• NIKOLAI • 1º Livro da série...

By only-anggel

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Algo deve ter dado errado em meu cérebro, tenho todas as suas químicas em minhas veias e estou entindo toda a... More

• Apresentação •
Prólogo
Voltarei para casa?
Casar?
Seja Perfeita.
Ledi Yevandrovisck
Lua de mel || Part I
Lua de Mel || Part II
Castigo
Respostas
Jantar
Aumente a voz!
Um outro lado
Feliz Aniversário, Sky.
Olá, Califórnia!
Isso se chama "Química"
Voltando a Rússia
Nossa guerra
Pecadora
Chapada
Viciado em você, amor
Vem comigo
Descobrirei sua verdade
Sou só eu agora?
Mãe.
Não vou abaixar minha cabeça.
Como adultos.
Cartas sobre a mesa
Raiva
Abra os olhos!
Eu amo você, Króchka.
Dois extremos.
Confia em mim.
O ataque.
Capítulo Bônus: Welcome, Darling!
O passado retorna || Parte I
O passado retorna || Parte II
Minha.
Epílogo
Nota

Enterro

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By only-anggel

Eles dizem que eu fiz algo ruim, ah

Então porque isso é tão bom?

E eu faria de novo, e de novo

E de novo se eu pudesse

I Did Something Bad - Taylor Swfti

Scarlett Yevandrovisck

17, June — 2018

Eu mantive minha cabeça sobre o peito de Nikolai enquanto observava o caixão vazio ser coberto por terra. Petya jogou uma rosa com um curto sorriso pendurado nos lábios. Decidimos fazer o enterro tanto do Andrei, quanto de Drovisck no mesmo dia, foi uma estratégica de Nikolai para saber quem era realmente fiel ao seu pai e poderia dar futuras dores de cabeça.

Senti uma ponta no peito e respirei fundo secando as lágrimas que inevitávelmente escapavam de meus olhos. Eu não o veria mais, ele estando vivo ou morto. 

A equipe que foi buscar os corpos para o enterro entrou em contato e avisou que não havia corpo algum. Nikolai não sabia o que fazer, podia ser um teste de seu pai ou Andrei poderia ter fugido. E ai, restavam algumas opções, Nikolai podia ser fiel a Bratva e ser sincero sobre o desaparecimento dos corpos. 

O rosto de Drovisck e Andrei seriam espalhados por todo o mundo como procurados por Bratva, e só Deus sabe o caminho que se seguiria se os encontrassem vivos. 

Ou, ele podia enterrar ambos e fingir que estava tudo bem, se Andrei houvesse fugido, ele estará livre. Se fosse um teste de Drovisck, Nikolai seria condenado.

Mas, eu não acreditava que Andrei compactuaria com isso. E acho que Nikolai concorda comigo já que mandou Aleksi matar toda a equipe que sabia que não havia corpo algum e manteve o caixão vazio fechado, alegando com seu atestado de óbito falsificado de que o tiro havia sido no rosto.

Ninguém além de nós dois e Aleksi sabiam sobre isso, por isso era estranho a forma como Petya estava reagindo. Eu sei que ela passou muito tempo longe de Nikolai e Andrei, mas eles continuavam a ser filhos dela... Andrei é o seu primogênito, eu não seria capaz de manter tanto o queixo erguido dessa forma.

Coloquei a mão na barriga e acariciei lentamente a pele, queria que a minha menina sentisse que eu já a amava e sequer podia imaginar perde-la.

Encarei Branka do outro lado do campo, seus olhos estavam vidrados no caixão, usava luvas pretas que lhe vestiam até o pulso e saltos da mesma cor, mas o vestido era em um tom de roxo profundo. Sentia no fundo que havia um significado, mas ainda não tinha entendido qual era.

Anya estava do outro lado da cova, ajoelhada sobre o piso escuro, ela chorava feito uma criança, era provavelmente quem mais está  sofrendo de todos os presentes. Era estranho saber que para todos os lados, em cada uma daquelas caixas haviam homens cruéis, homens que serviram a Bratva e mataram muitas pessoas.

Quando toda aquela sessão de tortura terminou, todos nós seguimos em direção aos carros oficiais de Bratva, era ridículo com a quantidade de dinheiro envolvido naquele enterro. Havia uma casa no cemitério com o nome "Os filhos de Bratva" onde somente os principais líderes eram enterrados.

8 modelos de carros antigos foram alugados, a bandeira de Bratva em preto presa ao retrovisor e bikys de outros estados espalhados por ali.

Aquilo era um circo, Nikolai era o primeiro a querer colocar fogo em tudo. Ele odiava a ideia de trair Bratva, e mentindo sobre os corpos era exatamente o que ele estava fazendo, apesar de estar acostumado em manter aparências, eu conseguia ver a impaciência pincelada em seus olhos.

Como a velha tradição de Bratva, nós nos sentariamos em uma enorme mesa redonda com todas as pessoas que amavam Andrei, isso envolvia até o seu Biky, Malfoy. Nos serviriam os de seu prato favorito e contariamos memórias que tínhamos com ele... A fim de marcar em todos ali, todas as suas boas memórias.

Nikolai estava na ponta, eu ao seu lado, Anya ao meu lado. Branka e Petya nas cadeiras a minha frente, Malfoy e Aleksi ao lado delas e para fechar a roda; O contador da Máfia.

A louça cara estava exposta na mesa, o silêncio reinava. Nikolai me disse que a despedida de seu pai seria em um bordel e só haviam homens. Eu estava curiosa para saber se havia de fato alguém presente. Veio em minha mente como vários homens de Bratva poderiam estar rindo e tomando cerveja em memória de Drovisck e minha mão formigou, senti uma intensa vontade de fazer com que todos rissem em memória de Andrei.

— Posso começar? — questionei, Nikolai me olhou surpreso e assentiu com um pequeno sorriso de canto. Colocou sua mão sobre a minha.

— Mas, fale em Russo. — ele exigiu baixo e eu assenti. Isso havia deixado de ser um problema pra mim a um tempo.

— Bom, quando eu falo do Andrei, o que me vem em mente é o seu enorme sorriso, e não vou mentir — enruguei o nariz — o forte cheiro de cigarro barato. — todo mundo riu no mesmo momento, Anya tinha os olhos brilhantes e um sorriso trêmulo. — Ele foi quem esteve ao meu lado desde que cheguei, foi sem dúvidas a minha pessoa favorita desde o primeiro dia. — no mesmo momento Nikolai forçou uma tosse. Eu ri baixo encarando minhas mãos sobre meu colo. — No meu aniversário, ele me deu um cavalete de pintura profissional. — um sorriso fraco escapou dos meus lábios e meus olhos se encheram de lágrimas com a lembrança.

"— Só um pedaço! Por favor, eu não quero comer sozinha. — lambi o dedo com o outro braço esticado com o bolo de chocolate esticado em sua direção. Ele cruzou os braços.

— Eu odeio bolo. — ergueu uma das sobrancelhas e eu revirei os olhos.

— Não odeia nada! Se odiasse não teria vindo quando eu convidei para comer o bolo. — me senti triunfante com um meio sorriso, estiquei o braço um pouco mais. 

— Mas, eu não vim pelo bolo. — falou como se fosse obvio, o cabelo divido no meio estava tão oleoso que me fazia sentir uma intensa vontade de o puxar pelos cabelos e lavá-los na pia da cozinha com detergente mesmo. — Vim te dar o meu excelente presente. — soltou um sorriso convencido. 

— Melhor que um bolo? — questionei mordendo a fatia que ele se negou a pegar. 

— É claro que sim! Que pergunta estúpida. — ele desencostou do balcão e passou por mim, eu o segui devorando o bolo em minhas mãos, ele provavelmente iria me zoar de alguma forma, era o Andrei. Quando ele começou a subir as escadas, eu parei onde eu estava e afastei o bolo da boca.

— Andrei. — chamei com a minha maior cara de tédio, ele me olhou, parando no meio da escada — Transar com você não é um presente, eu não quero! — falei em um tom irritado, ele riu abertamente.

— Apesar de ser fodamente agressivo no sexo, as mulheres adorarem e confirmarem que eu sou sim um presente na cama , sua sorte não é tão grande assim. — ele ergueu o indicador no ar — Não vou te levar para onde tenha cama, o seu presente está na sala do piano. — foi essas palavras que me fizeram perceber que ele não estava brincando. Deixei o bolo mordido na mesinha de centro da sala e subi as escadas correndo, passando dele com pressa. Assim que alcancei o quarto, empurrei a porta com presssa e senti meus olhos lacrimejarem na medida que meu sorriso se ampliava.

Me aproximei da tela, havia um porta pinceis ao lado, em cima de uma estante. Puxei a fileira abaixo revelando uma imensa variedade de cores. Eu ri, inacreditada com tudo aquilo.

— Incrível, não é? — ouvi sua voz e virei indo em sua direção, o abracei com força, ele apoiou uma das suas mãos em minhas costas e eu o apertei ainda mais.

— Muito obrigada! — agradeci baixo.

— Feliz aniversário. 

 — Eu não sei nem como agradecer. — me afastei abobada, ele riu.

— Eu só comprei isso ai porque eu quero que você pinte uma obra de arte chamada eu. — explicou convecido e eu ri. — Podemos marcar um dia, o que você acha? Eu fico nu e você pinta meu pinto."

— Ele disse isso?! — Nikolai questionou irritado em meio as risadas, eu assenti secando as lágrimas que molhavam meu rosto. 

— Ele sempre foi assim, lembro que quando ele tinha 13 anos me deu de dia das mães um quadro dele com uma dedicatória atrás. — todos riram outra vez. O almoço foi servido, enquanto comiamos, Anya contava da épica vez em que ela vomitou em seu carro e como ele a xingou por isso. Todos tinham algo para contar, menos Branka que apenas remexia sua comida de um lado para ou outro e Nikolai que comia, hora ria, hora comentava, mas em momento nenhum relatou algo.

— E você? — questionei o encarando, ele subiu o olhar para mim e afastou o copo da boca enquanto movia os ombros.

— Eu cresci com ele. — encostou na cadeira — Eu tenho milhões de histórias que descrevem o quão idiota, amigo, bom e terrível ele era. Mas, hoje? — ele riu balançando a cabeça, seus olhos encontraram os meus — Hoje não é o dia que devo falar sobre isso, hoje é apenas o dia que devo comemorar. — seu olhar mudou para os três homens em sua frente, do outro lado da mesa. — Acho que todos sabem o quanto Andrei foi fiel a Bratva, mas odiava estar aqui. Estou feliz que ele tenha se livrado disso. — ele coçou a garganta e afastou um pouco a cadeira esticando sua taça pela metade de vinho. — Ao meu irmão. — sorri fraco sentindo meu peito se aquecer, e em homenagem a Andrei, nós brindamos.


...


Scarlett Yevandrovisck

20, June — 2018

Nikolai decidiu que queria ver nossa filha.

E isso foi uma decisão completamente dele.

Meu coração estava acelerado enquanto o médico nos guiava pelo corredor comprido até a sala dele, obviamente não era o mesmo lugar da última vez, Nikolai fez questão de irmos até o hospital que atendia a família. Ele se sentou atrás de sua mesa, enquanto eu me sentava, Niko terminava de fechar a porta do consultório. Lhe entreguei minha pasta e ele observou com calma cada uma das linhas, assentiu e respirou fundo.

— Certo, temos aqui uma mamãe de 30 semanas. — ele deixou a folha sobre a mesa e nós encarou — Preciso entender o cenário de vocês para tentar compreender a razão para essa gravidez tardia. — assenti — Com quantos anos vocês iniciaram a vida sexual de vocês?

— 12 anos.

— 18 anos.

Nós respondemos juntos deixando o médico um pouco confuso a ponto de soltar uma curta risadinha.

— Certo, e você se tocava senhorita Yevandrovisck? — ele questionou fazendo algumas anotações, Nikolai cruzou os braços e se virou um pouco para me encarar.

— Boa pergunta. — ele questionou sério, eu revirei os olhos.

— Poucas vezes. — respondi envergonhada, ele assentiu.

— Pra mim você nunca quis, né? — eu o encarei.

— Nikolai. — praticamente rosnei, ele riu.

— Bom, isso pode ter influenciado. — continuou seu diagnóstico — Com que frequência praticam o ato sexual? — meu rosto estava queimando, Nikolai quem respondeu.

— Todos os dias. — ele tombou a cabeça para o lado.

— Sim, mas desde que descobri o bebê, vem sendo duas vezes na semana, temos medo de machucar o bebê. — expliquei e ele assentiu.

— Sim, mas antes disso era mais de uma vez por dia as vezes. — moveu os ombros e eu o empurrei com o ombro o fazendo me encarar.

— Ele não precisa saber disso, cala a boca. — Niko riu torto.

— Você está vermelha. — tentou tocar no meu rosto e eu bati em sua mão.

— Certo, houve algum sangramento ou algo do tipo? — o doutor seguiu com seu questionário e eu ignorei Nikolai me perturbando e me fazendo passar vergonha enquanto respondia. — Vou pedir alguns exames, mas por agora vamos ver como está essa menina? Ele levantou e eu levantei junto de Nikolai o seguindo para fora da sala. Segurei a mão de Nikolai e praticamente o arrastei ao atravessar o corredor para ir em uma sala maior do que a outra, mais escura e com as máquinas necessária para a ultrassonografia.

Nikolai roubou a cadeira do médico e sentou apoiando os cotovelos sobre os joelhos, seus olhos brilhavam em expectativas enquanto o gel era passado em minha barriga.

Em seguida a tela se encheu com a imagem distorcida em 3D, os batimentos cardíacos começaram a ecoar pela sala, eu sorri sentindo meus olhos lagrimejarem.

— Isso é a minha filha? Pra mim parece um monte de nada. — ele levantou e foi até mais próximo da tela. O médico ajeitou o óculos e pediu para que eu segurasse o leitor sobre meu ventre.

— Sim, aqui esta a cabeça. — ele apontou para a tela — Aqui os bracinhos, as pernas... — ele foi indicando cada partilha, eu ri e a tela tremeu um pouco, eu estava chorando. Encarei Nikolai que ainda estava com uma cara confusa encarando a tela.

— Não parece um bebê. — ele enrugou as sobrancelhas e cruzou os braços — Isso não parece com nada, na verdade.

— Nikolai! — chamei sua atenção, ele me encarou.

— Vai dizer que isso se parece um bebê? — questionou com um tom incrédulo.

— Bom, ele está aqui. — o médico impediu que eu respondesse, assim que Nikolai o olhou com cara feia, ele se encolheu um pouco — M-mas ela está bem. — limpou a garganta — Pequena, mas saudável. — ele se aproximou e tirou o aparelho de minhas mãos antes de retirar o que sobrou do gel — Já adianto que o parto vai ser cesariana, ela está confortável sentada e não acho que vá virar. — eu me sentei — É normal que nesses últimos meses você sinta ela se movimentar, a barriga cresça um pouco e mamilos fiquem sensíveis. — enquanto ele ainda falava sobre peso e advertências, Nikolai seguia encarando a imagem congelada na tela. 

— Sabe... — ele murmurou e eu e o médico o olhamos, ele tinha um curto sorriso. — Ela pode até ser feia. 

Eu o chutei.

— Nikolai! — ele abriu um imenso sorriso e me encarou, pela primeira vez na minha vida eu vi os olhos de Nikolai marejados de felicidade.

— Eu a amarei tanto quanto eu amo você. 


---

OPAAAAAAAA

DEMOREI, MAS VOLTEI

A história vai voltar a ser postada com regularidade porque eu FINALIZEI 

SIM, graças a Dios. Preferi demorar um pouco mais e finalizar ela. é isso.

Desculpem a demora, espero que gostem 

Desculpe os erros! TAMO JUNTO

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