Outra vez e de novo. #1 (VERS...

Od Heulwen_Clarke

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"Às vezes só descobrimos que amamos alguém quando já é tarde demais." Nicolas e Micaela foram prometidos um a... Viac

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47 (FIM)
Epílogo (parte 1)
Epílogo (parte 2)
Sinopse
Atualizações
Matando Saudades. A Corrida.
Voltei para atormentar!
Primeiro capítulos
Concursos, selos e capas (atualizado)
Livro Disponível na Amazon!

Capítulo 28

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Od Heulwen_Clarke

A manhã seguinte foi de muita ansiedade para Nicolas, ele se levantara bem cedo, fora à joalheria, conversara com o editor chefe do jornal e acertara todos os detalhes da nova fase do jornal, e fora também ao serviço de Micaela pedir que o chefe a dispensasse e agora estava em frente à faculdade apenas a esperando sair. Logo que a avistou saindo com suas amigas, o coração dele se acelerou de tal maneira, que pensou que poderia sair do peito. Não que aquele órgão, até então frio, nunca se comportasse daquela maneira quando a via, mas aquele dia seria especial.

Quando ela se aproximou Nicolas a abraçou forte e disse:

-- Hoje você vai passar o dia comigo.

-- Como assim? Eu preciso trabalhar, Nicolas.

-- Não, não precisa. Eu já falei com seu chefe e ele te deu dispensa.

-- Aconteceu alguma coisa?

-- Não. Mas pode acontecer.

-- Está me deixando preocupada.

-- Relaxa. Não é nada muito sério. Só quero passar o dia com você.

-- Tudo bem então.

Assim eles foram ao cinema, ao parque e voltaram para o lago para nadar juntos. Nicolas até tentou ensinar alguns movimentos para Micaela, mas o medo dela falava mais alto e no final do dia ela não aprendera quase nada e estava cansada.

Apesar dos protestos de Micaela, Nicolas ainda insistiu em leva-la para outro lugar antes de ir embora.

E assim que chegou ao local, ela não se arrependeu de tê-lo acompanhado. Entraram em um salão onde vários instrumentos estavam sendo expostos, alguns espalhados por esse salão e outros em salas separadas. As paredes brancas e o chão de madeira davam ao lugar charme e requinte.

 A música era como terapia para Micaela, era uma das únicas coisas das quais não poderia viver sem. Ao ver um Cello, ela se aproximou e começou a admirar a peça.

-- Você gostou desse? - Perguntou Nicolas atrás dela.

-- Sim, é um stradivarius. Como o meu.

-- É mesmo lindo. Acho que ficaria maravilhosa tocando-o.

Micaela riu e respondeu:

-- Não acho que conseguiria, faz muito tempo que sequer coloco a mão em um.

-- Acho que quando se aprende um instrumento, nunca mais se esquece. - Respondeu ele com a voz um pouco distante.

-- Pelo contrário. Acredito que quando não se pratica, a cada dia você vai ficando mais enferrujado.

Ela contemplava o Violoncelo, admirando a beleza do instrumento. Fazia cinco anos que não tocava um, e como sentia falta daquilo. Música era a única coisa capaz de acalma-la - com exceção de Nicolas.

Micaela começou a ouvir um som de piano ao fundo, e a música não lhe era estranha.

-- De onde está vindo esse som? - Perguntou para Nicolas - Está ouvindo também?.... Nicolas?

Quando se virou não o avistou, então começou a seguir na direção do som, quando chegou ao local, porém, parou abruptamente. Era Nicolas que estava sentado atrás de um piano de cauda, preto e tocando. Quando a viu entrar ele fez uma breve pausa e depois começou a cantar:

"Desde o jeito que você sorriu
Até o jeito que você estava vestida
Você me pegou
Diferente das outras

Desde o primeiro oi
Yeah, foi o bastante
E, certamente
Tínhamos um ao outro"

Era a mesma música que Micaela havia lhe falado no restaurante. Ela nem mesmo lembrava que ele tocava piano. Tentava conter as lágrimas que se acumulavam nos seus olhos, mas falhou e elas começaram a rolar pelo rosto se misturando com o sorriso em seus lábios, enquanto ele chegava ao refrão da música e ao invés de olhar para as teclas do piano, olhava diretamente para ela, sem para de tocar e cantar, como se aquelas palavras saíssem do fundo da sua alma.

"Então, jamais pense que preciso de mais
Já tenho a única por quem viver
Ninguém mais tem
Estou te dizendo

Apenas deixe seu coração em minhas mãos
Prometo que não vai quebrar
Nunca esqueceremos esse momento
Ficará sempre novo
Porque te amarei
Outra e outra vez, de novo"

Ela queria saltar sobre ele, abraça-lo, beija-lo.... No entanto apenas o escutou com atenção, esperando ansiosamente que ele chegasse a sua parte favorita na música:

"Vou ser tudo que precisa
Até o dia em que eu morrer
Te amarei
Outra e outra vez, de novo..."

Quando ele terminou de tocar Micaela ainda estava imóvel e sem saber o que falar. Nicolas então se levantou e caminhou em direção a ela até estar tão próximo que podia sentir sua respiração. A encarou com intensidade e então disse:

-- Micaela, eu sei que começamos da maneira mais errada possível. Que brigamos muito até chegarmos até aqui. E.... E-eu queria que.... Que fo-fosse de u-uma forma diferente.

-- Eu amei. - Ela sussurrou.

-- S-sei que há cinco anos n-não teve nem mesmo a.... A opção de r-responder. N-não pode nem mesmo d-decidir seu destino. Q-quero q-que tenha essa oportunidade ago-agora. Quero f-fazer do jeito certo.

-- Nicolas....

Ele se abaixou e ficou sobre um joelho, de dentro do paletó tirou uma caixinha de camurça preta. Abriu a caixa e revelou um anel simples de aro de ouro e um pequeno diamante, com outros menores ainda cravejados ao seu lado.

Tomando fôlego perguntou:

-- Micaela Belmok, a-aceita se casar comigo?

Micaela ainda deixava escorrer as lágrimas e estava com um sorriso bobo no rosto, não conseguia pensar em nada naquela hora, só depois percebeu que Nicolas esperava a resposta e mais do que rapidamente ela disse:

-- Eu aceito!

Ele respirou aliviado e retirou o anel da caixa, encaixando-o no dedo anelar esquerdo de Micaela. Se levantou e encostou os lábios no dela se demorando por alguns instantes. Depois disse, agradecido por não gaguejar:

-- Acho que já deixei claro, mas faço questão de reforçar.... Eu a amo. E jamais vou amar outra nessa vida, não preciso de outra nessa vida. E mesmo que um dia esteja distante isso nunca vai mudar. Eu não posso e não quero lutar contra o que sinto. Quero apenas aproveitar esse e outros momentos que virão com você. Nada vai mudar isso. É você, sempre foi e sempre será você. Outra vez e de novo!

-- Eu te amo. - Respondeu ela o abraçando forte.

Foram para o hotel onde Nicolas estava instalado e enquanto subiam no elevador juntamente com uma senhora e seu cachorro, eles trocavam olhares significativos.

Pareceu uma eternidade até chegaram ao andar certo. Ao saírem do elevador, se comportaram como um casal normal, no entanto quando a porta se fechou Nicolas atacou Micaela e começou a beija-la ali mesmo no corredor. Sem se desgrudar entraram no quarto e ele fechou a porta apenas com um chute, tirouseu paletó a camiseta de Micaela e os atirou longe. Enquanto isso ela trabalhava nos botões do colete que também foi arremessado longe, e da camisa que acabou em cima da cama. Nicolas e deitou com delicadeza e percorreu a pele sensível do pescoço de Micaela com a boca. Vez ou outra ele buscava seu lábio enquanto apertava a carne macia da coxa.

Quando Nicolas se preparava para tirar o sutiã a porta se abriu de supetão e Marcos entrou.

-- Senhor, tem uma....

O mordomo estacou no meio do quarto enquanto Micaela se levantava rapidamente e Nicolas se posicionava a sua frente para tampa-la e lhe oferecia sua camisa.

-- Você não sabe bater, Marcos? - Esbravejou Nicolas.

-- Me desculpe, senhor. Não sabia que estariam.... - Ele pigarreou - Em um momento íntimo.

-- Pois se a porta estava fechada era porque eu queria privacidade.

-- Tudo bem! - Interveio Micaela vestindo a camisa - Eu já estava de saída.

-- O quê? - Perguntou Nicolas indignado.

-- Preciso ir. Tenho que arrumar algumas coisas.

-- Mas....

-- Me desculpe.

-- Eu vou dar privacidade para a senhorita se trocar. - Disse Marcos já quase na porta - Ah, senhor, antes que me esqueça, tem uma ligação esperando.

-- Já vou atender.

Marcos fechou a porta e Micaela saiu em busca da camiseta passando-a rapidamente pela cabeça.

-- Tem mesmo que ir?

-- Tenho, Nicolas. Tinha até me esquecido. Tem alguns trabalhos da faculdade para fazer.

-- Mas.... Cinco minutos apenas.

Ela riu e respondeu lhe dando um beijo rápido.

-- Vamos ter a vida inteira para isso.

Ele até tentou segura-la, mas ela se desvencilhou facilmente e partiu. Nicolas esfregou a mão no rosto e bufou de raiva. Por que as pessoas resolvem ligar justo em um momento tão inoportuno?

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