Alexa.

— Depois do caos em Istambul? Melhor a gente achar alguém mais preparado pra isso. — Dimitri diz e seus olhos pousam no Miguel.

— Não acho que seu pai vá querer voltar a ser o chefe, talvez a gente possa lidar com uma agenda de férias. — Brinco, vendo Miguel andar até a gente.

Ele escuta o fim da nossa conversa, e franze a testa sem saber ao certo o motivo de uma agenda de férias na metade do ano e após uma crise de vida ou morte.

— Pra que você precisa de uma agenda de férias? — Ele me puxa para seus braços, seus olhos estão em Kalel quando ele balança a cabeça e sorri.

— Queremos tirar férias. — Dimitri diz. — Achei que fosse uma boa ideia te deixar no comando por um tempo, mas…

— As férias de vocês vão demorar ainda, primeiro de tudo, quero me casar com Marina e depois da nossa lua de mel, quem sabe eu não venho e cuido das coisas pra vocês? — Ele provoca.

— Quem sabe? — Pergunta Dom.

— Achei que você não ia mais fugir dessa vida. — Ahmar fala.

— E não vou, mas deixei de ser o capo há algum tempo e não quero mais esse trabalho. Isso, porém, não impede que eu esteja ao lado de vocês e pronto pra proteger a nossa família. — Diz.

— Isso parece fala de filme de super herói. — Alexa aponta e todos rimos.

— Por falar em fala, com quem você estava falando no telefone? — Pergunta Ahmar. — E que telefone era aquele que tocou?

Miguel pensa por um segundo antes de falar, acho que ele está tentando proteger a pessoa que estava do outro lado da linha, mas, ao mesmo tempo, sabe que não tem como escapar de responder a essa pergunta. Afinal, parece que tudo está ligado aquele bendito telefone.

— Vamos pra sua casa, quando chegar lá eu explico. — Miguel diz.

Curiosos com o que Miguel tem para nos contar, todos vão em direção aos carros e depois de uma complicada divisão de lugares, estamos a caminho da casa do Ahmar.

— Por que eu sinto que estamos devendo um favor a alguém? — Sunny murmura para Ahmar no banco de trás.

— Aquela bomba não falhou, não é? — Ahmar pede. — Eu conheço algumas bombas e detonadores e a chance que tem de falhar são pequenas, o detonador que o Kaleb usou é de um tipo que o sinal pode ser interceptado, acho que foi isso o que aconteceu.

— Você está certo sobre o detonador e errado sobre estarmos devendo um favor. — Miguel responde.

— Como? Eu posso não estar nessa vida há muito tempo, mas eu conheço as pessoas e elas não fazem esse tipo de merda de graça. — Responde Ahmar.

— Estamos quase chegando, seu pai vai explicar tudo. — Digo, o que faz com que o resto do trajeto até a casa dele seja mais tranquilo.

Assim que chegamos lá, Arthur vai nos receber na porta, ele olha para o Miguel, que balança a cabeça de forma negativa e faz um sinal para ele nos acompanhar até a grande sala.

— Vá ficar com os seus irmãos, não quero você metido nisso, filho. — Ahmar diz.

— Na verdade ele precisa ficar. — Miguel interrompe. — Ele é parte do que aconteceu hoje.

— Parte do ataque do Kaleb? — Sunny pergunta preocupada com o filho, ela anda até Arthur e passa os braços em volta do rapaz. — Meu filho não está…

— Mãe, ele não quer dizer nesse sentido. — Arthur diz, abraçando ela.

— Então, no que…

— Ele foi a pessoa que me entregou o celular, no inicio eu não entendi o que tinha acontecido para a bomba falhar, mas então o telefone tocou e eu me dei conta que o celular que ele me deu era um bloqueador de sinal. — Miguel explica. — E a pessoa que ligou, era quem estava esperando para evitar a explosão.

Ahmar e todos nós olhamos para Arthur chocados com o que esse garoto fez, ele salvou a nossa vida e desconfio que nunca contaria se não fosse pela ligação de quem projetou o bloqueador.

— Explique. — Ahmar manda, com a sua voz de pai.

— Quando você me ligou e pediu pra que eu desse o recado pro Miguel, você me falou o que tinha acontecido no SPA, eu não queria arriscar que quem tivesse tentado matar elas, não fosse tentar de novo. Se nada tivesse acontecido eu pegaria o celular de volta, mas se algo acontecesse… Vocês estariam em segurança.

Sunny está chorando nos braços do filho, enquanto todos olhamos para o garoto que salvou as nossas vidas.

— Quem te deu esse telefone? — Dimitri pergunta.

— Um velho amigo da escola, ele é bom com essas coisas, quando eu parei de ir ele me entregou o telefone e disse que era pro caso de eu estar em perigo. — Admite.

— Foi por isso que ele me ligou, logo depois da explosão. — Miguel conta. — Ele achou que Arthur estava com problemas.

— O que você disse pra ele? — Pergunta Arthur.

— Eu disse que eramos a sua família e que se ele estivesse interessado me ganhar muito dinheiro, a família Petrov estava disposta a contratar ele. — Miguel sorri.

Todos sabemos de quão difícil era a vida do Arthur antes de entrar na nossa família, pelo menos sabemos parte do que esse jovem rapaz passou, mas ele nunca vai nos contar tudo, não sei se para se proteger ou nos proteger das coisas ruins pelas quais passou.

— O que ele disse? — Pergunto.

— Ele estará aqui amanhã de manhã para falar com Dimitri. — Miguel sorri.

— Bom, não queremos perder talentos como os dele. — Fala Allyssa.

Sei que ela não está falando sobre o que o jovem desconhecido pode fazer por nós, mas sim pelo que ele já fez, que foi garantir que nossos filhos cresçam com a presença dos pais em sua vida.

— Agora que tudo foi esclarecido, o que vamos fazer? — Pergunto.

— Esperar Dalilah acordar e garantir que ela saiba que todos a amamos e que tudo vai ficar bem. — Miguel responde.

Não precisa ser nenhum gênio para saber que dessa vez, todos vão escutar sua história do começo ao fim, afinal as vezes uma história parece apenas isso uma história que podemos saber o final a qualquer hora. O que ninguém espera é que a vida as vezes se encarrega de nunca nos permitir saber seu fim.

— Você quer um casamento grande ou pequeno? — Pergunto ao Miguel enquanto ele se prepara para se deitar.

— Qualquer coisa que te deixe feliz, não me importo com esse tipo de coisa diz. — Colocando as calças do pijama.

Por mais disposta feliz e disposta a comemorar o fato de estar viva, nosso dia hoje foi muito cansativo, o que nos leva direto para cama, com a probabilidade alta de fazer sexo ao amanhecer, afinal, quase não vemos o começo de um novo dia.

Assim que Miguel deita e apaga a luz, a porta do nosso quarto é aberta pelo Dimitri, que está com um olhar vidrado.

— O que aconteceu? — Pergunto, dando graças por não estar nua.

— Mamãe acabou de acordar.

Estou antecipando a postagem de amanhã, espero que tenham gostado.

Beijos

Carol...

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