Capítulo 42

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Logo seus pais chegaram para a ampararem, mas não tinha muito o que ser feito e Susana precisava muito mais de companhia do que ela, sendo assim eles logo foram embora.

Algum tempo depois o médico apareceu na sala de espera e ela logo se pôs de pé. Nem mesmo o esperou falar e foi logo perguntando:

-- Como ele está?

-- A cirurgia correu bem. Ele está fora de perigo, mas ainda inspira cuidados.

-- Graças a Deus! - Respirou aliviada - Quando posso vê-lo?

-- Vamos transferi-lo para o quarto e assim que puder, virei busca-la.

-- Está bem, doutor. Muito, muito obrigada.

-- É meu trabalho, senhora.

Logo ela ligou para Susana dando a boa notícia, e a mulher se animou dizendo que logo chegaria ao hospital. Em poucos minutos o médico apareceu e a conduziu até o quarto. Nicolas estava deitado com uma tipoia no braço esquerdo, alguns aparelhos mediam seus batimentos cardíacos. Ainda dormia profundamente por causa da anestesia.

-- O efeito da anestesia deve passar em poucas horas, não se preocupe.

-- Tudo bem.

--Vou deixa-los sozinhos. Qualquer coisa, por favor, me chame.

-- Chamarei.

Quando médico saiu, Micaela logo se apressou para o lado de Nicolas. Beijou-lhe a testa, as bochechas, os lábios freneticamente.

-- Vai ficar tudo bem, amor. - Sussurrava - Vai ficar tudo bem!

Colou a testa à dele, enquanto acariciava os cabelos dele. Sentou-se ao seu lado direito, tomou-lhe a mão e ali ficou o olhando dormir, sem perceber que o tempo passava.

Logo Susana adentrou o quarto, foi para o lado do filho e lhe beijou a resta, depois se dirigindo à Micaela, perguntou:

-- Como ele está?

-- O médico disse que ficará bem. Ainda está dormindo por causa da anestesia, mas não deve demorar muito para acordar.

A outra assentiu e ali permaneceram em silêncio. Pouco tempo depois o viram abrir os olhos lentamente. Micaela logo se aproximou mais e chamou:

-- Nicolas?

-- Deixe-o acordar, Micaela.

Ele ainda demorou um pouco para voltar a si, tremia um pouco e estava sonolento. Olhou em volta estudando o lugar e perguntou:

-- Onde estou?

As duas se entreolharam sem saber o que responder, por fim Micaela disse:

-- No hospital, querido.

-- O que eu estou fazendo aqui?

-- É uma longa história. Como se sente?

-- Enjoado. - Respondeu encarando o teto - Acho que lembrei. Cadê o Gregory?

-- Está em casa, filho. Ele está bem. - Respondeu Susana.

-- Ah!

Ele estava realmente sonolento, dava longas piscadas e as vezes fechava os olhos por alguns segundos. Encarou Micaela com os olhos semicerrados, cheios de desconfiança.

-- O que foi? - Perguntou ela.

-- Chegue mais perto. - Pediu ele.

Assim ela o fez, e ele pressionou ainda mais os olhos dizendo:

Outra vez e de novo. #1 (VERSÃO REVISADA DISPONÍVEL NA AMAZON)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora