O Messias de Antonia

By SabineMoura

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Antonia é uma jovem mãe solo de 25 anos em busca (um tanto frenética) pelo amor de sua vida. Focada, sabe que... More

Capítulo 1 - O Cansaço
Capítulo 2 - Olhos
Capítulo 3 - O Escritor
Capítulo 4 - Consultas
Capítulo 5 - Inglês
Capítulo 6 - A mangueira do vizinho
Capítulo 7 - Fetiche
Capítulo 8 - Jardim I
Capítulo 9 - O Trote
Capítulo 10 - Páscoa
Capítulo 11 - Planos
Capítulo 12 - Encontro Marcado

Capítulo 13 - (Quase) todo mundo

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By SabineMoura



Suas amizades sempre começavam de um jeito inusitado. 

Com Glória, não poderia ter sido diferente.

– Você dormiu com meu marido?! – gritava Glória ao telefone.

– Quê? – balbuciava uma Dona Jú, bêbada de sono às três da manhã.

–É uma pergunta simples! Você-também-transou-com-meu-marido?

–Minha senhora... Quem é seu marido?

–Ora, você sabe muito bem... O oftalmologista garanhão!

Em não poucos minutos, Dona Jú entendera que Glória era a ex-esposa bêbada de um tal Doutor Paulo, que "tava de caso com a puta ruiva", melhor dizendo, a "doutora de ossos" com quem vinha tentando agendar uma consulta. Aparentemente, depois de gritar um bocado no consultório do marido e da amante, "melhor dizendo, ex-amante", Glória prometera ligar "para todas as suas pacientes mulheres e, quem sabe, alguns homens", com o objetivo de descobrir com quem, exatamente, ele tinha dormido. Mas, como a "maldita ruivona" correra "pra salvar seu gado", dizendo que era "mais ex que amante", Glória pegara a agenda dela por engano. Nesse ponto, Dona Jú teve de informar-lhe de que já devia estar há duas noites atormentando a vida dos pacientes errados e que, talvez, aquela não fosse "a abordagem mais adequada" no que dizia respeito à "manutenção de sua saúde mental."

Com o tempo, Glória se acalmou. Dona Jú fazia questão de destacar as vantagens de uma vida sem maridos, guardadas as devidas proporções de cada caso. Passaram a conversar regularmente, a outra também dada a pendurar-se ao telefone, coisa que, naqueles tempos, já quase não se fazia. Acaba que os papos tornaram-se uma benção para Dona Jú, já que sua amiga tijucana havia falecido, culpa da idade mesmo e de um coração fraco. E acaba que a casa onde tinha ido parar por engano havia sido alugada pela família da adorável Débora –  sabia que sua memória para endereços ainda não estava tão fraca assim. Como quem cuidava do aluguel era o pai da menina, ninguém tinha atinado com coincidências de nome de proprietária. Dona Jú ainda se ria pensando sobre os motivos que levaram sua amiga a esconder que vivera seus últimos dias com um homem vinte anos mais jovem. Ora, pensava, se tivesse sabido, apenas daria os parabéns e perguntaria como, afinal de contas, a coisa toda ocorrera. Adorava uma boa história.

A amizade com Glória era a única coisa que ainda podia convencer Dona Jú a encarar o Rio de Janeiro de vez em quando. E aquele era um dia dos professores em plena sexta-feira. O clima de feriado pedia bateção de pernas, portanto passeavam pelo Largo da Carioca. Decidiram parar em uma banca de livros, cuidada por um camelô muito simpático que Dona Jú achava que conhecia de algum lugar. Puseram-se a jogar conversa fora, quando entrou em cena nada mais, nada menos que "a tal ruivona", tratando João, o camelô, como se amigo íntimo fosse. Dona Jú ficou a postos para socorrer os possíveis feridos, mas, ao se verem, ex-esposa e ex-amante não trocaram uma palavra. Entre elas, apenas olhares cheios de ressentimento e compreensão contidos. Depois, viraram-se para os livros, como se não se conhecessem. Surpreendente e, ao mesmo tempo, nada inovador: Dona Jú sabia que os seres humanos eram imprevisíveis. A tal doutora, Mariza era o nome, ficou a cochichar nos ouvidos de João:

– Eu consegui...

–Jura?

– Tem plaquinha e tudo...

– Tenho direito a foto de graça?    

– Quando quiser é só chegar.    

– Mas eu quero um retrato artístico. P&B.    

Os dois ficaram entretidos por alguns minutos com o cartão de visitas do novo estúdio fotográfico, embebidos em orgulho e esperança, de tal forma que não repararam na equipe de TV ali perto. Menos ainda em Cecília, a quem a câmera, um técnico e um produtor seguiam, sem entender por que subitamente estancara, os olhos fixos em Mariza.  De reconhecer a doutora, "uma verdadeira milagreira", reconheceu João, alguém a quem pretendia evitar não importava o quê. Mas João logo levantou os olhos, despedindo-se de Mariza e pedindo a Pedro, seu mais novo ajudante, que tomasse conta da barraca por ele. Resoluto, cruzou o trechinho de praça e, quando se deu conta, Cecília já estava sentada em um barzinho da Primeiro de Março com o camelô que não era nada se não insistente.

Pedro ficou muito feliz. Aos dezesseis anos, sentia-se honrado com a responsabilidade de tomar conta da barraca sozinho. Regina e Raul, seus pais adotivos, vieram trazer-lhe um lanche às dez em ponto, coisa da mãe, sempre organizada. Aliás, não costumava mais chamá-los de adotivos. Eram mãe e pai. E pronto! Pareciam felizes, assim, juntos de novo, apaixonados. Assim Pedro os via. Havia uns dois anos que estavam desempregados, vivendo de freelas e bicos, coisa que Pedro não entendia muito bem. Fato é que a rotina em sua casa tinha mudado e preferia ser o jovem aprendiz de João do que de um banco qualquer. Estava justo tentando uma vaga, em instituição financeira do gênero, quando conheceu o livreiro e seus papo literários, ancorados em fila interminável. Aqueles papos lhe abriam a cabeça de um jeito que não sabia nem por onde começar a explicar.

Algo mudara, também, em Cecília. Seus olhos corriam João, o mesmo João de quem antes teria corrido. Investigavam rugas recentes, olhos profundos e gestos em que nunca reparara antes. Tudo aquilo lhe era confortável, aqueles traços de experiência e passado. Surpreendia-se ao ver que, na conversa, era ela quem parecia estar repleta de segundas intenções enquanto ele tentava apenas se reconciliar de forma sincera. João não queria deixar para trás nenhuma má energia ou mal-entendido desnecessário. Como mentor de Pedro, sentia-se inspirado a um novo tipo de responsabilidade perante os demais. Então, tentava se livrar de Cecília não sem carinho, percebendo que amizade ali não haveria. Preocupava-se, porque um dentre os muitos casais de cuidadores de Pedro ficara de levá-lo para almoçar. Se ficasse de papo ali, o menino perderia a hora.

O casal em questão era composto por Renata e Ricky, que não estavam mais juntos e chegaram mesmo muito antes que João voltasse. Ao menos, já não brigavam com Regina e Raul, limitando-se a saudá-los quando partiram para "um cineminha de matinê." Pedro ainda se sentia sortudo por contar com uma família tão variada e grande que fizera o esforço de acertar por ele. Ricky era engraçado, um tipo de humor leve e bobo, que fazia brotar gargalhadas sem esforço. Renata agora fazia faculdade, não queria "saber de casório nem tão cedo", mas Pedro não via motivo para perder o contato com o padeiro. Mesmo assim, com o coração um tanto apertado, aproveitou-se que João não havia chegado e contou uma mentira: precisaria ser liberado do almoço.

– Não vou poder, desculpa, João saiu... Coisa de última hora. Urgência mesmo!

A justificativa de Pedro cresceu ao ponto de quase virar plot de novela, amparada pela vocação criativa que sempre seguira com ele. Mas não cresceu ao ponto de segurá-los muito tempo ali, pois tinha medo de que João voltasse e seu contato com o pai ligasse, fazendo com que perdesse a chance por que tanto esperava. Pai esse que, no caso, era o biológico. Há uns três meses, Pedro identificara na net uma ex-namorada do pai –  uma tal de Rachel de quem ouvira falar na casa da mãe Renata e isso há tempos. Na mensagem enviada, pedia o contato de Michel sem dizer quem era e, aos poucos, arrancara de Rachel uma pista que podia lhe aproximar do único homem a quem todos em sua família odiavam unanimemente. Assim, Pedro e Michel foram parar em um quilo da Senador Dantas. A promessa era de que Michel convidava, mas, no final, Pedro pagou a conta. Do diálogo, para o filho, ficou:

– Rachel deve me odiar, né?

– Ela nem sabia que eu existia.  

– Então agora é que me odeia mesmo...

– Ela disse que você trocou de nome.

– Você vai me denunciar?

– Por quê?

– Ah, você sabe...

Pedro não soube ao certo como se sentia. Decepção, pensou, era palavra muito forte para usar naquele caso. Acontece que sabia do pai, da história com a mãe e já era grande o suficiente para entender o que ele fizera. Também já era grande o suficiente para ter ouvido histórias parecidas, aqui e acolá, de vizinhas, colegas (e até uma prima!) que se casavam muito antes de completarem a maior idade. Não se decepcionava, porque não esperava um modelo de conduta e retidão. Então, depois da sobremesa que ele mesmo pagaria, ficou se perguntando sobre o que esperava, enquanto o pai relatava aventuras como professor. Impressionou-se ao perceber que Michel tinha carinho pelas aulas que dera até o ponto em que as abandonara.

–  Muito trabalho, pouco dinheiro. E o medo, né? De ser encontrado. Ainda mais com essas loucuras da sua mãe...

Era estranho, sim, mas ali estava e Pedro enxergava a falta. Não havia, em Michel, um pingo de responsabilidade. Nem por ele, nem pelo passado ou por nada. No presente tampouco a encontrava. Michel era um homem quebrado e quebrava. Quando voltou à barraca, Pedro notou que não o homem não falara em próxima vez e entendeu que seria melhor assim. Escolheu, dali por diante, não ter aquele pai, como se escolha fosse e já sabendo que pagaria um preço qualquer mais adiante, como quando sentia culpa por ter escolhido ver Renata, também, como mãe. Ainda assim, Pedro era jovem, mas sábio. E, acima de tudo, escritor. Aquelas complexidades, pensava, renderiam laudas e laudas. Fez questão de dizê-lo a Rachel, em mensagem de texto, quando a ex-namorada cúmplice perguntou se ele estava bem.

É possível dizer que Pedro estava melhor do que Cecília, obrigada a regravar quase todas as entrevistas já realizadas por sua equipe e não muito longe de João, assim que voltaram à Carioca. Definia a "equipe do documentário" como um "bando de recém-formados e estudantes sem noção" e irritava-se com o que aquilo podia dizer a seu respeito. De forma que não repararia em Glória e Dona Jú, sentadas na padaria atrás delas, degustando suco de acerola com bolo de laranja. Dificilmente se lembraria da senhora que desmaiara no quintal de sua amiga, mas Dona Jú, sim, se lembrava e não apenas disso. Avistou a menina Débora – agora já moça e dotada de câmera profissional – e foi ter com ela, para desespero da diretora atrasada.

Porque Dona Jú e Dé se abraçaram como se não houvesse passado um minuto desde o dia em que compartilharam a história de um certo roubo de mangas. E, antes que Cecília cortasse o interlúdio, autoritária, Dé apresentou-lhe Felipe, o produtor, com ares de quem está muito apaixonada. Dona Jú quis descobrir mais sobre os dois, achando o tal Felipe um tanto arredio e intenso, mas Cecília passou de pigarrear e lançar olhares malcriados para, efetivamente, dizer que estavam perdendo tempo ali.

– Ué, mas não foi a senhorita que largou sua equipe sozinha por quase duas horas? –  Dona Jú sentiu-se obrigada a pontuar.

Cecília abriu a boca sem que som saísse e nada de reconhecer a senhora, menos ainda saber quem lhe dava o direito de se meter daquela maneira. Depois, Dé explicaria. Naquele momento, apenas voltava ao trabalho, tentando evitar confusões, distraída dos olhares de Pedro. O aprendiz acabara de derrubar uma pilha de livros da Christie no chão, hipnotizado pela beleza da câmera despachada que, infelizmente, agora, se atracava com o namorado produtor. 

Mas essa, é claro, seria uma outra história. 

Naquele momento, o que conseguiu foi um bom "dedo de prosa", pois uma mulher se aproximou para ajudá-lo a arrumar a bagunça e, entre um e outro comentário sobre sua cara tristonha, apresentou-se como Nenê. Já era hora de Pedro voltar para casa e acabaram caminhando juntos rumo à Central. Nenê filosofava sobre "as coisas da vida" e Pedro se sentiu confortado até o Méier, quase querendo descer em Oswaldo Cruz. E, entre as coisas que a mulher lhe dizia, contou-lhe da importância de não parar de estudar para ouvir, com certo susto, que ela mesma podia, também, terminar o primário. Decidiu que o faria. Afinal, Nenê já não devia mais nada a ninguém a não ser ela mesma. 

A jovem Dé demoraria a saber dos desejos que despertara. Mesmo sabendo, teria achado aquele Pedro novo demais perto de Felipe, o homem feito, que tentava convencer a levá-la para jantar. Por mais que o namoro estivesse de pé –  dito assim, em acordo e com todas as letras –, Dé não encontrava confiança naquele par de olhos arredios. E, quanto menos confiava, mais insistia em prendê-los junto a si. Naquele dia, não deu. Felipe estava "cansado, esgotado, arrasado" e Dé era um poço de energia em feriado. Decidiu perambular pela praça, demorando-se nas barraquinhas de artigos de couro. Entre uma e outra cafungada em bolsas estalando de novas, encontrou Lúcia, ex-professora mais que querida, exibindo um barrigão de quase oito meses.

– Faculdade já? Tô velha!

– E você vai ter seu próprio nenenzo.

– Menina, sabe que não dou mais aula pro jardim?

– Nossa! Mas você era minha ídola! Nunca esqueci!

– Ah, eu precisava de outros desafios também, sabe?

–  Claro. O pai deve estar mega orgulhoso!

– Ah, sim... Eu sou mãe solo, na verdade.   

Em frente ao metrô, restavam João e sua barraca.Os arranha-céus, o ar profissional e as coisas caras do centro. Uma grande fachada, bem polida, para o povo descontraído e praiano daquela cidade. Como sempre havia sido, como João achava que sempre seria. Não se importava com isso: estudava pessoas. Caíra a noite e, em uma hora mais, guardaria seus livros. Edições pouco e muito manuseadas, livros mal e bem divulgados, muitos livros espíritas. Enquanto isso, observaria. Jovens homens de maletas na mão e jovens mulheres de tailleur e pasta a tiracolo. João seria simpático com todos sem exceção. Tinha um truque que seu pai, também camelô, lhe ensinara antes de morrer. Olhava a todos bem no fundo dos olhos.

O fato é que, trabalhando na rua, era fácil se apaixonar pelas pessoas. A todo momento. Todos os tipos de pessoa despertavam consideração na rua. Na rua, todos tinha direito de estar e ser. E, no Centro, tudo era ainda mais interessante. O que se via das pessoas eram intervalos entre o que são em casa e o que são no trabalho. Via-se o exato momento de transição. E isso era de uma autenticidade a toda prova.

Autenticidade que ele viu na menina – que devia ter lá seus dez anos –, aproximando-se da banca com uma atitude tão independente que parecia estar sozinha no centro. Examinava possíveis sonhos de consumo e folheou o primeiro livro alcançado com olhares de profunda compreensão. Da padaria da esquina, uma jovem mulher, usando enormes óculos escuros à la década de 70, acompanhava cada movimento da criança. Atentamente. Tão atentamente que não pareceu reparar quando a balconista jogou café quente sobre seus dedos. A atitude maternal fez com que João sentisse que aquela era a primeira pessoa pela qual poderia se apaixonar mesmo que nunca visse seus olhos.

A menina olhou para a mãe e não a obteve, na expressão carrancuda, nenhum tipo de aprovação de compra. Enquanto isso, a atendente limpava os dedos e o balcão da loja como quem agradece a sorte de não ter sido culpada pelo erro que cometeu. Estava prestes a ser despedida –a padaria abrira falência, João sabia. Contrariada, a menina se dirigiu à padaria –  um muxoxo desafiador nos lábios –  e a jovem mulher voltou-se para seu café, sorvendo-o depressa e massageando nervosamente os dedos como quem acorda de um sonho em que se queimou.

João rezou, secretamente, para que ela gostasse de ler. Pensando nisso, quis fazer alguma coisa, qualquer coisa para que ela não fosse embora. A mulher pagou o café, pegou a menina pela mão, começando a caminhar em direção à Uruguaiana. João sentia cada passo, admirando os trejeitos e sorrisos da mulher sempre que se virava para baixo. A menina mais saltitava que andava e, quando caiu, João não pensou em barraca, livros, não ouviu o "tá doido?" do jornaleiro que atropelou em sua carreira frenética e mal ouvia os gritos da própria Gisele. Porque Gisele era o nome da menina e, da queda, restou um joelho arranhado. Nada demais. os gritos soavam um tanto forçados e, mesmo assim, João carregou-a, paciente, até sua barraca.

A mãe estava um tanto aturdida. Ou muito. João descolou antisséptico, limpou a ferida como pôde e tudo isso acontecia mais rápido do que ela conseguia registrar. Então, retirou seus óculos escuros, incerta quanto ao que aquele homem estivera lhe perguntando, pois a boca de João se movia, mas a mãe tampouco parecia compreender o que ele tentava dizer. Apenas pôs-se a chorar. Copiosamente. Para o assombro de João e da menina. E não entenderam muito do que ela disse naquele momento, entre soluços e embargos, nada além de obrigadas e "meu nome é Antônia."

João se tornaria uma das pessoas mais importantes da vida de Antônia. Descontando Gisele, é claro. E Sônia, Maria, Cláudia. E – por que não dizer? – Luísa.

Sem dúvida, apesar de tudo – e mesmo que não se falassem mais – Luísa.

Porque João e Antônia teriam um caso que se transformaria em namoro e, depois, em algo meio parecido com uma amizade que não queriam perder ao ponto de decidirem que, de fato, não a perderiam. E, nesse ínterim, Antônia desencavaria toda uma sorte de permissões que se esquecera de dar a si mesma, como a permissão de amar e sentir desejo por mulheres como ela. 

João ficaria triste quase que por obrigação, sabendo-se, no fundo, feliz, por ver a amiga feliz daquele jeito. Então, esqueceria, também, obrigações de outros tempos, começando ele mesmo a escrever enquanto lia e comentava os futuros romances do jovem Pedro. Na onda, sentia-se já muito pai – de Pedro e até de Gisele – embora não, abertamente, não usasse o termo.

Dizem que teve muitas namoradas. 

Que cada uma gerou um romance. 

E que todas foram bem amadas.

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